Francisco: disputas, guerras e conflitos deem lugar à reconciliação
No pós Regina Coeli, o Santo Padre
recordou em seguida que na tarde desta segunda-feira, na Praça São Pedro ele
irá se encontrar mais de cinquenta mil adolescentes de toda a Itália. Um lindo
sinal de esperança, disse. Silvonei José – Vatican News
Após
a oração do Regina Coeli o Papa Francisco desejou mais uma vez Feliz Páscoa a
todos os presentes, romanos e peregrinos de vários países! Em seguida
acrescentou:
Que
a graça do Senhor Ressuscitado dê conforto e esperança a todos aqueles que
sofrem: que ninguém seja abandonado! Que disputas, guerras e conflitos deem
lugar à compreensão e reconciliação.
Enfatizar
sempre esta palavra, continuou o Papa: reconciliação, porque o que Jesus fez no
Calvário e com Sua ressurreição foi reconciliar-nos a todos com o Pai, com Deus
e uns com os outros. Reconciliação, sublinhou ainda o Papa.
“Deus
venceu a batalha decisiva contra o espírito do mal: deixemos que Ele vença!
Renunciemos a nossos planos humanos, convertamo-nos a seus desígnios de paz e
justiça”.
Francisco
então agradeceu a todos aqueles que lhe enviaram expressões de felicitações nos
últimos dias. “Sou especialmente grato pelas orações! Peço a Deus, por
intercessão da Virgem Maria, que recompense cada um com seus dons”, concluiu.
O
Santo Padre recordou em seguida que na tarde desta segunda-feira, na Praça São
Pedro ele irá se encontrar mais de cinquenta mil adolescentes de toda a Itália.
Um lindo sinal de esperança, disse, e já alguns deles estão aqui! “É por isso
que a praça é preparada desta forma”, acrescentou.
O
Papa concluiu o Regina Coeli desta “Segunda-feira do Anjo”, desejando que todos
vivam estes dias da Páscoa na paz e alegria que vêm do Cristo Ressuscitado. E
mais uma vez pediu para que continuemos a rezar por ele.
Oração: Santo
Antonino de Florença que soubestes acolher finalmente à missão que Deus vos
designara, que fostes um santo em vida e jamais recusastes os sábios conselhos
como a maior prova de amor para com vosso semelhantes, intercedei junto a Deus
por nós, para que o Espírito Santo de Deus assopre sábios conselhos a todos aqueles
que se dispõe a aconselhar. Que digamos sim aos chamados de Deus com docilidade
e amor e sempre constantes à fé que, pela misericórdia de Deus, abraçamos. Por
Cristo Nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Lc 24,13-35):
Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos
discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, a uns dez quilômetros de
Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto
conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com
eles. Os seus olhos, porém, estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo.
Então Jesus perguntou: «O que andais conversando pelo caminho?». Eles pararam,
com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: «És tu o único
peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?». Ele
perguntou: «Que foi?». Eles responderam: «O que aconteceu com Jesus, o
Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e
diante de todo o povo. Os sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram
para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem
libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas
aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas
foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram,
dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo. Alguns
dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham
dito. A ele, porém, ninguém viu». Então ele lhes disse: «Como sois sem
inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!. Não era
necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?». E,
começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas
as Escrituras, as passagens que se referiam a ele.
Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia
adiante. Eles, porém, insistiram: «Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem
chegando!». Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com
eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles.
Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém,
desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: «Não estava ardendo o
nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as
Escrituras?». Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde
encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram:
«Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!». Então os dois contaram o
que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
«Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» - P. Luis PERALTA Hidalgo SDB(Lisboa, Portugal)
Hoje o Evangelho assegura-nos que Jesus está vivo e
continua a ser o centro à volta do qual se constrói a comunidade dos
discípulos. É precisamente nesse contexto eclesial —no encontro comunitário, no
diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé, na escuta comunitária da
Palavra de Deus, no amor partilhado em gestos de fraternidade e de serviço— que
os discípulos podem fazer a experiência do encontro com Jesus ressuscitado.
Os discípulos carregados de tristes pensamentos, não imaginavam que aquele
desconhecido fosse precisamente o seu Mestre, já ressuscitado. Mas sentiam
«arder» o seu íntimo (cf. Lc 24,32), quando Ele lhes falava, «explicando» as
Escrituras. A luz da Palavra ia dissipando a dureza do seu coração e
«abria-lhes os olhos» (Lc 24, 31).
O ícone dos discípulos de Emaús presta-se bem para nortear um longo caminho das
nossas dúvidas, inquietações e às vezes amargas desilusões, o divino Viajante
continua a fazer-se nosso companheiro para nos introduzir, com a interpretação
das Escrituras, na compreensão dos mistérios de Deus. Quando o encontro se
torna pleno, à luz da Palavra segue-se a luz que brota do «Pão da vida», pelo
qual Cristo cumpre de modo supremo a sua promessa de «estar conosco todos os
dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20).
O Papa Emérito Bento XVI explica que «o anúncio da Ressurreição do Senhor
ilumina as zonas escuras do mundo em que vivemos».
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Pode
parecer estranho que alguém que conhece as nossas necessidades nos exorte a
rezar. Nosso Deus e Senhor quer que, através da oração, aumente nossa
capacidade de desejar, para que sejamos mais capazes de receber os dons que Ele
nos prepara» (Santo Agostinho) «Cremos em Deus que é Pai, que é Filho, que é
Espírito Santo. Cremos em Pessoas, e quando falamos com Deus falamos com
Pessoas: ou falo com o Pai, ou falo com o Filho, ou falo com o Espírito Santo»
(Francisco) «‘o Espírito que habita em nós ama-nos com ciúme’?» (Tg 4, 5). O
nosso Deus é «ciumento» de nós e isso é sinal da verdade do seu amor. Entremos
no desejo do seu Espírito e seremos atendidos» (Catecismo da Igreja Católica,
nº 2.737)
Santo do Dia: Santo Antonino
Antonino nasceu em Florença. O diminutivo de seu nome surgiu por causa de sua
estrutura física frágil e pequena. Ainda jovem, com dezesseis anos, resolveu
tornar-se dominicano. Fez seus estudos com zelo e cultiva uma espiritualidade
profunda. Santo Antonino foi homem de grande cultura e de virtude.
Fez padre na
ordem dos pregadores e veio a tornar-se Arcebispo da cidade italiana de
Florença. Antes de sua posse, Antonino fugiu para não ter que assumir o cargo,
mas foi encontrado e teve que aceitá-lo. Revelou-se um grande arcebispo, cheio
de zelo e espírito apostólico.
Mesmo como
Bispo, Antonino mantém sua vida de oração e austeridade. Apesar da seriedade
com que vivia sua consagração, Antonino era doce e bondoso com todos os que o
procuravam.
Foi ele o fundador do convento de São Marcos em Florença e incentivou a
execução dos afrescos de Fra Angélico, marcados por raro valor artístico. O
povo costumava chamá-lo de "Antonino dos Bons Conselhos". O convento
de São Marcos abriu a primeira biblioteca pública da história
Combateu o
paganismo renascentista e defendeu o Papado no Concílio de Basiléia. Sua
formação em direito canônico o fez conhecido em Roma como consultor dos bispos.
Deixou escritos teológicos de valor. Tal era sua fama de santidade no tempo em
que vivia que, certa vez, o Papa Nicolau Quinto declarou que o julgava digno de
ser canonizado ainda vivo.
Faleceu em 1459, sendo imediatamente venerado pelo povo.(Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Deus sempre foi o centro da vida de
Antonino. Viveu o seguimento de Cristo com absoluta fidelidade, destacando-se
como um homem de oração intensa, amigo da Eucaristia e da Virgem Maria. Foi
agraciado com o dom do conselho e soube usá-lo para o crescimento pessoal do
seu rebanho. Peçamos a Deus que nos conceda também o dom de ouvir e aconselhar
as pessoas que porventura nos procurem para abrir seu coração em busca de paz e
tranqüilidade.
TJL- A12.COM
– EVANGELI.NET- VATICANEWS.VA
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