quinta-feira, 17 de março de 2022

bom dia evangelho - 18. março. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


18 DE MARÇO DE 2022

Sexta-feira da 2ª semana da Quaresma

Pezzi: consagrar a Rússia e a Ucrânia a Maria significa redescobrir-se construtores de paz

O arcebispo da arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou comenta a decisão do Papa Francisco de consagrar a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria: é um convite à conversão a Cristo e a reencontrar a esperança e a paz. Amedeo Lomonaco – Vatican News Na sexta-feira 25 de março, durante a celebração da Penitência que presidirá às 17h (hora de Roma) na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. Ao Vatican News, o arcebispo da arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou, dom Paolo Pezzi, enfatiza que este ato de consagração é um convite para acender a chama da esperança em um momento escuro. O significado desta consagração, acrescenta dom Pezzi, é "converter nossos corações a Cristo". O Papa decidiu colocar tudo nas mãos de Maria. O que significa esta entrega a Nossa Senhora? É um período sombrio. O que é necessário quando há escuridão? Precisamos de luzes, nem que seja de pequenas chamas. A consagração é um convite para acender esta chama de esperança que nunca se extinguiu em nossos corações, que nunca se extinguiu. Este é também o significado de que o Papa pode, com liberdade e com força, dirigir-se a toda a Igreja e pedir, em particular, que estas chamas de esperança sejam reacendidas nos povos da Rússia e da Ucrânia.

Como foi acolhido pelos católicos este desejo do Papa de consagrar a Ucrânia e a Rússia ao Imaculado Coração de Maria? Foi recebido com grande entusiasmo. Na Rússia, a consagração ao Coração de Maria é muito sentida entre os católicos. Eu mesmo, há alguns anos, durante um ano mariano, renovei a consagração de nossa diocese ao Imaculado Coração de Maria. Portanto, devo dizer que este convite foi verdadeiramente recebido como um gesto de apoio à nossa esperança e, diria também, como um gesto que despertou ou que quer despertar nosso desejo de sermos efetivos construtores de paz através desta consagração. Qual é o sentido e o significado deste ato que Francisco realizará em 25 de março em Roma, enquanto o cardeal Krajewski fará o mesmo em Fátima? Acho que tenha um significado muito simbólico e exortativo. Entretanto, parece-me significativo, por si só, que o Papa tenha escolhido fazer esta consagração tanto em Roma como em Fátima. Sabemos muito bem que na quarta mensagem, a de julho de 1917, Maria falou explicitamente sobre a conversão da Rússia. O significado desta consagração é precisamente o de converter nossos corações a Cristo, de voltar a dar lugar a Cristo em nossas vidas. Cristo é o Príncipe da Paz, Aquele que - como disse São Paulo - reuniu os povos divididos, reuniu-os em si mesmo. E sabemos que o Imaculado Coração de Maria é exatamente o modo como Nossa Senhora participa desses sofrimentos de Cristo que continuam a viver onde não há paz, onde não há amizade entre os homens. Em certo sentido, é como o desejo de entregar esses povos, em particular, ao que há de mais íntimo na Virgem e como espelho da Trindade - poderíamos dizer - no próprio coração de Deus. É como um convite a sermos, também nós, apanhados por este ímã de amor que é a cruz. Portanto, dar espaço a Cristo em nossas vidas e dar espaço a Cristo neste tempo tão sombrio. Seu apelo aos governantes da Rússia e da Ucrânia. Meu apelo pode ser o apelo lançado pelo Papa Francisco. Eu não gostaria de acrescentar nada além do que João Paulo II disse ao mundo inteiro e em particular aos governantes: "Não tenham medo de Cristo". Parafraseando, poderíamos dizer que com Cristo tudo é possível, sem Cristo nada é possível. Portanto, não tenhamos medo, especialmente aqueles que têm mais responsabilidade. Não tenhamos medo de Cristo, Ele não nos julga, Ele apenas nos convida a fazer tudo para que Ele possa estar no centro das relações entre os homens. Deus sempre perdoa, Jesus está sempre pronto para acolher os artesãos de paz...

 Oração: Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Cirilo de Jerusalém, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho segundo São Mateus 21,33-43.45-46.

Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola. Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois, arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe.
Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos.
Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro, e a outro apedrejaram-no.
Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros, e eles trataram-nos do mesmo modo.
Por fim, mandou-lhes o seu próprio filho, pensando: "Respeitarão o meu filho".
Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: "Este é o herdeiro; vamos matá-lo e ficaremos com a sua herança".
Agarraram-no, levaram-no para fora da vinha e mataram-no.
Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?».
Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo responderam-Lhe: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entreguem os frutos a seu tempo».
Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: "A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos"?
Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o Reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos».
Ao ouvirem as parábolas de Jesus, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que falava deles
e queriam prendê-lo; mas tiveram medo do povo, que O considerava profeta.(Tradução litúrgica da Bíblia)

 São Gregório de Nissa (c. 335-395) monge, bispo - Terceira homilia sobre o Cântico dos Cânticos - Frutificar naquele que nos foi dado na plenitude dos tempos

«O meu amado é um cacho de uvas de Chipre entre as vinhas de Engadi» (Cant 1,14). […] Este cacho divino cobre-se de flores antes da Paixão e derrama o seu vinho na Paixão. […] Na videira, o cacho não tem sempre a mesma forma, vai mudando com o tempo: floresce, incha e, depois de estar perfeitamente maduro, será transformado em vinho. A videira promete com o seu fruto, o qual, antes de se encontrar maduro e no ponto para dar o vinho, espera a plenitude do tempo. Mas já nessa altura nos alegra, pois, mesmo antes do sabor, encanta o olfato na espera dos bens futuros, e seduz os sentidos da alma pelos aromas da esperança. A garantia da graça esperada já é alegria para os que esperam com constância. Assim é a uva de Chipre, que promete o vinho antes de o ser: pela sua flor – a sua flor é a esperança –, dá-nos a garantia da graça futura. […] Aquele cuja vontade está em harmonia com a do Senhor, porque «nela medita dia e noite», torna-se «uma árvore plantada à beira do rio, que dá fruto na estação própria, e cuja folha não morre» (Sl 1,1-3). Por isso, a videira do Esposo, que criou raízes no solo fértil de Engadi, isto é, no fundo da alma que é regada e enriquecida pelos ensinamentos divinos, produz este cacho rico e cheio, no qual pode contemplar o seu próprio jardineiro e o seu enólogo. Bem-aventurada esta terra cultivada, cuja flor reproduz a beleza do Esposo! Sendo este a luz verdadeira, a vida verdadeira, a verdadeira justiça […] e muitas outras virtudes, se alguém, por suas obras, se assemelha ao Esposo, quando olha para o cacho da sua própria consciência, vê o próprio Esposo, porque reflete a luz da verdade numa vida luminosa e imaculada. Foi por isso que esta videira fecunda disse: «A minha vinha floresce, os botões estão a abrir» (Cant 7,13). O Esposo, que é a verdadeira vinha em pessoa, aparece amarrado ao lenho, e o seu sangue tornou-se bebida de salvação para quantos exultam na sua redenção.

Santo do Dia: 

São Cirilo de Jerusalém

Com alegria neste dia lembramos a vida de santidade de um grande homem proclamado Doutor da Igreja. São Cirilo nasceu em Jerusalém em 315, no início do tempo de graça, em que a Igreja conquistou com a liberdade religiosa dada por Constantino. Ordenado sacerdote, São Cirilo cuidou com carinho, zelo e amor da preparação de Catecúmenos para o Batismo, assim como se dedicou no magistério, ou seja, ensinamento da Sã Doutrina.

Deixou escrito as “Catequeses”, em que expõe a verdadeira doutrina da fé e os ensinamentos da Sagrada Escritura. Sobre a Eucaristia, ele afirmava: “Sob a forma de pão é o corpo que te é dado e, sob a forma de vinho, o sangue; de tal maneira que, ao receberes o corpo e sangue de Cristo, te transformas, com ele, num só corpo e num só sangue”.

Cirilo tratava com simplicidade, mas com muita profundidade, sobre o pecado, penitência, batismo, credo e outros pontos essenciais da nossa fé. Mesmo depois de ser eleito bispo e patriarca de Jerusalém continuou sempre ao lado da verdade.

Por três vezes foi exilado pelos imperadores Constâncio e Valente. Participou do terceiro Concílio Ecumênico de Constantinopla. Seu último exílio foi o mais duro e cruel, obrigando-o por onze anos, a vagar pelas cidades da Ásia e outras regiões do Oriente. São Cirilo morreu em 386.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Na Igreja de Cristo há espaços para diversidade de ministérios. Algumas pessoas, como São Cirilo, dedicaram-se ao estudo e pregação dos mistérios de Cristo e da Igreja. Suas reflexões teológicas sobreviveram ao tempo e permanecem como herança de um cristianismo original e atuante. Queremos hoje pedir que Deus continue suscitando homens e mulheres para o serviço de reflexão e estudo da fé católica. Tão importante como viver uma vida de fé é conhecer a fé que nos alimenta.

TJL- A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG-Vaticannews.va

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