Papa: agressão contra a Ucrânia é desumana e
sacrílega
Agressão violenta e guerra repugnante, massacre insensato, guerra desumana e sacrílega, crueldade. O Papa Francisco não mediu palavras no Angelus deste domingo para definir a agressão russa contra a Ucrânia. Vatican News
Neste
domingo, o Papa Francisco renovou o apelo às autoridades para encontrar uma
solução para a guerra na Ucrânia. Ele recordou sua visita na tarde deste
sábado, 19, às crianças ucranianas internadas no Hospital Bambino Gesù e
reiterou seu convite a todos para se unirem à oração de consagração da Ucrânia
e da Rússia ao Imaculado Coração de Maria na próxima sexta-feira:
Queridos
irmãos e irmãs, infelizmente a violenta agressão contra a Ucrânia não para, um
massacre insensato onde a cada dia se repetem destruição e atrocidades. Não há
justificativa para isso. Suplico a todos os atores da comunidade internacional,
para que se empenhem realmente para pôr fim a esta guerra repugnante.
Também
esta semana mísseis e bombas atingiram civis, idosos, crianças e mães grávidas.
Fui encontrar as crianças feridas que estão aqui em Roma, uma está sem um
braço, outra está ferida na cabeça, crianças inocentes.
Penso
nos milhões de refugiados ucranianos que têm que fugir deixando tudo para trás,
e sinto uma grande dor por aqueles que nem sequer têm a possibilidade de
escapar. Tantos avós, doentes e pobres separados dos familiares, tantas
crianças e pessoas frágeis continuam a morrer sob as bombas sem poder receber
ajuda e encontrar segurança.
Tudo
isso é desumano, na verdade é também um sacrilégio porque vai contra a
sacralidade da vida humana. Sobretudo contra a vida humana indefesa, que deve
ser respeitada e protegida, não eliminada, o que vem antes de qualquer
estratégia. Não esqueçamos que é uma crueldade desumana e sacrílega. Rezemos em
silêncio por aqueles que sofrem.........
Consola-me
saber que à população deixada sob as bombas não falta a proximidade dos
pastores, que nestes dias trágicos vivem o Evangelho da caridade e da
fraternidade. Eu ouvi alguns deles ao telefone esses dias, eles estão próximos
do povo de Deus. Obrigado por este testemunho, pelo apoio que vocês estão
oferecendo a tantas pessoas desesperadas.
Penso
também no núncio apostólico, que acaba de ser nomeado núncio, Dom Visvaldas
Kulbokas, que permaneceu em Kiev junto com seus colaboradores desde o início da
guerra, que com sua presença me torna próximo todos todos os dias do
martirizado povo ucraniano. Estejamos próximos a este povo atormentado e
abracemo-lo com afeto, com empenho concreto e oração.
E por
favor, não nos acostumemos à guerra e à violência, não nos cansemos de acolher
generosamente como se está fazendo, não somente agora, na emergência, mas
também nas próximas semanas e meses. Porque vocês sabem que no primeiro momento
fazemos o possível para acolher, mas depois o hábito esfria um pouco o coração
e nos esquecemos. Pensemos nessas mulheres e nessas crianças que com o tempo,
sem trabalho, separadas dos maridos, serão procuradas pelos abutres da
sociedade. Vamos protegê-los, por favor!
O Santo
Padre então, renovou o apelo para todos se unirem a ele no ato de consagração
na próxima sexta-feira:
Convido
todas as comunidades e todos os fiéis a unirem-se a mim na sexta-feira, 25 de
março, Solenidade da Anunciação, na realização solene de consagração da
humanidade, especialmente da Rússia e da Ucrânia, ao Imaculado Coração de
Maria, para que Ela, a Rainha da paz, obtenha a paz para o mundo.
Oração: Rezamos hoje com as palavras de São Nicolau: “Ó meu Deus e meu Senhor, afaste de mim tudo o que me afasta de você. Ó meu Senhor e meu Deus, dê-me tudo o que me aproxima de você. Ó meu Senhor e meu Deus, livre-me do meu egoísmo e conceda-me possuir somente a Vós. Amém”.
Evangelho (Lc 4,24-30):
E
acrescentou: «Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua
própria terra. Ora, a verdade é esta que vos digo: no tempo do profeta Elias,
quando não choveu durante três anos e seis meses e uma grande fome atingiu toda
a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi
enviado o profeta Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E no tempo
do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum deles foi
curado, senão Naamã, o sírio».
Ao ouvirem estas palavras, na sinagoga, todos ficaram furiosos. Levantaram-se e
o expulsaram da cidade. Levaram-no para o alto do morro sobre o qual a cidade
estava construída, com a intenção de empurrá-lo para o precipício. Jesus,
porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Uma vez que o Senhor é bom é-o ainda muito melhor
para com os que lhe são fieis, abracemo-nos a Ele, estejamos ao seu lado com
toda a nossa alma, com todo o coração» (Santo Ambrósio) «Um menino, um
estábulo! Portanto as coisas simples, a humildade de Deus: é este o estilo
divino, nunca o espetáculo. Far-nos-á bem, nesta Quaresma, pensar na nossa vida
e ver como o Senhor nos fez seguir em frente, verificaremos que sempre o fez
com coisas simples» (Francisco) «Jesus Cristo é Aquele que o Pai ungiu com o Espírito
Santo e constituiu «sacerdote, profeta e rei». Todo o povo de Deus participa
destas três funções de Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 783)
«Em verdade, vos digo que nenhum profeta
é bem recebido na sua própria terra»-Rev. D. Santi COLLELL i Aguirre(La Garriga,
Barcelona, Espanha)
Hoje
escutamos do Senhor que «nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»
(Lc 4,24). Esta frase —na boca de Jesus— tem sido para muitos e muitas —em mais
de uma ocasião— justificação e desculpa para não complicar-nos a vida. Jesus
Cristo só quer advertir aos seus discípulos que as coisas não serão fáceis e
que freqüentemente, entre aqueles que pensamos que nos conhecem melhor, ainda
será mais complicado.
A afirmação de Jesus é o preâmbulo da lição que quer dar à gente reunida na
sinagoga e assim, abrir os seus olhos à evidencia de que pelo simples feito de
serem membros do “Povo escolhido” não têm nenhuma garantia de salvação, cura,
purificação (isso o confirmará com os dados da história da salvação).
Mas, dizia que a afirmação de Jesus, para muitas e muitos é, com excessiva
freqüência, motivo de desculpa para não “comprometer-nos evangelicamente” no
nosso ambiente cotidiano. Sim, é uma daquelas frases que todos aprendemos de
memória e, que efeito faz!
Parece como gravada na nossa consciência de maneira particular e quando no
escritório, no trabalho, com a família, no circulo de amigos, no nosso meio
social quando devemos de tomar decisões compreensíveis à luz do Evangelho, esta
“frase mágica” tira-nos para trás como dizendo-nos: —Não vale a pena
esforçar-te, nenhum profeta é bem recebido na sua terra! Temos a desculpa
prefeita, a melhor das justificações para não ter que dar testemunho, para não
apoiar a aquele companheiro que é vitima da gestão da empresa, ou ignorar e não
ajudar à reconciliação daquele casal conhecido.
São Paulo dirigiu-se em primeiro lugar aos seus: foi à sinagoga onde «Paulo foi
então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda liberdade, discutindo e
persuadindo os ouvintes acerca do Reino de Deus» (At 19,8). Não acredita que
isso é o que Jesus queria dizer-nos?
Santo do Dia: São Nicolau de Flue
São
Nicolau de Flue nasceu na Suíça em 1417 e passou sua juventude ajudando o pai
em trabalhos práticos e sempre inclinado a vida religiosa. A pedido do pai,
casou-se com Dorotéia que muito o levou para Deus, tanto que juntos educaram os
dez filhos para a busca da santidade.
Aconteceu
que, aos cinquenta anos e em comum acordo com a esposa e filhos, Nicolau
retirou-se na solidão, perto de sua casa, porém com o propósito de se dedicar
exclusivamente a Deus, deixando de lado os diversos cargos públicos e
administrativo que ocupava na sociedade.
São
Nicolau entregou-se totalmente a vida de oração, penitência e jejuns, sem
deixar de participar nas missas de domingo e dias santos, além de ter assumido
como cama uma tábua, por travesseiro uma pedra e frutas e ervas como alimento
até chegar a se alimentar somente da Eucaristia.
Nicolau
morreu com setenta anos, e mesmo no eremitério em nada se alienou ao mundo, o
qual serviu como conselheiro e interferiu pacificamente nas dificuldades entre
Católicos e protestantes ao ponto de ser amado e tomado como modelo de
pacificador e pai da pátria. Em 1487, no dia em que completava 70 anos, Nicolau
morreu. É o santo mais popular e conhecido da Suíça.(Colaboração: Padre Evaldo
César de Souza, CSsR)
Reflexão: Os caminhos de Deus são mesmo desconhecidos. Nossos
projetos de vida sofrem mudanças repentinas e nos colocam em situações
totalmente novas. Assim foi com São Nicolau, que depois de um matrimônio feliz
e fecundo, dedicou-se muitos anos numa vida de silêncio e profunda
contemplação. Diante das situações que surgem e não foram planejadas, deixemos
que o Espírito Santo nos conduza e retire de nós o medo dos caminhos
inesperados.
TJL-
A12.COM – EVANGELI.NET- VATICANEWS.VA
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