Judas Iscariotes / Foto: Wikimedia (Domínio público) - REDAÇÃO CENTRAL, 18 abr. 22 / 06:00 am (ACI).- Muitos crentes ao longo da história se perguntaram sobre o destino de Judas Iscariotes, o apóstolo que entregou Jesus às autoridades romanas para ser condenado à morte. Padre Samuel Bonilla, conhecido como “padre Sam”, fez uma reflexão em um vídeo publicado no Youtube sobre o destino deste apóstolo, cuja morte está relatada em duas versões das Sagradas escrituras. No começo do vídeo, padre Sam cita Mateus 27,5, que diz: “Ele jogou então no templo as moedas de prata, saiu e foi enforcar-se”; e depois, nos Atos dos Apóstolos 1,18, no qual se indica que Judas morre ao tropeçar. “Esse homem adquirira um campo com o salário de seu crime. Depois, tombando para a frente, arrebentou-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram”. Diante da pergunta sobre se a Misericórdia de Deus poderia ter salvado um Judas arrependido, padre Sam disse que não se pode “responder com certeza, porque o arrependimento é uma atitude interior” e não existe um sinal na Bíblia que o afirme. Entretanto, ressaltou que a Misericórdia de Deus é infinita e que, para responder sobre o final de Judas é preciso se apoiar tanto em uma história como em uma revelação privada. Em primeiro lugar, destaca a revelação privada que Jesus faz a santa Faustina Kowalska, na qual o Senhor lhe diz: “Se soubessem o destino de Judas, abusariam de minha Misericórdia”. “(Disse isso) como que para fazer ver que a Misericórdia de Deus é infinita sempre e quando haja arrependimento. Ou seja, se Judas se arrependeu, e isso não sabemos, a Misericórdia de Deus sempre está aberta para aquele que se arrepende”, disse o sacerdote. A segunda resposta nasce de uma história que se encontra em um dos escritos de santo Antônio de Pádua. “Conta que uma mulher idosa, em seu tempo, foi visita-lo muito triste, porque seu filho tinha falecido. Havia se suicidado, havia se jogado de uma ponte em um rio e ali tinha morrido. Naquele tempo, cabe ressaltar que não se permitia a Santa Missa a pessoas que tinham se suicidado”. “O santo, quando esta senhora lhe pergunta sobre seu filho, sobre como podia rezar por ele, responde: ‘Entre ele e o rio há um espaço e esse espaço é o da misericórdia de Deus”, relatou padre Sam. Nesse sentido, o presbítero disse “que a pessoa que se suicida, por exemplo, nos últimos momentos, quando percebe que está perdendo sua vida, ali há um espaço provavelmente quando se dá conta do valor da vida, é um espaço onde ela está sozinha com Deus e pode ser que nesses momentos se arrependa”. “Sempre há oportunidade, inclusive no último momento da vida, para alguém que se arrepende de verdade. A Misericórdia de Deus é infinita”, concluiu padre Sam. Etiquetas: Semana Santa, Jesus, Morte, misericórdia, arrependimento, Judas Iscariotes
Oração: "Verdadeiramente, Senhor, é inacessível a luz em que habitas;
verdadeiramente ninguém pode penetrar nessa luz e ver-te de modo perfeito ...
Peço-te, meu Deus, que te conheça, que te ame, para que encontre em ti meu gozo
... Que minha alma sinta fome dessa felicidade, que meu corpo sinta sede dela,
que a deseje todo meu ser, até que chegue a penetrar no gozo do Senhor, ó Deus
trino e uno, que é bendito pelos séculos. Amém."
Evangelho (Lc 24,35-48):
Então os dois contaram
o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes
disse: «A paz esteja convosco!». Eles ficaram assustados e cheios de medo,
pensando que estavam vendo um espírito. Mas ele disse: «Por que estais
preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés:
sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um espírito não tem carne, nem ossos, como
estais vendo que eu tenho». E dizendo isso, ele mostrou-lhes as mãos e os pés.
Mas eles ainda não podiam acreditar, tanta era sua alegria e sua surpresa.
Então Jesus disse: «Tendes aqui alguma coisa para comer?». Deram-lhe um pedaço
de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles.
Depois disse-lhes: «São estas as coisas que eu vos falei quando ainda estava
convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na
Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos». Então ele abriu a inteligência dos
discípulos para entenderem as Escrituras, e disse-lhes: «Assim está escrito: o
Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu nome será
anunciada a conversão, para o perdão dos pecados, a todas as nações, começando
por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas».
«A paz esteja convosco» - Rev. D. Joan Carles MONTSERRAT i Pulido(Cerdanyola del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, Cristo ressuscitado
saúda os discípulos, novamente, com o desejo da paz: «A paz esteja convosco»
(Lc 24,36). Assim afasta os temores e pressentimentos que os Apóstolos
acumularam durante os dias de paixão e de solidão.
Ele não é um fantasma, é totalmente real, mas, às vezes, o medo na nossa vida
vai tomando corpo como se fosse a única realidade. Em ocasiões é a falta de fé
e de vida interior o que vai mudando as coisas: o medo passa a ser a realidade
e Cristo vai-se desbotando da nossa vida. Por outro lado, a presença de Cristo
na vida do cristão afasta as dúvidas, ilumina a nossa existência, especialmente
os recantos que nenhuma explicação humana pode esclarecer. São Gregório de
Nazianzo exorta-nos: «Deveríamos envergonharmo-nos ao prescindir da saudação da
paz, que o Senhor nos deixou quando ia sair do mundo. A paz é um nome e uma
coisa saborosa, que sabemos provem de Deus, segundo diz o Apóstolo aos
filipenses: “A paz de Deus”; e que é de Deus o mostra também quando diz aos
efésios: “Ele é a nossa paz”».
A ressurreição de Cristo é o que dá sentido a todas as vicissitudes e
sentimentos, o que nos ajuda a recuperar a calma e a serenarmos nas trevas da
nossa vida. As outras pequenas luzes que encontramos na vida só têm sentido
nesta Luz.
«Era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de
Moisés, nos Profetas e nos Salmos». Então «ele abriu a inteligência dos
discípulos para entenderem as Escrituras» (Lc 24, 44-45), como já o havia feito
com os discípulos de Emaús. Também quer o Senhor abrir-nos a nós o sentido das
Escrituras para a nossa vida; deseja transformar o nosso pobre coração num
coração que seja também ardente, como o seu: com a explicação da Escritura e a
fração do Pão, a Eucaristia. Por outras palavras: a tarefa do cristão é ir
vendo como a sua história Ele a quer converter em história de salvação.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Oh amor exuberante para os homens! Cristo foi quem
recebeu os cravos nas suas mãos e pés imaculados, sofrendo grandes dores, e a
mim, sem sentir nenhuma dor ou angústia, me foi dada a salvação pela comunhão
com as suas dores» (São Cirilo de Jerusalém) «O conteúdo do testemunho cristão
não é uma teoria, mas uma mensagem de salvação, um acontecimento concreto,
aliás, uma Pessoa: é o Cristo ressuscitado, vivo e único Salvador de todos»
(Francisco) «A morte redentora de Jesus deu cumprimento sobretudo à profecia do
Servo sofredor. O próprio Jesus apresentou o sentido da sua vida e da sua morte
à luz do Servo sofredor. Após a sua ressurreição, deu esta interpretação das
Escrituras aos discípulos de Emaús e depois aos próprios Apóstolos» (Catecismo
da Igreja Católica, nº 601)
SANTO : Santo Anselmo
Anselmo nasceu em Aosta, no norte da Itália, em 1033. Seu pai queria projetar
seu filho na vida da nobreza e sonhava para ele uma carreira promissora. Quando
soube do desejo de Anselmo em fazer padre, opõe-se radicalmente. Como Anselmo
perdera a mãe muito cedo, e tinha um coração doce e manso, fez a vontade do pai
até os vinte anos.
Mas na flor da juventude, Anselmo fugiu de casa,
para poder se tornar um religioso. Ele queria dedicar-se de corpo e alma à sua
fé, contrária à vida mundana de festas em meio ao luxo e à riqueza.
Viajou pela França até chegar à Normandia, onde se entregou aos estudos
religiosos, sob a orientação do monge Lanfranco. Em pouco tempo ordenou-se e
formou-se teólogo. Logo foi eleito abade do mosteiro e professor.
Passou então a pregar pelas redondezas e, como o
cargo o permitia, começou a implantação de uma grande reforma monástica. Foram
tantos os escritos deixados por ele que é considerado o fundador da ciência
teológica no ocidente. Anselmo defendia a capacidade da razão humana para
investigar os mistérios divinos. Propôs a prova da existência de Deus: se temos
a idéia de um ser perfeito, a perfeição absoluta existe, logo o ser perfeito
existe. A essência da redenção acha-se na união do indivíduo com Cristo na
eucaristia. E o batismo abre o caminho para essa união.
Chegou a arcebispo-primaz da Inglaterra.
Conta-se que enfrentou duras perseguições do rei Guilherme, o Vermelho, e de
Henrique Primeiro. Mas, tinha a fala tão mansa e argumentos tão pacíficos que
com eles desarmava seus inimigos e virava o jogo a seu favor.
Anselmo morreu em Cantuária, com setenta e seis anos, em 1109 e foi declarado
"Doutor da Igreja" pelo Papa Clemente XI, em 1720.(Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: De Santo
Anselmo temos a seguinte afirmação: “Eia, vamos homem! Foge por um pouco às
tuas ocupações, esconde-te dos teus pensamentos tumultuados, afasta as tuas
graves preocupações e deixa de lado as tuas trabalhosas inquietudes. Busca, por
ma momento, a Deus, e descansa um pouco nele. Entra no esconderijo da tua
mente, aparta-te de tudo, exceto de Deus e daquilo que pode levar-te a ele, e,
fechada a porta, procura-o. Abre a ele todo o teu coração e dize-lhe:
"Quero teu rosto; busco com ardor teu rosto, ó Senhor."
TJL- A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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