quarta-feira, 30 de março de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 31. MARÇO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


31 DE MAEÇO DE 2022-Quinta-feira da 4ª semana da Quaresma

Argélia. Itinerário através dos primeiros séculos dos cristãos

A diocese de Constantina e Hipona na Argélia, organizou um itinerário em etapas para redescobrir a riqueza e a atualidade dos eventos e das figuras que marcaram a história dos primeiros séculos de vida das comunidades cristãs na Argélia e em outros países do Magrebe .

"Quem não sabe de onde vem não pode saber para onde vai”. Com esta máxima, a diocese argelina de Constantina e Hipona partiu para um "itinerário em etapas" dividido em quatro partes, duas das quais já estão em andamento e as outras previstas para os próximos meses, para redescobrir a riqueza e a atualidade dos eventos e das figuras que marcaram a história dos primeiros séculos de vida das comunidades cristãs na Argélia e em outros países do Magrebe.. Viajar através de sete séculos

O itinerário seguido pela comunidade católica da região, com o envolvimento do bispo Nicolas Lhernould no papel de "guia" dos participantes, permite-lhes viajar através de sete séculos de história para descobrir santos, Padres da Igreja, textos antigos, enquanto visitam também os sítios arqueológicos que foram testemunhas daquelas aventuras edificantes da fé. Todas as informações relativas ao percurso histórico, religioso e cultural estão disponíveis no site da diocese, graças ao trabalho da Ir. Rosalie Sanon, das Irmãs da Anunciação de Bobo Dioulasso, responsável por todas as atualizações em um breve relatório capaz de expressar de maneira simples e eficaz o espírito da iniciativa, mas também o agradecimento cheio de admiração compartilhado pelos participantes diante da descoberta dos tesouros preservados pela memória das antigas cristandades norte-africanas.

Natureza da experiência cristã: Uma viagem que é, portanto, uma oportunidade preciosa para redescobrir eventos e situações - como as controvérsias contra o Arianismo e a heresia donatista - que contribuíram para definir a doutrina da Igreja e a própria natureza da experiência cristã, continuando a representar um ponto de referência paradigmático para cada época no que diz respeito ao entrelaçamento das dinâmicas pelas quais o Evangelho é anunciado e é comunicado, de pessoa a pessoa, a fé em Cristo. Tudo isso, como mencionado anteriormente, com a contribuição do Bispo de Constantina que, na primeira parte do "tour", levou os peregrinos em uma viagem por eventos históricos ligados, por exemplo, aos reinos da Numídia e do Império Romano, às paixões dos primeiros mártires e às controvérsias sui lapsi, o povo batizado que, após ter negado a fé em tempos de perseguição, arrependeu-se e pediu para ser readmitido na comunidade, mas foi recebido com a recusa "rigorosa" dos Donatistas. Uma viagem através do tempo que trará à superfície e mergulhará os participantes na riqueza das culturas e povos que deixaram suas marcas nestas terras: bérberes, numidianos, romanos, vândalos, bizantinos, enquanto relembra as vicissitudes de figuras relacionadas: a do soberano Massinissa, o primeiro rei da Numídia unificada, aos santos mártires Tiago e Mariano, até Cipriano, Optato de Milevo e Santo Agostinho de Hipona. Cristãos na Argélia redescobrem atualidade dos Padres da Igreja.   “As excursões aos sítios arqueológicos das colônias romanas de Tiddis e Timgad", lê-se no relatório da Irmã Rosalie publicado no site da diocese, "foram coordenadas pelo Padre Michel Guillaud, enquanto que as excursões a Djemila, onde ficava a colônia romana de Cuicul, e a Sétif, que foi a capital de Mauretania Sitifense sob o Imperador Diocleciano, foram enriquecidos pelas palestras do bispo Lhernould". O bispo aprofundou sobre a oração dos primeiros cristãos, a celebração dos sacramentos nos primeiros séculos e a transmissão da fé no contexto político e cultural do Império Romano. Nas várias etapas da viagem, os nomes dos pais de Santo Agostinho, Patricius Aurelius e Mônica, do bispo de Ruspe, São Fulgêncio e outras grandes testemunhas do Oriente dos primeiros séculos cristãos, como Justino e Inácio de Antioquia também foram evocados. Nomes que se referem a uma experiência de fé vivida às vezes na adversidade, no meio de diferentes culturas e povos. Uma aventura marcada pela riqueza de ritos, palavras e símbolos que podem alimentar a oração daqueles que têm o dom de compartilhar a mesma experiência hoje. O programa das próximas excursões também é muito rico: seguindo os passos de Santo Agostinho, os participantes da iniciativa visitarão Souk-Ahras, o antigo Tagaste, onde ele nasceu, Madaura, Hipona e Guelma, o antigo Calama, antes de chegar à província de Tebessa, recordada pelo martírio do santo romano Maximiliano.

 Oração: Senhor Deus e Pai, vossa bondade supera todas nossas expectativas. Sua graça nos concede muito mais do que precisamos. Fica sempre conosco e dai-nos, pela intercessão de santa Balbina, a coragem de enfrentar todas as adversidades do dia-a-dia. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Jo 5,31-47)

 «Se eu dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Um outro é quem dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. Vós mandastes perguntar a João, e ele deu testemunho da verdade. Ora, eu não recebo testemunho da parte de um ser humano, mas digo isso para a vossa salvação. João era a lâmpada que iluminava com sua chama ardente, e vós gostastes, por um tempo, de alegrar-vos com a sua luz. Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, pois mostram que o Pai me enviou. Sim, o Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Mas vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua face, e não tendes a sua palavra morando em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou.
»Examinais as Escrituras, pensando ter nelas a vida eterna, e são elas que dão testemunho de mim. Vós, porém, não quereis vir a mim para terdes a vida! Eu não recebo glória que venha dos homens. Pelo contrário, eu vos conheço: não tendes em vós o amor de Deus.
»Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a esse receberíeis. Como podereis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do Deus único? Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai. Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, também acreditaríeis em mim, pois foi a meu respeito que ele escreveu. Mas, se não acreditais nos seus escritos, como podereis crer nas minhas palavras?».

«Se eu dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro» - Rev. D. Miquel MASATS i Roca(Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho ensina-nos como Jesus enfrenta a seguinte objeção: segundo a lei em Dt 19,15, para que um testemunho tivesse valor, era necessário que fosse corroborado por duas ou três testemunhas. Jesus alega a seu favor o testemunho de São João Batista, o testemunho do Pai —que se manifesta nos milagres operados por Ele— e, finalmente, o testemunho das Escrituras.
Jesus Cristo repreende os que O escutam, denunciando três impedimentos ao Seu reconhecimento como o Messias Filho de Deus: a falta de amor a Deus; a ausência de reta intenção —buscam só a gloria humana— e a interpretação interesseira das Escrituras.
O Santo Padre João Paulo II escreveu-nos: «À contemplação do rosto de Cristo, só se pode chegar escutando no Espírito a voz do Pai, ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. (cf. Mt 11,27). Assim, portanto, é necessária a revelação do Altíssimo. Mas, para acolhê-la, é indispensável colocar-se em atitude de escuta».
Portanto há que ter em conta que, para confessar Jesus Cristo como verdadeiro Filho de Deus, não bastam as provas externas que nos sejam propostas; é muito importante a retidão da vontade, ou seja, as boas disposições.
Neste tempo de Quaresma, intensificando as obras de penitência que facilitam a renovação interior, melhoremos as nossas disposições para contemplar o verdadeiro rosto de Cristo. Por isso, São Josemaria diz-nos: «Esse Cristo, que tu vês, não é Jesus. —Será, contudo, a triste imagem que os teus olhos turvos podem formar...—Purifica-te. Torna claro o teu olhar, com a humildade e com a penitência. Então... não te faltarão as luzes limpas do Amor. E terás uma visão perfeita. A tua imagem será então, realmente, a Sua: Ele!»

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Não se trata de conhecer alguma coisa sobre Deus, mas de ter a Deus na nossa alma» (São Gregório de Nisa) «Deixai que brilhe a vossa luz na nossa sociedade, na politica, no mundo da economia, no mundo da cultura e da investigação. Mesmo que seja uma pequena luzinha no meio de tantos fogos artificiais, recebe a força e o esplendor da grande Estrela da Manhã, Cristo ressuscitado» (Benedito XVI) «Os sinais realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou. Convidam a crer n'Ele (...). Assim, os milagres fortificam a fé n'Aquele que faz as obras do seu Pai (...). Mas também podem ser «ocasião de queda» (Mt 11,6). Eles não pretendem satisfazer a curiosidade nem desejos mágicos. Apesar de os seus milagres serem tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns; chega mesmo a ser acusado de agir pelo poder dos demónios» (Catecismo da Igreja Católica, nº 548)

Santo do Dia: Santa Balbina

Apesar de poucas certezas sobre a vida de Santa Balbina, seu nome é venerado em uma antiquíssima igreja na via Ápia, nas proximidades de Roma. Também temos um cemitério que leva seu nome, supostamente o local onde Balbina foi enterrada.

É venerada como mártir, mas destaca-se sua consagração a Deus pela virgindade e sua perseverança de servir a Cristo.

Diz a história que Balbina, filha do militar Quirino, foi curada milagrosamente pelo papa e mártir são Adriano, que estava na prisão. Este fato levou a família de Balbina à conversão e todos foram batizados. Balbina, por sua vez, ofereceu a Deus virgindade perpétua. Seu pai, Quirino, também recebeu a coroa do martírio.

Sua vida era muito representada no teatro medieval, o que causa certa confusão histórica, uma vez que a arte mistura muito realidade e ficção. Mas é pelo teatro que ficamos sabendo do martírio de Balbina e de sua consagração. Dizem as histórias sobre santa Balbina, que muitos jovens quiseram desposá-la, mas sua firmeza de caráter a manteve fiel ao seu voto de castidade.

Balbina sofreu o martírio sob o imperador Adriano II. Viveu santamente e recebeu a glória de ter o nome marcado na história da igreja.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A vida cristã é marcada pelo compromisso com a pregação do Reino de Deus. Jesus nos convidou a falar do Reino, mas também exigiu que testemunhássemos, através de obras concretas, nossa fé neste Reino vindouro. A vida de santa Balbina entrou para a história porque ela soube conjugar fé e obras, chegando ao extremo gesto de confiança em Cristo pelo testemunho do martírio. Sua consagração a Deus foi plena e vivida em total liberdade. Muitas vezes somos inconstantes em assumir nossa vocação, desconfiando do amor de Deus e de que Ele nos concede as forças necessárias para bem viver. Que tal confiar mais na providência de Deus?

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