Papa: a
Unção dos Enfermos não é só para quem está "prestes a morrer"
Francisco, no vídeo de intenção de oração para julho, pede que rezemos
"para que o sacramento da Unção dos Enfermos dê às pessoas que o recebem e
aos que lhes são mais próximos a força do Senhor e se torne cada vez mais para
todos um sinal visível de compaixão e esperança". O Papa ainda insiste que
"não é um sacramento apenas para aqueles que estão prestes a morrer",
explicando que é "um dos 'sacramentos da cura', que cura o espírito".
Oração: Senhor Deus, que Vos dignastes enviar como
missionário salvífico do Céu para a Terra o Vosso próprio Filho, concedei-nos
por intercessão de São Francisco Solano o dom de aprender a língua do amor e da
caridade, e só por ela me dirigir aos irmãos, para que, depois das obras no
desterro desta terra, possamos entoar na Pátria Definitiva a música dos anjos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mt 11,28-30):
Naquele
tempo, disse Jesus, «vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de
fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos
meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós.
Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve».
«Vinde a mim, todos vós que estais cansados (…) e encontrareis descanso para vós» - P. Julio César RAMOS González SDB(Mendoza, Argentina)
Hoje,
diante um mundo que decidiu lhe dar as costas a Deus, diante um mundo hostil ao
cristão e aos cristãos, escutar de Jesus (que é quem nos fala na liturgia ou na
leitura pessoal da Palavra), provoca consolo, alegria e esperanças no meio das
lutas quotidianas: «Vinde a mim, todos vós que estais cansados (…) e
encontrareis descanso para vós» (Mt 11,28).
Consolo, porque estas palavras contem a promessa do alívio que provem do amor
de Deus. Alegria, porque fazem que o coração manifeste na vida, a segurança na
fé dessa promessa. Esperanças, porque caminhando, num mundo assim de definido
contra Deus e nós os que acreditamos em Cristo sabemos que não tudo acaba com
um fim, senão que muitos “fins” foram “inícios” de coisas muito melhores, como
o mostrou sua própria ressurreição.
Nosso fim, para começo de novidades no amor de Deus, é estar sempre com Cristo.
Nossa meta é ir indefectivelmente ao amor de Cristo, “jugo” de uma lei que não
se baseia na limitada capacidade dos voluntarismos humanos, senão na eterna
vontade salvadora de Deus.
Nesse sentido nos dirá Bento XVI numa de suas Catequeses: «Deus tem uma vontade
com e para conosco e, esta deve se converter no que queremos e somos. A
essência do céu estriba em que se cumpra sem reservas a vontade de Deus, ou
para di-lo em outros termos, onde se cumpre a vontade de Deus há céu. Jesus
mesmo é “céu” no sentido mais profundo e verdadeiro da palavra, Nele em quem e
através de quem se cumpre totalmente a vontade de Deus. Nossa vontade nos
afasta da vontade de Deus e nos transforma em mera “terra”. Mas, Ele nos
aceita, nos atrai para Si e, em comunhão com Ele, aprendemos a vontade de Deus»
Que assim seja, então.
São Francisco Solano
Francisco nasceu no ano de 1549 em Montilla, na Andaluzia, Espanha. Seus pais eram de família nobre e rica, católicos fervorosos e virtuosos. Possuía rara sensibilidade musical, tendo por passatempo cantar com os pássaros no jardim de casa. Tinha espírito sereno mas não deixava de chamar a atenção de crianças ou adultos quando brigavam, buscando sempre uma reconciliação. Assimilou com naturalidade o Catecismo, dedicava-se à oração, era devoto da Santa Missa e se confessa com frequência, o que lhe deu solidez para manter uma adolescência pura e retidão moral. Cedo foi enviado pelos pais para formação no colégio dos jesuítas da cidade, onde foi modelo de integridade contando com a estima dos colegas, inclusive dos mais levianos, que por respeito à sua aproximação abandonavam as más conversas e com ele partilhavam um ambiente de sadia alegria. Aos 20 anos entrou para o Convento de São Lourenço dos franciscanos de Montilla, onde fez profissão religiosa em 1570. Desejava ardentemente ser missionário. Aprofundou os estudos no Convento de Santa Maria de Loreto, e foi ordenado sacerdote em 1576, voltando a Montilla três anos depois por causa do falecimento do pai. Aí estando, curou milagrosamente alguns doentes, e começaram a aclamá-lo como santo: mas durante a vida inteira lutou para que não atribuíssem a ele os louvores devidos somente a Deus. Durante um surto de peste que surgiu na Espanha, voluntariou-se como enfermeiro para cuidar dos doentes, em especial dos mais pobres. Contraiu também ele a doença, mas recuperando-se voltou a servir os enfermos. Em 1589 realizou seu sonho missionário ao ser indicado para a evangelização na América Latina, embarcando para o Peru. Uma forte tempestade no caminho encalhou o navio num banco de areia em situação crítica, mas por sua atuação conseguiu acalmar os viajantes, inclusive batizando muitos passageiros e também os escravos negros que estavam a bordo. De acordo com suas previsões, logo surgiu um outro navio que os levou com segurança ao destino. Durante seus 15 anos de incansável apostolado, realizou muitos prodígios. Tinha uma capacidade milagrosa para aprender as novas línguas e a cada tribo catequizava em seu próprio dialeto, conquistando os índios de maneira simples e tranquila. Nos povoados de Socotonio e Magdalena, aprendeu em menos de quinze dias o complicado dialeto tonocoté, passando a falar melhor que muitos nativos. Recebeu também o dom dos Apóstolos no dia de Pentecostes: em algumas de suas pregações, espanhóis e índios de diferentes dialetos o entendiam na sua própria língua. Seu método de evangelização incluía alternar as pregações com músicas que cantava ou tocava ao violino. Mesmo com grande risco, buscava os indígenas dentro das matas, percorrendo um total de três mil quilômetros entre Lima e Tucumán, na Argentina. Realizava inúmeros milagres por onde passava, tanto para alimentar a Fé deles quanto para auxílio das suas necessidades materiais. Entre outros, fez brotar nascentes em lugares desérticos, a água de uma delas, conhecida hoje como Fonte de São Francisco Solano, curando os doentes que a bebiam; amansou animais ferozes; proveu alimentos em tempos de escassez; livrou totalmente uma vasta região da praga de gafanhotos; curou muitos doentes com o toque de seu cordão de franciscano. Mas, certamente, seus maiores milagres foram as conversões das almas. Numa pregação em Assunção, no Paraguai, foi ouvido por um jovem de 15 anos, o futuro São Roque González, que impressionado por ele veio a fundar as Reduções Guaranis e a ser martirizado, no Brasil. Seus últimos cinco anos de vida, em Lima, foram dedicados à reforma dos conventos com a restauração da então abalada disciplina franciscana. Faleceu em 14 de julho de 1610, apelidado de “o Frade do Violino”. São Francisco Solano, chamado de Apóstolo do Peru e da Argentina, é padroeiro destes dois países e do Uruguai, e também dos missionários da América Latina.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
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