quarta-feira, 2 de março de 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


3 DE MARÇO DE 2022 - Quinta-feira depois das Cinzas

O Papa: Deus nos conceda a paz que os homens sozinhos não conseguem construir

"A oração, a caridade e o jejum são os meios principais que permitem a Deus intervir na nossa vida e na do mundo. São as armas do espírito", ressalta o Papa Francisco em sua homilia, lida pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, na Basílica de Santa Sabina, no dia de oração e jejum pela Ucrânia, e início do Tempo da Quaresma.  Vatican News   O secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, presidiu a missa de imposição das Cinzas, na tarde desta quarta-feira (02/02), na Basílica de Santa Sabina.  Por causa de uma dor no joelho, o Papa Francisco não celebrou a Eucaristia, e sua homilia foi lida pelo cardeal Parolin.   "Na Quarta-feira de Cinzas, a nossa atenção se concentra no compromisso exigido pelo caminho de fé do que no prêmio que daí nos advém. Hoje, o discurso de Jesus retorna a este termo, recompensa, que parece ser a mola do nosso agir. Em nós, no nosso coração, há uma sede, um desejo de alcançar uma recompensa, que nos atrai e move a cumprir aquilo que fazemos", afirma o Papa no texto.  A aparência é uma doença espiritual Segundo Francisco, o Senhor distingue dois tipos de recompensa. "Temos a recompensa junto do Pai e, a recompensa junto dos homens. A primeira é eterna, é a verdadeira, definitiva, é o objetivo da existência. A segunda é transitória, é um encandeamento que nos prende quando a admiração dos homens e o sucesso mundano representam para nós a coisa mais importante, a maior gratificação", frisa ele. "Trata-se de uma ilusão: é como uma miragem que, uma vez alcançada, nos deixa de mãos vazias. Quem tem em vista a recompensa do mundo nunca encontra paz, nem sabe promover a paz, porque perde de vista o Pai e os irmãos", disse o purpurado, acrescentando:   O rito das cinzas, que recebemos sobre a cabeça, quer subtrair-nos ao encandeamento de preferir a recompensa junto dos homens à recompensa junto do Pai. Este sinal austero, que nos leva a refletir sobre a caducidade da nossa condição humana, é como um remédio de sabor amargo, mas eficaz para curar a doença da aparência. É uma doença espiritual, que escraviza a pessoa, levando-a a tornar-se dependente da admiração dos outros. É uma verdadeira «escravidão dos olhos e da mente», que nos induz a viver buscando a vanglória, de modo que conta não a pureza do coração, mas a admiração do povo; não o olhar de Deus sobre nós, mas como nos olham os outros. E não é possível viver bem, contentando-se com esta recompensaQuaresma, caminho de cura    Segundo o Papa, "esta doença da aparência mina também os âmbitos mais sagrados. É sobre isto que Jesus insiste hoje: também a oração, a caridade e o jejum podem tornar-se autorreferenciais. Em cada gesto, mesmo no mais belo, pode esconder-se a traça da autocomplacência. Assim, o coração não é completamente livre, porque não procura o amor ao Pai e aos irmãos, mas a aprovação humana, o aplauso do povo, a sua própria glória. E tudo pode se transformar numa espécie de ficção em relação a Deus, a si mesmo e aos outros". "Por isso, a Palavra de Deus nos convida a olhar o nosso íntimo para ver as nossas hipocrisias. Façamos um diagnóstico das aparências que buscamos; tentemos desmascará-las. Irá nos fazer bem", afirma o Pontífice. A seguir, o cardeal Parolin disse: A Quaresma é um tempo que o Senhor nos deu para voltarmos a viver, sermos curados interiormente e caminharmos para a Páscoa, para aquilo que não passa, para a recompensa junto do Pai. É um caminho de cura. Não para mudar tudo da noite para o dia, mas para viver cada dia com um espírito novo, com um estilo diferente. Para isto servem a oração, a caridade e o jejum: purificados pelas cinzas quaresmais, purificados da hipocrisia da aparência, reencontra-se a força plena para voltar a gerar uma relação viva com Deus, com os irmãos e consigo mesmo. O Papa convida a rezar, neste tempo de Quaresma, com os olhos fixos no Crucifixo: "Deixemo-nos invadir pela comovente ternura de Deus e, nas suas chagas, coloquemos as nossas e as do mundo. Não nos deixemos levar pela pressa, fiquemos em silêncio diante d’Ele. Redescubramos a essencialidade fecunda do diálogo íntimo com o Senhor." Oração, caridade e jejum são remédios para todos Segundo o Pontífice, "se a oração for verdadeira, não pode deixar de se traduzir em caridade. E a caridade nos liberta da escravidão pior: a escravidão de nós mesmos. A caridade quaresmal, purificada pelas cinzas, nos reconduz ao essencial, à alegria íntima que existe no dar. A esmola, dada longe dos holofotes, dá paz e esperança ao coração". "Por fim, o jejum" que o Papa afirma não ser "uma dieta". "O jejum nos leva de novo a dar o justo valor às coisas. Concretamente, recorda-nos que a vida não deve estar submetida ao cenário passageiro deste mundo. O jejum não deve se restringir apenas ao alimento: especialmente na Quaresma, deve-se jejuar daquilo que gera em nós dependência. Cada qual pense nisto, para fazer um jejum que incida verdadeiramente na sua vida concreta." Mas, se a oração, a caridade e o jejum devem amadurecer no segredo, os seus efeitos não são secretos. Oração, caridade e jejum não são remédios só para nós, mas para todos: podem, de facto, mudar a história. Não só porque quem sente os seus efeitos, quase sem se aperceber também os transmite aos outros, mas sobretudo porque a oração, a caridade e o jejum são os meios principais que permitem a Deus intervir na vida nossa e na do mundo. São as armas do espírito e é com elas que, nesta jornada de oração e jejum pela Ucrânia, imploramos a Deus aquela paz que os homens sozinhos não conseguem construir.

Oração: Deus eterno e todo poderoso, que destes a São Marino a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades e correr ao encontro de vós, que sois a nossa vida. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho segundo São Lucas 9,22-25.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».
Depois, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me.
Pois quem quiser salvar a sua vida, há de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á.
Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou arruinar-se a si próprio?».(Tradução litúrgica da Bíblia)

Santo Anastácio de Antioquia (?-599) monge, depois patriarca de Antioquia - Homilia 4 sobre a Paixão; PG 89, 1347 - O caminho que conduz Cristo à sua glória

«Eis que subimos a Jerusalém. O Filho do Homem será entregue nas mãos dos pagãos, dos sumos-sacerdotes e dos escribas, para ser flagelado, humilhado e crucificado» (Mt 20,18). Esta comunicação de Cristo aos seus discípulos estava de acordo com a predições dos profetas: eles tinham previsto a sua morte, e que esta teria lugar em Jerusalém. [...] Compreendemos porque é que o Verbo de Deus, que de outra forma não sofreria, teve de suportar a Paixão: porque o homem não podia ser salvo doutra forma. Mas só Ele o sabia, assim como aqueles a quem Ele o revelara. De facto, Ele sabia tudo o que vem do Pai, porque o «Espírito penetra até às profundezas dos mistérios divinos» (1Cor 2,10). «Era necessário que Cristo sofresse» (Lc 24,26): era completamente impossível que a Paixão não tivesse acontecido, como Ele próprio afirmou quando chamou «lentos a acreditar» e «sem inteligência» àqueles que não sabiam que Cristo tinha de sofrer assim para entrar na sua glória (Lc 24,25). De facto, Ele veio para salvar o seu povo, renunciando à «glória que tinha junto do Pai antes da criação do mundo» (Jo 17,5). Esta salvação era a perfeição, que haveria de se concretizar através da Paixão, e que seria atribuída ao autor da nossa vida, segundo os ensinamentos de São Paulo: «Ele foi o autor da nossa vida, atingindo a perfeição no sofrimento» (Heb 2,10). A glória de Filho Único, da qual tinha sido afastado durante algum tempo em nosso favor, foi-Lhe devolvida pela cruz na carne que Ele tinha adotado. É São João quem o afirma no seu evangelho, quando explica que foi sobre esta água que o Salvador disse que «brotaria como um rio do coração dos crentes. Ora, ao dizer isto, Ele falava do Espírito Santo, que haviam de receber aqueles que acreditassem nele. De facto, o Espírito Santo ainda não tinha sido dado, porque Jesus ainda não tinha entrado na sua glória» (Jo 7,38-39). Aquilo a que Ele chama a sua glória é a sua morte na cruz. Foi por esta razão que o Senhor, quando rezou antes de padecer na cruz, pediu ao Pai para Lhe dar a «glória que tinha junto do Pai antes da criação do mundo».

Santo do Dia: São Marino(Localização: Palestina)

São Marino era oficial do exército imperial em Cesareia da Palestina. Devido à sua bravura, foi nomeado centurião romano, cargo esse bastante almejado. Enquanto aguardava-se a cerimônia da entrega da vara da videira, quando se concretizava a promoção, um dos pretendentes ao cargo, por inveja a ambição, acusou Marino de ser cristão. O fato ocorreu por volta de 260, quando a Igreja de Cristo era bastante perseguida.

Um certo juiz Aqueu, irritado com esta informação, deu a Marino algumas horas para que apresentasse sua defesa.

São Marino saiu do tribunal com o coração cheio de alegria por defender sua fé. Encontrou o bispo Teotecno, que o incentivou a perseverar na fé, embora isso fosse lhe custar a vida. O bispo, diante do altar, apresentou-lhe uma espada e a bíblia, e pediu que ele escolhesse. São Marino, com segurança, escolheu a Bíblia.

De volta ao tribunal e diante das autoridades, São Marino afirmou ser cristão. Estava presente na execução outro cristão, o senador Astério, que o incentivou a permanecer firme na sua decisão.

Logo após o martírio, Astério tomou seu corpo a fim de lhe dar uma sepultura digna, embora soubesse que este gesto também lhe custaria a vida, como de fato aconteceu. Dessa maneira, São Marino divide com Astério a honra do martírio por ser seguidor de Cristo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)

Reflexão: Diante da espada e da Bíblia, são Marino não titubeou em escolher a melhor parte. Optou pela palavra de Deus e alcançou com isso a coroa do martírio. Hoje em dia somos tentados a optar sempre pelas coisas mais fáceis e prazerosas. Nem sempre aceitamos que a vida propõe também desafios e dificuldades. Que são Marino nos ajude a enfrentar as dificuldades da vida com serenidade e a confiar mais em Cristo Jesus.

TJL- A12.COM – VATICANNEWS.VA – EVANGELI.NET-EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG

Um comentário:

  1. Casino Hotel Las Vegas, Nevada - MapYRO
    Find the cheapest and quickest ways 평택 출장마사지 to get from Casino Hotel 동두천 출장마사지 Las Vegas 거제 출장안마 to Casino Hotel 시흥 출장마사지 Las Vegas. Find the travel option that best suits 의정부 출장마사지 you.

    ResponderExcluir