Oração:
Ó Santa Paulina, que puseste toda a confiança no Pai e em Jesus e que,
inspirada por Maria, decidiste ajudar o povo sofrido, nós te confiamos a Igreja
que tanto amas, nossas vidas, nossas famílias, a Vida Consagrada e todo o povo
de Deus. (Pedir a graça desejada) Santa Paulina, intercede por nós, junto a
Jesus, a fim de que tenhamos a coragem de lutar sempre, na conquista de um
mundo mais humano, justo e fraterno. Amém. Pai-Nosso – Ave Maria – Glória V.
Santa Paulina. R. Rogai por nós!
Evangelho (Mt 9,32-38)
Naquele tempo as pessoas trouxeram a Jesus um
possesso mudo. Expulso o demônio, o mudo começou a falar. As multidões ficaram
admiradas e diziam: «Nunca se viu coisa igual em Israel». Os fariseus, porém,
diziam: «É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios».
Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas
sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de
enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque
estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos
discípulos: «A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois,
ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!».
«Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!» - Rev. D. Joan SOLÀ i Triadú(Girona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos fala da cura de um
endemoninhado mudo, que provoca diferentes reações nos fariseus e na multidão.
Enquanto os fariseus, ante a evidência de um prodígio inegável, atribuem isso a
poderes demoníacos - «É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios»
(Mt 9,34), a multidão fica maravilhada: «Nunca se viu coisa igual em Israel»
(Mt 9,33). São João Crisóstomo, comentando essa passagem, diz: «O que
verdadeiramente incomodava aos fariseus era que consideravam Jesus superior a
todos, não somente aos que existiam então, mas a todos os que haviam existido
anteriormente».
Jesus não se abala ante a aversão dos fariseus, Ele continua fiel à sua missão.
Na verdade, Jesus, ante a evidência de que os guias de Israel, ao invés de
guiar e instruir o rebanho, o estavam afastando do bom caminho, apiedou-se
daquela multidão cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Que as multidões
desejam e agradeçam uma boa orientação ficou comprovado nas visitas pastorais
do São João Paulo II a tantos países do mundo. Quantas multidões reunidas em
volta dele! Como escutavam sua palavra, sobretudo os jovens! E o Papa não
rebaixava o Evangelho, mas o pregava com todas as suas exigências.
Todos nós, «se fôssemos conseqüentes com a nossa fé - nos diz São Josémaria
Escrivã - se olhássemos à nossa volta e contemplássemos o espetáculo da
História e do Mundo, não poderíamos senão deixar crescer nos nossos corações os
mesmos sentimentos que animaram os de Jesus Cristo», o que nos conduziria a uma
generosa tarefa apostólica. Mas é evidente a desproporção que existe entre o
grande número de pessoas que esperam a pregação da Boa Nova e a escassez de
operários. A solução Jesus nos dá ao final do Evangelho: Pedi, pois, ao Senhor
da colheita que envie trabalhadores para sua colheita! (cf. Mt 9,38).
Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus
Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus nasceu na província de Trento, na Itália, em 16 de dezembro de 1865, mas com apenas dez anos foi para o Brasil onde morou durante toda a vida e fundou a congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. É considerada a primeira santa brasileira e reconhecida como padroeira da imigração italiana em Nova Trento (SC). Amábile Lúcia Visintainer, seu nome de batismo, foi a segunda filha de Napoleão e Ana, de quem aprendeu a viver uma vida de fé e devoção. Em 1875 emigrou para a cidade de Nova Trento, em Santa Catarina, no sul do Brasil. Dois anos depois, a sua mãe morreu e ela ajudou a cuidar da família até o pai se casar de novo. Aos doze anos, ela recebeu a Primeira Comunhão junto com Virgínia Rosa Nicoldi que era a sua melhor amiga. Elas tinham muito amor por Jesus, rezavam juntas e participavam com muito fervor da vida pastoral e social da paróquia de Nova Trento. Durante toda a adolescência as duas davam catequese para crianças, cuidavam dos doentes, idosos, se dedicavam com alegria e fervor a todo o tipo de trabalho na Igreja. Em 1890, quando tinha 25 anos, Amábile e sua amiga Virgínia, acolhem uma mulher com câncer terminal chamada Angela Viviani, em um casebre doado por um barão, onde elas já costumavam acolher pessoas doentes. Este gesto marcou o início da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuja data de fundação é 12 de julho de 1890. Nesta época, Teresa Anna Maule, uma entusiasta dos ideiais cristãos, se juntou a elas na congregação. A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição é considerada a primeira congregação religiosa fundada no Brasil. Amábile passou a se chamar Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus e foi nomeada Superiora, passando a ser chamada de Madre Paulina. A nova congregação atraiu muitas vocações, se dedicavam à oração, às obras de caridade e tinham uma pequena indústria de seda para enfrentar as dificuldades econômicas da época. A Madre Paulina foi convidada para fundar uma comunidade em São Paulo em 1903, mesmo ano em que foi eleita superiora vitalícia da comunidade. Deixou Nova Trento e foi para o bairro Ipiranga, para cuidar dos ex-escravos idosos e crianças órfãs, depois da abolição da escravidão que aconteceu em 13 de maio de 1888. O arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, depôs a Madre Paulina do cargo de Superiora Geral em 1909 e a enviou para trabalhar com os doentes e idosos em Bragança Paulista. Ela foi proibida de exercer cargos na sua congregação. Durante essa provação, ela se dedicou ainda mais à oração, ao trabalho e sofrimento, oferecidos para que a Congregação das Irmãzinhas pudesse continuar adiante e que Jesus fosse “conhecido, amado e adorado por todos e todo o mundo”. Ela voltou a morar na Casa Mãe da Congregação em 1918, onde ficou até a morte dedicada a uma vida de oração e ajuda às irmãs doentes. Em 1938, aos 73 anos, ela ficou doente com diabetes, teve que amputar o braço direito e ficou cega. Madre Paulina morreu em 9 de julho de 1942, aos 76 anos. Foi beatificada pelo papa João Paulo II durante a sua visita ao Brasil em 18 de outubro de 1991 e canonizada na Praça de São Pedro em 19 de maio de 2002, quando passou a ser chamada de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Reflexão:
Santa Paulina partilhou o pão com os pobres e necessitados, visitou
doentes, órfãos, abandonados, dedicou a própria vida a amar os últimos e a
fazer com que Jesus fosse conhecido, amado e adorado por todas as pessoas do
mundo. Que ela interceda, para que o Senhor desperte em nós essa intensa
caridade, que abra os nossos corações para que possamos acolher aqueles que
mais precisam e que renove o nosso ardor missionário e apostólico para anunciar
o Senhor para os mais próximos, nossa família, amigos, colegas de trabalho, que
não tenhamos medo nem vergonha de anunciar o nome do Senhor.
FONTE: Fontes consultadas para a redação do texto: https://santuariosantapaulina.org.br/oracao-santa-paulina/
A12.COM –
EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM
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