segunda-feira, 28 de março de 2022

BOM DIA EVANGEHO - 29. MARÇO. 2022

 

BOM DA EVANGELHO


29 DE MARÇO DE 2022 - Terça-feira da 4ª semana da Quaresma

O Papa encontra uma delegação de indígenas do Canadá: "Ele escutou nossa dor"

Francisco encontrou-se com os representantes dos povos indígenas Métis e Inuit, e manifestou o desejo de ouvir as histórias dos sobreviventes. Os membros do conselho dos Métis na Praça São Pedro: "Juntos com Francisco por um percurso de verdade, justiça e reconciliação". Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba : O Papa Francisco recebeu, ao longo de duas audiências sucessivas, na manhã desta segunda-feira (28/03), na Biblioteca Apostólica, no Vaticano, dois grupos de representantes dos povos indígenas canadenses, cerca de 10 delegados dos Métis e cerca de 8 dos Inuit, acompanhados por alguns bispos da Conferência Episcopal do Canadá. Segundo a nota da Sala de Imprensa da Santa Sé, "cada encontro durou cerca de uma hora e foi marcado pelo desejo do Papa de ouvir e dar espaço às histórias dolorosas contadas pelos sobreviventes. Os encontros e a escuta continuarão nos próximos dias de acordo com as informações já fornecidas". Um percurso de reconciliação: Foi durante o Angelus em 6 de junho de 2020 que o Pontífice compartilhou com o mundo a consternação com as dramáticas notícias, que chegaram algumas semanas antes, da descoberta no Canadá de uma vala comum numa escola, a Escola Residencial Indígena Kamloops (Kamloops Indian Residential School, com mais de 200 restos humanos de nativos canadenses. Uma descoberta chocante, símbolo de um passado de crueldade residencial no país, quando, de 1880 às últimas décadas do século XX, em instituições financiadas pelo governo e administradas majoritariamente por organizações cristãs, o objetivo era educar e converter os indígenas jovens e assimilá-los na sociedade canadense tradicional, através de abusos sistemáticos. A descoberta em junho (que foi seguida por outras) fez com que o episcopado canadense fizesse um imediato "mea culpa" e ativasse uma série de projetos de apoio às comunidades indígenas, num processo de reconciliação cujo ápice agora é representado pela disponibilidade do Papa de receber as comunidades no Vaticano, nesta segunda-feira, 28, e 31 de março, também em vista de uma futura viagem apostólica, anunciada, mas não confirmada, ao país norte-americano. Em 1º de abril, Francisco receberá em audiência, na Sala Clementina, as várias delegações e a Conferência Episcopal Canadense.

Oração

Querido Deus de bondade, fortalecei-nos com o dom da fé e dai-nos a perseverança nas dificuldades da vida. Permita que, pela intercessão de São Segundo, sejamos coroados com a graça da santidade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Evangelho segundo São João 5,1-16.

Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém.
Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos.
Ali jazia um grande número de enfermos,
cegos, coxos e paralíticos.
Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos.
Ao vê-lo deitado, e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?».
O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda».
No mesmo instante, o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar. Ora, aquele dia era sábado.
Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado, não podes levar a tua enxerga».
Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou, disse-me: "Toma a tua enxerga e anda"».
Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: "Toma a tua enxerga e anda"?».
Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no Templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior».
O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado.
Desde então, os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num dia de sábado.(Tradução litúrgica da Bíblia)

Santo Agostinho (354-430) - bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja - Sermão 124 - «Queres ser curado?»

Os milagres de Cristo são símbolos das diferentes circunstâncias da nossa salvação eterna [...]; aquela piscina é o símbolo do dom precioso que nos faz o Verbo do Senhor. Em poucas palavras, aquela água é o povo judeu; os cinco pórticos são a Lei, escrita em cinco livros. Aquela água está, pois, rodeada por cinco pórticos tal como o povo estava rodeado pela Lei que o definia. A água que se agitava e se turvava é a Paixão do Salvador no meio desse povo. Quem descesse à água era curado, mas só um, para representar a unidade. Os que não podem suportar que se lhes fale da Paixão de Cristo são orgulhosos; não querem descer e não são curados. «O quê?», dizem esses homens altivos. «Acreditar que um Deus encarnou, que um Deus nasceu de uma mulher, que um Deus foi crucificado e flagelado, que foi coberto de chagas, que morreu e foi sepultado? Não, jamais acreditaria em tal humilhação de Deus: é indigna dele!». Calai a cabeça e deixai falar o coração. As humilhações de Deus parecem indignas aos arrogantes e é por isso que eles estão tão afastados da cura. Guardai-vos, pois, desse orgulho; se desejais a vossa cura, aceitai descer. Teríeis razão para vos preocupardes se vos dissessem que Cristo tinha sofrido alguma mudança ao encarnar. Mas não. [...] O vosso Deus mantém-Se como era, não receeis; Ele não morre e impede-vos de morrer. Sim, Ele permanece o que é; nasce de uma mulher, mas fá-lo segundo a carne. [...] Foi como homem que Ele foi preso, amarrado, flagelado, coberto de ultrajes e, por fim, crucificado e morto. Porque vos aterrorizais? O Verbo do Senhor permanece eternamente. Quem repudia as humilhações de um Deus não quer ser curado da ferida mortal do seu orgulho. Pela sua encarnação, nosso Senhor Jesus Cristo restituiu a esperança à nossa carne, tomando para Si os frutos bem conhecidos desta Terra: o nascimento e a morte. O nascimento e a morte são, com efeito, bens que a Terra possuía em abundância; mas nela não havia ressurreição nem vida eterna. Ele colheu os frutos desgraçados da Terra ingrata e, em troca, deu-nos os bens do seu reino celestial.

Santo do Dia: 

São Segundo


Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século primeiro.

Profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo.

Entretanto, sua conversão aconteceu mesmo durante uma viagem a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Esta conversão está envolta em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão.

Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo. Conta-se que ele conseguiu atravessar a cavalo o Rio Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia ao bispo Marciano, antes do martírio. O Rio Pó, minúsculo apenas no nome, é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas.

Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito de Asti, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas como não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 29 de março do ano 119.

No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti. Seu culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A vida de muitos santos é cercada de fatos extraordinários. Milagres, curas, histórias fantásticas! Não vamos preocupar demais com estas histórias e com a veracidade delas. Firmemos nosso olhar naquilo que é o essencial: a vida dos santos foi sempre voltada para o amor ao Cristo e a caridade para com o próximo. Isto é o fundamental e corresponde ao mandamento de Jesus: “Amai a Deus e amai ao próximo”.

TJL – A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG –VATICANNEWS.VA

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