Imagem referencial / Capela Sistina pronta para um
Conclave. Crédito: Vatican Media
REDAÇÃO CENTRAL, 29
Nov. 19 / 08:58 am (ACI).- Em 29 de novembro de 1268, teve início
o conclave mais longo da história que terminou em 1º de setembro de 1271, quando
Gregório X foi eleito após 34 meses.
A história deste
Conclave tem a ver com o seu nome, que vem dos termos latinos "cum"
(com) e "clavis" (chave), palavra que foi utilizada desde o século
XIII, depois que a Sé de Pedro ficou vacante por quase três anos, e o
governador de Viterbo decidiu trancar os cardeais com
chave.
Como narra a
Enciclopédia Católica, “os cardeais reunidos em Viterbo estavam divididos em
dois campos, os franceses e os italianos. Nenhum dos dois podia conseguir os
dois terços da maioria dos votos nem queriam ceder aos outros para eleger um
candidato ao papado”.
Foi no verão
europeu de 1270 que foram trancados no palácio episcopal, inclusive, tiveram o
fornecimento de comida cortado.
“Por fim, chegou-se
a um compromisso, devido aos grandes esforços dos reis da Sicília e da França.
O Sacro Colégio, que consistia então em 15 cardeais, escolheu seis deles para
entrarem em acordo e emitirem um voto final. Os seis delegados se reuniram em
1º de setembro de 1271 e uniram os votos elegendo Teobaldo Visconti,
arquidiácono de Liège, que não era cardeal, nem sequer sacerdote”.
Gregório X, nascido
em Piacenza, “esteve um tempo a serviço do cardeal Jacobo de Palestrina, foi
nomeado arquidiácono de Liège e acompanhou o cardeal Ottoboni em uma missão na
Inglaterra e, no momento de sua eleição, estava em Ptolemaida (Acre) com o
príncipe Eduardo da Inglaterra, em peregrinação à Terra Santa”.
Recebeu o chamado
dos cardeais para retornar imediatamente, iniciou sua viagem de volta em 19 de
novembro de 1271 e chegou a Viterbo em 12 de fevereiro de 1271. Aceitou a
dignidade e adotou o nome de Gregório X.
Ao contrário deste
conclave, houve o de 1503 que durou apenas algumas horas, no qual Júlio II foi
eleito sucessor de Pedro.
Oração
Deus
de amor, que no exemplo dos mártires santifica a Igreja e a torna testemunha
fiel da paixão, morte e ressurreição de Jesus, dignai-vos proteger nossos
projetos missionários e fazei de nós verdadeiros apóstolos da paz e da
fraternidade. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Lucas 21,
29-33
Aleluia, aleluia, aleluia.
Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2129Jesus acrescentou ainda esta comparação: "Olhai para a figueira e para as demais árvores.
30Quando elas lançam os brotos, vós julgais que está perto o verão.
31Assim também, quando virdes que vão sucedendo estas coisas, sabereis que está perto o Reino de Deus.
32Em verdade vos declaro: não passará esta geração sem que tudo isto se cumpra.
33Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão".
Palavra da Salvação.
Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2129Jesus acrescentou ainda esta comparação: "Olhai para a figueira e para as demais árvores.
30Quando elas lançam os brotos, vós julgais que está perto o verão.
31Assim também, quando virdes que vão sucedendo estas coisas, sabereis que está perto o Reino de Deus.
32Em verdade vos declaro: não passará esta geração sem que tudo isto se cumpra.
33Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão".
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
O REINO DE
DEUS ESTÁ PERTO
As comunidades primitivas viviam preocupadas
com o dia do fim do mundo. Jesus, porém, não lhes ofereceu um calendário com
indicações precisas, mas exortou-as a estarem constantemente preparadas para o
encontro com o Senhor.
O discípulo deve discernir a
História, para poder captar, aí, os sinais da vinda do Filho do Homem. Trata-se
de um expediente possível. Assim como o agricultor detecta a proximidade do
verão, quando as árvores começam a frutificar, também o discípulo perceberá a
aproximação do Reino, observando os sinais históricos indicados por Jesus.
Por outro lado, o discípulo está
absolutamente certo de que a humanidade caminha para o encontro com o Senhor,
pois nisso está empenhada sua palavra que jamais passará, ou seja, não ficará
sem se cumprir.
Encarando o futuro com confiança,
o discípulo não tem por que ter medo do presente, nem se acomodar. A exortação
de Jesus supunha uma espera ativa, já que não queria encontrar os discípulos na
ociosidade. A comunidade cristã, por sua vez, não deveria fechar-se em si
mesma, formando um gueto de fanáticos destacados do mundo. A espera cristã
dar-se-ia na vivência empenhada da missão e no esforço de preparar toda a
humanidade para o encontro com o Senhor.
Será reconhecido por ele quem
luta para transformar o mundo pelo amor, e não quem se fecha egoisticamente em
si mesmo.
Santo do Dia
São Saturnino de Toulouse
Santo
Saturnino é uma das devoções mais
populares na França e na Espanha.
Sua vida pode ser confirmada em importantes documentos sobre a vida cristã na
região da Gália, datados do ano 450. Esses
documentos apontam Saturnino como primeiro Bispo de Toulouse.
Esta região era marcada pela existência de algumas comunidades cristãs que resistiam ao paganismo. As
frequentes brigas faziam com que o número de fiéis diminuísse a cada dia. A chegada de Saturnino deu novo ânimo à vida destas comunidades
católicas.
O missionário
pregava com fervor, convertendo quase todos os habitantes ao cristianismo. Seu nome foi tão conhecido que logo consagrou-se bispo da região.
Embora
houvesse um decreto do imperador, proibindo e punindo com a morte quem participasse
de missas, Saturnino continuou com o Santo Sacrifício da missa, a comunhão e a
leitura do Evangelho. Assim, ele e outros quarenta e oito cristãos acabaram
descobertos reunidos e celebrando a missa num domingo.
Foram presos e
julgados. Como não quis ceder aos apelos dos pagãos, Saturnino
foi amarrado pelos pés ao pescoço de um touro bravo e arrastado pelas ruas da
cidade. São Saturnino, com os membros despedaçados, morreu pouco
depois e seu corpo foi abandonado no meio da estrada, recolhido por duas
piedosas mulheres, dando-lhe sepultura em uma fossa muito profunda.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Reflexão:As primeiras comunidades cristãs surgiram do
esforço e do testemunho de homens e mulheres simples, mas que acreditavam piamente
nas promessas do Cristo. Assim, quando olhamos hoje nossa religião, devemos ter
consciência de que as coisas foram conquistadas com esforço e dependem de nossa
boa vontade e trabalho para manterem sua fidelidade ao projeto original de
Jesus.
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