BOM DIA EVANGELHO
28 de
novembro
Quinta-feira
da 34ª semana do Tempo Comum
Papa Francisco no avião de volta do Japão.
Crédito: Hannah Brockhaus / ACI
Vaticano, 27 Nov.
19 / 03:00 pm (ACI).- O Papa Francisco respondeu várias
perguntas sobre a administração das finanças no Vaticano, durante a coletiva de
imprensa a bordo do avião que o levou do Japão a Roma.
Uma das perguntas
que o Papa respondeu se refere ao escândalo que poderia ter sido gerado entre
os fiéis por um investimento imobiliário de 200 milhões de dólares em Londres
(Inglaterra), uma operação que estaria ligada ao Óbolo de São Pedro e na qual
esteve envolvido o Cardeal Angelo Becciu, quando substituiu o Secretário de
Estado em 2014.
Em outubro deste
ano, o Cardeal Becciu, que agora é prefeito da
Congregação para as Causas dos Santos, disse à agência italiana ANSA que não
havia irregularidades no investimento em Londres e que agia "de acordo com
os interesses da Santa Sé".
O Cardeal disse que
sua “consciência está limpa e sei que sempre agi de acordo com os interesses da
Santa Sé e nunca para meu próprio benefício. Quem me conhece bem pode dar fé
disso”.
Os detalhes do
investimento foram divulgados pela primeira vez pelo ‘Financial Times’, segundo
o qual o dinheiro foi retirado de contas bancárias suíças sob o controle da
Secretaria de Estado e se manteve separado de outras contas correntes do
Vaticano.
O investimento em
Londres, junto com outros quase 50 milhões de dólares investidos em 2018 na
mesma propriedade, levantou perguntas sobre o controle interno do dinheiro do
Vaticano em bancos internacionais e veículos de investimento, especialmente
após repetidos esforços para alinhar as práticas financeiras com práticas e
padrões internacionais.
O Cardeal Becciu
também está envolvido em uma operação de 50 milhões de euros com os quais se pagou
parte de uma dívida de um hospital italiano em falência, uma
operação da qual o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano,
assumiu pessoalmente a responsabilidade.
O Cardeal Parolin
disse em outubro que o investimento imobiliário em Londres era único e que o
fundo em questão parecia estar "bem administrado". “Estamos
trabalhando para esclarecer tudo. Esse acordo foi bastante opaco e agora
estamos tentando esclarecê-lo”, disse o Purpurado à Reuters.
Frente à pergunta
que lhe fizeram no avião, o Papa Francisco disse na terça-feira, 26 de
novembro, que é importante investir o dinheiro recebido "sempre seguro e
dentro da moral" e não "colocá-lo na gaveta, porque essa é uma má
administração".
“Se você faz um
investimento do Óbolo de São Pedro em uma fábrica de armamentos, o Óbolo então
não é Óbolo. Se você faz um investimento e durante anos não mexe no capital,
então não funciona. O Óbolo deve ser gasto em um ano, um ano e meio, até que
chegue a outra coleta que se faz mundialmente. Isso é boa administração: com
segurança. E sim, também se pode comprar uma propriedade, alugá-la e depois
vendê-la, mas com segurança, com todas as seguranças pelo bem das pessoas do
Óbolo”, continuou.
Em seguida, o Papa
se referiu a uma busca e apreensão nos escritórios da Secretaria de
Estado, em 1º de outubro, após a qual vários funcionários foram suspensos como
Mons. Mauro Carlino, que supervisiona a documentação na Secretaria de Estado,
junto com o leigo Tomasso Di Ruzza, da Autoridade de Informação Financeira
(AIF).
“Depois, aconteceu
o que aconteceu, um escândalo e fizeram coisas que não pareciam limpas. Mas a
denúncia não veio de fora. Aquela reforma da metodologia econômica que começou
com Bento XVI foi adiante”, afirmou o Papa
Francisco.
O Santo Padre
explicou que foi o revisor de contas quem, com sua autorização, começou a
investigar as denúncias. “E nisso fiquei contente porque se vê que a
administração vaticana tem recursos para esclarecer as coisas ruins que
acontecem dentro, como neste caso, que se não é o caso do imóvel de Londres,
porque isso ainda não está claro, mas ali havia casos de corrupção”, afirmou.
“Acredito que em
menos de um mês terão início os interrogatórios das cinco pessoas que foram
bloqueadas porque houve indícios de corrupção. Você poderá me dizer: então,
esses cinco são corruptos? Não, a suposição de inocência é uma garantia para
todos, um direito humano. Mas há corrupção, se vê. Com as investigações veremos
se são culpados ou não. É uma coisa feia. Não é bonito que estas coisas
aconteçam no Vaticano”, prosseguiu.
“Mas foi
esclarecido pelos mecanismos internos que começam a funcionar e que o Papa
Bento tinha começado a fazer. Por isso, eu agradeço a Deus, não agradeço a Deus
porque há corrupção, mas porque o sistema de controle vaticano funciona bem”,
indicou o Papa.
A
Autoridade de Informação Financeira (AIF)
Após a resposta do
Papa no avião, outro jornalista também perguntou sobre as finanças do Vaticano,
focando na situação atual da AIF, criada pelo Papa
Bento XVI, em janeiro de 2011, com o objetivo de impedir qualquer
atividade financeira ilegal, como lavagem de dinheiro ou financiamento do
terrorismo.
O Papa Francisco
disse que "o diretor da AIF foi suspenso porque havia suspeitas de má
administração", no sentido "de um controle mal feito. Foi a AIF que,
parece, não controlou os delitos dos outros. O seu dever era controlar. Eu
espero que se prove que não é assim, porque ainda há a presunção de inocência.
Mas, no momento, o magistrado (encarregado do caso) é soberano e deve estudar
como as coisas aconteceram”.
Falando depois
sobre a mudança do presidente da AIF, o Papa disse que seu mandato “concluía no
dia 19. Eu o chamei alguns dias antes e ele não se deu conta de que o estava
chamando, e anunciei que no dia 19 deixava o cargo. Já encontrei o sucessor (de
René Bruelhart), um magistrado de altíssimo nível jurídico e econômico,
nacional e internacional, e na minha volta assumirá o cargo da presidência da
AIF e assim continuará”.
O Pontífice
explicou que a instituição Moneyval, o grupo de especialistas do Conselho da
Europa que supervisiona que não haja lavagem de dinheiro ou financiamento do
terrorismo, “estudará os números, estudará os procedimentos, estudará como agiu
o promotor de justiça” ou fiscal nestes casos.
“Eu sei que nesses
dias começará, ou já começou, o interrogatório das cinco pessoas que foram
suspensas. Não é fácil, mas não devemos ser ingênuos, não devemos ser escravos.
Alguém me disse que com isso tocamos o grupo Egmont, as pessoas se assustam,
fazemos um pouco de terrorismo... Vamos deixar isso de lado. Nós vamos avante
com a lei, com Moneyval, com o novo presidente da AIF. E o diretor foi
suspenso: espero que seja inocente, eu gostaria, porque é algo bom que uma
pessoa seja inocente e não culpada, eu espero. Mas foi feito um pouco de
barulho com este grupo que não queria que fossem tocados os documentos que
pertenciam ao grupo”, continuou o Santo Padre.
O grupo Egmont
reúne 164 autoridades de inteligência financeira no mundo e coordena o trabalho
em conjunto.
“É a primeira vez
no Vaticano que o caso é destampado a partir de dentro, não de fora. De fora,
muitas vezes. Mas nisso o Papa Bento foi sábio, começou um processo que amadureceu,
amadureceu e agora existem as instituições... está funcionando o revisor...
Realmente, não quero ofender o grupo Egmont, porque promove tanto bem e ajuda,
mas neste caso a soberania pertence ao Estado, também a justiça é mais soberana
que o poder executivo. Não é fácil de entender, mas lhes peço que entendam esta
dificuldade”, concluiu o Pontífice.
Oração
Ó Deus, fizestes de São Tiago das Marcas um grande
arauto do Evangelho, para salvação das almas e para chamar os pecadores de
volta ao caminho das virtudes; concedei que, por sua intercessão, purificados
de todo pecado, alcancemos a vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
Evangelho
(Lc 21,20-28)
Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos:
«Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua
destruição está próxima. Então, os que estiverem na Judéia fujam para as
montanhas; os que estiverem na cidade afastem-se dela, e os que estiverem fora
da cidade, nela nem entrem. Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra
tudo o que dizem as Escrituras.
Ai das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá grande angústia na terra e ira contra este povo. Serão abatidos pela espada e levados presos para todas as nações. E Jerusalém será pisada pelos pagãos, até que se complete o tempo marcado para eles. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas. apavoradas com o bramido do mar e das ondas. As pessoas vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as potências celestes serão abaladas. Então, verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima». Palavra de vida eterna.
Ai das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá grande angústia na terra e ira contra este povo. Serão abatidos pela espada e levados presos para todas as nações. E Jerusalém será pisada pelos pagãos, até que se complete o tempo marcado para eles. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas. apavoradas com o bramido do mar e das ondas. As pessoas vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as potências celestes serão abaladas. Então, verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima». Palavra de vida eterna.
«Levantai-vos e
erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima»
Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de
Poblet
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)
Hoje, ao ler este santo Evangelho, como não ver o
reflexo do momento presente, cada vez mais cheio de ameaças e mais tingido de
sangue? «Na terra, as nações ficarão angustiadas, apavoradas com o bramido do
mar e das ondas. As pessoas vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai
acontecer ao mundo» (Lc 21,25b-26a). A segunda vinda do Senhor tem sido
representada, inúmeras vezes, pelas mais aterrorizadoras imagens, como parece
ser neste Evangelho; sempre sob o signo do medo.
Porém, será esta a mensagem que hoje nos dirige o Evangelho? Fiquemos atentos às últimas palavras: «Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima» (Lc 21,28). O núcleo da mensagem destes últimos dias do ano litúrgico não é o medo; mas sim, a esperança da futura libertação, ou seja, a esperança completamente cristã de alcançar a plenitude da vida com o Senhor, na qual participarão, também, nosso corpo e o mundo que nos rodeia. Os acontecimentos narrados tão dramaticamente indicam, de modo simbólico, a participação de toda a criação na segunda vinda do Senhor, como já participou na primeira, especialmente no momento de sua paixão, quando o céu escureceu e a terra tremeu. A dimensão cósmica não será abandonada no final dos tempos, já que é uma dimensão que acompanha o homem desde que entrou no Paraíso.
A esperança do cristão não é enganadora, porque quando essas coisas começarem a acontecer —nos diz o próprio Senhor— «Então, verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e glória» (Lc 21,27). Não vivamos angustiados perante a segunda vinda do Senhor, a sua Parúsia: meditemos, antes, nas profundas palavras de Santo Agostinho que, já no seu tempo, ao ver os cristãos temerosos frente ao regresso do Senhor, se pergunta: «Como pode a Esposa ter medo do seu Esposo?».
Porém, será esta a mensagem que hoje nos dirige o Evangelho? Fiquemos atentos às últimas palavras: «Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima» (Lc 21,28). O núcleo da mensagem destes últimos dias do ano litúrgico não é o medo; mas sim, a esperança da futura libertação, ou seja, a esperança completamente cristã de alcançar a plenitude da vida com o Senhor, na qual participarão, também, nosso corpo e o mundo que nos rodeia. Os acontecimentos narrados tão dramaticamente indicam, de modo simbólico, a participação de toda a criação na segunda vinda do Senhor, como já participou na primeira, especialmente no momento de sua paixão, quando o céu escureceu e a terra tremeu. A dimensão cósmica não será abandonada no final dos tempos, já que é uma dimensão que acompanha o homem desde que entrou no Paraíso.
A esperança do cristão não é enganadora, porque quando essas coisas começarem a acontecer —nos diz o próprio Senhor— «Então, verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e glória» (Lc 21,27). Não vivamos angustiados perante a segunda vinda do Senhor, a sua Parúsia: meditemos, antes, nas profundas palavras de Santo Agostinho que, já no seu tempo, ao ver os cristãos temerosos frente ao regresso do Senhor, se pergunta: «Como pode a Esposa ter medo do seu Esposo?».
Santo do Dia
São Tiago das Marcas
Nasceu na região das Marcas, na Itália, no ano de 1394. Seu nome
de batismo era Domingos.
Ficou órfão ainda menino e foi educado na vida cristã por um tio. Dedicou sua
juventude para diplomar-se em Direito
Civil.
Mas a
vontade de consagrar-se a Deus foi mais forte e o jovem tornou-se um
franciscano, assumindo o nome de Tiago
das Marcas, em homenagem à região onde tinha nascido. Foi discípulo de Bernardino de Sena, o grande
pregador franciscano da época.
Tiago
das Marcas consagrou sua vida à pregação. Percorreu toda a Itália, a Polônia, a Boêmia, a Bósnia e depois foi para
a Hungria, obedecendo a uma ordem
direta de Roma. Permanecia num lugar apenas o tempo suficiente para construir um mosteiro novo ou,
num já existente, restabelecer a observância genuína da Regra da Ordem Franciscana.
Viveu em extrema
penitência e oração, oferecendo seu sacrifício a Deus para o bem da
humanidade, sempre tão necessitada de misericórdia. Fazia jejuns tão severos
que precisou receber o Sacramento da Unção
seis vezes. Ainda assim chegou à idade de oitenta anos. Faleceu
em Nápoles, no dia 28 de novembro de
1476.(Colaboração: Padre Evaldo César
de Souza, C.Ss.R.)
Reflexão:
A
simplicidade de vida marca a existência dos santos de Deus. Quando colocamos
Deus em primeiro lugar em nossa vida, o restante torna-se apenas detalhe, que
administramos de acordo com a inteligência que recebemos do nosso Criador.
Viver de forma simples garante-nos a proximidade com Deus.
TJL@ - A12.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGTAL..COM
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