Bom dia
evangelho
Dia 26 de Fevereiro - Quarta-feira
CINZAS JEJUM E ABSTINÊNCIA (Roxo, Pref. da Quaresma IV Ofício do dia da IV semana)
REDAÇÃO CENTRAL, 25 Fev. 20 / 07:00 am (ACI).- A Quaresma é um tempo litúrgico em que por
40 dias a Igreja chama
os fiéis à penitência e à conversão, para se preparar verdadeiramente para
viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo na Semana Santa.
Aqui
estão cinco pontos que todo católico deve saber sobre a Quaresma:
1. Oração, mortificação e
caridade: as três práticas quaresmais
A
oração é uma condição indispensável para o encontro com Deus. Na oração, o
cristão entra em diálogo íntimo com o Senhor, deixa que a graça entre em seu
coração e, como Maria, abre-se para a oração do Espírito cooperando com ela em
sua resposta livre e generosa (ver Lc 1,38).
A
mortificação se realiza cotidianamente e sem a necessidade de fazer grandes
sacrifícios. Com ela, são oferecidos a Cristo aqueles momentos que geram
desânimo no transcorrer do dia e se aceita com humildade, gozo e alegria, todas
as diversidades que chegam.
Da
mesma forma, saber renunciar a certas coisas legítimas ajuda a viver o desapego
e desprendimento. Dentro dessa prática quaresmal, estão o jejum e a abstinência
que serão explicados mais adiante.
A
caridade é necessária como refere São Leão Magno: “Se desejamos chegar à Páscoa
santificados em nosso ser, devemos pôr um interesse especialíssimo na aquisição
desta virtude, que contém em si as demais e cobre multidão de pecados”.
Sobre
esta prática, São João Paulo II explica que este chamado a dar “está enraizado
no mais profundo do coração humano: toda pessoa sente o desejo de colocar-se em
contato com os outros e se realiza plenamente quando se dá livremente aos
demais”.
2. O jejum e a abstinência
O
jejum consiste em fazer uma refeição forte por dia, enquanto a abstinência
consiste em não comer carne. Com ambos os sacrifícios, reconhecemos a
necessidade de fazer obras para reparar o dano causado por nossos pecados e
para o bem da Igreja.
Além
disso, de forma voluntária, deixam-se de lado necessidades terrenas e se
redescobre a necessidade da vida do céu. “Não só de pão vive o homem,
mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4,4).
O
jejum não proíbe de tomar um pouco de alimento na parte da manhã e à noite. É
obrigatório dos 18 aos 59 anos.
Por
outro lado, a abstinência, embora proíba o consumo de carne, não é o caso de
ovos, leite e qualquer condimento feito a partir de gorduras animais. O jejum é
obrigatório a partir de 14 anos de idade.
3. A Quaresma começa com a
Quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-feira Santa
Na
Quarta-feira de Cinzas começam os 40 dias de preparação para a Páscoa. Após a Missa, o
sacerdote abençoa e impõe as cinzas feitas de ramos de oliveira abençoados no Domingo de Ramos do
ano anterior. Estas são impostas fazendo o sinal da cruz na testa e dizendo as
palavras bíblicas: “Lembra-te que és pó e ao pó retornarás” ou “Convertei-vos e
crede no Evangelho”. Desta forma, a cinza é um sinal de humildade e recorda ao
cristão sua origem e seu fim.
A
Quaresma termina na Quinta-feira Santa. Nesse dia, a Igreja recorda a Última
Ceia do Senhor, quando Jesus de Nazaré compartilhou a refeição pela última vez
com seus apóstolos antes de ser crucificado na Sexta-feira Santa.
4. A duração da Quaresma está
baseada na simbologia do número 40 na Bíblia
Os
40 dias da Quaresma representam o mesmo número de dias que Jesus passou no
deserto antes de começar sua vida pública, os quarenta dias do dilúvio, os
quarenta dias da marcha do povo judeu pelo deserto, os quarenta dias de Moisés
e Elias na montanha e os 400 anos que durou a estadia dos judeus no Egito.
Na
Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros
significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provas e dificuldades.
5. Na Quaresma, a cor litúrgica
é o roxo
A
cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo
de reflexão, penitência, conversão espiritual; tempo para preparar o mistério
pascal.
Oração
Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Porfírio de Gaza,
animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua
intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória.
Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Mateus
6,1-6.16-18
Jesus
Cristo, sois bendito, sois o ungido de Deus Pai!
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 6 1Disse Jesus: "Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu.
2Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
3Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
4Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.
5Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
6Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.
16Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
17Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto.
18Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á".
Palavra da Salvação.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 6 1Disse Jesus: "Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu.
2Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
3Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
4Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.
5Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
6Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.
16Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
17Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto.
18Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á".
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
COMO AGRADAR
A DEUS
A prática quaresmal da esmola, da
oração e do jejum tem a finalidade de sintonizar-nos com a vontade do Pai, de
forma a preparar-nos, da melhor maneira possível, para a celebração da Páscoa.
As três práticas de piedade visam refazer nossa amizade com o Pai, enquanto
discípulos de Jesus. Têm como objetivo tornar-nos agradáveis a ele. De onde a
importância de serem vividas segundo as orientações dadas pelo Mestre Jesus.
Existem maneiras incorretas de
dar esmolas, rezar e jejuar. Portando, vazias e inúteis. Isto acontece com quem
se serve destes atos para fazer exibição de piedade, pretendendo passar por
santos aos olhos dos outros. Mas, também, com quem dá esmola de maneira
mecânica, sem comprometer-se com o gesto de dar; com quem transforma a oração
num amontoado de palavras, sem interioridade nem unção; com quem jejua para
cumprir um preceito, embora desconheça o valor de seu gesto.
O reverso da medalha corresponde
à forma efetiva de agradar a Deus. Neste caso, a esmola será expressão da
misericórdia que existe no coração de quem se faz solidário com a carência
alheia; a oração consistirá mais em escutar do que em falar; o jejum
corresponderá a um esforço sincero de controlar os próprios instintos e paixões,
de forma a não desviarem o ser humano do caminho de Deus.
A melhor forma de agradar a Deus
será pôr em prática tudo isto no humilde escondimento.
Oração
Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, iniciar com este dia de jejum o
tempo da Quaresma, para que a penitência nos fortaleça no combate contra o
espírito do mal. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Santo do Dia
Nasceu
na Tessalônica em 353 e morreu em Gaza em 420. São Porfírio nasceu de uma
família rica e com vinte e cinco anos mudou-se para o Egito, onde entrou no
monastério de Esquete, no deserto. Cinco anos depois ele viajou para a
Palestina, para visitar os lugares santos, e residiu numa caverna perto do Rio
Jordão por mais cinco anos, em profunda solidão.
Neste
período ele adoeceu profundamente e resolveu gastar seus últimos dias em
Jerusalém, onde poderia estar perto dos lugares onde Jesus Cristo viveu. Sua
austeridade era tão grande que a doença agravou e ele só podia visitar os
lugares santos apoiado num pedaço de madeira.
Um
amigo seu, chamado Marcos, propôs a ajudá-lo, oferecendo seu braço, mas
Porfírio recusou a ajuda dizendo: “Eu vim até a Palestina para procurar o
perdão dos meus pecados e não devo procurar o conforto de ninguém”, dizia
Porfírio.
Neste
sofrimento ele viveu alguns anos, com olhar sereno e feliz. Só uma coisa ainda
o incomodava: sua riqueza deixada na Tessalônica. Um dia, chamou seu amigo
Marcos e lhe deu ordens para ir até sua casa e vender suas propriedades. Três
meses depois, seu amigo retornou trazendo grande quantia em ouro. Porfírio o
recebeu com alegria, pois estava completamente recuperado de sua enfermidade.
O santo
explicou ao amigo que, dias antes, durante um acesso de febre, ele tinha
sentido vontade de caminhar até o Calvário. Lá chegando, ele teve uma queda
como um desmaio e pensou ter visto Cristo na cruz. Implorou ao Mestre que o levasse
com Ele para o Paraíso. Jesus então apontou-lhe a cruz e pediu que ele a
carregasse. São Porfírio tomou então a cruz nos ombros e quando acordou estava
completamente recuperado da doença.
O santo
distribuiu, então, seus bens entre os pobres da Palestina. Para sobreviver,
Porfírio aprendeu a fazer sapatos e tornou-se um grande sapateiro.
No fim
da vida, Porfírio retornou para Gaza, foi ordenado bispo e passou a defender a
fé contra o ataque constante dos pagãos. Diz a história que, em Gaza, terrível
seca assolava os campos. Os pagãos culpavam os cristãos e não queriam receber
Porfírio entre eles. Às portas da cidade, Porfírio rezou a Deus e a chuva caiu
com abundância. Assim, ele foi reconhecido pelos cidadãos de Gaza e pôde entrar
na cidade.
Porfírio
retirou do maior templo da cidade os ídolos pagãos e construiu uma grande
Igreja, consagrada em 408. Na ocasião de sua morte, sua diocese era toda
cristã, conforme o testemunho de seu amigo Marcos, que escreveu a biografia do
santo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:A vida de São Porfírio está cercada de lendas e tradições. Ele
fascinava o povo. As pessoas simples encontravam em São Porfírio a expressão de
sua alma. Nosso santo foi um eremita, mas nunca deixou de caminhar ao encontro
do Cristo. Faleceu muito idoso, sempre no exercício zeloso de suas funções
pastorais. Nós também somos chamados a seguir o caminho de Jesus Cristo, seja
assumindo nossa vocação à vida ministerial, consagrada ou leiga. O importante é
ter Jesus Cristo como meta de nossa vida. Só com Ele somos capazes de carregar
nossas cruzes.
tjl@ - a12.com – domtotal.com – acidigital.com –evangeli.net
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