Dom
José Geraldo
Nos
últimos anos viveu na Fazenda Santa Maria, localizada no Distrito de Bom Jesus
da Cachoeira, em Muriaé (MG), onde celebrava a eucaristia, estando sempre
presente na vida paroquial de Nossa Senhora da Conceição, em especial na
Comunidade Senhor Bom Jesus, assistida pela paróquia de Laranjal (MG).
No ano
passado, Dom José Geraldo participou da cerimônia de reinauguração do Seminário
Diocesano Nossa Senhora Aparecida, reaberto em Leopoldina após 50 anos. Ele
concelebrou a Solene Celebração Eucarística presida por Dom Edson Oriolo na
Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, na mesma cidade, vivenciando um momento
importante na caminhada evangelizadora desta Igreja particular.
O corpo
de Dom José Geraldo foi velado na Igreja Matriz São Paulo, em Muriaé (MG), sua
terra natal. Na noite desta terça-feira (05), o superior provincial da
Congregação dos Agostinianos da Assunção (A.A.), padre Luiz Gonzaga da Silva,
presidiu a Missa de Corpo Presente, concelebrada por vários padres
Assuncionistas e pelo Pe. Carlos Henrique Mariosa, do clero diocesano de
Leopoldina.
Na
manhã desta quarta-feira, após a Missa das Exéquias na Igreja Matriz São Paulo,
o féretro foi trasladado para a Catedral Diocesana de São Sebastião, em
Leopoldina (MG), para um velório seguido da Solene Missa Exequial
presida por Dom Edson Oriolo e concelebrada por dom José Eudes Campos do
Nascimento, bispo de São João del-Rei, pelo clero de Leopoldina e padres
Assuncionistas.
Em homilia, Dom Edson Oriolo destacou a comunhão de orações com a Diocese de
Juazeiro, registrando solidariedade ao seu bispo e forças vivas desta Igreja
particular. O bispo de Leopoldina comentou que o Evangelho proclamado nos ajuda
a vivenciar com maior profundidade o mistério celebrado, no momento de
afastamento da vida terrena de Dom
José Geraldo.
Agradeceu
pela vocação “deste ilustre filho de nossa diocese”,
destacando sua trajetória, desde o ingresso no Seminário Nossa Senhora de
Lourdes até sua sagração de bispo, tendo o múnus de
santificar, ensinar e governar. “Ele abraçou a
vida religiosa com verdadeira paixão, exercendo vários ofícios, passando seus
últimos anos vivendo com muita simplicidade, escondido em Cristo, no silêncio
que transfigura a alma Cristã e vai confortando a vontade de Deus, até que Deus
o chamou na alegria eterna”, comentou. A senhora Valéria Cruz,
representando toda a família, fez o uso da palavra para dizer que foi um dia de
despedida triste e inevitável. “Nossos corações
estão pranteados pela dor da perda”, comentou.
Disse
ainda que em vários momentos de sua vida, Dom José Geraldo recebeu inúmeras
homenagens merecidas, reconhecidas pelos seus olhos marejados, seu sorriso
alegre e emoção. “Hoje nos resta o silêncio no corpo
inerte, pois ele partiu para a jornada celestial, voltando ao seu criador,
deixando-nos um rastro de Luz, uma marca indelével no coração de todos que foram
tocados por ele, que tiveram o privilégio de sua convivência, de um ser humano
magnânimo”, exaltou.
Oração: Ó Pai, pela vossa misericórdia, São João Batista de la Salle anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Evangelho segundo São
João 8,51-59.
Naquele tempo,
disse Jesus aos judeus: «Em verdade, em verdade vos digo: Se alguém guardar
a minha palavra, nunca verá a morte».
Responderam-Lhe os judeus: «Agora sabemos que tens o demónio. Abraão morreu, os
profetas também, mas Tu dizes: "Se alguém guardar a minha palavra, nunca
sofrerá a morte".
Serás Tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E os profetas também
morreram. Quem pretendes ser?»
Disse-lhes Jesus: «Se Eu Me glorificar a Mim próprio, a minha glória não vale
nada. Quem Me glorifica é meu Pai, Aquele de quem dizeis: "É o nosso
Deus".
Vós não O conheceis, mas Eu conheço-O; e se dissesse que não O conhecia, seria
mentiroso como vós. Mas Eu conheço-O e guardo a sua palavra.
Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; ele viu-o e exultou de alegria».
Disseram-Lhe então os judeus: «Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?!»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Antes de Abraão
existir, Eu sou».
Então agarraram em pedras para apedrejarem Jesus, mas Ele ocultou-Se e saiu do
Templo.(Tradução litúrgica da Bíblia)
Santo Efrém (c. 306-373) diácono da Síria, doutor da Igreja -Sobre Abraão e Isaac «Abraão [...] exultou por ver o meu dia»
Devido à sua idade,
Abraão e Sara eram incapazes de dar a vida; a juventude tinha-se apagado nos
corpos de ambos, mas a sua esperança em Deus continuava bem viva; não
enfraquecera, era indestrutível. Foi por isso que Abraão, contra toda a esperança,
gerou Isaac, que é uma figura do Senhor. Não era natural, com efeito, que o
seio já morto de Sara pudesse conceber Isaac e que ela o alimentasse com o seu
leite; como também não era natural que a Virgem Maria, sem conhecer homem,
concebesse o Salvador do mundo, e O desse à luz sem perder a sua integridade.
[...] Diante da tenda, o anjo disse ao patriarca: «Dentro de um ano, nesta
mesma época, Sara terá um filho» (Gn 18,14). O anjo também [...] disse a Maria:
«Salve ó cheia de graça hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho» (Lc
1,28.31). Sara riu-se, pensando na sua esterilidade, tendo em conta a sua idade
(v. 12); sem crer na palavra, exclamou: «Velha como estou, poderei ainda ter
esta alegria, sendo também velho o meu senhor?». Maria, pensando na virgindade
que queria guardar, hesitou, e disse ao anjo: «Como será isso, se eu não
conheço homem?» (Lc 1,34). A promessa era, certamente, contra a natureza, mas
Aquele que, contra toda esperança, deu Isaac a Sara, nasceu realmente, segundo
a carne, da Virgem Maria. Logo que Isaac viu a luz do dia, segundo a palavra de
Deus, Sara e Abraão ficaram cheios de alegria. E quando Jesus veio ao mundo,
segundo o anúncio de Gabriel, Maria e José ficaram cheios de alegria. [...]
«Quem teria dito a Abraão que Sara, na sua velhice, aleitaria um filho?»,
exclamou a estéril. «Quem teria dito ao mundo que o meu seio virginal
alimentaria uma criança com o meu leite?», exclamou Maria. De facto, não foi
por causa de Isaac que Sara se riu, mas por causa daquele que nasceu de Maria;
pois tal como João Batista manifestou a sua alegria estremecendo no seio da sua
mãe, Sara manifestou a sua rindo-se.
Santo do Dia: São João Batista de La Salle
Na França, em 1651, nasceu João Batista de La Salle, na cidade de Reims. Era o
mais velho de onze irmãos. Nascido numa família muito religiosa, La Salle desde
cedo sentiu uma forte inclinação para o sacerdócio. Aos dez anos entrou para o
colégio dos Bons Meninos. Foi nesta mesma época que pediu aos seus pais para
ser sacerdote, obtendo o seu consentimento.
Quando tinha
quinze anos foi nomeado cônego da catedral de Reims, posição muito avançada
para um menino de sua idade, mas assumida com responsabilidade. Após
licenciar-se em Filosofia e em Teologia, La Salle ordenou-se sacerdote.
Quando
estava indo atender a uma comunidade aconteceu o encontro providencial: um
cavalheiro estava à sua espera com uma proposta de abrir escolas gratuitas para
os pobres. La Salle a princípio relutou, mas acabou aceitando colaborar nesta
obra.
Em 1679
surgiu a primeira escola lassalista. Aos poucos a obra foi crescendo e novas
escolas gratuitas foram surgindo. Com a preocupação de preparar bem os
professores, La Salle acabou alugando uma pequena casa onde poderia morar com
eles e ao mesmo tempo iniciá-los na arte de educar.
Uma das
ações de La Salle foi doar todos os seus bens aos pobres, além de renunciar ao
cargo de Cônego em favor de um sacerdote muito pobre. A partir do momento em
que fez isso, os Irmãos e as escolas passaram a viver confiando apenas na
providência de Deus. As escolas se multiplicavam. Em pouco tempo, eram várias
espalhadas pela França.
Alquebrado
pela idade, em 1719, La Salle sente que seus dias chegam ao fim. Na sexta-feira
da Paixão, 7 de abril de 1719, entregou sua alma ao Criador. O comentário que
se ouviu nas ruas foi: “Morreu um santo”.
No ano de 1900, João Batista de La Salle passou a ser oficialmente um santo da
Igreja Católica. O papa Pio XII proclamou-o padroeiro universal de todos os
educadores.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: São João Batista de La Salle conseguiu
transformar a arte de ensinar e educar em apostolado cristão. Dedicado, orante
e com espírito de sacrifício soube viver e morrer em Cristo. Sua contribuição
na pedagogia foi muito grande, especialmente ao iniciar a primeira escola
normal, ou seja, a primeira escola de formação de professores. Ele soube unir a
teoria à prática. Oremos para que Deus e São João Batista de La Salle abençoe
hoje e sempre todos os professores e professoras que dedicam sua vida ao
magistério.
TJL-
A12.COM 0 EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – VATICANNEWS.VA
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