quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

bom dia evangelho - 27. fevereiro. 2020


Bodia evangelho

Dia 27 de Fevereiro - Quinta-feira
DEPOIS DAS CINZAS (Roxo - Ofício do dia)
Papa Francisco na Audiência Geral. Foto: Daniel Ibanez / ACI Prensa
Vaticano, 26 Fev. 20 / 07:50 am (ACI).- O Papa Francisco indicou nesta Quarta-feira de cinzas que a Quaresma é o tempo "para desligar a televisão e abrir a Bíblia” e recordou que o caminho quaresmal consiste na “oração, jejum e obras de misericórdia”.
Estes foram os conselhos dados pelo Pontífice durante a Audiência Geral realizada na Praça de São Pedro esta quarta-feira 26 de fevereiro dedicada ao tema da Quaresma com a imagem da entrada no deserto.
“Hoje quarta-feira de cinzas iniciamos o caminho quaresmal, caminho de quarenta dias para a Páscoa, por volta do coração do ano litúrgico e da fé. É um caminho que segue o de Jesus, quem ao começo de seu ministério se retirou durante quarenta dias para rezar e jejuar, tentado pelo diabo, no deserto”, assinalou o Papa.
Nesta linha, o Pontífice refletiu sobre “o significado espiritual do deserto” e acrescentou que “o deserto é o lugar para afastar do ruído que nos rodeia. É a ausência de palavras para dar capacidade a outra Palavra, a Palavra de Deus, que acaricia nossos corações como uma brisa ligeira”.
“O deserto é o lugar da Palavra, com maiúscula. De fato, na Bíblia, o Senhor gosta de falar conosco no deserto”, disse o Papa quem recordou que “Jesus amava retirar-se cada dia em lugares desertos para rezar”.
Além disso, o Santo Padre destacou que “no deserto se reencontra a intimidade com Deus, o amor do Senhor” e que Jesus “nos ensinou como procurar o Pai, que nos fala no silêncio” mas reconheceu que “não é fácil fazer silêncio no coração”.
“A Quaresma é o tempo adequado para deixar espaço à Palavra de Deus, é o tempo para apagar a televisão e abrir a Bíblia. É o tempo para desconectar do telefone celular e conectar-se ao Evangelho”, afirmou.
Neste sentido, Francisco assinalou que “Jesus, nos chamando ao deserto, convida-nos a escutar o que importa” ao essencial, já que a Quaresma “é o tempo para renunciar a palavras inúteis” assim como também aos “rumores e intrigas” para “falar de si ao Senhor”.
“Olhemos nossas vidas: quantas coisas inúteis nos rodeiam! Perseguimos mil coisas que parecem necessárias e na realidade não o são. Que bom seria para nós nos desfazermos de tantas realidades supérfluas, para redescobrir o que importa, para encontrar os rostos de quem nos rodeia!”, expressou o Papa.
Por isso, o Santo Padre sublinhou que “Jesus nos dá o exemplo, jejuando” porque “jejuar é saber renunciar às coisas vãs, ao supérfluo, para ir ao essencial” e acrescentou que “jejuar não serve somente para emagrecer”. “Jejuar é ir ao essencial, é procurar a beleza de uma vida mais simples”, pontuou.
Finalmente, o Pontífice destacou que o deserto “é o lugar da solidão” e advertiu que “também hoje, perto de nós, há muitos desertos, muitas pessoas sozinhas. São as pessoas sós e abandonadas. Quantas pessoas pobres e anciãs estão perto de nós e vivem em silêncio, sem fazer escândalo, marginados e descartados!” por isso afirmou que “o caminho no deserto quaresmal é um caminho de caridade para quem é mais fraco”.
“Oração, jejum e obras de misericórdia: hei aqui o caminho do deserto quaresmal”, exclamou o Papa quem disse que “no deserto se abre o caminho que nos conduz da morte à vida” e, por isto, animou a entrar neste “deserto da Quaresma” para “seguir Jesus no deserto” porque “com Ele nossos desertos florescerão”.
Depois de pronunciar sua catequese em italiano, o Papa Francisco improvisou em sua saudação aos peregrinos de língua árabe e depois de mencionar aos fiéis de Síria, Egito e do Oriente Médio, mencionando especialmente um grupo procedente do Iraque a quem disse: “a vocês, cidadãos do Iraque lhes digo que lhes sou muito próximo, vocês são um campo de batalha, vocês sofrem uma guerra, de um lado e do outro, rezo por vocês e rezo pela paz de seu país, o qual estava programado para que eu visitasse este ano”.

Oração
Concedei-nos, ó Pai, que a exemplo de São Leandro, lutemos pela transformação da sociedade, oferecendo nossos dons e carismas em favor dos mais esquecidos e necessitados. Faça de nós instrumentos de conversão e ilumine-nos com a luz do Santo Espírito. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Lc 9,22-25)
Dizendo:«É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia. E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?». Palavra de vida eterna.
«Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me»
Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)
Hoje é a primeira quinta-feira da Quaresma. Ainda temos fresca as cinzas que a Igreja nos punha ontem sobre a testa, e que nos introduzia neste tempo santo, que é uma trajetória de quarenta dias. Jesus, no Evangelho, nos ensina duas rotas: o Via Crucis que Ele deve recorrer, e nosso caminho em seu seguimento.
Sua senda é o Caminho da Cruz e da morte, mas também o de sua glorificação: «E acrescentou: «O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia» (Lc 9,22). Nossa senda, não é essencialmente diferente da de Jesus, e nos assinala qual é a maneira de seguí-lo: «Depois Jesus disse a todos: «Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga» (Lc 9,23).
Abraçado a sua Cruz, Jesus seguia a Vontade do Pai; nós, carregando a nossa sobre os ombros, o acompanhamos em sua Via Crucis.
O caminho de Jesus se resume em três palavras: sofrimento, morte, ressurreição. Nosso Sendero também é constituído por três aspectos (duas atitudes e a essência da vocação cristã): negarmos a nós mesmos, tomar cada dia a cruz e acompanhar a Jesus.
Se alguém não se nega a si mesmo e não toma a cruz, quer afirmar-se e ser o mesmo, quer «salvar sua vida», como diz Jesus. Mas, querendo salvá-la, a perderá. Em compensação, quem não se esforça por evitar o sofrimento e a cruz, por causa de Jesus, salvará sua vida. É o paradoxo do seguimento de Jesus: «De fato, que adianta um homem ganhar o mundo inteiro, se perde e destrói a si mesmo?» (Lc 9,25).
Esta palavra do Senhor, que encerra o Evangelho de hoje, agitou o coração de Santo Inácio e provocou sua conversão: «Que aconteceria se eu fizesse o que fez São Francisco e isso que fez Santo Domingo?». Tomara que nesta Quaresma a mesma palavra nos ajude também a converter-nos!

Santo do Dia

São Leandro

Leandro, cujo nome significa força do Leão, nasceu em Cartagena, por volta de 540. Pertencia a uma família de santos: seus irmãos Isidoro, Fulgêncio e Florentina, o acompanham no santoral.
Leandro foi desde jovem um homem dotado de grandes qualidades. Tinha facilidade de falar em público e atraía atenção de todos pela sua simpatia. Tornou-se monge, destacando-se pela oração, estudo e meditação.
Eleito Bispo de Sevilha, criou uma escola, na qual se ensinavam não somente as ciências sagradas, mas também todas as artes conhecidas naquele tempo. Entre os alunos, encontravam-se Hermenegildo e Recaredo, filhos do rei visigodo Leovigildo. Ali começou o processo de conversão de Hermenegildo, que abandonou o arianismo.
Leandro precisou exilar-se por causa da conversão de Hermenegildo, pois o rei passou a persegui-lo. O jovem de Sevilha aproveitou para escrever livros contra o arianismo, provando que Jesus Cristo é Deus verdadeiro e que os hereges estavam equivocados. Quando melhorou a situação, Leandro voltou para Sevilha. Hermenegildo havia sido morto por ordem de seu pai.
Nos últimos anos de sua vida o rei visigodo aconselhou bem seu outro filho, Recaredo, que seria seu sucessor no trono. O novo rei, aconselhado por Leandro, convocou o Concílio III de Toledo, no qual rejeitou a heresia ariana e abraçou a fé católica.
Devemos a São Leandro não apenas a conversão do rei, mas também por ter contribuído para ressurgir a vida cristã por todos os confins da Península: fundaram-se mosteiros, estabeleceram-se paróquias pelos povoados e cidades, novos Concílios de Toledo deram sábias legislações em matérias religiosas e civis.
Diz-se que Leandro foi um verdadeiro estadista e um grande santo. Ao mesmo tempo em que desenvolvia esse trabalho como homem de Estado, nunca esquecia que, como bispo, seu ministério lhe exigia uma profunda vida religiosa e uma dedicação pastoral intensa a seu povo. Pregava sermões, escrevia tratados teológicos, dedicava longos momentos à oração e à penitência e jejum.
Quando idoso sofreu muitas enfermidades, sendo a gota a doença que mais o afligiu. Tudo, porém, suportava com paciência. Morreu em Sevilha, por volta do ano 600.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:Todos nós temos qualidades e dons. São Leandro tinha qualidades políticas e pastorais e as usou para favorecer a evangelização do seu povo. Lutou tenazmente contra as heresias de sua época, mas nunca perdeu a docilidade no trato com as pessoas. Nós também somos convidados a descobrir quais são os dons e carismas que Deus nos concede para lutar pela melhoria da sociedade e da vida das pessoas. Vivendo em união com Deus e com nossos irmãos, fazemos nosso caminho de santidade.
tjl@ - a12.com – domtotal.com – acidigital.com –evangeli.net


Nenhum comentário:

Postar um comentário