quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 28.FEVEREIRO.2020


Bodia evangelho

                                              Dia 28 de Fevereiro - Sexta-feira

DEPOIS DAS CINZAS (Roxo - Ofício do dia)

Relíquia da Cruz de Cristo e certificado de autenticação / Foto: Facebook Arquidiocese de Fortaleza
FORTALEZA, 27 Fev. 20 / 04:10 pm (ACI).- Na Quarta-feira de Cinzas, 26 de fevereiro, os católicos de Fortaleza (CE) receberam um grande presente: foi-lhes apresentada a relíquia da Vera Cruz, a Cruz de Cristo, encontrada recentemente na Catedral Metropolitana, e que será exposta para veneração durante a Quaresma.
De acordo com a Arquidiocese de Fortaleza, o Arcebispo, Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, anunciou ao final da Missa de Cinzas “que foi encontrara uma Relíquia da Cruz de Cristo no subsolo da Catedral”. Juntamente com a relíquia, foi encontrado o certificado atestando sua autenticidade.
A relíquia da Vera Cruz foi enviada de Roma e recebida em 29 de março de 1928 pelo primeiro Arcebispo de Fortaleza, Dom Manuel da Silva Gomes.
O pároco da Catedral Metropolitana de Fortaleza, Padre Clairton Alexandrino de Oliveira, contou a ACI Digital que estão realizando uma grande obra no subsolo do templo, onde há muita coisa antiga. “Tenho o cuidado de examinar tudo e, então, achei dentro de uma caixa um crucifixo de prata e com ele estava a mensagem em latim atestando a veracidade da relíquia”.
A descoberta da relíquia se deu em dezembro passado, “perto do Natal”, recordou o sacerdote. Segundo ele, após comunicar ao Arcebispo, este sugeriu que fosse anunciado aos fiéis na Sexta-feira Santa.
Mas, “sugeri a ele que fizéssemos uma catequese com o povo durante a Quaresma, aproveitando para fazer a Via Sacra, meditar, e o Arcebispo concordou”, contou Pe. Clairton.
Desse modo, a relíquia foi apresentada aos fiéis na Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma, e durante todo este tempo litúrgico será exposta para veneração todas as quartas-feiras e sextas-feiras, “no horário da morte de Cristo, ou seja, às 15h”, quando será rezada a Via Sacra.
“Esta é uma oportunidade extraordinária que a providência divina nos dá nesse mundo de tanto relativismo. É oportunidade para meditarmos sobre o verdadeiro significado da redenção, de pensarmos até onde foi o amor de Deus por nós, que deu seu Filho na Cruz para derramar seu sangue por nós. No altar da Cruz, a morte foi derrotada e a vida teve a vitória”, expressou o pároco.
Para o sacerdote, poder venerar a relíquia da Vera Cruz durante a Quaresma é um convite a “viver bem” este tempo litúrgico. “Devemos passar pela cruz e assumir a cruz para, com Cristo, alcançarmos a vitória”, completou.
Relíquia da Vera Cruz
Ao ressaltar que a relíquia encontrada na Catedral de Fortaleza é “atestada pelo Vaticano”, Pe. Clairton recordou que a Cruz de Cristo foi encontrada por volta do ano 326, em Jerusalém, por Santa Helena.
Escritores antigos, como São Crisóstomo e Santo Ambrósio, narraram que, depois de realizar muitas escavações, foram encontradas três cruzes.
Sem saber qual era a de Jesus, levaram até o Monte Calvário uma mulher agonizante e, ao tocá-la com duas das cruzes, nada lhe ocorreu. Mas, ao tocá-la com a terceira cruz, a enferma se recuperou instantaneamente.
Macário, então Bispo de Jerusalém, Santa Helena e milhares de fiéis levaram a cruz em procissão pelas ruas da cidade.
Parte da Cruz ficou em Jerusalém e outros fragmentos foram levados a Roma e, mais tarde, distribuídos a outros locais, tendo um deles sido enviado à Fortaleza na década de 1920.

Antífona de Entrada: O Senhor me ouviu e teve compaixão. O Senhor se tornou o meu amparo (Sl 29,11).
Oração
Querido Deus, mais uma vez celebramos a vida de um mártir. Ajudai-nos a seguir o exemplo da vida de São Serapião e buscar em primeiro lugar a Verdade, que vem do seu Filho Jesus. Que nossa vida seja testemunha do amor que e vivamos a vocação de ser sal da terra e luz do mundo. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Mateus 9,14-15
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
Buscai o bem, não o mal, pois assim vivereis; então o Senhor, nosso Deus, convosco estará! (Am 5,14)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

14Então os discípulos de João, dirigindo-se a Jesus, perguntaram: "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?"
15Jesus respondeu: Podem os amigos do esposo afligir-se enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão.

Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
O ESPOSO ESTÁ PARA PARTIR
Os discípulos de João, atrelados aos dos fariseus, ficavam incomodados com o comportamento dos discípulos de Jesus, no tocante à prática do jejum. Ao supervalorizar este ato de piedade, imaginavam estar dando mostras de santidade e de seriedade de vida. Não acontecendo o mesmo com o grupo de Jesus, concluíam faltar-lhes profundidade. Quiçá os considerassem levianos e desregrados.
Estas considerações não chegaram a influenciar a pedagogia de Jesus, no trato com os discípulos. Servindo-se da metáfora da festa de casamento, estabeleceu uma clara distinção entre o tempo de alegrar-se e o tempo de jejuar. O primeiro corresponderia ao tempo de sua presença, qual um noivo, junto dos que escolhera para estar consigo. Seria o tempo de festejar, comemorar, desfrutar de uma presença tão querida. O segundo diz respeito ao tempo de sua ausência, a ser consumada por meio da morte de cruz. Figurativamente, seria o tempo da ausência do noivo, no qual todos se preparam para sua chegada, e se privam de alimentos, em vista do banquete que será oferecido.
Portanto, os discípulos não jejuavam simplesmente pelo fato de terem ainda Jesus junto de si. O tempo em que o esposo lhes seria tirado estava se aproximando. Aí, sim, o jejum seria uma exigência, em vista de preparar-se para acolher a segunda vinda do Senhor.
Santo do Dia
São Serapião, bispo
Serapião foi um grande monge e bispo de Thmuis, no Egito. Temos poucas informações sobre ele, mas sabemos que estudou na escola catequética de Alexandria. Aí conheceu Santo Antão, de quem se fez discípulo e de quem herdou uma túnica de pêlo. São Serapião também foi grande amigo de Atanásio e lutou contra o arianismo.
Quando recebeu a indicação para tornar-se bispo, São Serapião mostrou-se um pouco triste em ter que abandonar a vida monástica. Para ele a vida de perfeição cristã era a vida do monge.
O santo que hoje comemoramos escreveu muitos livros e cartas pastorais. Quando Atanásio foi preso, Serapião foi até o imperador Constâncio II interceder pelo amigo, mas o grupo dos defensores da heresia ariana conseguiram derrubar Serapião e martirizá-lo em 370 no Egito.
O historiador Eusébio de Cesaréia registra seu martírio, com as seguintes palavras: "Preso Serapião em sua casa, foram-lhe infligidas cruéis torturas. Desfizeram-lhe todas as juntas dos membros e o precipitaram do andar de cima da casa, de cabeça para baixo".(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: O mártir é a testemunha mais genuína da verdade da existência. Ele sabe que, no seu encontro com Jesus Cristo, alcançou a verdade a respeito da sua vida, e nada nem ninguém poderá jamais arrancar-lhe esta certeza. Nem o sofrimento, nem a morte violenta poderão fazê-lo retroceder da adesão à verdade que descobriu no encontro com Cristo.
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

bom dia evangelho - 27. fevereiro. 2020


Bodia evangelho

Dia 27 de Fevereiro - Quinta-feira
DEPOIS DAS CINZAS (Roxo - Ofício do dia)
Papa Francisco na Audiência Geral. Foto: Daniel Ibanez / ACI Prensa
Vaticano, 26 Fev. 20 / 07:50 am (ACI).- O Papa Francisco indicou nesta Quarta-feira de cinzas que a Quaresma é o tempo "para desligar a televisão e abrir a Bíblia” e recordou que o caminho quaresmal consiste na “oração, jejum e obras de misericórdia”.
Estes foram os conselhos dados pelo Pontífice durante a Audiência Geral realizada na Praça de São Pedro esta quarta-feira 26 de fevereiro dedicada ao tema da Quaresma com a imagem da entrada no deserto.
“Hoje quarta-feira de cinzas iniciamos o caminho quaresmal, caminho de quarenta dias para a Páscoa, por volta do coração do ano litúrgico e da fé. É um caminho que segue o de Jesus, quem ao começo de seu ministério se retirou durante quarenta dias para rezar e jejuar, tentado pelo diabo, no deserto”, assinalou o Papa.
Nesta linha, o Pontífice refletiu sobre “o significado espiritual do deserto” e acrescentou que “o deserto é o lugar para afastar do ruído que nos rodeia. É a ausência de palavras para dar capacidade a outra Palavra, a Palavra de Deus, que acaricia nossos corações como uma brisa ligeira”.
“O deserto é o lugar da Palavra, com maiúscula. De fato, na Bíblia, o Senhor gosta de falar conosco no deserto”, disse o Papa quem recordou que “Jesus amava retirar-se cada dia em lugares desertos para rezar”.
Além disso, o Santo Padre destacou que “no deserto se reencontra a intimidade com Deus, o amor do Senhor” e que Jesus “nos ensinou como procurar o Pai, que nos fala no silêncio” mas reconheceu que “não é fácil fazer silêncio no coração”.
“A Quaresma é o tempo adequado para deixar espaço à Palavra de Deus, é o tempo para apagar a televisão e abrir a Bíblia. É o tempo para desconectar do telefone celular e conectar-se ao Evangelho”, afirmou.
Neste sentido, Francisco assinalou que “Jesus, nos chamando ao deserto, convida-nos a escutar o que importa” ao essencial, já que a Quaresma “é o tempo para renunciar a palavras inúteis” assim como também aos “rumores e intrigas” para “falar de si ao Senhor”.
“Olhemos nossas vidas: quantas coisas inúteis nos rodeiam! Perseguimos mil coisas que parecem necessárias e na realidade não o são. Que bom seria para nós nos desfazermos de tantas realidades supérfluas, para redescobrir o que importa, para encontrar os rostos de quem nos rodeia!”, expressou o Papa.
Por isso, o Santo Padre sublinhou que “Jesus nos dá o exemplo, jejuando” porque “jejuar é saber renunciar às coisas vãs, ao supérfluo, para ir ao essencial” e acrescentou que “jejuar não serve somente para emagrecer”. “Jejuar é ir ao essencial, é procurar a beleza de uma vida mais simples”, pontuou.
Finalmente, o Pontífice destacou que o deserto “é o lugar da solidão” e advertiu que “também hoje, perto de nós, há muitos desertos, muitas pessoas sozinhas. São as pessoas sós e abandonadas. Quantas pessoas pobres e anciãs estão perto de nós e vivem em silêncio, sem fazer escândalo, marginados e descartados!” por isso afirmou que “o caminho no deserto quaresmal é um caminho de caridade para quem é mais fraco”.
“Oração, jejum e obras de misericórdia: hei aqui o caminho do deserto quaresmal”, exclamou o Papa quem disse que “no deserto se abre o caminho que nos conduz da morte à vida” e, por isto, animou a entrar neste “deserto da Quaresma” para “seguir Jesus no deserto” porque “com Ele nossos desertos florescerão”.
Depois de pronunciar sua catequese em italiano, o Papa Francisco improvisou em sua saudação aos peregrinos de língua árabe e depois de mencionar aos fiéis de Síria, Egito e do Oriente Médio, mencionando especialmente um grupo procedente do Iraque a quem disse: “a vocês, cidadãos do Iraque lhes digo que lhes sou muito próximo, vocês são um campo de batalha, vocês sofrem uma guerra, de um lado e do outro, rezo por vocês e rezo pela paz de seu país, o qual estava programado para que eu visitasse este ano”.

Oração
Concedei-nos, ó Pai, que a exemplo de São Leandro, lutemos pela transformação da sociedade, oferecendo nossos dons e carismas em favor dos mais esquecidos e necessitados. Faça de nós instrumentos de conversão e ilumine-nos com a luz do Santo Espírito. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Lc 9,22-25)
Dizendo:«É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia. E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?». Palavra de vida eterna.
«Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me»
Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)
Hoje é a primeira quinta-feira da Quaresma. Ainda temos fresca as cinzas que a Igreja nos punha ontem sobre a testa, e que nos introduzia neste tempo santo, que é uma trajetória de quarenta dias. Jesus, no Evangelho, nos ensina duas rotas: o Via Crucis que Ele deve recorrer, e nosso caminho em seu seguimento.
Sua senda é o Caminho da Cruz e da morte, mas também o de sua glorificação: «E acrescentou: «O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia» (Lc 9,22). Nossa senda, não é essencialmente diferente da de Jesus, e nos assinala qual é a maneira de seguí-lo: «Depois Jesus disse a todos: «Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga» (Lc 9,23).
Abraçado a sua Cruz, Jesus seguia a Vontade do Pai; nós, carregando a nossa sobre os ombros, o acompanhamos em sua Via Crucis.
O caminho de Jesus se resume em três palavras: sofrimento, morte, ressurreição. Nosso Sendero também é constituído por três aspectos (duas atitudes e a essência da vocação cristã): negarmos a nós mesmos, tomar cada dia a cruz e acompanhar a Jesus.
Se alguém não se nega a si mesmo e não toma a cruz, quer afirmar-se e ser o mesmo, quer «salvar sua vida», como diz Jesus. Mas, querendo salvá-la, a perderá. Em compensação, quem não se esforça por evitar o sofrimento e a cruz, por causa de Jesus, salvará sua vida. É o paradoxo do seguimento de Jesus: «De fato, que adianta um homem ganhar o mundo inteiro, se perde e destrói a si mesmo?» (Lc 9,25).
Esta palavra do Senhor, que encerra o Evangelho de hoje, agitou o coração de Santo Inácio e provocou sua conversão: «Que aconteceria se eu fizesse o que fez São Francisco e isso que fez Santo Domingo?». Tomara que nesta Quaresma a mesma palavra nos ajude também a converter-nos!

Santo do Dia

São Leandro

Leandro, cujo nome significa força do Leão, nasceu em Cartagena, por volta de 540. Pertencia a uma família de santos: seus irmãos Isidoro, Fulgêncio e Florentina, o acompanham no santoral.
Leandro foi desde jovem um homem dotado de grandes qualidades. Tinha facilidade de falar em público e atraía atenção de todos pela sua simpatia. Tornou-se monge, destacando-se pela oração, estudo e meditação.
Eleito Bispo de Sevilha, criou uma escola, na qual se ensinavam não somente as ciências sagradas, mas também todas as artes conhecidas naquele tempo. Entre os alunos, encontravam-se Hermenegildo e Recaredo, filhos do rei visigodo Leovigildo. Ali começou o processo de conversão de Hermenegildo, que abandonou o arianismo.
Leandro precisou exilar-se por causa da conversão de Hermenegildo, pois o rei passou a persegui-lo. O jovem de Sevilha aproveitou para escrever livros contra o arianismo, provando que Jesus Cristo é Deus verdadeiro e que os hereges estavam equivocados. Quando melhorou a situação, Leandro voltou para Sevilha. Hermenegildo havia sido morto por ordem de seu pai.
Nos últimos anos de sua vida o rei visigodo aconselhou bem seu outro filho, Recaredo, que seria seu sucessor no trono. O novo rei, aconselhado por Leandro, convocou o Concílio III de Toledo, no qual rejeitou a heresia ariana e abraçou a fé católica.
Devemos a São Leandro não apenas a conversão do rei, mas também por ter contribuído para ressurgir a vida cristã por todos os confins da Península: fundaram-se mosteiros, estabeleceram-se paróquias pelos povoados e cidades, novos Concílios de Toledo deram sábias legislações em matérias religiosas e civis.
Diz-se que Leandro foi um verdadeiro estadista e um grande santo. Ao mesmo tempo em que desenvolvia esse trabalho como homem de Estado, nunca esquecia que, como bispo, seu ministério lhe exigia uma profunda vida religiosa e uma dedicação pastoral intensa a seu povo. Pregava sermões, escrevia tratados teológicos, dedicava longos momentos à oração e à penitência e jejum.
Quando idoso sofreu muitas enfermidades, sendo a gota a doença que mais o afligiu. Tudo, porém, suportava com paciência. Morreu em Sevilha, por volta do ano 600.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:Todos nós temos qualidades e dons. São Leandro tinha qualidades políticas e pastorais e as usou para favorecer a evangelização do seu povo. Lutou tenazmente contra as heresias de sua época, mas nunca perdeu a docilidade no trato com as pessoas. Nós também somos convidados a descobrir quais são os dons e carismas que Deus nos concede para lutar pela melhoria da sociedade e da vida das pessoas. Vivendo em união com Deus e com nossos irmãos, fazemos nosso caminho de santidade.
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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 26. FEVEREIRO. 2020


Bom dia evangelho

Dia 26 de Fevereiro - Quarta-feira

CINZAS JEJUM E ABSTINÊNCIA (Roxo, Pref. da Quaresma IV  Ofício do dia da IV semana)

REDAÇÃO CENTRAL, 25 Fev. 20 / 07:00 am (ACI).- Quaresma é um tempo litúrgico em que por 40 dias a Igreja chama os fiéis à penitência e à conversão, para se preparar verdadeiramente para viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo na Semana Santa.
Aqui estão cinco pontos que todo católico deve saber sobre a Quaresma:
1. Oração, mortificação e caridade: as três práticas quaresmais
A oração é uma condição indispensável para o encontro com Deus. Na oração, o cristão entra em diálogo íntimo com o Senhor, deixa que a graça entre em seu coração e, como Maria, abre-se para a oração do Espírito cooperando com ela em sua resposta livre e generosa (ver Lc 1,38).
A mortificação se realiza cotidianamente e sem a necessidade de fazer grandes sacrifícios. Com ela, são oferecidos a Cristo aqueles momentos que geram desânimo no transcorrer do dia e se aceita com humildade, gozo e alegria, todas as diversidades que chegam.
Da mesma forma, saber renunciar a certas coisas legítimas ajuda a viver o desapego e desprendimento. Dentro dessa prática quaresmal, estão o jejum e a abstinência que serão explicados mais adiante.
A caridade é necessária como refere São Leão Magno: “Se desejamos chegar à Páscoa santificados em nosso ser, devemos pôr um interesse especialíssimo na aquisição desta virtude, que contém em si as demais e cobre multidão de pecados”.
Sobre esta prática, São João Paulo II explica que este chamado a dar “está enraizado no mais profundo do coração humano: toda pessoa sente o desejo de colocar-se em contato com os outros e se realiza plenamente quando se dá livremente aos demais”.
2. O jejum e a abstinência
O jejum consiste em fazer uma refeição forte por dia, enquanto a abstinência consiste em não comer carne. Com ambos os sacrifícios, reconhecemos a necessidade de fazer obras para reparar o dano causado por nossos pecados e para o bem da Igreja.
Além disso, de forma voluntária, deixam-se de lado necessidades terrenas e se redescobre a necessidade da vida do céu. “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4,4).
O jejum não proíbe de tomar um pouco de alimento na parte da manhã e à noite. É obrigatório dos 18 aos 59 anos.
Por outro lado, a abstinência, embora proíba o consumo de carne, não é o caso de ovos, leite e qualquer condimento feito a partir de gorduras animais. O jejum é obrigatório a partir de 14 anos de idade.
3. A Quaresma começa com a Quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-feira Santa
Na Quarta-feira de Cinzas começam os 40 dias de preparação para a Páscoa. Após a Missa, o sacerdote abençoa e impõe as cinzas feitas de ramos de oliveira abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. Estas são impostas fazendo o sinal da cruz na testa e dizendo as palavras bíblicas: “Lembra-te que és pó e ao pó retornarás” ou “Convertei-vos e crede no Evangelho”. Desta forma, a cinza é um sinal de humildade e recorda ao cristão sua origem e seu fim.
A Quaresma termina na Quinta-feira Santa. Nesse dia, a Igreja recorda a Última Ceia do Senhor, quando Jesus de Nazaré compartilhou a refeição pela última vez com seus apóstolos antes de ser crucificado na Sexta-feira Santa.
4. A duração da Quaresma está baseada na simbologia do número 40 na Bíblia
Os 40 dias da Quaresma representam o mesmo número de dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, os quarenta dias do dilúvio, os quarenta dias da marcha do povo judeu pelo deserto, os quarenta dias de Moisés e Elias na montanha e os 400 anos que durou a estadia dos judeus no Egito.
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provas e dificuldades.
5. Na Quaresma, a cor litúrgica é o roxo
A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, penitência, conversão espiritual; tempo para preparar o mistério pascal.
Oração
 Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Porfírio de Gaza, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Mateus 6,1-6.16-18
Jesus Cristo, sois bendito, sois o ungido de Deus Pai!
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, 6 1Disse Jesus: "Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu.
2Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
3Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
4Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.
5Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
6Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.
16Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
17Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto.
18Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á".

Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
COMO AGRADAR A DEUS
A prática quaresmal da esmola, da oração e do jejum tem a finalidade de sintonizar-nos com a vontade do Pai, de forma a preparar-nos, da melhor maneira possível, para a celebração da Páscoa. As três práticas de piedade visam refazer nossa amizade com o Pai, enquanto discípulos de Jesus. Têm como objetivo tornar-nos agradáveis a ele. De onde a importância de serem vividas segundo as orientações dadas pelo Mestre Jesus.
Existem maneiras incorretas de dar esmolas, rezar e jejuar. Portando, vazias e inúteis. Isto acontece com quem se serve destes atos para fazer exibição de piedade, pretendendo passar por santos aos olhos dos outros. Mas, também, com quem dá esmola de maneira mecânica, sem comprometer-se com o gesto de dar; com quem transforma a oração num amontoado de palavras, sem interioridade nem unção; com quem jejua para cumprir um preceito, embora desconheça o valor de seu gesto.
O reverso da medalha corresponde à forma efetiva de agradar a Deus. Neste caso, a esmola será expressão da misericórdia que existe no coração de quem se faz solidário com a carência alheia; a oração consistirá mais em escutar do que em falar; o jejum corresponderá a um esforço sincero de controlar os próprios instintos e paixões, de forma a não desviarem o ser humano do caminho de Deus.
A melhor forma de agradar a Deus será pôr em prática tudo isto no humilde escondimento.
Oração
Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma, para que a penitência nos fortaleça no combate contra o espírito do mal. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Santo do Dia

 São Porfírio de Gaza
Nasceu na Tessalônica em 353 e morreu em Gaza em 420. São Porfírio nasceu de uma família rica e com vinte e cinco anos mudou-se para o Egito, onde entrou no monastério de Esquete, no deserto. Cinco anos depois ele viajou para a Palestina, para visitar os lugares santos, e residiu numa caverna perto do Rio Jordão por mais cinco anos, em profunda solidão.
Neste período ele adoeceu profundamente e resolveu gastar seus últimos dias em Jerusalém, onde poderia estar perto dos lugares onde Jesus Cristo viveu. Sua austeridade era tão grande que a doença agravou e ele só podia visitar os lugares santos apoiado num pedaço de madeira.
Um amigo seu, chamado Marcos, propôs a ajudá-lo, oferecendo seu braço, mas Porfírio recusou a ajuda dizendo: “Eu vim até a Palestina para procurar o perdão dos meus pecados e não devo procurar o conforto de ninguém”, dizia Porfírio.
Neste sofrimento ele viveu alguns anos, com olhar sereno e feliz. Só uma coisa ainda o incomodava: sua riqueza deixada na Tessalônica. Um dia, chamou seu amigo Marcos e lhe deu ordens para ir até sua casa e vender suas propriedades. Três meses depois, seu amigo retornou trazendo grande quantia em ouro. Porfírio o recebeu com alegria, pois estava completamente recuperado de sua enfermidade.
O santo explicou ao amigo que, dias antes, durante um acesso de febre, ele tinha sentido vontade de caminhar até o Calvário. Lá chegando, ele teve uma queda como um desmaio e pensou ter visto Cristo na cruz. Implorou ao Mestre que o levasse com Ele para o Paraíso. Jesus então apontou-lhe a cruz e pediu que ele a carregasse. São Porfírio tomou então a cruz nos ombros e quando acordou estava completamente recuperado da doença.
O santo distribuiu, então, seus bens entre os pobres da Palestina. Para sobreviver, Porfírio aprendeu a fazer sapatos e tornou-se um grande sapateiro.
No fim da vida, Porfírio retornou para Gaza, foi ordenado bispo e passou a defender a fé contra o ataque constante dos pagãos. Diz a história que, em Gaza, terrível seca assolava os campos. Os pagãos culpavam os cristãos e não queriam receber Porfírio entre eles. Às portas da cidade, Porfírio rezou a Deus e a chuva caiu com abundância. Assim, ele foi reconhecido pelos cidadãos de Gaza e pôde entrar na cidade.
Porfírio retirou do maior templo da cidade os ídolos pagãos e construiu uma grande Igreja, consagrada em 408. Na ocasião de sua morte, sua diocese era toda cristã, conforme o testemunho de seu amigo Marcos, que escreveu a biografia do santo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:A vida de São Porfírio está cercada de lendas e tradições. Ele fascinava o povo. As pessoas simples encontravam em São Porfírio a expressão de sua alma. Nosso santo foi um eremita, mas nunca deixou de caminhar ao encontro do Cristo. Faleceu muito idoso, sempre no exercício zeloso de suas funções pastorais. Nós também somos chamados a seguir o caminho de Jesus Cristo, seja assumindo nossa vocação à vida ministerial, consagrada ou leiga. O importante é ter Jesus Cristo como meta de nossa vida. Só com Ele somos capazes de carregar nossas cruzes.
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