Relíquia
da Cruz de Cristo e certificado de autenticação / Foto: Facebook Arquidiocese
de Fortaleza
FORTALEZA, 27 Fev. 20 / 04:10 pm (ACI).- Na Quarta-feira de
Cinzas, 26 de fevereiro, os católicos de Fortaleza (CE) receberam um grande
presente: foi-lhes apresentada a relíquia da Vera Cruz, a Cruz de Cristo,
encontrada recentemente na Catedral Metropolitana, e que será exposta para
veneração durante a Quaresma.
De acordo com a
Arquidiocese de Fortaleza, o Arcebispo, Dom José Antônio Aparecido Tosi
Marques, anunciou ao final da Missa de
Cinzas “que foi encontrara uma Relíquia da Cruz de Cristo no subsolo da
Catedral”. Juntamente com a relíquia, foi encontrado o certificado atestando
sua autenticidade.
A relíquia da Vera
Cruz foi enviada de Roma e recebida em 29 de março de 1928 pelo primeiro
Arcebispo de Fortaleza, Dom Manuel da Silva Gomes.
O pároco da
Catedral Metropolitana de Fortaleza, Padre Clairton Alexandrino de Oliveira,
contou a ACI Digital que estão
realizando uma grande obra no subsolo do templo, onde há muita coisa antiga.
“Tenho o cuidado de examinar tudo e, então, achei dentro de uma caixa um
crucifixo de prata e com ele estava a mensagem em latim atestando a veracidade
da relíquia”.
A descoberta da
relíquia se deu em dezembro passado, “perto do Natal”,
recordou o sacerdote. Segundo ele, após comunicar ao Arcebispo, este sugeriu
que fosse anunciado aos fiéis na Sexta-feira Santa.
Mas, “sugeri a ele
que fizéssemos uma catequese com o povo durante a Quaresma, aproveitando para
fazer a Via Sacra, meditar, e o Arcebispo concordou”, contou Pe. Clairton.
Desse modo, a
relíquia foi apresentada aos fiéis na Quarta-feira de Cinzas, início da
Quaresma, e durante todo este tempo litúrgico será exposta para veneração todas
as quartas-feiras e sextas-feiras, “no horário da morte de Cristo, ou seja, às
15h”, quando será rezada a Via Sacra.
“Esta é uma
oportunidade extraordinária que a providência divina nos dá nesse mundo de
tanto relativismo. É oportunidade para meditarmos sobre o verdadeiro
significado da redenção, de pensarmos até onde foi o amor de Deus por nós, que
deu seu Filho na Cruz para derramar seu sangue por nós. No altar da Cruz, a
morte foi derrotada e a vida teve a vitória”,
expressou o pároco.
Para o sacerdote,
poder venerar a relíquia da Vera Cruz durante a Quaresma é um convite a “viver
bem” este tempo litúrgico. “Devemos passar pela cruz e assumir a cruz para, com
Cristo, alcançarmos a vitória”, completou.
Relíquia
da Vera Cruz
Ao ressaltar que a
relíquia encontrada na Catedral de Fortaleza é “atestada pelo Vaticano”, Pe.
Clairton recordou que a Cruz de Cristo foi encontrada por volta do ano 326, em
Jerusalém, por Santa Helena.
Escritores antigos,
como São Crisóstomo e Santo Ambrósio, narraram que, depois de realizar muitas
escavações, foram encontradas três cruzes.
Sem saber qual era
a de Jesus, levaram até o Monte Calvário uma mulher agonizante e, ao tocá-la
com duas das cruzes, nada lhe ocorreu. Mas, ao tocá-la com a terceira cruz, a
enferma se recuperou instantaneamente.
Macário, então
Bispo de Jerusalém, Santa Helena e milhares de fiéis levaram a cruz em
procissão pelas ruas da cidade.
Parte da Cruz ficou
em Jerusalém e outros fragmentos foram levados a Roma e, mais tarde, distribuídos
a outros locais, tendo um deles sido enviado à Fortaleza na década de 1920.
Antífona de Entrada:
O Senhor me ouviu e teve compaixão. O
Senhor se tornou o meu amparo (Sl 29,11).
Oração
Querido Deus, mais uma vez celebramos a vida de um
mártir. Ajudai-nos a seguir o exemplo da vida de São Serapião e buscar em
primeiro lugar a Verdade, que vem do seu Filho Jesus. Que nossa vida seja
testemunha do amor que e vivamos a vocação de ser sal da terra e luz do mundo.
Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Mateus
9,14-15
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro
na partilha!
Buscai o bem, não o mal, pois assim vivereis; então o Senhor, nosso Deus, convosco estará! (Am 5,14)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
9 14Então os discípulos de João, dirigindo-se a Jesus, perguntaram: "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?"
15Jesus respondeu: Podem os amigos do esposo afligir-se enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão.
Palavra da Salvação.
Buscai o bem, não o mal, pois assim vivereis; então o Senhor, nosso Deus, convosco estará! (Am 5,14)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
9 14Então os discípulos de João, dirigindo-se a Jesus, perguntaram: "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?"
15Jesus respondeu: Podem os amigos do esposo afligir-se enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão.
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
O ESPOSO
ESTÁ PARA PARTIR
Os discípulos de João, atrelados
aos dos fariseus, ficavam incomodados com o comportamento dos discípulos de
Jesus, no tocante à prática do jejum. Ao supervalorizar este ato de piedade,
imaginavam estar dando mostras de santidade e de seriedade de vida. Não
acontecendo o mesmo com o grupo de Jesus, concluíam faltar-lhes profundidade.
Quiçá os considerassem levianos e desregrados.
Estas considerações não chegaram
a influenciar a pedagogia de Jesus, no trato com os discípulos. Servindo-se da
metáfora da festa de casamento, estabeleceu uma clara distinção entre o tempo
de alegrar-se e o tempo de jejuar. O primeiro corresponderia ao tempo de sua
presença, qual um noivo, junto dos que escolhera para estar consigo. Seria o
tempo de festejar, comemorar, desfrutar de uma presença tão querida. O segundo
diz respeito ao tempo de sua ausência, a ser consumada por meio da morte de
cruz. Figurativamente, seria o tempo da ausência do noivo, no qual todos se
preparam para sua chegada, e se privam de alimentos, em vista do banquete que
será oferecido.
Portanto, os discípulos não
jejuavam simplesmente pelo fato de terem ainda Jesus junto de si. O tempo em
que o esposo lhes seria tirado estava se aproximando. Aí, sim, o jejum seria
uma exigência, em vista de preparar-se para acolher a segunda vinda do Senhor.
Santo do Dia
São Serapião, bispo
Serapião foi um
grande monge e bispo de Thmuis, no Egito. Temos poucas informações sobre ele,
mas sabemos que estudou na escola catequética de Alexandria. Aí conheceu Santo
Antão, de quem se fez discípulo e de quem herdou uma túnica de pêlo. São
Serapião também foi grande amigo de Atanásio e lutou contra o arianismo.
Quando recebeu a
indicação para tornar-se bispo, São Serapião mostrou-se um pouco triste em ter
que abandonar a vida monástica. Para ele a vida de perfeição cristã era a vida
do monge.
O santo que hoje
comemoramos escreveu muitos livros e cartas pastorais. Quando Atanásio foi
preso, Serapião foi até o imperador Constâncio II interceder pelo amigo, mas o
grupo dos defensores da heresia ariana conseguiram derrubar Serapião e
martirizá-lo em 370 no Egito.
O historiador
Eusébio de Cesaréia registra seu martírio, com as seguintes palavras:
"Preso Serapião em sua casa, foram-lhe infligidas cruéis torturas.
Desfizeram-lhe todas as juntas dos membros e o precipitaram do andar de cima da
casa, de cabeça para baixo".(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: O
mártir é a testemunha mais genuína da verdade da existência. Ele sabe que, no
seu encontro com Jesus Cristo, alcançou a verdade a respeito da sua vida, e
nada nem ninguém poderá jamais arrancar-lhe esta certeza. Nem o sofrimento, nem
a morte violenta poderão fazê-lo retroceder da adesão à verdade que descobriu
no encontro com Cristo.
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