sexta-feira, 1 de abril de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 4. ABRIL. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


04 DE ABRIL DE 2022- Segunda-feira (C) da 5ª semana da Quaresma

Cardeal Braz de Aviz fala com futuros formadores na Universidade Gregoriana

Dom João compartilhou com os futuros formadores a sua opinião sobre as recentes reformas promovidas pelo Papa Francisco na Cúria Romana. Para ele, elas são um forte sinal na direção de uma mudança de mentalidade.

Padre Adelson dos Santos, SJ

Em um encontro de duas horas, neste dia 29 de março, o prefeito da Congregação (futuro Dicastério) dos Institutos de Vida Consagrada, cardeal João Braz de Aviz, falou sobre vários temas importantes para a formação com cerca de 60 alunos do Centro São Pedro Fabro da Pontifícia Universidade Gregoriana, que se preparam para realizar a missão no campo da formação em seminários diocesanos e casas de formação de diversas ordens e congregações religiosas, espalhadas pelos cinco continentes.

Segundo o cardeal, “a formação – permanente (ou contínua) e inicial – é o grande desafio do momento para a vida consagrada. Na formação que recebemos e damos, arriscamos não só o futuro da vida consagrada, mas também o presente, sem uma formação adequada e atenta ao momento presente em que vivemos, uma vida consagrada com sentido torna-se impossível, evangelicamente falando".

Para o cardeal Braz de Aviz, devemos entender o caminho da formação como um caminho de identificação com Cristo, "um caminho de progressiva assimilação dos sentimentos de Cristo para com o Pai", e advertiu que é essencial que não haja dicotomia entre o que se vive nas casas de formação e o estilo de vida encontrado nas comunidades apostólicas dos já "formados". Sobre o papel do formador ou superior, este deve ser visto como um serviço entre irmãos que caminham lado a lado, não como um superior entre os "inferiores".

O cardeal Braz de Aviz também abordou a questão do elevado número de abandonos da vocação à vida religiosa, destacando que os três principais motivos que levam a esses abandonos são: 1. A crise existencial da fé; 2. A pobreza da vida fraterna em comunidade e 3. Todo o mundo da afetividade e da sexualidade.

Por fim, dom João compartilhou com os futuros formadores a sua opinião sobre as recentes reformas promovidas pelo Papa Francisco na Cúria Romana. Para ele, elas são um forte sinal na direção de uma mudança de mentalidade, favorecendo um caminho de maior comunhão e sinodalidade entre os membros da Cúria, a começar pelos cardeais, chamados a dar um verdadeiro testemunho de fraternidade ao mundo e de proximidade com os outros, como Francisco sempre faz.

Além dos alunos do Centro Favre, o encontro com o cardeal Braz de Aviz contou com a presença do Reitor da PUG, padre Nuno Gonçalves, do pró-diretor do Centro, padre Adelson Santos, e da irmã Veridiana Kiss, membro do corpo docente.

Oração: Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Isidoro de Sevilha, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Evangelho (Jo 8,12-20)

 Jesus falou ainda: «Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida». Os fariseus então disseram: «O teu testemunho não é verdadeiro, porque dás testemunho de ti mesmo». Jesus respondeu: «Embora eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque eu sei de onde venho e para onde vou. Mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde eu vou. Vós julgais segundo a carne; eu não julgo ninguém, e se eu julgo, o meu julgamento é verdadeiro, porque eu não estou só, mas o Pai que me enviou está comigo. Na vossa Lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Ora, eu dou testemunho de mim mesmo, e também o Pai, que me enviou, dá testemunho de mim».
Eles, então, perguntaram: «Onde está o teu Pai?» Jesus respondeu: «Vós não conheceis nem a mim, nem a meu Pai. Se me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai». Ele falou essas coisas enquanto ensinava no templo, junto à sala do tesouro. Ninguém o prendeu, porque sua hora ainda não tinha chegado.

«Eu sou a luz do mundo» - Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, Jesus dá-nos a definição dele próprio, a qual enche de sentido a vida dos que, apesar das nossas deficiências, o queremos seguir: «Eu sou a luz do mundo» (Jo 8,12). A pessoa de Jesus, os seus ensinamentos, os seus exemplos de vida, são a luz que ilumina toda a nossa existência, tanto nas horas boas, como nas de sofrimento ou contradição.
O que é que isto quer dizer? Que em qualquer circunstância em que nos encontremos, seja por trabalho ou na relação com os outros, na nossa relação perante Deus, frente às alegrias ou às tristezas… podemos pensar: —Que fez Jesus numa circunstância semelhante?; podemos sempre procurar no Evangelho e responder: —Isto mesmo é o que eu farei! Precisamente, João Paulo II incorporou no Santo Rosário —o “compêndio do Evangelho”, como ele próprio nos recorda— os mistérios da vida pública de Jesus, e denominou-os “mistérios da luz”. Assim, diz-nos o Papa: «Ele é quem, declarado Filho predileto do Pai no Batismo do Jordão, anuncia a chegada do Reino, dando testemunho dele com as suas obras e proclamando as suas exigências».
Jesus é luz; quem o segue «não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida» (Jo 8,12). Como discípulos seus, o Senhor convida-nos também a sermos luz para o mundo; a levar a luz da esperança no meio das violências, desconfianças e medos dos nossos irmãos; a levar a luz da fé no meio da obscuridade, das dúvidas e interrogações; a levar a luz do nosso amor no meio de tanta mentira, rancor e perturbação como vemos à nossa roda.
O Papa indica como pano de fundo de todos os mistérios de luz, as palavras de Maria nas bodas de Cana: «Fazei tudo o que Ele vos disser» (Jo 2,5): este é o caminho para que Jesus seja luz do mundo e para que nós iluminemos com essa mesma luz.

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Quando tu, Senhor Jesus, me diriges à luz recibo ao Padre, sou coerdeiro contigo. Tendo dissipado as trevas que nos enrolam como uma nuvem, contemplemos ao Deus verdadeiro e proclamemos: “Bendita seja a luz verdadeira”» (São Clemente de Alexandria) «Para todos aqueles que ao princípio escutaram a Jesus, da mesma forma para nós, o símbolo da luz evoca o desejo de verdade e a sede de chegar à plenitude do conhecimento que estão impressos no mais íntimo de cada ser humano» (São João Paulo II) «Em Jesus Cristo, a verdade de Deus manifestou-se na sua totalidade. Cheio de graça e de verdade (Jo 1,14), Ele é a “luz do mundo” (Jo 8,12), Ele é a verdade. Quem nele crê não fica nas trevas. O discípulo de Jesus “permanece na sua palavra” para conhecer “a verdade que liberta” (cf. Jo 8,31-32) e que santifica (...)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2466)

Santo do Dia: Santo Isidoro de Sevilha

Isidoro nasceu no ano 560, em Sevilha, numa família muito cristã. Era o mais novo de quatro irmãos. Seu pai era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos. A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo.

Isidoro começou a estudar a religião desde muito pequeno, mas tinha muitas dificuldades de aprendizagem, chegando a preocupar a família e os professores. Mas devagar foi superando as dificuldades, formando-se em Sevilha, onde, além do latim, ainda aprendeu grego e hebraico.

Tornou-se arcebispo em Sevilha, organizando núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários. Sua influência cultural foi muito grande, era possuidor de uma das maiores e mais bem abastecida biblioteca e seu exemplo levou muitas pessoas a dedicarem ao estudo e às boas leituras. Ele nos deixou uma obra escrita sobre Cultura, Filosofia e Teologia, considerada a mais valorosa do século sétimo. Sua obra parece uma verdadeira enciclopédia: comentou a Bíblia, a Filosofia, a História, o Direito e as Línguas.
Por seus profundos conhecimentos, presidiu o segundo Concílio de Sevilha e o quarto Concílio de Toledo. Por isso, foi chamado de "Pai dos Concílios" e "mestre da Igreja", da Idade Média. Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados.

Nosso grande santo morreu em 636. O Papa Bento catorze proclamou Santo Isidoro de Sevilha, Doutor da Igreja. Santo Isidoro é também um dos padroeiros da Internet.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Santo Isidoro foi famoso por sua preocupação pela formação do clero, por sua generosidade com os necessitados, e por sua grande sabedoria. Nunca deixou-se levar pela vanglória e quando sentiu que estava por morrer pediu perdão publicamente pelas faltas de sua vida passada. Foi um homem a frente do seu tempo, uma ponte cultural entre a Idade Antiga e a Idade Média. Nós também nos encontramos no amanhecer de uma nova etapa da História. O novo século pede dos cristãos uma posição coerente, na luta pela justiça e igualdade. Recebamos de santo Isidoro as bênçãos necessárias para proclamar a beleza e a validade do Evangelho de Cristo no meio de tantas novidades e descobertas tecnológicas.

TJL- A12.COM – EVANGELINET.NET – VATICANNEWS.ORG

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