Dom José Geraldo da Cruz. Foto: Facebook Diocese de Juazeiro
SALVADOR, 05 abr.
22 / 09:31 am (ACI).-
Morreu na segunda-feira, 4 de abril, o bispo emérito de Juazeiro (BA), dom
José Geraldo da Cruz, vítima de um
infarto fulminante. Dom José Geraldo estava em sua cidade natal,
Muriaé (MG), onde acontece o velório. O sepultamento será na quarta-feira, na
catedral de Leopoldina (MG). Dom José Geraldo da
Cruz foi o terceiro bispo da diocese de Juazeiro, à frente da qual esteve de
2003 a 2016. Desde 2021, sofria de câncer de próstata. Atualmente, estava
morando em Bom Jesus da Cachoeira, distrito de Muriaé, onde reside sua família. A pedido dos
familiares, desde a tarde de segunda-feira, dom José Geraldo está sendo velado
na igreja matriz
de São Paulo, em Muriaé. Na manhã de quarta-feira, seu corpo será transladado
para a catedral diocesano de São Sebastião, em Leopoldina, onde será celebrada
a missa exequial,
seguida do sepultamento no interior do templo. Em Juazeiro, será rezada missa
exequial hoje, às 18h, na catedral santuário Nossa Senhora das Graças. Em nota, a diocese
de Juazeiro manifestou pesar pela morte de dom José Geraldo e afirmou que seu
lema episcopal “Venha a nós o Vosso Reino” inspirou o seu ministério “junto ao
povo de Deus no Estado da Bahia, especialmente no Vale do São Francisco, onde exerceu
o pastoreio por 13 anos”. “Neste momento de
luto, manifestamos nossos sentimentos aos familiares, confrades assuncionistas
e amigos de Dom José Geraldo, ao nosso clero, aos demais sacerdotes e diáconos
ordenados por ele, aos religiosos e religiosas, e ao povo de Deus de nossa
Diocese, ao mesmo tempo que reafirmamos nossa fé na ressurreição e na vitória
da vida sobre
a morte”, afirmou a nota. Dom José Geraldo da
Cruz nasceu em 8 de agosto de 1941, em Muriaé. Era religioso da Congregação dos
Agostinianos da Assunção. Fez sua profissão religiosa em 14 de maio de 1961 e
foi ordenado padre em 1º de maio de 1969, em Belo Horizonte (MG). O papa João
Paulo II o nomeou bispo de Juazeiro em 4 de junho de 2003. Recebeu a ordenação
episcopal em 16 de agosto do mesmo ano. Segundo histórico
da diocese de Juazeiro, durante seu governo pastoral, dom José Geraldo deu
ênfase na formação de um clero local e de seminaristas, tendo como resultado
uma quantidade maior de padres assumindo as paróquias. Seu governo também
foi marcado pela incorporação do município de Uauá (BA) à diocese de Juazeiro e
pela fundação de novas paróquias e pastorais. O bispo também deu maior atenção
à questão administrativa, criando uma estrutura mais aparelhada para dar conta
das atividades pastorais. Durante o governo
pastoral de dom José Geraldo, a diocese de Juazeiro celebrou seus 50 anos de
fundação e a elevação da catedral diocesano a santuário Nossa Senhora das
Graças. Quando estava próximo
de completar 75 anos, solicitou ao papa a nomeação de um bispo coadjutor, que o
sucedesse no governo pastoral diocesano. Em setembro de 2016, passou o comando
da diocese de Juazeiro para o franciscano dom Carlos Alberto Breis.
Oração: Deus eterno
e todo-poderoso, quiseste que São Marcelino governasse todo o vosso povo,
servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores
de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da
salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém.
Evangelho
segundo São João 8,31-42.
Naquele tempo, dizia Jesus aos judeus que tinham
acreditado nele: «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente
meus discípulos,
conhecereis a verdade e a verdade vos libertará».
Eles responderam-Lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos
de ninguém. Como é que Tu dizes: "Ficareis livres"?».
Respondeu Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete o
pecado é escravo.
Ora, o escravo não fica para sempre em casa; o filho é que fica para sempre.
Mas se o Filho vos libertar, sereis realmente homens livres.
Bem sei que sois descendentes de Abraão; mas procurais matar-Me, porque a minha
palavra não entra em vós.
Eu digo o que vi junto de meu Pai e vós fazeis o que ouvistes ao vosso pai».
Eles disseram: «O nosso pai é Abraão». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis filhos
de Abraão, faríeis as obras de Abraão.
Mas procurais matar-Me, a Mim que vos disse a verdade que ouvi de Deus. Abraão
não procedeu assim.
Vós fazeis as obras do vosso pai». Disseram-Lhe eles: «Nós não somos filhos
ilegítimos; só temos um pai, que é Deus».
Respondeu-lhes Jesus: «Se Deus fosse o vosso Pai, amar-Me-íeis, porque saí de
Deus e dele venho. Eu não vim de Mim próprio; foi Ele que Me enviou».(Tradução
litúrgica da Bíblia)
Orígenes (c. 185-253) presbítero, teólogo - Homilias sobre o Êxodo, n.° 8 «Se
permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos,
conhecereis a verdade e a verdade vos libertará»
«Eu sou o Senhor, teu Deus, que te
tirei da terra do Egito, da casa da servidão» (Ex 20, 2). Estas palavras não se
dirigem apenas aos que já saíram do Egito; dirigem-se sobretudo a ti, que as
ouves agora, se quiseres sair do Egito. [...] Reflete, pois: as coisas deste
mundo e as ações da carne não serão essa casa de servidão e, ao contrário, a
fuga às coisas deste mundo e a vida segundo Deus não serão a casa da liberdade,
conforme o que o Senhor diz no Evangelho: «Se permanecerdes na minha palavra,
[...] conhecereis a verdade e a verdade vos libertará»? Sim, o Egito é a casa
de servidão; Jerusalém e a Judeia são a casa da liberdade. Escuta o que diz o
apóstolo Paulo a este respeito [...]: «A Jerusalém do alto é livre; ela é a mãe
de todos nós» (Gal 4,26). Assim como o Egito é chamado casa de servidão para os
filhos de Israel relativamente a Jerusalém e à Judeia, que são para eles a casa
da liberdade, assim também o mundo e tudo o que ele contém é uma casa de
servidão relativamente à Jerusalém celeste, que é a mãe da liberdade. Houve
outrora, para castigo do pecado, uma passagem do paraíso da liberdade à
servidão deste mundo [...]; por isso, a primeira palavra dos mandamentos de
Deus diz respeito à liberdade: «Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da
terra do Egito, da casa da servidão».
Santo do Dia: São Marcelino de Cartago
São Marcelino era um alto funcionário do Império Romano no século quinto, muito
amigo de Santo Agostinho. Inclusive, algumas obras escritas pelo grande teólogo
bispo Agostinho, partiram de consultas feitas por Marcelino.
Vivia em Cartago, onde acumulava dois cargos: tabelião e tribuno. Bom pai de
família e homem de notável honradez, Marcelino era conhecido pela sua bondade,
sendo estimado por todos. Era muito religioso, reconhecido realmente como homem
de muita fé e dedicação à Igreja, mas acabou sendo acusado por hereges
donatistas.
O bispo
Donato considerava inválido os sacramentos ministrados por religiosos em
pecado. Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por
santos, e não por pecadores. Os seguidores do bispo Donato, portanto, se tornaram
os donatistas e a Igreja se dividiu.
Quando
Marcelino se opôs ao movimento donatista foi denunciado e caluniado como
cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da
execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio
imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a
reverenciar São Marcelino como mártir.
Seus últimos
minutos de vida foram relatados por São Dâmaso, o qual afirma que, quando
menino, ouviu do próprio carrasco o relato da morte dos dois mártires: “O
perseguidor furioso ordenara que lhe fosse cortada a cabeça no meio de um
bosque, para que ninguém soubesse onde estava o corpo. Esta é a história de seu
triunfo”. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Marcelino
foi morto porque, mesmo diante de falsas acusações, manteve sua fé em Cristo.
Ele sabia que todos nós somos santos e pecadores e que seria impossível querer
servir a Deus sendo perfeitamente santo. A santidade é conquistada no dia-a-dia
e ninguém nasce santo. Sejamos perseverantes na conquista da santidade e,
sobretudo, confiemos na graça de Deus, que distribui largamente o dom da
perfeição cristã.
TJL- A12.COM
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