segunda-feira, 14 de março de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 15. MARÇO. 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


15 DE MARÇO DE 2022 - Terça-feira da 2ª semana da Quaresma

Krajewski: Na Ucrânia encontrei muito sofrimento e muita fé

O enviado do Papa Francisco à Ucrânia, cardeal Konrad Krajewski, se prepara a voltar ao Vaticano depois de uma semana em missão na Polônia e na Ucrânia, para encontrar os refugiados e levar mantimentos. "Devo dizer que, além do sofrimento, há grande esperança e amor." Benedetta Capelli – Vatican News - O sol deve nascer novamente na Ucrânia. Estes são os votos do Cardeal Konrad Krajewski, esmoleiro papal, entrevistado por telefone enquanto se preparava para deixar a Ucrânia de carro. Ele fala de uma missão no signo do Evangelho, de uma viagem feita de partilha e esperança, apesar do soar das sirenes de alarme ou dos rostos provados de tantas mulheres que fogem com crianças nos braços. Eminência, o senhor está prestes a concluir sua viagem. Que avaliação pode fazer desta missão? Fui à Ucrânia para apoiar nossos irmãos, para levar a bênção do Santo Padre, para estar perto deles, para rezar com eles. Nós nos encontramos com líderes de várias religiões, estivemos juntos... E depois [fui à Ucrânia] também para agradecer às pessoas de boa vontade que oferecem suas casas aos refugiados, aos muitos voluntários na Ucrânia e também aos muitos doadores, porque, realmente, grandes caminhões vão continuamente para Kiev com ajuda e param mais ou menos a cem quilômetros de distância. Foi uma viagem de fé, uma viagem do Evangelho, uma viagem de uma missão totalmente religiosa. O senhor disse também que era uma viagem de proximidade concreta; lembramos que o Papa fez uma contribuição para os caminhões que levavam ajuda a Kiev... Sim, houve muitas contribuições, onde quer que fôssemos havia pessoas que até mesmo de uma forma pequena ajudavam. É claro que a viagem foi um apoio muito concreto, mas acima de tudo foi importante estar com eles, com o povo. Conosco vieram também prefeitos e governadores da região, apesar do som das sirenes avisando para nos abrigarmos. Rezamos, falamos sobre o futuro próximo. Há uma grande esperança no futuro, mas as armas devem ser detidas e o sol deve finalmente nascer também sobre a Ucrânia. Existe uma imagem particular que o tocou nesta viagem, uma pessoa, um encontro? As imagens ... São sempre as mulheres; ainda hoje vi muitas mulheres com crianças indo em direção à fronteira. Vê-se que as pessoas estão muito cansadas, as pessoas estão muito cansadas de tantos dias de viagem. Mas, por outro lado, vê-se a incrível acolhida e a ajuda. Portanto, devo dizer que, além do sofrimento, há grande esperança e amor. Há uma palavra que caracterizou esta viagem? O senhor falou das "armas da fé"; disse várias vezes que é necessário silenciar as verdadeiras armas para deixar ressoar as da paz, as da oração, as da unidade. Este foi um pouco o espírito? Certamente! Trouxe muitos terços, que pude dar também aos soldados, ao povo que deixava o país, indo em direção à fronteira com a Polônia. Nós também rezamos muito. Em todos os lugares nos colocamos em oração. Então eu sempre via lágrimas quando se dizia: "Aqui estão, estes terços são do Santo Padre, que é solidário e reza por vocês". Qual será a primeira coisa que o senhor dirá ao Papa Francisco? Eu ainda não sei. Devo dizer que cada dia foi muito diferente. Hoje acordamos com sirenes nos avisando para fugirmos imediatamente. Assim, por um lado, talvez prevaleça a alegria desses encontros; por outro, a tristeza das pessoas que vivem em constante medo. Estou deixando este país com um grande enriquecimento pessoal, porque encontrei pessoas de grande fé, pertencentes a todas as confissões. Isto também é uma esperança; uma esperança de unidade.  

Oração:  Bom Deus do Céu, escolhestes São Clemente como missionário do Reino de Deus e através do serviço aos pobres e abandonados ele consagrou sua vida a Jesus Cristo. Concedei-nos a perseverança necessária para o trabalho de evangelização e dai-nos um coração caridoso, para que imitemos em nosso cotidiano as ações de São Clemente. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho segundo São Mateus 23,1-12.

Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas e que os tratem por mestres. Vós, porém, não vos deixeis tratar por mestres,
porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos.
Na Terra, não chameis a ninguém vosso pai, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste.
Nem vos deixeis tratar por doutores, porque um só é o vosso doutor, o Messias.
Aquele que for o maior entre vós, será o vosso servo.
Quem se exalta, será humilhado e quem se humilha, será exaltado».(
Tradução litúrgica da Bíblia)

São João Cassiano (c. 360-435) fundador de mosteiro em Marselha(«Sobre a ciência espiritual»)

«Prontos para ouvir e lentos para falar »(Tg 1, 19)

Sede em tudo «prontos para ouvir e lentos para falar »(Tg 1, 19), não aconteça que se vos aplique a observação de Salomão: «Viste um homem precipitado no falar? Há mais a esperar dum insensato do que dele» (Sab 29,20). Não tenhais a pretensão de ensinar a outra pessoa seja o que for que vós não tenhais primeiro praticado. É essa a ordem que Nosso Senhor nos ensina a seguir com o seu exemplo: «Começou a fazer e a ensinar» (At 1,1). Tendo cautela, se vos precipitardes a ensinar sem terdes praticado, não aconteça que sejais contados no número daqueles sobre quem o Senhor declara aos seus discípulos no evangelho: «Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar» (Mt 23,4); e «se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu» (Mt 5,19) - quanto mais aquele que ousar ensinar preceitos numerosos e mais graves, que ele próprio não respeita! Esse não será o menor no Reino do Céu, mas conquistará o primeiro lugar no suplício da geena. Guardai-vos de dar lições aos outros como fazem alguns, que têm capacidade de discorrer e uma palavra fácil que parece correr da fonte; e, porque sabem dissertar com elegância e abundância sobre qualquer assunto, passam por possuidores da ciência espiritual aos olhos daqueles que não aprenderam a discernir a verdadeira natureza dessa ciência. Ora, uma coisa é ter alguma facilidade de palavra e brilho no discurso, outra coisa é penetrar até ao coração e à medula nas palavras celestiais, contemplando com um olhar puríssimo do coração os mistérios profundos e ocultos. Isto é coisa que nem a ciência humana nem a cultura do século conseguirão alcançar, mas apenas a pureza da alma, pela iluminação do Espírito Santo.

Santo do Dia: São Clemente Maria Hofbauer

Ele nasceu em Tasswitz aos 26 de dezembro de 1751. Foi o último dos doze filhos de Paulo Hofbauer e de Maria Steer. Foi batizado com o nome de João. O pai era um açougueiro. A família era muito pobre e o pequeno João frequentou muito pouco a escola nos anos juvenis. Com a morte do pai empregou-se como servente no mosteiro dos premonstratenses de Burra, onde desempenhou o ofício de padeiro.

Durante algum tempo viveu como eremita. Foi quando mudou o nome para Clemente. De volta para Viena, e graças à generosidade de três senhoras piedosas e ricas, pode estudar na universidade. Em 1784 viajou novamente para Roma junto com um estudante e amigo Tadeu. Os dois peregrinos foram parar entre os redentoristas, recentemente estabelecidos em São Julião, no Monte Esquilino, onde eles foram recebidos como candidatos.

Depois de um noviciado breve, fizeram a profissão no dia 19 de março de 1785 e, dez dias depois, em 29 de março de 1785, foram ordenados padres em Alatri. Junto com o Padre Tadeu, voltou à Viena onde quis estabelecer a Congregação.

Mas isto não era possível devido às leis josefinistas. Foram então para Varsóvia onde se encarregou da igreja alemã de São Beno. Começou uma intensa atividade pastoral, e lá atraiu numerosos candidatos desejosos de se unirem a ele. A igreja de São Beno tornou-se sede de uma missão contínua com um programa diário de pregações, instruções, confissões e devoções. Fundou, também, um orfanato para os meninos e meninas. Esta atividade ele a continuou até os 1808, quando Napoleão Bonaparte fechou a igreja e dispersou a comunidade.

Clemente se estabeleceu novamente em Viena e lá permaneceu até sua morte. Como capelão do convento e da igreja das Ursulinas, teve uma influência extraordinária na cidade inteira. Aconselhou e encorajou alguns líderes do novo movimento romântico e outros que trabalhavam para a renovação católica nos países de idioma alemão.

Foi-lhe conferido o título e a responsabilidade de Vigário Geral da congregação redentorista fora da Itália, principalmente para o sul da Alemanha e Suíça. São Clemente foi a base da renovação da vida redentorista na Europa do Norte.

São Clemente morreu em Viena, no dia 15 de março de 1820. Quando o Papa Pio VII teve notícia da morte e disse: "A religião perdeu na Áustria a seu apoio principal." É chamado patrono de Viena e venerado como o principal propagador da Congregação Redentorista.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão:  A vida de São Clemente foi intensamente missionária. Dedicou seus dias ao trabalho apostólico entre os mais abandonados e, apesar dos fracassos sucessivos, nunca desanimou do serviço ao Cristo. Foi um dos maiores missionários redentoristas e graças a ele, a Congregação do Santíssimo Redentor pôde espalhar-se por todo o mundo. Hoje queremos pedir a Deus que abençoe todos os missionários redentoristas, para que sejam instrumentos de Deus na tarefa da evangelização.

TJL – A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – VATICANNEWS.VA

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