Oração: A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão meu guia.
Retira-te satanás!
Nunca me aconselhes coisas vãs.
É mau o que tu me ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno!
Ó Glorioso São Bento, que sempre se mostrou compassivo com os
necessitados, fazei que também nós, recorrendo à Vossa poderosa intercessão,
obtenhamos auxílio em todas as nossas aflições.
Que em nossas famílias reine a paz e a tranquilidade, que se afastem todas as
desgraças, sejam corporais, temporais ou espirituais, especialmente o pecado.
Alcançai São Bento, do Senhor Deus Onipotente, a graça que necessitamos:
(Peça a graça necessária)
São Bento dai-nos a graça de que, ao terminar nossa vida neste vale de
lágrimas, possamos ir louvar a Deus convosco no Paraíso.
Rogai por nós, ó glorioso patriarca São Bento, para que sejamos dignos das
promessas de Cristo.
São Bento, libertai-nos do mal! - São Bento, libertai-nos da inveja! - São Bento, libertai-nos do medo!
São Bento, libertai-nos do pecado! - Amém.
Evangelho (Mt 10,7-15)
Naquele tempo, disse Jesus
a seus discípulos: «No vosso caminho, proclamai:O Reino dos Céus está
próximo.Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai
demônios.De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata,
nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem
sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento. Em
qualquer cidade ou povoado em que entrardes, procurai saber quem ali é digno e
permanecei com ele até a vossa partida. Ao entrardes na casa, saudai-a: se a
casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para
vós a vossa paz. Se alguém não vos receber, nem escutar vossas palavras, saí
daquela casa ou daquela cidade e sacudi a poeira dos vossos pés. Em verdade,
vos digo: no dia do juízo, a terra de Sodoma e Gomorra receberá uma sentença
menos dura do que aquela cidade».
«No vosso caminho, proclamai: O Reino dos Céus está próximo» - Rev. D. Antonio BORDAS i Belmonte(L’Ametlla de Mar, Tarragona, Espanha)
Hoje, o texto do Evangelho
convida-nos a evangelizar; diz-nos: «Pregai» (cf. Mt 10,7). O anúncio é a boa
nova de Jesus, que tenta falar-nos sobre o reino de Deus, que Ele é nosso
salvador, enviado pelo Pai ao mundo e, por este motivo, o único que nos pode
renovar desde o nosso interior e mudar a sociedade em que vivemos.
Jesus anunciava que «o Reino dos Céus está próximo» (Mt 10,7). Ele anunciava o
reino de Deus, que se fazia presente entre os homens e mulheres à medida que o
bem avançava e o mal retrocedia.
Jesus quer a salvação do homem total, seu corpo e seu espírito; mais ainda,
perante o enigma que preocupa a humanidade, que é a morte, Jesus propõe a
ressurreição. Quem vive morto pelo pecado, quando recupera a graça, experimenta
uma nova vida. Este é um grande mistério que começamos a experimentar a partir
de nosso baptismo: os cristãos estamos chamados à ressurreição.
Uma amostra de como o Papa Francisco procura o bem do homem: «Esta ‘cultura do
descarte’ tornou-nos insensíveis também ao esbanjamento e ao desaproveitamento
de alimentos. Outrora, os nossos avós prestavam muita atenção a não perder nada
da comida que sobejava. A comida que se desaproveita é como se fosse roubada da
mesa do pobre, de quantos têm fome!».
Jesus diz-nos que sejamos sempre portadores de paz. Quando os sacerdotes levam
a Comunhão a um enfermo dizem: «A paz do Senhor esteja nesta casa!». E a paz de
Cristo permanece aí, se houver pessoas dignas dela. Para receber os dons do
reino de Deus é necessário ter boa disposição interior. Por outro lado, também
vemos como muita gente dá desculpas para não receber o Evangelho.
Temos uma grande responsabilidade entre os homens: é que, depois de crer, não
podemos deixar de anunciar o Evangelho, porque vivemos dele e queremos que
outros também vivam.
São Bento:
São Bento nasceu em Núrsia, na Úmbria, por volta do ano 480.
Após concluir os seus estudos em Roma, retirou-se para o monte Subíaco e
entregou-se à oração e à penitência. É o fundador do célebre mosteiro do Monte
Cassino. Escreveu ali a sua famosa Regra. É considerado o pai do monaquismo no
Ocidente.
Morreu no dia 21 de Março de 547. Duzentos anos após a sua morte, a Regra
Beneditina havia-se espalhado pela Europa inteira, tornando-se a forma de vida
monástica por toda a Idade Média.
Os monges beneditinos exerceram papel importante na evangelização e nos
evangelizadores da Europa medieval.
"Orar e trabalhar, contemplar e agir" é a síntese da Regra
Beneditina. A vida religiosa não é privilégio exclusivo de seres excepcionais e
bem dotados espiritualmente. É possível a todos os que queiram buscar a Deus.
Moderação é a tónica geral. Nela já não se fala de mortificação e de
penitências: um bom monge era aquele que não era soberbo nem violento,
"não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não murmurador ..."
Não é de estranhar que o emblema monástico tenha passado a ser a cruz e o arado
...
Com S. Cirilo e S. Metódio, S. Bento foi declarado patrono da Europa.
Reflexão: Absolutamente notável é a vida e a figura de São Bento, bem como
a sua obra. Claro, muitos são os santos que tiveram vidas e missões
particularmente excepcionais, e também com obras imensas. O alcance do que fez
e o legado que deixou é que o torna um destaque mesmo entre eles. O equilíbrio
da Regra Beneditina, de profundíssima espiritualidade a par com um bom senso
“divinamente humano”, e uma praticidade chã e elevada ao mesmo tempo a torna
verdadeiramente acessível a potencialmente qualquer um, religioso ou leigo. É
uma receita de santidade palpável e universal, uma solução direta às aspirações
do “como viver”, e bem, do ser humano. Tem, neste sentido, a catolicidade da
própria Igreja. Sua própria vida incluiu harmoniosamente milagres estrondosos e
a mais normal rotina de oração, trabalho, estudo, lazer e descanso, dando
exemplo da maior elevação espiritual em todos os aspectos que compõem a vida
humana, de forma simples e realmente praticável, tanto individual quanto
comunitariamente. Isto de fato é tão inusitado quanto grandioso: as vidas e
obras de outros gigantes de santidade não apresentam todos estes aspectos
juntos. São conhecidos muitos que passaram por exemplo por experiências,
místicas ou humanas, de exigência extrema, grandes taumaturgos, grandes
doutores, grandes missionários, grandes penitentes…uma lista incontável; mas o
aspecto individualíssimo das suas vivências, situações e desdobramentos na vida
dos povos e da Igreja, principalmente considerando todos os aspectos em
conjunto, não abarca ou pode incluir na sua proposta de santidade um número tão
grande de almas como é possível pela espiritualidade beneditina. Não quer dizer
que todos tenham gosto, propensão, vocação específica para ela, mas sim que ela
pode de alguma forma ser praticada por qualquer um, porque é maleável o
suficiente para se adaptar a circunstâncias diferentes, sem perder o conteúdo.
Traz sempre um equilíbrio acessível. E isto, em outras palavras, é possibilitar
que se torne individual a salvação universal de Cristo, num mesmo âmbito de
comunhão: a própria essência da unidade na diversidade desejada pela Igreja.
TJL – A12,COM -0
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