Apelo do Papa pela Ucrânia: Em nome de Deus, parem o
massacre!
Mais um apelo: Francisco não poupa
palavras para condenar o massacre de civis indefesos vítimas da guerra na
Ucrânia. "Diante da barbárie da matança de crianças, de inocentes e de
civis indefesos não existem razões estratégicas plausíveis", afirmou
Vatican News
Com
voz e mãos firmes, o Papa foi contundente ao pedir, mais uma vez, o fim
imediato da guerra na Ucrânia ao final da oração mariana do Angelus deste
domingo (13/03):
"Acabamos
de rezar para Nossa Senhora. Esta semana, a cidade que leva seu nome, Mariupol,
se tornou uma cidade mártir da guerra desoladora que está devastando a Ucrânia.
Diante da barbárie da matança de crianças, de inocentes e de civis indefesos
não existem razões estratégicas plausíveis: deve-se somente cessar a
inaceitável agressão armada, antes que reduza as cidades em cemitérios."
"Com
dor no coração, uno a minha voz àquela das pessoas comuns, que imploram o fim
da guerra. Em nome de Deus, se ouça o grito de quem sofre e se ponha fim aos
bombardeios e aos ataques! Invista-se real e decididamente na negociação, e os
corredores humanitários sejam efetivos e seguros."
“Em
nome de Deus, eu peço: parem este massacre!”
Deus é só Deus da paz, não da guerra
O
Papa pediu também um maior esforço para acolher os quem foge da guerra e que os
fiéis intensifiquem as orações:
Gostaria
ainda, mais uma vez, exortar ao acolhimento dos muitos refugiados, nos quais
Cristo está presente, e agradecer pela grande rede de solidariedade que se
formou. Peço a todas as comunidades diocesanas e religiosas que aumentem os
momentos de oração pela paz. Aumentar os momentos de oração pela paz. Deus é só
Deus da paz, não é Deus da guerra, e quem apoia a violência profana o seu nome.
Vamos agora rezar em silêncio por quem sofre e para que Deus converta os
corações a uma firme vontade de paz."
O
Pontífice está acompanhando de perto tudo o que está acontecendo na Ucrânia. A
seu pedido, esta semana dois cardeais, Konrad Krajewski e Michael Czerny,
estiveram entre os refugiados na Polônia e na Hungria para levar a
solidariedade do Papa e ajudas materiais. O esmoleiro, card. Krajewski,
inclusive conseguiu ir até Lviv, cidade que os russos bombardearam nas últimas
horas. Na frente diplomática o secretário de Estado, Pietro Parolin, conversou
no decorrer da semana com o ministro das relações exteriores da Rússia, Sergei
Lavrov, para pedir o fim imediato dos bombardeiros e oferecendo a mediação da
Santa Sé.
Oração: Senhor Jesus, a falta de solidariedade é o grande mal da humanidade. Perdoai-nos por nos fecharmos em nós mesmos, por nos preocuparmos somente com aquilo que nos rodeia, negando-nos a estender a mão até mesmo àqueles que nos são mais caros. Pelos méritos de Santa Matilde, nobreza de pessoa e de alma, nós Vos rogamos a graça de bem administrarmos os talentos e bens que de nosso Pai Celeste recebemos. Amém!
Evangelho segundo São Lucas 6,36-38.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai
é misericordioso.
Não julgueis e não sereis julgados. Não
condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados.
Dai e dar-se-vos-á; deitar-vos-ão no regaço uma
boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os
outros será usada também convosco».(Tradução litúrgica
da Bíblia)
Beato Columba
Marmion (1858-1923) – abade -«O bom zelo» -«Dai e dar-se-vos-á»
Cristo Jesus não
deixará a nossa generosidade sem recompensa. Pois foi Ele próprio, fonte de
todas as graças e de toda a verdade, que nos prometeu: «Dai e dar-se-vos-á».
Quem dá ao próximo recebe de Deus. Há almas que não progridem no amor de Deus
porque Deus Se mostra avaro com elas; mas Deus só Se mostra avaro porque elas
são egoístas e não querem dar-se a Cristo nos seus membros. [...] «A medida que
usardes com os outros será usada também convosco». É esse o segredo da
esterilidade espiritual de muitas almas: Deus abandona ao isolamento aqueles
que se rodeiam de precauções para protegerem a sua tranquilidade egoísta:
fechando-se ao próximo, essas almas fecham-se a Deus. E, como Deus é a fonte de
todas as graças e sem Ele nada podemos fazer que nos mereça a felicidade
eterna, o que pode esperar uma alma que fecha voluntariamente as avenidas da
graça? Deus deixa-Se tocar pela nossa miséria, mas com a condição de sermos
sensíveis às misérias e às necessidades dos nossos irmãos. [...] Demos, pois,
sem reservas e ouçamos Nosso Senhor dizer-nos: «Eu, que sou Deus, amei este
próximo, entreguei-Me por ele e chamo-o à mesma felicidade eterna a que te
chamo a ti; porque não o amas, senão na mesma medida em que Eu o amei, pelo
menos com todo o ardor de que fores capaz, por causa de Mim e em Mim?».
Santo do Dia: Santa Matilde -Localização: Rússia
Santa Matilde nasceu em 895. Casou-se aos 14 anos com Henrique, rei da Germânia, com quem teve dois filhos: Oton e Henrique. Matilde aprendeu a ler e escrever depois de casada. Utilizava seu patrimônio em favor dos necessitados, sendo também bastante atuante nas questões políticas. Em 936 morre Henrique, seu marido, e Oton é coroado imperador em Roma. Santa Matilde dizia aos filhos: "Meus queridos filhos, gravai bem no vosso coração o temor de Deus. Ele é o Rei e Senhor verdadeiro. Feliz aquele que prepara sua eterna salvação". A partir da morte do marido o seu calvário começou, ao ponto de ser traída pelos filhos, com a falsa acusação de que estaria esbanjando os bens com os pobres. Ela foi exilada e seus bens confiscados. Mais tarde, seus filhos a anistiaram e lhe devolveram os bens. Santa Matilde empregou seu patrimônio na construção de hospitais, mosteiros e igrejas. Retirou-se para um convento onde faleceu a 14 de março de 968, sendo sepultada ao lado do marido. A imagem de Santa Matilde traz uma igreja e uma carteira nas mãos, representando a caridade para com os pobres.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)
Reflexão: Santa Matilde destacou-se pela sua caridade sem
limites. Tudo fazia em favor dos mais pobres, utilizando para isso as riquezas
de que dispunha. Seus gestos neste mundo abriram para ela a herança eterna e o
reino do Céu. Nem sempre somos capazes de dividir o que temos e muitas vezes
acumulamos mais do que necessitamos para uma vida digna. Que tal deixar que o
espírito da caridade e do despojamento tome conta de nós?
TJL- A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG
– VATICANNEWS.VA
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