BOM DIA EVANGELHO
Santa Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja, co-padroeira da
Europa
Rumo ao Encontro Mundial
das Famílias: o amor como em Nazaré
10º Encontro Mundial das Famílias: 7 catequeses e 7 testemunhos em vídeo que contam histórias, feridas, renascimento, fé. Esta é a proposta do Vicariato de Roma e do Pontifício Conselho para os Leigos, a Família e a Vida em preparação para esta grande festa que terá lugar em Roma de 22 a 26 de junho próximo. Vatican News Numa antiga casa completamente reformada, na zona rural ao norte de Roma, uma experiência original de vida comunitária entre diferentes famílias ganhou vida. Cada família tem o seu próprio espaço no primeiro andar, enquanto que no térreo tem uma cozinha e uma grande sala de estar onde todos podem comer juntos. Há já algum tempo, às quatro famílias juntou-se um refugiado africano que chegou a Itália a bordo de um bote, atravessando o Mediterrâneo. A sua história é contada no curta-metragem "Partilhar a vida" do diretor Antônio Antonelli, que acompanha a terceira catequese preparada pela diocese de Roma para o Encontro Mundial das Famílias em junho de 2022. Um encontro que - recordamos mais uma vez - terá um carácter "multicêntrico e difuso", como estabelecido pelo Papa Francisco, e por isso todas as dioceses e comunidades locais são convidadas a promover momentos de reflexão e oração sobre o tema da família. Para os ajudar, eis os materiais preparados pela diocese de Roma e pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, que estão organizando esse compromisso de junho em Roma. "Nazaré: tornar o amor normal" é o título da catequese associada a este terceiro curta-metragem. "Ao observar a família de Jesus, José e Maria", lemos, "cada família pode redescobrir o seu chamado, pode começar a compreender-se um pouco mais, orientar-se no caminho da vida e sentir-se atraída pela alegria do Evangelho.
Oração: "Trindade eterna, vós sois um mar profundo, no qual, quanto mais procuro, mais encontro. E quanto mais encontro, mais vos procuro. Sois o Fogo que queima sempre e nunca se consome. Sois o Fogo que tira todo frio, que ilumina todas as inteligências e, pela vossa luz, me fizestes conhecer a verdade. Na luz da fé adquiro a sabedoria, na sabedoria do vosso Filho único; na luz da fé, torno-me forte e constante persevero. Na luz da fé, espero que não me deixareis sucumbir no caminho ".
Evangelho segundo São João 15,12-17.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É
este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas
chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai.
Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que
vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao
Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».(Tradução
litúrgica da Bíblia)
São João Paulo II (1920-2005) - papa -Carta apostólica para o 6.º centenário da morte de Santa Catarina de Sena - Santa Catarina de Sena: uma vida mística e uma vida de ação
Quando, em 1347,
Catarina vê a luz do dia, vive-se uma situação muito difícil em Itália e na
Europa: anunciava-se a peste negra, que haveria de semear a devastação; a
sociedade estava perturbada pela Guerra dos Cem Anos e pelas invasões de
mercenários; os papas tinham tido de trocar Roma por Avinhão e o cisma do
Ocidente prolongar-se-ia até 1417. Filha de um tintureiro, Catarina toma
rapidamente consciência das necessidades do mundo que a rodeia. Atraída pela
forma de vida apostólica das Dominicanas, pede para ser agregada à ordem
terceira (as chamadas «mantellate»), que não eram propriamente religiosas nem
viviam em comunidade, mas usavam o hábito branco e o manto preto dos frades
pregadores. [...] Catarina estava rodeada de uma multidão heterogénea de
discípulos de todo o tipo e com múltiplas origens, que se sentiam atraídos pela
pureza da sua fé e pela liberdade da sua aceitação da palavra de Deus,
desprovida de matizes e cedências. [...] Atingiu o auge do seu progresso
interior nas núpcias espirituais [...], pelo que seria de esperar que a sua
vida passasse a decorrer na solidão da contemplação. Mas Deus tinha-a atraído a
Si para que ela estivesse unida a Ele na obra no seu Reino. [...] Era desígnio
de Cristo uni-la estreitamente a Si pelo amor ao próximo, isto é, quer pela
doçura dos laços da alma, quer pelos trabalhos exteriores, naquilo a que se
chama uma mística social. [...] Depois de se ter dedicado à conversão dos
pecadores individuais, passou à reconciliação de pessoas e famílias atingidas
por conflitos, e depois à pacificação de cidades e de Estados. [...] O impulso
interior do Mestre divino abriu-lhe, por assim dizer, uma nova humanidade. Foi
assim que esta humilde filha de um artesão, iletrada, praticamente sem estudos
nem cultura, teve a inteligência das necessidades do seu tempo, a ponto de
ultrapassar os limites da sua cidade e de alcançar, com a sua atividade, uma
dimensão mundial.
Santo do Dia : Santa Catarina de Sena
Catarina nasceu em 25 de março de 1347, na cidade de Sena, na Itália. Seus pais
eram muito pobres e sua família era numerosa. Catarina teve uma infância
conturbada. Não pode estudar, cresceu franzina e viveu sempre doente. Carregava
no corpo os estigmas da Paixão de Cristo. Ainda jovem, Catarina tornou-se uma
irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana.
Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências.
Já adulta enfrentou a dificuldade que muitos achariam impossível de ser
vencida: o cisma católico. Catarina, mesmo analfabeta, assume a missão de
reunir de novo a Igreja em torno de um só papa.
Dois Papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo sofrer a
população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros
países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e
bispos e conseguiu que o Papa legítimo, Gregório décimo primeiro, retomasse sua
posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o Papado estava em Avinhão
e não em Roma.
Outra dificuldade foi a peste que matou pelo menos um terço da população
européia. Ela lutou pelos doentes, curou com as próprias mãos e orações. Estava
à frente dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja
era quase nula ou inexistente.
Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas de alto valor histórico,
místico e religioso. O livro: "Diálogo sobre a Divina Providência", é
lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de
abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Foi
declarada "Doutora da Igreja" pelo Papa Paulo VI, em 1970 e mais
tarde foi escolhida como patrona da Itália, junto com São Francisco.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Santa Catarina
era uma mulher agraciada com o dom da fortaleza e da fé. Tinha profundo contato
com Deus, sendo comuns êxtases espirituais. Destacou-se pelo seu zelo
missionário. Seu biógrafo nos diz que, no ano de 1370, num êxtase Catarina
ouviu de Deus as seguintes palavras: “A salvação dos homens exige que tu voltes
à vida. O pequeno quarto não será mais tua costumeira moradia; deverás sair de
tua cidade. Estarei sempre contigo na ida e na volta. Levarás o louvor do meu
nome e a minha mensagem a pequenos e grandes. Colocarei em tua boca uma
sabedoria, à qual ninguém poderá resistir”.
TJL- EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – A12.COM – VATICANNEWS.VA
Nenhum comentário:
Postar um comentário