terça-feira, 5 de abril de 2022

BOM DIA EVANGELHO -6. ABRIL. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


06 DE ABRIL DE 2022-Quarta-feira da 5ª semana da Quaresma

Dom José Geraldo da Cruz. Foto: Facebook Diocese de Juazeiro

SALVADOR, 05 abr. 22 / 09:31 am (ACI).- Morreu na segunda-feira, 4 de abril, o bispo emérito de Juazeiro (BA), dom José Geraldo da Cruz, vítima de um infarto fulminante. Dom José Geraldo estava em sua cidade natal, Muriaé (MG), onde acontece o velório. O sepultamento será na quarta-feira, na catedral de Leopoldina (MG). Dom José Geraldo da Cruz foi o terceiro bispo da diocese de Juazeiro, à frente da qual esteve de 2003 a 2016. Desde 2021, sofria de câncer de próstata. Atualmente, estava morando em Bom Jesus da Cachoeira, distrito de Muriaé, onde reside sua família. A pedido dos familiares, desde a tarde de segunda-feira, dom José Geraldo está sendo velado na igreja matriz de São Paulo, em Muriaé. Na manhã de quarta-feira, seu corpo será transladado para a catedral diocesano de São Sebastião, em Leopoldina, onde será celebrada a missa exequial, seguida do sepultamento no interior do templo. Em Juazeiro, será rezada missa exequial hoje, às 18h, na catedral santuário Nossa Senhora das Graças. Em nota, a diocese de Juazeiro manifestou pesar pela morte de dom José Geraldo e afirmou que seu lema episcopal “Venha a nós o Vosso Reino” inspirou o seu ministério “junto ao povo de Deus no Estado da Bahia, especialmente no Vale do São Francisco, onde exerceu o pastoreio por 13 anos”. “Neste momento de luto, manifestamos nossos sentimentos aos familiares, confrades assuncionistas e amigos de Dom José Geraldo, ao nosso clero, aos demais sacerdotes e diáconos ordenados por ele, aos religiosos e religiosas, e ao povo de Deus de nossa Diocese, ao mesmo tempo que reafirmamos nossa fé na ressurreição e na vitória da vida sobre a morte”, afirmou a nota. Dom José Geraldo da Cruz nasceu em 8 de agosto de 1941, em Muriaé. Era religioso da Congregação dos Agostinianos da Assunção. Fez sua profissão religiosa em 14 de maio de 1961 e foi ordenado padre em 1º de maio de 1969, em Belo Horizonte (MG). O papa João Paulo II o nomeou bispo de Juazeiro em 4 de junho de 2003. Recebeu a ordenação episcopal em 16 de agosto do mesmo ano. Segundo histórico da diocese de Juazeiro, durante seu governo pastoral, dom José Geraldo deu ênfase na formação de um clero local e de seminaristas, tendo como resultado uma quantidade maior de padres assumindo as paróquias. Seu governo também foi marcado pela incorporação do município de Uauá (BA) à diocese de Juazeiro e pela fundação de novas paróquias e pastorais. O bispo também deu maior atenção à questão administrativa, criando uma estrutura mais aparelhada para dar conta das atividades pastorais. Durante o governo pastoral de dom José Geraldo, a diocese de Juazeiro celebrou seus 50 anos de fundação e a elevação da catedral diocesano a santuário Nossa Senhora das Graças. Quando estava próximo de completar 75 anos, solicitou ao papa a nomeação de um bispo coadjutor, que o sucedesse no governo pastoral diocesano. Em setembro de 2016, passou o comando da diocese de Juazeiro para o franciscano dom Carlos Alberto Breis.  

Oração: Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Marcelino governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Evangelho segundo São João 8,31-42.

Naquele tempo, dizia Jesus aos judeus que tinham acreditado nele: «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos,
conhecereis a verdade e a verdade vos libertará».
Eles responderam-Lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como é que Tu dizes: "Ficareis livres"?».
Respondeu Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete o pecado é escravo.
Ora, o escravo não fica para sempre em casa; o filho é que fica para sempre.
Mas se o Filho vos libertar, sereis realmente homens livres.
Bem sei que sois descendentes de Abraão; mas procurais matar-Me, porque a minha palavra não entra em vós.
Eu digo o que vi junto de meu Pai e vós fazeis o que ouvistes ao vosso pai».
Eles disseram: «O nosso pai é Abraão». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.
Mas procurais matar-Me, a Mim que vos disse a verdade que ouvi de Deus. Abraão não procedeu assim.
Vós fazeis as obras do vosso pai». Disseram-Lhe eles: «Nós não somos filhos ilegítimos; só temos um pai, que é Deus».
Respondeu-lhes Jesus: «Se Deus fosse o vosso Pai, amar-Me-íeis, porque saí de Deus e dele venho. Eu não vim de Mim próprio; foi Ele que Me enviou»
.(Tradução litúrgica da Bíblia)

Orígenes (c. 185-253) presbítero, teólogo - Homilias sobre o Êxodo, n.° 8  «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará»

«Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão» (Ex 20, 2). Estas palavras não se dirigem apenas aos que já saíram do Egito; dirigem-se sobretudo a ti, que as ouves agora, se quiseres sair do Egito. [...] Reflete, pois: as coisas deste mundo e as ações da carne não serão essa casa de servidão e, ao contrário, a fuga às coisas deste mundo e a vida segundo Deus não serão a casa da liberdade, conforme o que o Senhor diz no Evangelho: «Se permanecerdes na minha palavra, [...] conhecereis a verdade e a verdade vos libertará»? Sim, o Egito é a casa de servidão; Jerusalém e a Judeia são a casa da liberdade. Escuta o que diz o apóstolo Paulo a este respeito [...]: «A Jerusalém do alto é livre; ela é a mãe de todos nós» (Gal 4,26). Assim como o Egito é chamado casa de servidão para os filhos de Israel relativamente a Jerusalém e à Judeia, que são para eles a casa da liberdade, assim também o mundo e tudo o que ele contém é uma casa de servidão relativamente à Jerusalém celeste, que é a mãe da liberdade. Houve outrora, para castigo do pecado, uma passagem do paraíso da liberdade à servidão deste mundo [...]; por isso, a primeira palavra dos mandamentos de Deus diz respeito à liberdade: «Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão».

Santo do Dia: São Marcelino de Cartago


São Marcelino era um alto funcionário do Império Romano no século quinto, muito amigo de Santo Agostinho. Inclusive, algumas obras escritas pelo grande teólogo bispo Agostinho, partiram de consultas feitas por Marcelino.
Vivia em Cartago, onde acumulava dois cargos: tabelião e tribuno. Bom pai de família e homem de notável honradez, Marcelino era conhecido pela sua bondade, sendo estimado por todos. Era muito religioso, reconhecido realmente como homem de muita fé e dedicação à Igreja, mas acabou sendo acusado por hereges donatistas.

O bispo Donato considerava inválido os sacramentos ministrados por religiosos em pecado. Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por santos, e não por pecadores. Os seguidores do bispo Donato, portanto, se tornaram os donatistas e a Igreja se dividiu.

Quando Marcelino se opôs ao movimento donatista foi denunciado e caluniado como cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a reverenciar São Marcelino como mártir.

Seus últimos minutos de vida foram relatados por São Dâmaso, o qual afirma que, quando menino, ouviu do próprio carrasco o relato da morte dos dois mártires: “O perseguidor furioso ordenara que lhe fosse cortada a cabeça no meio de um bosque, para que ninguém soubesse onde estava o corpo. Esta é a história de seu triunfo”.  (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Marcelino foi morto porque, mesmo diante de falsas acusações, manteve sua fé em Cristo. Ele sabia que todos nós somos santos e pecadores e que seria impossível querer servir a Deus sendo perfeitamente santo. A santidade é conquistada no dia-a-dia e ninguém nasce santo. Sejamos perseverantes na conquista da santidade e, sobretudo, confiemos na graça de Deus, que distribui largamente o dom da perfeição cristã.

TJL- A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – VATICANNEWS.VA

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