Ucrânia. Números
da solidariedade: Caritas e Igreja ao lado do povo
Mais de 3,8 milhões de refugiados ucranianos
fugiram do país e mais de 1,8 milhões de crianças foram forçadas a fugir por
causa da guerra. Há mais de 6,6 milhões de deslocados internos em todo o país e
cerca de 12 milhões de pessoas que necessitam de assistência humanitária. Há
quase um mês, a Caritas-Spes e a Caritas Ucrânia vêm fazendo o melhor que podem
para administrar a crise humanitária. Desde o início das ações militares, elas
vêm realizando suas atividades de assistência aos necessitados(Vatican
News)
Oração: São Hugo de Grenoble,
alcançai-me uma vida de contemplação, oração, escuta de Deus, trabalho e disciplina,
a fim de que eu não desperdice meu tempo com coisas levianas e passageiras que
comprometam minha salvação. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Jo 7,1-2.10.14.25-30)
Depois
disso, Jesus percorria a Galileia; não queria andar pela Judeia, porque os
judeus procuravam matá-lo. Estava próxima a festa dos judeus, chamada das
Tendas. Depois que seus irmãos subiram para a festa, Jesus subiu também, não
publicamente, mas em segredo.
Lá pelo meio da festa, Jesus subiu ao templo e começou a ensinar. Alguns de
Jerusalém diziam: «Não é este a quem procuram matar? Olha, ele fala
publicamente e ninguém lhe diz nada. Será que os chefes reconheceram que
realmente ele é o Cristo? Mas este, nós sabemos de onde é. O Cristo, quando
vier, ninguém saberá de onde é». Enquanto, pois, ensinava no templo, Jesus
exclamou: «Sim, vós me conheceis, e sabeis de onde eu sou. Ora, eu não vim por
conta própria; aquele que me enviou é verdadeiro, mas vós não o conheceis. Eu o
conheço, porque venho dele e foi ele quem me enviou!». Eles procuravam, então,
prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos, porque ainda não tinha chegado a sua
hora.
«Ninguém lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora» - Fr. Matthew J. ALBRIGHT(Andover, Ohio, Estados Unidos)
Hoje, o Evangelho
permite-nos contemplar a confusão que surgiu quanto à identidade e missão de
Jesus Cristo. Quando nos pomos cara a cara com Jesus, há mal-entendidos e
conjecturas acerca de quem Ele é, como se cumprem n’Ele, ou não, as profecias
do Antigo Testamento e sobre o que Ele fará. As suposições e os preconceitos
conduzem à frustração e à ira. Isto sempre foi assim: a confusão à volta de
Cristo e dos ensinamentos da Igreja desperta sempre controvérsia e divisões
religiosas. O rebanho dispersa-se se as ovelhas não reconhecem o seu pastor!
As pessoas dizem: «Este nós sabemos de onde vem. Do Cristo, porém, quando vier,
ninguém saberá de onde seja» (Jo 7,27), e concluem que Jesus não pode ser o
Messias porque Ele não corresponde à imagem de “Messias” em que tinham sido
instruídos. Por outro lado, sabem que os Príncipes dos Sacerdotes O querem
matar, mas ao mesmo tempo vêem que Ele se movimenta livremente sem ser preso.
De modo que se perguntam se talvez as autoridades «terão reconhecido
verdadeiramente que este é o Cristo» (Jo 7,26).
Jesus atalha a confusão identificando-se a si próprio como o enviado por Ele
que é “verdadeiro” (cf. Jo 7,28). Cristo tem consciência da situação, tal como
João a retrata, e ninguém lhe deita a mão porque ainda não tinha chegado a hora
de revelar plenamente a sua identidade e missão. Jesus desafia as expectativas
ao mostrar-se, não como um líder conquistador para derrotar a opressão romana,
mas como o “Servo Sofredor” de Isaías.
O Papa Francisco escreveu: «A alegria do Evangelho enche o coração e a vida
inteira dos que se encontram com Jesus». É urgente que ajudemos os outros a
irem mais além das suposições e dos preconceitos sobre quem é Jesus e o que é a
Igreja, e ao mesmo tempo facilitar-lhes o encontro com Jesus. Quando uma pessoa
consegue saber quem é realmente Jesus, então abundam a alegria e a paz.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Muitas
vezes, procurar Jesus é uma coisa boa porque é a mesma coisa que procurar a
Palavra, a verdade e a sabedoria. Enquanto mantivermos a semente da verdade depositada
na nossa alma, e os mandamentos, a Palavra não se afastará de nós» (Orígenes) «A
liberdade nem sempre é poder fazer o que se quer: isto torna-nos fechados,
distantes e impede-nos de ser amigos abertos e sinceros. A liberdade é o dom de
se poder escolher o bem: isto sim é liberdade» (Francisco) «Jesus, como antes
d'Ele os profetas, professou pelo templo de Jerusalém o mais profundo respeito.
Ali foi apresentado por José e Maria, quarenta dias depois do seu nascimento.
Na idade de doze anos, decidiu ficar no templo para lembrar aos seus pais que
tinha de Se ocupar das coisas de seu Pai. Ao templo subiu todos os anos, ao
menos pela Páscoa, durante a vida oculta. O seu próprio ministério público foi
ritmado pelas peregrinações a Jerusalém nas grandes festas judaicas» (Catecismo
da Igreja Católica, nº 583)
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