quinta-feira, 31 de março de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 01 DE ABRIL DE 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


01 ABRIL DE 2022-Sexta-feira da 4ª semana da Quaresma

Ucrânia. Números da solidariedade: Caritas e Igreja ao lado do povo

Mais de 3,8 milhões de refugiados ucranianos fugiram do país e mais de 1,8 milhões de crianças foram forçadas a fugir por causa da guerra. Há mais de 6,6 milhões de deslocados internos em todo o país e cerca de 12 milhões de pessoas que necessitam de assistência humanitária. Há quase um mês, a Caritas-Spes e a Caritas Ucrânia vêm fazendo o melhor que podem para administrar a crise humanitária. Desde o início das ações militares, elas vêm realizando suas atividades de assistência aos necessitados(Vatican News)

Oração:  São Hugo de Grenoble, alcançai-me uma vida de contemplação, oração, escuta de Deus, trabalho e disciplina, a fim de que eu não desperdice meu tempo com coisas levianas e passageiras que comprometam minha salvação. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Evangelho (Jo 7,1-2.10.14.25-30)

 Depois disso, Jesus percorria a Galileia; não queria andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. Estava próxima a festa dos judeus, chamada das Tendas. Depois que seus irmãos subiram para a festa, Jesus subiu também, não publicamente, mas em segredo.
Lá pelo meio da festa, Jesus subiu ao templo e começou a ensinar. Alguns de Jerusalém diziam: «Não é este a quem procuram matar? Olha, ele fala publicamente e ninguém lhe diz nada. Será que os chefes reconheceram que realmente ele é o Cristo? Mas este, nós sabemos de onde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá de onde é». Enquanto, pois, ensinava no templo, Jesus exclamou: «Sim, vós me conheceis, e sabeis de onde eu sou. Ora, eu não vim por conta própria; aquele que me enviou é verdadeiro, mas vós não o conheceis. Eu o conheço, porque venho dele e foi ele quem me enviou!». Eles procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos, porque ainda não tinha chegado a sua hora.

«Ninguém lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora» - Fr. Matthew J. ALBRIGHT(Andover, Ohio, Estados Unidos)

Hoje, o Evangelho permite-nos contemplar a confusão que surgiu quanto à identidade e missão de Jesus Cristo. Quando nos pomos cara a cara com Jesus, há mal-entendidos e conjecturas acerca de quem Ele é, como se cumprem n’Ele, ou não, as profecias do Antigo Testamento e sobre o que Ele fará. As suposições e os preconceitos conduzem à frustração e à ira. Isto sempre foi assim: a confusão à volta de Cristo e dos ensinamentos da Igreja desperta sempre controvérsia e divisões religiosas. O rebanho dispersa-se se as ovelhas não reconhecem o seu pastor!
As pessoas dizem: «Este nós sabemos de onde vem. Do Cristo, porém, quando vier, ninguém saberá de onde seja» (Jo 7,27), e concluem que Jesus não pode ser o Messias porque Ele não corresponde à imagem de “Messias” em que tinham sido instruídos. Por outro lado, sabem que os Príncipes dos Sacerdotes O querem matar, mas ao mesmo tempo vêem que Ele se movimenta livremente sem ser preso. De modo que se perguntam se talvez as autoridades «terão reconhecido verdadeiramente que este é o Cristo» (Jo 7,26).
Jesus atalha a confusão identificando-se a si próprio como o enviado por Ele que é “verdadeiro” (cf. Jo 7,28). Cristo tem consciência da situação, tal como João a retrata, e ninguém lhe deita a mão porque ainda não tinha chegado a hora de revelar plenamente a sua identidade e missão. Jesus desafia as expectativas ao mostrar-se, não como um líder conquistador para derrotar a opressão romana, mas como o “Servo Sofredor” de Isaías.
O Papa Francisco escreveu: «A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira dos que se encontram com Jesus». É urgente que ajudemos os outros a irem mais além das suposições e dos preconceitos sobre quem é Jesus e o que é a Igreja, e ao mesmo tempo facilitar-lhes o encontro com Jesus. Quando uma pessoa consegue saber quem é realmente Jesus, então abundam a alegria e a paz.

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Muitas vezes, procurar Jesus é uma coisa boa porque é a mesma coisa que procurar a Palavra, a verdade e a sabedoria. Enquanto mantivermos a semente da verdade depositada na nossa alma, e os mandamentos, a Palavra não se afastará de nós» (Orígenes) «A liberdade nem sempre é poder fazer o que se quer: isto torna-nos fechados, distantes e impede-nos de ser amigos abertos e sinceros. A liberdade é o dom de se poder escolher o bem: isto sim é liberdade» (Francisco) «Jesus, como antes d'Ele os profetas, professou pelo templo de Jerusalém o mais profundo respeito. Ali foi apresentado por José e Maria, quarenta dias depois do seu nascimento. Na idade de doze anos, decidiu ficar no templo para lembrar aos seus pais que tinha de Se ocupar das coisas de seu Pai. Ao templo subiu todos os anos, ao menos pela Páscoa, durante a vida oculta. O seu próprio ministério público foi ritmado pelas peregrinações a Jerusalém nas grandes festas judaicas» (Catecismo da Igreja Católica, nº 583)

Santo do Dia: São Hugo de Grenoble

Hugo nasceu numa família nobre em 1053 em Castelnovo, na França. Seu pai, Odilon de Castelnovo era um soldado da corte que depois de viúvo se casou de novo. Hugo era filho da segunda esposa. Sua mãe ocupou-se pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos cristãos.
Aos vinte e sete anos, Hugo foi ordenado padre e nomeado cônego. Na arquidiocese de Lião trabalhou como secretário do arcebispo. Nessa época recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do Papa Gregório VII. Reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, o Papa o nomeou para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.
Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Há tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.
Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Mas, sua vida de monge durou apenas dois anos. O Papa insistiu porque estava convencido que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso também, reassumindo o cargo.
Cinco décadas depois de muito trabalho, árduo mas frutífero, a diocese estava renovada e inclusive abrigava o primeiro mosteiro da Ordem dos monges cartuchos. Foram cinqüenta e dois anos de um apostolado profundo que uniu o povo na fé em Cristo.
Hugo morreu com oitenta anos de idade, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: São Hugo foi grande propagador da vida monástica, pois acreditava que o silêncio, a disciplina, o falar apenas o necessário, a vida de oração, o estudo das sagradas Escrituras e o trabalho, eram os principais meios para se evitar a leviandade e alcançar a santidade. Peçamos a Deus que nos conceda ao menos um desses dons, sobretudo o dom da oração, que tudo alcança.

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quarta-feira, 30 de março de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 31. MARÇO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


31 DE MAEÇO DE 2022-Quinta-feira da 4ª semana da Quaresma

Argélia. Itinerário através dos primeiros séculos dos cristãos

A diocese de Constantina e Hipona na Argélia, organizou um itinerário em etapas para redescobrir a riqueza e a atualidade dos eventos e das figuras que marcaram a história dos primeiros séculos de vida das comunidades cristãs na Argélia e em outros países do Magrebe .

"Quem não sabe de onde vem não pode saber para onde vai”. Com esta máxima, a diocese argelina de Constantina e Hipona partiu para um "itinerário em etapas" dividido em quatro partes, duas das quais já estão em andamento e as outras previstas para os próximos meses, para redescobrir a riqueza e a atualidade dos eventos e das figuras que marcaram a história dos primeiros séculos de vida das comunidades cristãs na Argélia e em outros países do Magrebe.. Viajar através de sete séculos

O itinerário seguido pela comunidade católica da região, com o envolvimento do bispo Nicolas Lhernould no papel de "guia" dos participantes, permite-lhes viajar através de sete séculos de história para descobrir santos, Padres da Igreja, textos antigos, enquanto visitam também os sítios arqueológicos que foram testemunhas daquelas aventuras edificantes da fé. Todas as informações relativas ao percurso histórico, religioso e cultural estão disponíveis no site da diocese, graças ao trabalho da Ir. Rosalie Sanon, das Irmãs da Anunciação de Bobo Dioulasso, responsável por todas as atualizações em um breve relatório capaz de expressar de maneira simples e eficaz o espírito da iniciativa, mas também o agradecimento cheio de admiração compartilhado pelos participantes diante da descoberta dos tesouros preservados pela memória das antigas cristandades norte-africanas.

Natureza da experiência cristã: Uma viagem que é, portanto, uma oportunidade preciosa para redescobrir eventos e situações - como as controvérsias contra o Arianismo e a heresia donatista - que contribuíram para definir a doutrina da Igreja e a própria natureza da experiência cristã, continuando a representar um ponto de referência paradigmático para cada época no que diz respeito ao entrelaçamento das dinâmicas pelas quais o Evangelho é anunciado e é comunicado, de pessoa a pessoa, a fé em Cristo. Tudo isso, como mencionado anteriormente, com a contribuição do Bispo de Constantina que, na primeira parte do "tour", levou os peregrinos em uma viagem por eventos históricos ligados, por exemplo, aos reinos da Numídia e do Império Romano, às paixões dos primeiros mártires e às controvérsias sui lapsi, o povo batizado que, após ter negado a fé em tempos de perseguição, arrependeu-se e pediu para ser readmitido na comunidade, mas foi recebido com a recusa "rigorosa" dos Donatistas. Uma viagem através do tempo que trará à superfície e mergulhará os participantes na riqueza das culturas e povos que deixaram suas marcas nestas terras: bérberes, numidianos, romanos, vândalos, bizantinos, enquanto relembra as vicissitudes de figuras relacionadas: a do soberano Massinissa, o primeiro rei da Numídia unificada, aos santos mártires Tiago e Mariano, até Cipriano, Optato de Milevo e Santo Agostinho de Hipona. Cristãos na Argélia redescobrem atualidade dos Padres da Igreja.   “As excursões aos sítios arqueológicos das colônias romanas de Tiddis e Timgad", lê-se no relatório da Irmã Rosalie publicado no site da diocese, "foram coordenadas pelo Padre Michel Guillaud, enquanto que as excursões a Djemila, onde ficava a colônia romana de Cuicul, e a Sétif, que foi a capital de Mauretania Sitifense sob o Imperador Diocleciano, foram enriquecidos pelas palestras do bispo Lhernould". O bispo aprofundou sobre a oração dos primeiros cristãos, a celebração dos sacramentos nos primeiros séculos e a transmissão da fé no contexto político e cultural do Império Romano. Nas várias etapas da viagem, os nomes dos pais de Santo Agostinho, Patricius Aurelius e Mônica, do bispo de Ruspe, São Fulgêncio e outras grandes testemunhas do Oriente dos primeiros séculos cristãos, como Justino e Inácio de Antioquia também foram evocados. Nomes que se referem a uma experiência de fé vivida às vezes na adversidade, no meio de diferentes culturas e povos. Uma aventura marcada pela riqueza de ritos, palavras e símbolos que podem alimentar a oração daqueles que têm o dom de compartilhar a mesma experiência hoje. O programa das próximas excursões também é muito rico: seguindo os passos de Santo Agostinho, os participantes da iniciativa visitarão Souk-Ahras, o antigo Tagaste, onde ele nasceu, Madaura, Hipona e Guelma, o antigo Calama, antes de chegar à província de Tebessa, recordada pelo martírio do santo romano Maximiliano.

 Oração: Senhor Deus e Pai, vossa bondade supera todas nossas expectativas. Sua graça nos concede muito mais do que precisamos. Fica sempre conosco e dai-nos, pela intercessão de santa Balbina, a coragem de enfrentar todas as adversidades do dia-a-dia. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Jo 5,31-47)

 «Se eu dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Um outro é quem dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. Vós mandastes perguntar a João, e ele deu testemunho da verdade. Ora, eu não recebo testemunho da parte de um ser humano, mas digo isso para a vossa salvação. João era a lâmpada que iluminava com sua chama ardente, e vós gostastes, por um tempo, de alegrar-vos com a sua luz. Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, pois mostram que o Pai me enviou. Sim, o Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Mas vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua face, e não tendes a sua palavra morando em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou.
»Examinais as Escrituras, pensando ter nelas a vida eterna, e são elas que dão testemunho de mim. Vós, porém, não quereis vir a mim para terdes a vida! Eu não recebo glória que venha dos homens. Pelo contrário, eu vos conheço: não tendes em vós o amor de Deus.
»Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a esse receberíeis. Como podereis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do Deus único? Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai. Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, também acreditaríeis em mim, pois foi a meu respeito que ele escreveu. Mas, se não acreditais nos seus escritos, como podereis crer nas minhas palavras?».

«Se eu dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro» - Rev. D. Miquel MASATS i Roca(Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho ensina-nos como Jesus enfrenta a seguinte objeção: segundo a lei em Dt 19,15, para que um testemunho tivesse valor, era necessário que fosse corroborado por duas ou três testemunhas. Jesus alega a seu favor o testemunho de São João Batista, o testemunho do Pai —que se manifesta nos milagres operados por Ele— e, finalmente, o testemunho das Escrituras.
Jesus Cristo repreende os que O escutam, denunciando três impedimentos ao Seu reconhecimento como o Messias Filho de Deus: a falta de amor a Deus; a ausência de reta intenção —buscam só a gloria humana— e a interpretação interesseira das Escrituras.
O Santo Padre João Paulo II escreveu-nos: «À contemplação do rosto de Cristo, só se pode chegar escutando no Espírito a voz do Pai, ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. (cf. Mt 11,27). Assim, portanto, é necessária a revelação do Altíssimo. Mas, para acolhê-la, é indispensável colocar-se em atitude de escuta».
Portanto há que ter em conta que, para confessar Jesus Cristo como verdadeiro Filho de Deus, não bastam as provas externas que nos sejam propostas; é muito importante a retidão da vontade, ou seja, as boas disposições.
Neste tempo de Quaresma, intensificando as obras de penitência que facilitam a renovação interior, melhoremos as nossas disposições para contemplar o verdadeiro rosto de Cristo. Por isso, São Josemaria diz-nos: «Esse Cristo, que tu vês, não é Jesus. —Será, contudo, a triste imagem que os teus olhos turvos podem formar...—Purifica-te. Torna claro o teu olhar, com a humildade e com a penitência. Então... não te faltarão as luzes limpas do Amor. E terás uma visão perfeita. A tua imagem será então, realmente, a Sua: Ele!»

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Não se trata de conhecer alguma coisa sobre Deus, mas de ter a Deus na nossa alma» (São Gregório de Nisa) «Deixai que brilhe a vossa luz na nossa sociedade, na politica, no mundo da economia, no mundo da cultura e da investigação. Mesmo que seja uma pequena luzinha no meio de tantos fogos artificiais, recebe a força e o esplendor da grande Estrela da Manhã, Cristo ressuscitado» (Benedito XVI) «Os sinais realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou. Convidam a crer n'Ele (...). Assim, os milagres fortificam a fé n'Aquele que faz as obras do seu Pai (...). Mas também podem ser «ocasião de queda» (Mt 11,6). Eles não pretendem satisfazer a curiosidade nem desejos mágicos. Apesar de os seus milagres serem tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns; chega mesmo a ser acusado de agir pelo poder dos demónios» (Catecismo da Igreja Católica, nº 548)

Santo do Dia: Santa Balbina

Apesar de poucas certezas sobre a vida de Santa Balbina, seu nome é venerado em uma antiquíssima igreja na via Ápia, nas proximidades de Roma. Também temos um cemitério que leva seu nome, supostamente o local onde Balbina foi enterrada.

É venerada como mártir, mas destaca-se sua consagração a Deus pela virgindade e sua perseverança de servir a Cristo.

Diz a história que Balbina, filha do militar Quirino, foi curada milagrosamente pelo papa e mártir são Adriano, que estava na prisão. Este fato levou a família de Balbina à conversão e todos foram batizados. Balbina, por sua vez, ofereceu a Deus virgindade perpétua. Seu pai, Quirino, também recebeu a coroa do martírio.

Sua vida era muito representada no teatro medieval, o que causa certa confusão histórica, uma vez que a arte mistura muito realidade e ficção. Mas é pelo teatro que ficamos sabendo do martírio de Balbina e de sua consagração. Dizem as histórias sobre santa Balbina, que muitos jovens quiseram desposá-la, mas sua firmeza de caráter a manteve fiel ao seu voto de castidade.

Balbina sofreu o martírio sob o imperador Adriano II. Viveu santamente e recebeu a glória de ter o nome marcado na história da igreja.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A vida cristã é marcada pelo compromisso com a pregação do Reino de Deus. Jesus nos convidou a falar do Reino, mas também exigiu que testemunhássemos, através de obras concretas, nossa fé neste Reino vindouro. A vida de santa Balbina entrou para a história porque ela soube conjugar fé e obras, chegando ao extremo gesto de confiança em Cristo pelo testemunho do martírio. Sua consagração a Deus foi plena e vivida em total liberdade. Muitas vezes somos inconstantes em assumir nossa vocação, desconfiando do amor de Deus e de que Ele nos concede as forças necessárias para bem viver. Que tal confiar mais na providência de Deus?

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terça-feira, 29 de março de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 30. MARÇO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


30 DE MARÇO DE 2022-Quarta-feira da 4ª semana da Quaresma

El Papa Francisco visitará en Malta esta Basílica de San Pablo que custodia la gruta en la que vivió el Apóstol de los gentiles. #Malta #ViajeApostólico #PopeInMalta Fotos:

@mercedesdelat---@EWTNVatican-@aciprensa

Oração: São João Clímaco quantos jovens se sentem chamados a uma vida contemplativa e não tem forças ou oportunidades para se integrar neste mundo de elevação espiritual. Concedei aos vocacionados serem corajosos para assumir o compromisso com Deus e com a Igreja. Só mesmo em um coração puro, sem orgulho, sem egoísmo, um coração verdadeiramente cheio de Deus pode realizar milagres. E se não os realizamos é porque não fomos nem puros, nem santos segundo a vontade de Deus. Intercedei junto a Deus por mim. Amém!

Evangelho segundo São João 5,17-30.

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo».
Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus.
Então Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: o Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao Pai; e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente.
Porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz; e há de manifestar-Lhe coisas maiores que estas, de modo que ficareis admirados.
Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer.
O Pai não julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar,
para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que O enviou.
Em verdade, em verdade, vos digo: quem ouve a minha palavra e acredita naquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, porque passou da morte à vida.
Em verdade, em verdade, vos digo: aproxima-se a hora -- e já chegou -- em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão.
Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim também concedeu ao Filho que tivesse a vida em Si mesmo;
e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do homem.
Não vos admireis do que estou a dizer, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.
Os que tiverem praticado boas obras irão para a ressurreição dos vivos e os que tiverem praticado o mal para a ressurreição dos condenados.
Eu não posso fazer nada por Mim próprio; julgo segundo o que oiço e o meu juízo é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que Me enviou».(Tradução litúrgica da Bíblia)

 Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II) N.º 42 - «Os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus»

[Fala Cristo:] Os que não Me reconheceram não beneficiaram; Eu estava oculto aos que não Me possuíam. Estou perto dos que Me amam. Todos os meus perseguidores morreram; os que Me sabiam vivo procuraram-Me. Ressuscitei, estou com eles, Falo pela sua boca. Eles repeliram os que os perseguem; sobre eles lancei o jugo do meu amor. Como o braço do noivo sobre a sua noiva (cf Cant 2,6), assim é o meu jugo sobre os que Me conhecem. Tal como a tenda dos esponsais se ergue em casa do noivo, o meu amor protege os que creem em Mim. Não fui amaldiçoado, mesmo que assim tenha parecido. Não pereci, embora assim o tivessem imaginado. A mansão dos mortos viu-Me e foi vencida. A morte deixou-Me partir e a muitos comigo. Fui para ela fel e vinagre, desci com ela à sua mansão, até ao mais fundo. A morte deixou-Me, não conseguiu suportar o meu rosto. Tive entre os seus mortos uma assembleia de vivos (cf 1Ped 3,19; 4,6). Falei-lhes com lábios vivos, de forma que a minha palavra nunca foi vã. Os que estavam mortos correram para Mim; e, gritando, disseram: «Tem piedade de nós, Filho de Deus, age connosco segundo a tua graça. Faz-nos sair das cadeias das trevas, abre-nos a porta, para sairmos para Ti. Vemos que a nossa morte não se aproximou de Ti. Sejamos nós também libertos contigo, pois Tu és o nosso Salvador.» Eu escutei a sua voz e recolhi a sua fé no meu coração. Nas suas frontes escrevi o meu nome (cf Ap 14,1); eles são livres e pertencem-Me.

Santo do Dia: São João Clímaco

No século IV, depois das perseguições romanas, vários mosteiros rudimentares foram construídos no Monte Sinai. Neste local os monges que se entregavam à vida de oração e contemplação. Esses mosteiros tornaram-se famosos pela hospitalidade para com os peregrinos e pelas bibliotecas que continham manuscritos preciosos. Foi neste ambiente que viveu e atuou o maior dos monges do Monte Sinai, João Clímaco.

João nasceu na Síria, por volta do ano 579. De grande inteligência, formação literária e religiosa, ainda muito jovem, aos dezesseis anos, optou pelo deserto e viajou para o Monte Sinai, tornando-se discípulo em um dos mais renomados mosteiros. Isso aconteceu depois de renunciar a fortuna da família e a uma posição social promissora. Preferiu um cotidiano feito de oração, jejum continuado, trabalho duro e estudos profundos. Só descia ao vale para recolher frutas e raízes. São João Clímaco decidiu nunca mais comer carne, fosse ela vermelha ou branca. Também passou a sair de sua cela apenas para participar da Eucaristia, aos domingos.

Sua fama se espalhou e muitos peregrinos iam procurá-lo para aprender com seus ensinamentos e conselhos. Inicialmente eram apenas os que desejavam seguir a vida monástica, depois eram os fiéis que queriam uma benção do monge, já tido em vida como santo. Aos sessenta anos João foi eleito por unanimidade abade geral de todos os eremitas da serra do Monte Sinai.

Nesse período ele escreveu muito, e o que dele se conserva até hoje é um livro chamado "Escada do Paraíso". Seu sobrenome, Clímaco (“Klímax”) em grego significa "aquele da escada", e foi-lhe dado em homenagem ao livro que escreveu. No livro ele estabeleceu trinta degraus necessários para alcançar a perfeição da vida.

João Clímaco morreu no dia 30 de março de 649, amado e venerado por todos os cristãos do mundo oriental e ocidental, sendo celebrado por todos eles no mesmo dia do seu falecimento.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: As raízes primitivas da tradição contemplativa são sem dúvida os Evangelhos e a vida de oração de Jesus, que buscava frequentemente o silêncio e a solidão para estar em comunhão com seu Pai. Ele falava do Reino interior e ensinava a rezar ao Pai no silêncio de nosso quarto. São João Clímaco soube silenciar seu coração para ouvir a voz de Deus e nunca deixou de acolher carinhosamente todos os homens e mulheres que o procuravam para receber seus conselhos. Num mundo de tanto barulho e agitação, que tal buscar momentos de silêncio para a oração diária?

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segunda-feira, 28 de março de 2022

BOM DIA EVANGEHO - 29. MARÇO. 2022

 

BOM DA EVANGELHO


29 DE MARÇO DE 2022 - Terça-feira da 4ª semana da Quaresma

O Papa encontra uma delegação de indígenas do Canadá: "Ele escutou nossa dor"

Francisco encontrou-se com os representantes dos povos indígenas Métis e Inuit, e manifestou o desejo de ouvir as histórias dos sobreviventes. Os membros do conselho dos Métis na Praça São Pedro: "Juntos com Francisco por um percurso de verdade, justiça e reconciliação". Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba : O Papa Francisco recebeu, ao longo de duas audiências sucessivas, na manhã desta segunda-feira (28/03), na Biblioteca Apostólica, no Vaticano, dois grupos de representantes dos povos indígenas canadenses, cerca de 10 delegados dos Métis e cerca de 8 dos Inuit, acompanhados por alguns bispos da Conferência Episcopal do Canadá. Segundo a nota da Sala de Imprensa da Santa Sé, "cada encontro durou cerca de uma hora e foi marcado pelo desejo do Papa de ouvir e dar espaço às histórias dolorosas contadas pelos sobreviventes. Os encontros e a escuta continuarão nos próximos dias de acordo com as informações já fornecidas". Um percurso de reconciliação: Foi durante o Angelus em 6 de junho de 2020 que o Pontífice compartilhou com o mundo a consternação com as dramáticas notícias, que chegaram algumas semanas antes, da descoberta no Canadá de uma vala comum numa escola, a Escola Residencial Indígena Kamloops (Kamloops Indian Residential School, com mais de 200 restos humanos de nativos canadenses. Uma descoberta chocante, símbolo de um passado de crueldade residencial no país, quando, de 1880 às últimas décadas do século XX, em instituições financiadas pelo governo e administradas majoritariamente por organizações cristãs, o objetivo era educar e converter os indígenas jovens e assimilá-los na sociedade canadense tradicional, através de abusos sistemáticos. A descoberta em junho (que foi seguida por outras) fez com que o episcopado canadense fizesse um imediato "mea culpa" e ativasse uma série de projetos de apoio às comunidades indígenas, num processo de reconciliação cujo ápice agora é representado pela disponibilidade do Papa de receber as comunidades no Vaticano, nesta segunda-feira, 28, e 31 de março, também em vista de uma futura viagem apostólica, anunciada, mas não confirmada, ao país norte-americano. Em 1º de abril, Francisco receberá em audiência, na Sala Clementina, as várias delegações e a Conferência Episcopal Canadense.

Oração

Querido Deus de bondade, fortalecei-nos com o dom da fé e dai-nos a perseverança nas dificuldades da vida. Permita que, pela intercessão de São Segundo, sejamos coroados com a graça da santidade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Evangelho segundo São João 5,1-16.

Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém.
Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos.
Ali jazia um grande número de enfermos,
cegos, coxos e paralíticos.
Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos.
Ao vê-lo deitado, e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?».
O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda».
No mesmo instante, o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar. Ora, aquele dia era sábado.
Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado, não podes levar a tua enxerga».
Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou, disse-me: "Toma a tua enxerga e anda"».
Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: "Toma a tua enxerga e anda"?».
Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no Templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior».
O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado.
Desde então, os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num dia de sábado.(Tradução litúrgica da Bíblia)

Santo Agostinho (354-430) - bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja - Sermão 124 - «Queres ser curado?»

Os milagres de Cristo são símbolos das diferentes circunstâncias da nossa salvação eterna [...]; aquela piscina é o símbolo do dom precioso que nos faz o Verbo do Senhor. Em poucas palavras, aquela água é o povo judeu; os cinco pórticos são a Lei, escrita em cinco livros. Aquela água está, pois, rodeada por cinco pórticos tal como o povo estava rodeado pela Lei que o definia. A água que se agitava e se turvava é a Paixão do Salvador no meio desse povo. Quem descesse à água era curado, mas só um, para representar a unidade. Os que não podem suportar que se lhes fale da Paixão de Cristo são orgulhosos; não querem descer e não são curados. «O quê?», dizem esses homens altivos. «Acreditar que um Deus encarnou, que um Deus nasceu de uma mulher, que um Deus foi crucificado e flagelado, que foi coberto de chagas, que morreu e foi sepultado? Não, jamais acreditaria em tal humilhação de Deus: é indigna dele!». Calai a cabeça e deixai falar o coração. As humilhações de Deus parecem indignas aos arrogantes e é por isso que eles estão tão afastados da cura. Guardai-vos, pois, desse orgulho; se desejais a vossa cura, aceitai descer. Teríeis razão para vos preocupardes se vos dissessem que Cristo tinha sofrido alguma mudança ao encarnar. Mas não. [...] O vosso Deus mantém-Se como era, não receeis; Ele não morre e impede-vos de morrer. Sim, Ele permanece o que é; nasce de uma mulher, mas fá-lo segundo a carne. [...] Foi como homem que Ele foi preso, amarrado, flagelado, coberto de ultrajes e, por fim, crucificado e morto. Porque vos aterrorizais? O Verbo do Senhor permanece eternamente. Quem repudia as humilhações de um Deus não quer ser curado da ferida mortal do seu orgulho. Pela sua encarnação, nosso Senhor Jesus Cristo restituiu a esperança à nossa carne, tomando para Si os frutos bem conhecidos desta Terra: o nascimento e a morte. O nascimento e a morte são, com efeito, bens que a Terra possuía em abundância; mas nela não havia ressurreição nem vida eterna. Ele colheu os frutos desgraçados da Terra ingrata e, em troca, deu-nos os bens do seu reino celestial.

Santo do Dia: 

São Segundo


Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século primeiro.

Profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo.

Entretanto, sua conversão aconteceu mesmo durante uma viagem a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Esta conversão está envolta em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão.

Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo. Conta-se que ele conseguiu atravessar a cavalo o Rio Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia ao bispo Marciano, antes do martírio. O Rio Pó, minúsculo apenas no nome, é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas.

Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito de Asti, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas como não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 29 de março do ano 119.

No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti. Seu culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A vida de muitos santos é cercada de fatos extraordinários. Milagres, curas, histórias fantásticas! Não vamos preocupar demais com estas histórias e com a veracidade delas. Firmemos nosso olhar naquilo que é o essencial: a vida dos santos foi sempre voltada para o amor ao Cristo e a caridade para com o próximo. Isto é o fundamental e corresponde ao mandamento de Jesus: “Amai a Deus e amai ao próximo”.

TJL – A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG –VATICANNEWS.VA

domingo, 27 de março de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 28. MARÇO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


28 DE MARÇO DE 2022 - Segunda-feira da 4ª semana da Quaresma

Uma Quaresma pela Paz (IV) - “Não ofendam mais a Deus"

Na quarta reflexão da Quaresma, Pe. Rafhael Silva Maciel afirma: "A chamada do Papa Francisco para que nos unamos a ele no Ato da Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria acontecerá dentro de uma Celebração Penitencial, com confissões individuais. Esse dado deveria nos chamar a atenção: a verdadeira devoção à Nossa Senhora leva os fiéis ao Sacramento da Reconciliação"  Vatican News   No Evangelho do 3º Domingo da Quaresma (Lc 13,1-9), por duas vezes lemos a mesma advertência da parte de Jesus: “Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo” (Lc 13,3.5). Sem muito esforço, lembramos que essa mesma mensagem nos foi transmitida bem no início da Quaresma, na Quarta de Cinzas: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Sabemos que a Quaresma é esse tempo especial que a graça de Deus nos concede todos os anos, através da Igreja, para que possamos dar passos ainda mais firmes em nosso caminho de conversão. Mas, não é só preciso saber, devemos tomar uma decisão! A oração inicial da Missa do 3º Domingo da Quaresma, nos recordava os remédios eficazes para que possamos fazer nosso itinerário de conversão: “Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, vós nos indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado. Acolhei esta confissão da nossa fraqueza para que, humilhados pela consciência de nossas faltas, sejamos confortados pela vossa misericórdia.” (MR, III Dom. Quaresma). Eis a sabedoria pedagógica da Igreja, que está sempre a nos recordar os meios eficazes para nossa conversão, para nossa “mudança de mentalidade”. Somos chamados pelo próprio Senhor a mudar nossa mentalidade mesquinha e egoísta, utilizando-nos do jejum para quebrar nosso orgulho e nossa luxúria; a esmola para quebrar nosso egoísmo e avareza; a oração para quebrar nossa prepotência e sede de poder. Exatamente na estrada de “uma Quaresma pela Paz”, com grande alegria e esperança recebemos o convite do Santo Padre Francisco, para nos unirmos a ele no Ato de Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, no próximo dia 25 de março. Assim, se faz mais uma vez eco ao apelo da sempre Virgem Maria, em suas aparições na Cova da Iria, em Fátima, Portugal. As aparições de Fátima, sem dúvida, estão muito conectadas com o mistério da Revelação Divina, em Nosso Senhor Jesus Cristo. Se a Igreja nos apresenta na sua liturgia quaresmal um apelo constante à conversão, os pedidos de Nossa Senhora em Fátima não fazem outra coisa a não ser corroborar o chamado à mudança de mentalidade que Jesus Cristo veio nos fazer. Rezem o terço, façam penitência! Era isso que Nossa Senhora pedia aos pastorzinhos, no dia 13 de julho de 1917: “continuem a rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”Primeiro pilar da conversão: a Oração. Mais especificamente, a sempre Virgem Maria pede a oração pelo fim da guerra. Ousaria dizer, que a guerra, para além daquela promovida pela violência das armas, como estamos assistindo, também pode se esconder nas guerras “fratricidas” entre aqueles que promovem a discórdia com fofocas, com falsas notícias, com ideologias horrendas que atingem os fundamentos da família e da religião, que promovem o aborto, a eutanásia, enfim. Naquela mesma visão que os pequenos pastores tiveram em 13 de julho de 1917, a Venerável serva de Deus, Ir. Lúcia, narra que viram “o Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência”Eis os dois outros pilares da conversão: a esmola e o jejum. Em uma sociedade em que o prazer a todo custo, o poder e o dinheiro parecem falar mais alto, a mensagem evangélica das aparições de Fátima chama os fiéis à mortificação e ao sacrifício; em meio às ideologias político-econômicas do consumismo, às ideologias de gênero e do relativismo permissivo, a Mensagem de Fátima é tão atual quanto foi em 1917. A chamada do Papa Francisco para que nos unamos a ele no Ato da Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria acontecerá dentro de uma Celebração Penitencialcom confissões individuais. Esse dado deveria nos chamar a atenção: a verdadeira devoção à Nossa Senhora leva os fiéis ao Sacramento da Reconciliação, nos leva diante do tribunal da misericórdia e nos interpela a mudarmos nossa mentalidade, tantas vezes afetada pelas insídias de Satanás. Ao nos aproximarmos do confessionário pedimos o perdão a Jesus, que “não é fruto dos nossos esforços, mas uma dádiva, um dom do Espírito Santo, que nos enche da água da misericórdia e de graça que brota incessantemente do Coração aberto de Cristo Crucificado e Ressuscitado” (Francisco, Audiência 19.02.2014). Aproveitemos, então, esses dias para fazermos uma boa confissão e, mais uma vez, oferecer nossas penitências pelo fim da guerra, por intercessão do Imaculado Coração de Maria. - Roma, 23 de março de 2022 - Pe. Rafhael Silva Maciel(Missionário da Misericórdia)

Oração: Senhor nosso Deus, que Santa Gisela, vossa fiel esposa, desperte em nosso coração a chama da caridade que ela transmitiu a suas irmãs. Olhe por nós, para que diante das perdas de quem amamos possamos obter a graça da fortaleza. Diante da solidão, possamos ter quem nos socorra e nos conduza por caminhos retos, e que nossas Igrejas tenham sempre o esplendor espiritual. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho segundo São João 4,43-54.

Naquele tempo, Jesus saiu da Samaria e foi para a Galileia.
Ele próprio tinha declarado que um profeta nunca era apreciado na sua terra.
Ao chegar à Galileia, foi recebido pelos galileus, porque tinham visto quanto Ele fizera em Jerusalém, por ocasião da festa, a que também eles tinham assistido.
Jesus voltou novamente a Caná da Galileia, onde convertera a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário real cujo filho se encontrava doente.
Quando ouviu dizer que Jesus viera da Judeia para a Galileia, foi ter com Ele e pediu-Lhe que descesse a curar o seu filho, que estava a morrer.
Jesus disse-lhe: «Se não virdes sinais e prodígios, não acreditareis».
O funcionário insistiu: «Senhor, desce, antes que meu filho morra».
Jesus respondeu-lhe: «Vai, que o teu filho vive». O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe tinha dito e pôs-se a caminho.
Já ele descia, quando os servos vieram ao seu encontro e lhe disseram que o filho vivia.
Perguntou-lhes então a que horas tinha melhorado. Eles responderam-lhe: «Foi ontem à uma da tarde que a febre o deixou».
Então o pai verificou que àquela hora Jesus lhe tinha dito: «O teu filho vive». E acreditou, ele e todos os de sua casa.
Foi este o segundo milagre que Jesus realizou, ao voltar da Judeia para a Galileia.(Tradução litúrgica da Bíblia)

 Balduíno de Ford (?-c. 1190) abade cisterciense, depois bispo - Homília 6, sobre Heb 4, 12 - «O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe tinha dito»

«A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que uma espada de dois gumes» (Heb 4,12). Com estas palavras, o apóstolo mostra aos que procuram Cristo – Palavra, Força e Sabedoria de Deus – toda a força e toda a sabedoria que há na Palavra de Deus. No princípio, a Palavra estava junto do Pai, era eterna com Ele (cf Jo 1,1). Foi revelada a seu tempo aos apóstolos, anunciada por eles, e recebida humildemente na fé pelo povo crente. Há, por conseguinte, uma Palavra no Pai, uma Palavra na boca dos apóstolos, e uma Palavra no coração dos crentes. A Palavra que está na boca dos apóstolos é a expressão da Palavra que está no Pai; é também expressão da Palavra que está no coração do homem. Quando se compreende a Palavra, ou quando se crê nela, ou quando se a ama, a Palavra que está no coração do homem converte-se em inteligência da Palavra, ou em fé na Palavra, ou em amor à Palavra. Quando estas três se reúnem num só coração, no mesmo instante, compreende-se, crê-se e ama-se a Cristo, Palavra de Deus, Palavra do Pai [...]. Cristo habita nessa pessoa pela fé e, por admirável condescendência, desce do coração do Pai ao coração do homem [...]. A Palavra de Deus [...] é viva: o Pai deu-lhe ter vida em si própria, como Ele tem a vida em Si mesmo (cf Jo 5,26). É por isso que ela não é apenas viva, mas é Vida, como está escrito: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14,6). E, dado que é Vida, é viva para ser vivificante, porque «assim como o Pai ressuscita os mortos e os faz viver, também o Filho faz viver aqueles que quer» (Jo 5,21).

Santo do Dia: Santa Gisela


Santa Gisela nasceu em 985. Filha do duque bávaro, Henrique, e de Gisela de Barganha. Em 996 os emissários da Hungria vieram a sua casa, para a alegria de seus pais, pedir sua mão em casamento. Gisela que tinha se consagrado a Deus no íntimo de seu coração não teve como mudar esta situação e assim mudou-se para a corte principesca húngara, casando-se com o rei Estevão.

Porém, sua meta continuava a ser a de levar todo o povo para Cristo. Gisela foi coroada e ungida como primeira rainha cristã dos húngaros e com ela, seu marido Estevão que se converteu ao cristianismo por sua influência.

Gisela ajudou na construção e nos reparos de igrejas, construiu a Catedral de Vezprim para a qual doou ricos feudos. Mandou vir escultores da Grécia para embelezarem as Igrejas. Porém passou por grandes sacrifícios. Perdeu a primeira filha e logo depois, o filho. Outras duas filhas se casaram e jamais as reviu por partirem para terras muito distantes. Seu filho Américo, que deveria sucedê-la ao trono real, também faleceu. Mais tarde ele foi canonizado pela sua santidade.

Em 15 de agosto de 1038, festa da Assunção de Nossa Senhora, dia em que se consagrara anos atrás, seu esposo faleceu, e também foi canonizado. Após tantas mortes passou a receber tratamentos hostis do povo pagão húngaro. Confiscaram seus bens, proibiram-na de se corresponder com parentes de países estrangeiros, prenderam-na e a maltrataram. Depois de vários anos de prisão, foi libertada por Henrique III, em 1042. Voltou a Baviera e se fez beneditina no Mosteiro de Niederburg, o qual Henrique II elevara à categoria de abadia.

Prudente e sábia foi eleita abadessa, governando a abadia até 7 de maio de 1065. Foi enterrada na capela de Parz. Logo após sua morte vinham romeiros de todos os recantos do mundo rezar junto ao seu túmulo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A vida de santa Gisela foi cercada de sofrimentos e desapegos, mas em nenhum momento Gisela revoltou-se ou esqueceu-se de confiar em Deus. Em todos os desencontros da vida, Gisela soube conservar no seu coração a consagração que fizera desde a infância. Peçamos hoje, pela intercessão de Santa Gisela, que tenhamos firmeza de caráter e confiança absoluta no nome de Deus.

TJL- A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG. – VATICANNEWS.VA