segunda-feira, 30 de setembro de 2024

BOM DIA 01 DE OUTUBRO DE 2024

 

BOM DIA EVANGELHO

01 OUTUBRO DE 20214 - Terça-feira da 26ª semana do Tempo Comum

À Vossa Proteção :  À Vossa Proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as  nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. AMÉM.

Evangelho segundo São Lucas 9,51-56.

Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém
e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem.
Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém.
Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?».
Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os.
E seguiram para outra povoação.

 São João Bosco (1815-1888) - presbítero, educador e fundador de comunidades religiosas - Cartas aos seus confrades

« Jesus voltou-Se e repreendeu-os»

É mais fácil zangarmo-nos do que aguentar, ameaçar uma criança do que persuadi-la; diria mesmo que a nossa impaciência e o nosso orgulho acham melhor impor castigos aos recalcitrantes do que devolvê-los ao bom caminho com firmeza e brandura. No entanto, o que vos recomendo é a caridade de Paulo, a caridade que ele tinha pelos recém-convertidos, e que ia até às lágrimas e à súplica, quando os achava pouco dóceis ou inacessíveis ao seu amor. Tende cuidado para não agir por impulso. Quando castigamos, é difícil manter a equanimidade necessária para que as pessoas não pensem que estamos a agir para mostrar a nossa autoridade ou para dar rédea solta à nossa irritação. Vejamos [os nossos rapazes] como filhos sobre os quais temos poder. Sejamos servos deles, como Jesus, que veio para obedecer e não para mandar; não nos envergonhemos de dominar à maneira dele, e dominemo-los apenas para os servir melhor. Foi o que Jesus fez com os apóstolos, que eram ignorantes e rudes; além disso, apoiou-os quando não eram fiéis, e teve uma bondade e uma amizade familiares com os pecadores, de tal modo que alguns ficaram espantados, outros escandalizados, mas outros pediram perdão de Deus. Foi por isso que Ele nos mandou ser mansos e humildes de coração.

Santa Teresa do Menino Jesus

virgem, doutora da Igreja (+ Lisieux, França, 1897)


Santa Teresinha do Menino Jesus nasceu em Alençon (França), no dia 02 de janeiro de 1873. Foi a última de uma família de 8 filhos temente a Deus. Ao longo da sua curta vida (morre antes de fazer 25 anos) sofreu a morte prematura da sua mãe, a entrada das irmãs no Carmelo, a separação do pai e por fim a tuberculose de que veio a morrer. Todos estes sofrimentos foram-na amadurecendo acabando por se oferecer à Misericórdia Divina, dia após dia com muita simplicidade. Depois da morte da mãe, a menina tornou-se cada vez mais sensível. Andava sempre triste, abatida e chorava muito. No entanto, aos 10 anos, fez uma experiência de Nossa Senhora que ficou para a vida: “No dia 13 de maio de 1883, festa de Pentecostes, do meu leito, virei o meu olhar para a imagem de Maria e, de repente, a imagem pareceu-me bonita, tão bonita como nunca tinha visto nada semelhante. O seu rosto exalava uma bondade e ternura inefáveis, mas o que calou fundo na minha alma foi o sorriso encantador da Santíssima Virgem. Todas as minhas penas desapareceram naquele momento e lágrimas escorreram dos meus olhos, de pura alegria. Pensei, a Santíssima Virgem sorriu para mim, foi por causa das orações que eu tive a graça do sorriso da Rainha do Céu” (História de uma alma). No Natal do mesmo ano, Teresinha teve outra experiência profunda. O Menino Jesus concedeu-lhe “total conversão”. Depois disso, a sua vida transformou-se e começou a dar grandes passos na vida espiritual. Esse facto foi de tanta importância que a levou a assumir o nome de Teresinha do Menino Jesus. Com a autorização do Papa Leão XIII, Santa Teresinha do Menino Jesus entrou no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux com apenas 15 anos de idade. Quando fez a profissão dos votos religiosos recebeu o nome de Irmã Teresa do Menino Jesus e da Santa Face. A pedido da Superiora, Teresinha começou a escrever um diário, onde ia fazendo algumas anotações sobre as etapas da sua vida interior. Em 1895, escreveu: “No dia 9 de junho, festa da Santíssima Trindade, recebi a graça de entender, mais do que nunca, quanto Jesus quer ser amado!”. Assim descobriu no amor um caminho de perfeição: “no coração da Igreja, serei o amor. Assim, serei tudo, e nada impossibilitará o meu sonho de tornar-se realidade” (História de uma alma). Através do amor, desenvolveu a Infância Espiritual ou pequeno Caminho que consiste na extrema confiança num Deus que é Pai. Esta confiança total deve-se também ao pai de Teresinha que a ensinou olhar para Deus como um pai bondoso, amoroso e misericordioso. Daí, Santa Teresinha do Menino Jesus ter-se confiado e lançado sem reservas nos braços de Deus acreditando que o caminho era ser como criança diante de Deus. Assim, procurava sempre rebaixar-se na vida fraterna e amar sem reservas. Tudo isso, levou-a a renovar a espiritualidade carmelita de João da Cruz (Doutor do “tudo ou nada”), vendo na caridade gratuita o caminho perfeito. “No crepúsculo desta vida aparecerei diante de vós (Deus) com as mãos vazias” (História de uma alma), ou seja, não apresentar méritos ou obras, simplesmente confiando no amor gratuito de Deus, que é Pai e nos salva (Cf. 1 Jo 4, 17).. Essa experiência fez com que o Papa João Paulo II a proclamasse doutora da Igreja, no dia 19 de outubro de 1997. As últimas palavras de Santa Teresinha, no leito de morte, com apenas 24 anos foram: “Oh!…amo-O. Deus meu,… amo-Vos!”. Após a sua morte, os seus escritos foram publicados e tornaram-se mundialmente reconhecidos. A sua beatificação aconteceu em 1923 e foi canonizada por Pio XI em 1925, que chamava a Teresinha “uma palavra de Deus”. Fonte:  https://santo.cancaonova.com/santo/santa-teresinha-do-menino-jesus/ - https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/10/01/s--teresa-do-menino-jesus--virgem-carmelita--doutora-da-igreja--.html

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domingo, 29 de setembro de 2024

bom dia evangelho - 30. setembro. 024


 Bom dia evangelho

30 de setembro de 2024 - Segunda-feira da 26ª semana do Tempo Comum

Oração: Senhor Deus, cuja perfeição é imutável, e que nos quisestes transmitir a Verdade do Vosso infinito amor, concedei-nos por intercessão de São Jerônimo a graça de, neste mesmo amor, buscar sinceramente o Vosso conhecimento, e com coragem enfrentarmos as asperezas, os antagonismos e as tentações do deserto desta vida, na certeza de que a fidelidade a Vós, na caridade também do apostolado aos irmãos, nos levará a repousar infinitamente junto ao lugar de onde constantemente nasceis para nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho segundo São Lucas 9,46-50.

Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior.
Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si
e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher, acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós, esse é que será o maior».
João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco».
Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».
(Tradução litúrgica da Bíblia)

São Gregório Magno (c. 540-604) - papa, doutor da Igreja - Livro XIV, SC 212 - A Igreja mantém-se humildemente na verdade

«Sim, mesmo que eu seja ignorante, a minha ignorância está comigo» (Jb 19,4). É próprio dos hereges ensoberbecerem-se com a vã arrogância da sua ciência, escarnecendo da simplicidade de uma fé reta e julgando a vida dos humildes desprovida de mérito. Pelo contrário, a Santa Igreja abaixa humildemente a cabeça diante de qualquer verdade que a sua verdadeira sabedoria alcança, evitando a jactância da ciência, a fatuidade da investigação dos mistérios e a presunção de sondar problemas que estão para além das suas forças; de facto, tem por mais útil aplicar-se a ignorar o que não pode compreender do que a definir descaradamente o que não sabe. Por outro lado, diz-se que quem é por nós está connosco e, inversamente, quem é contra nós não está connosco. Como, portanto, o coração do herege se ensoberbece com o seu saber e o do fiel se humilha com o sentimento da sua ignorância, o bem-aventurado Job pode dizer em seu nome, mas também de acordo com a Igreja universal: «Mesmo que eu seja ignorante, a minha ignorância está comigo»; que é o mesmo que dizer claramente aos hereges: a vossa ciência não está convosco, está contra vós, porque vos instala num orgulho insensato, mas a minha ignorância está comigo, é a meu favor, pois, longe de ter a audácia orgulhosa de investigar a Deus, mantenho-me humildemente na verdade.

São Jerônimo

São Jerônimo foi um santo, presbítero e doutor da Igreja, que viveu entre o final do século III e o início do século IV. A sua história é marcada por uma vida de estudos, penitências e dedicação à Sagrada Escritura:

  • Nascimento: Nasceu em Estridão, na Dalmácia, que hoje é a Croácia, por volta do ano de 340.
  • Educação: De família cristã e rica, recebeu uma sólida educação e estudou em Roma, onde se deu à vida mundana.
  • Conversão: Arrependeu-se dos prazeres mundanos e foi batizado na terceira década de vida.
  • Vida contemplativa: Retirou-se para o deserto da Síria, onde praticou penitências e jejuns rigorosos.
  • Ordenação sacerdotal: Foi ordenado sacerdote em Antioquia, em 379.
  • Tradução da Bíblia: A sua principal contribuição foi a Vulgata, a primeira tradução completa da Bíblia para o latim.
  • Obra: Escreveu também outras obras, homilias, biografias e cartas.
  • Padroeiro: É padroeiro dos tradutores e dos bibliotecários.
  • Invocação: É popularmente invocado contra raios e tempestades.

São Jerônimo é celebrado pela Igreja Católica no dia 30 de setembro

São Jerônimo foi um santo da Igreja Católica que traduziu a Bíblia para o latim a partir do hebraico, grego e aramaico, contribuindo para a difusão das Escrituras Sagradas:

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quinta-feira, 26 de setembro de 2024

bolm dia evangelho - 27. setembro. 024

 

BOM DIA EVANGELHO

27 DE SETEMBR DE 2024 - Sexta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

Quênia: religiosas cegas oferecem seu testemunho ao povo de Deus

As Irmãs Sacramentinas são uma comunidade de religiosas com deficiência visual. Elas não têm visão, mas todos os outros sentidos estão ativamente engajados para a glória de Deus e o bem da humanidade. Dedicam-se ao catecismo, à agricultura e à criação de aves, visitam e dão suporte às pessoas, confeccionam rosários e fazem trabalhos de tricô. "Preciso de oportunidades, não de compaixão", diz a Irmã Mary Veronica.

Irmã Michelle Njeri, OSF

A família de Dom Orione inclui os Filhos da Divina Providência e as Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade. No entanto, menos conhecido é que dentro da mesma família existe uma comunidade de Irmãs Sacramentinas, cujos membros são religiosas com deficiência visual.

Oração: Senhor Deus, que na Vossa infinita bondade e sabedoria criastes os homens e as mulheres para viverem na alegria da caridade, concedei-nos por intercessão de São Vicente de Paulo a proteção contra os piratas de alma, para que, sendo Vossos escravos, possamos libertar-nos a nós mesmos dos enganos do pecado e auxiliar os irmãos a fazerem o mesmo, na prática da caridade a todas as suas necessidades; e assim, tendo o coração preservado no relicário das virtudes, tenhamos o corpo e a alma incorruptos no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Livro do Eclesiastes 3,1-11.

Tudo tem o seu tempo, tudo tem a sua hora debaixo do céu:
Há tempo para nascer e tempo para morrer, tempo para plantar e tempo para arrancar;
tempo para matar e tempo para curar, tempo para demolir e tempo para construir;
tempo para chorar e tempo para rir, tempo para gemer e tempo para dançar;
tempo para atirar pedras e tempo para as juntar, tempo para se abraçar e tempo para se separar;
tempo para ganhar e tempo para perder, tempo para guardar e tempo para deitar fora;
tempo para rasgar e tempo para coser, tempo para calar e tempo para falar;
tempo para amar e tempo para odiar, tempo para a guerra e tempo para a paz.
Que aproveita ao homem com tanto trabalho?
Tenho observado a tarefa que Deus atribuiu aos homens, para nela se ocuparem.
Ele fez todas as coisas apropriadas ao seu tempo e pôs no coração do homem a sucessão dos séculos, sem que ele possa compreender o princípio e o fim da obra de Deus.

Livro dos Salmos 144(143),1a.2abc.3-4.

Bendito seja o Senhor, meu refúgio,
meu amparo e minha cidadela,
meu baluarte e meu libertador,
meu escudo e meu abrigo.

Que é o homem, Senhor, para que dele cuideis,
o filho do homem, para pensardes nele?
O homem é semelhante ao sopro da brisa,
os seus dias passam como a sombra.

Evangelho segundo São Lucas 9,18-22.

Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?».
Eles responderam: «Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas, que ressuscitou».
Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus».
Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse
e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».
(Tradução litúrgica da Bíblia)

São João Crisóstomo (c. 345-407) - presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja - Homilias sobre o Evangelho de Mateus, nº 54, 1-3

«Proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse [que Ele era o Messias de Deus]»

«Proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse». Porquê esta ordem? Para que, uma vez afastado todo e qualquer motivo de escândalo, consumadas a cruz e a Paixão, eliminado todo e qualquer obstáculo capaz de afastar a multidão da crença nele, se gravasse profundamente e para sempre nos corações o conhecimento exato daquilo que Ele era. O seu poder ainda não tinha brilhado de forma deslumbrante. Ele queria que a evidência da verdade e a autoridade dos factos confirmasse o seu testemunho, para que, depois, os apóstolos pudessem anunciá-lo. Pois uma coisa era vê-lo multiplicar prodígios na Palestina e seguidamente ser alvo de perseguições e ultrajes — e a cruz seguir-se-ia a estes prodígios; outra coisa era vê-lo ser adorado, acreditado em toda a terra, salvo dos maus tratos que tinha sofrido. Por isso lhes recomendou que nada dissessem a ninguém. […] Se os apóstolos, que haviam sido testemunhas dos milagres e participado em tantos mistérios inexprimíveis, tinham dificuldade em aceitar uma única palavra a respeito da Paixão ─ incluindo o próprio Pedro, que era o chefe de todos (cf Mt 16,22) ─, o que teria pensado o comum dos mortais? Depois de ter ouvido dizer que Jesus era o Filho de Deus, que pensariam eles ao vê-lo sujo de escarros e pregado à cruz? E isto antes da vinda do Espírito Santo, quando ainda não se conhecia a razão destes mistérios?

S. Vicente de Paulo - presbítero, fundador, +1660

Para fazer ressaltar a virtude deste Santo disse-se que foi, no seu tempo, a encarnação da Providência Divina com os pobres e necessitados; a mão visível de Deus, secando suores e enxugando lágrimas, acalmando dores e extirpando misérias. Nada lhe agradou nunca senão em Jesus, com quem vivia unido e por quem operava a todo momento. Nos casos de dúvida, parava reflectindo e perguntava-se a si mesmo: «Que faria neste caso Jesus?». E, a seguir, actuava segundo o conselho da voz interior do Espírito. Que bom deve ser Deus, dizia um orador insigne e Bispo do seu tempo, quando fez tão bom Vicente! Nasceu a 24 de Abril do ano de 1581 em Pouy, Landes, em França, numa família provavelmente originária de Espanha. Estudou com os irmãos franciscanos em Dax e foi ordenado sacerdote aos 19 anos de idade. Numa viagem de Marselha a Narbona, cai prisioneiro de corsários turcos que o vendem como escravo em Tunes. Quatro vezes mudou de dono nos dois anos que lhe durou o cativeiro. Regressado a França, dirigiu-se a Paris e lá viveu retirado e em silêncio, com os irmãos de S. João de Deus na prática da caridade. O conforto da pobreza segue-o por toda a parte, até que uns amigos o recomendam à rainha Margarida de Valois, que o toma por conselheiro e capelão. Em 1661 faz, sob a direcção do Pe. Pierre de Bérulle, seu conselheiro espiritual, os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, e uma transformação começa a operar-se na sua alma. Renuncia à abadia e à capelania e retira-se para ser pároco em Clichy, uma aldeia nos arredores de Paris. Vai-se tornando cada vez mais claro que a vontade de Deus a seu respeito está no apostolado com os pobres. Funda a Congregação da Missão em 1626, no Colégio dos Bons Meninos de Paris. Em 1632 mudam-se para o priorado de S. Lázaro, que se transforma em Casa-Mãe e no centro mais activo de todas as obras de zelo e caridade de Paris. Para lá se dirigem todos os seminaristas pouco antes do sacerdócio, o clero para tomar parte nas conferências das terças-feiras, os nobres e ricos para deixarem os seus tesouros, os grandes e os sábios para consultar o Santo. As missões rurais foram sempre obsessão apostólica de S. Vicente. Enquanto lho permitiram os cuidados da Congregação, saía ele mesmo todos os anos de Outubro até Junho. Em Paris, fomentou ardentemente a prática dos Exercícios Espirituais, especialmente entre o clero. Era pároco em Chantillon quando, um domingo, se aproximou dele uma senhora a pedir-lhe que exortasse o povo a ajudar uma família pobre e doente. Como as pessoas tivessem correspondido maravilhosamente, surgiu-lhe a ideia de uma nova organização de caridade. Reuniu senhoras a quem propôs que se encarregassem, uma a cada dia, do socorro dos pobres que estivessem doentes. Assim se formou a primeira confraria da caridade, que foi aprovada pelo bispo de Lião. As confrarias da caridade multiplicaram-se, mas precisavam duma mulher de valor. A Providência enviou-lhe Santa Luísa de Marillac, que foi a alma e o braço direito de S. Vicente de Paulo na fundação das Irmãs da Caridade. Não há serviço humilde a favor dos pobres onde não estejam as Irmãs da Caridade «que terão, segundo S. Vicente, por mosteiro as casas dos enfermos, por cela um quarto de aluguer, por capela a igreja das paróquias, por claustro as ruas da cidade ou as salas dos hospitais, por clausura a obediência, por grades o temor de Deus e por véu a santa modéstia» S. Vicente morreu quase octogenário, a 27 de Setembro de 1660. Foi beatificado pelo Papa Bento XIII em 1729 e canonizado pelo Papa Clemente XII em 1737.  O legado de S. Vicente de Paulo ao serviço dos pobres é imenso e traduz-se nos dias de hoje na chamada Família Vicentina: Padres Vicentinos (Congregação da Missão), Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Conferências de São Vicente de Paulo, Associação das Filhas da Caridade e Juventude Mariana Vicentina. A Congregação da Missão, cujos membros são comumente conhecidos por Vicentinos ou Lazaristas, reúne nos dias de hoje cerca de 3.100 sacerdotes ou irmãos consagrados no mundo inteiro, dedicados ao serviço dos pobres em 95 países. A Companhia das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo está hoje presente em 95 países com um total de 17.700 irmãs e noviças. A sociedade de S. Vicente de Paulo, comumente conhecida por Conferências de S. Vicente de Paulo, fundada em 1833 por Frederico Ozanam, é constituída por fiéis leigos e está hoje presente em 153 países.(Fontes: Santos de Cada Dia, Editorial Apostolado da Oração)

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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 26. SETEMBRO. 024

 

Bom Dia Evangelho

26 de setembro  de 2024 - Quinta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

Oração: Pai santo, que nos curastes pelas chagas de Jesus, concedei-nos pela intercessão de São Cosme e São Damião o não nos afogarmos nas falsidades desta vida, resistindo às flechas das tentações e apedrejamento espiritual e moral tão típicos dos nossos dias, mas que abrasados sim pelo fogo do Espírito Santo, demos graças a Deus por sermos considerados dignos de sofrer em qualquer medida pelo Cristo. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Lc 9,7-9):

Naquele tempo, o rei Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou confuso, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: «Eu mandei cortar a cabeça de João... Quem será esse homem, sobre quem ouço falar estas coisas?». E procurava ver Jesus.

«Procurava ver Jesus» - Rev. P. Jorge R. BURGOS Rivera SBD(Cataño, Porto Rico)

Hoje o texto do Evangelho nos diz que Herodes queria ver Jesus (cf. Lc 9,9). Esse desejo de ver Jesus vem da curiosidade. Falava-se muito de Jesus pelos milagres que ele ia realizando por onde passava. Muitas pessoas falavam dele. A atuação de Jesus trouxe à memória do povo diversas figuras de profetas: Elias, João Batista, etc. Mas, por ser simples curiosidade, esse desejo não transcende. Tal é o fato que quando Herodes vê não lhe causa maior impressão (cf. Lc 23,8-11). Seu desejo se desvanece ao vê-lo cara a cara, porque Jesus se nega a responder suas perguntas. Esse silêncio de Jesus delata Herodes como corrupto e depravado.
Nós, ao igual que Herodes, com certeza sentimos, alguma vez, o desejo de ver Jesus. Mas já não contamos com ele Jesus em carne e osso como nos tempos de Herodes, no entanto contamos com outras presenças de Jesus. Quero ressaltar duas delas.
Em primeiro lugar, a tradição da Igreja fez das quintas-feiras um dia por excelência para ver Jesus na Eucaristia. São muitos os lugares onde hoje está exposto Jesus - Eucaristia. «A adoração eucarística é uma forma essencial de estar com o Senhor. Na sagrada custódia está presente o verdadeiro tesouro, sempre esperando por nós: não está ali por Ele, e sim por nós» (Bento XVI). -Aproxime-se para que lhe deslumbre com sua presença.
Para o segundo caso podemos fazer referência a uma canção popular, que diz: «Conosco está e não o conhecemos». Jesus está presente em tantos e tantos de nossos irmãos que têm sido marginados, que sofrem e não têm ninguém que os queira ver. Na sua encíclica Deus é Amor, diz o Papa Bento XVI: «O amor ao próximo enraizado no amor a Deus é ante tudo uma tarefa para cada fiel, mas é também para toda a comunidade eclesial». Assim, então, Jesus está lhe esperando, com os braços abertos lhe recebe em ambas as situações. Aproxime-se!

São Cosme e São Damião

Cosme e Damião nasceram na cidade de Egéia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram provavelmente gêmeos, e foram muito bem formados espiritualmente pela mãe. Foram estudar ciências e medicina na Síria, então um destacado centro de estudos. Optando pela Medicina, dedicaram-se e distinguiram-se não só pela técnica e conhecimento, mas também pela ação espiritual e caridade na cura dos doentes. De fato, evangelizavam através da profissão, esta de si mesma direcionada ao bem do próximo; e curavam não só o corpo como a alma, obtendo muitas conversões. Num mundo paganizado e materialista, chamavam também a atenção por não cobrarem pelos atendimentos, chegando a ficarem conhecidos como “anárgiros”, isto é, “sem prata” em Grego. Os irmãos viveram na época da perseguição aos cristãos do imperador romano Dioclesiano. O seu sucesso despertava a inveja em falsos curandeiros, além da intolerância oficial, e acabaram sendo denunciados e presos, tanto por feitiçaria (pois diversas curas eram obtidas pela ação milagrosa de Deus, através das suas intercessões) e por viverem e divulgarem uma religião proibida pelo governo. Interrogados pelo juiz Lísias, na Cilícia (na Ásia Menor, atualmente correspondente quase toda à Turquia), confirmaram ser católicos: “Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, e pelo Seu poder. Ele é.” Intimados a abjurarem da Fé e falarem aos pacientes somente sobre os deuses romanos, recusaram-se e foram condenados a morrer. Primeiro apedrejamento, depois flechadas, e fogo, nada os matou, continuavam incólumes. Procuraram afogá-los, mas anjos os salvaram. Durante esses eventos, ambos davam graças a Deus por serem considerados dignos de sofrerem pelo Cristo, e muitos dos seus pacientes que não haviam se convertido antes, diante desses milagres, o fizeram. Por fim faleceram, decapitados, com certeza no início do século IV, talvez em 303. A fama destes santos se espalhou rapidamente, e entre 526 e 530 foi edificada uma basílica em sua honra, em Roma. Esta solenidade aconteceu em 26 de dezembro, que passou a ser a data da sua festa. Eles são citados no Cânon da Missa, e padroeiros dos médicos, das faculdades de Medicina, dos farmacêuticos e das parteiras.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

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terça-feira, 24 de setembro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 25 DE SETEMBRO DE 2024

 

BOM DIA EVANGELHO

25 DE SETEMBRO DE 2024 - Quarta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

Oração: Pai de infinito amor e bondade, que nos ofereceis o exemplo da coragem de Jesus diante do martírio para a salvação das almas, concedei-nos por intercessão de São Firmino a graça de como ele, desde jovem um bom Pregador, pregarmos igualmente com nossas vidas a juventude infinita da alma no Vosso amor, através da perseverança na paciência e nas virtudes em vista da conversão dos pecadores, e jamais consentirmos numa vivência espiritual mentirosa, que ataca o Vosso Sagrado Coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Lc 9,1-6):

Jesus convocou os Doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças. Ele os enviou para anunciar o Reino de Deus e curar os enfermos. E disse-lhes: «Não leveis nada pelo caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas. Na casa onde entrardes, permanecei ali, até partirdes daí. Quanto àqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, para que sirva de testemunho contra eles». Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas por toda parte.

«Jesus convocou os Doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças» - Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje vivemos tempos em que novas doenças mentais alcançam difusões inesperadas, como nunca tinha havido no curso da história. O ritmo de vida atual impõe estresse às pessoas, corrida para consumir e aparentar mais do que o vizinho, tudo isso acompanhado de fortes doses de individualismo, que constroem uma pessoa isolada do resto dos mortais. Essa solidão a que muitos se vêem obrigados por conveniências sociais, pela pressão laboral, por convenções escravizantes, faz com que muitos sucumbiam à depressão, às neuroses, às histerias, às esquizofrenias ou outros desequilíbrios que marcam profundamente o futuro daquela pessoa.
«Reunindo Jesus os Doze apóstolos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades» (Lc 9,1). Transtornos, esses, que podemos identificar no mesmo Evangelho como doenças mentais.
O encontro com Cristo, pessoa completa e realizada, dá um equilíbrio e uma paz capazes de serenar os ânimos e de fazer a pessoa se reencontrar com ela mesma, dando claridade e luz em sua vida, bom para instruir e ensinar, educar os jovens e os idosos e, encaminhar as pessoas pelo caminho da vida, aquela que nunca haverá de murchar-se.
Os Apóstolos «partiram, pois, e percorriam as aldeias, pregando o Evangelho e fazendo curas por toda parte» (Lc 9,6). Essa é também nossa missão: viver e meditar o Evangelho, a mesma palavra de Jesus, a fim de permitir que ela penetre no nosso penetrar interior. Assim, pouco a pouco, poderemos encontrar o caminho a seguir e a liberdade a realizar. Como escreveu são João Paulo II, «a paz deve realizar-se na verdade (...); deve realizar-se em liberdade».
Que seja o próprio Jesus Cristo, que nos chamou à fé e à felicidade eterna, quem nos encha de sua esperança e amor, Ele que nos deu uma nova vida e um futuro inesgotável

São Firmino

Firmino (Firmin) nasceu pelo final do século III em Pompaelo (atual cidade de Pamplona, na Espanha). Sua família era pagã, e seu pai um senador do império romano. Foram todos convertidos por São Saturnino, bispo de Toulouse, França, quando ele esteve na Espanha. Firmino ficou sob a educação do sacerdote Honesto até os 17 anos, e já era conhecido como bom pregador quando, então, seguiu para Toulouse, a completar sua formação com o bispo Honorato. Logo foi ordenado sacerdote, iniciando seu trabalho na região de Navarra, em Pamplona, onde conseguiu muitas conversões; por isso Honorato o sagrou como o primeiro bispo da cidade, aos 24 anos. Depois de bem organizar a diocese, sagrou outro bispo em seu lugar e foi como missionário para o norte da França. Numa época de perseguição aos cristãos, até os pagãos ficavam admirados de ver a sua coragem em pregar o Evangelho, expondo-se à prisão e à morte. De fato, acabou preso em Lisieux, e quando sua condenação parecia certa, o governador morreu, e ele foi solto. Dedicou-se novamente à pregação corajosa nas Gálias, atual França, em várias regiões, como Aquitânia, Auvergne, Anjou, etc., e com tal sucesso que ficou conhecido como “Apóstolo das Gálias”, convertendo milhares de pessoas. Suas conversões mais famosas, na cidade de Beuvais, são as de Arcádio e Rômulo, que o perseguiam implacavelmente, procurando desmoralizá-lo. Mas a firmeza na Fé, os milagres que operava, as pregações, santidade e bondade de Firmino lhes tocaram as almas, bem como a Graça de Cristo, e diante das evidências eles pediram o Batismo. Por fim Firmino foi para Samobriva Ambianorum, atual Amiens, onde estava muito intensa a perseguição religiosa, e de onde foi feito o primeiro bispo. Obteve ali tantas conversões que os magistrados responsáveis, Lôngulo e Sebastião, temendo ser acusados de negligência na repressão aos católicos, mandaram prendê-lo e, com medo de uma revolta popular no futuro julgamento, também decapitá-lo discretamente na prisão, espalhando a notícia que morrera por causa de um ataque cardíaco. A execução foi feita no dia 25 de setembro, num ano entre 290 e 303. São Firmino é patrono de Amiens, Lesaka, da diocese de Pamplona, e co-patrono de Navarra junto com São Francisco Xavier. Também é padroeiro dos tanoeiros, barqueiros, viticultores e padeiros, e invocado contra as doenças. As tradicionais festas de Pamplona em 7 de julho, as Sanfermines, de fama internacional, incluem a procissão de São Firmino, pela manhã, e os encierros, corridas de touros soltos num percurso de aproximadamente 850 metros nas ruas da cidade, acompanhados por homens que se arriscam junto com eles, até chegarem na arena. Antes de participarem, os corredores pedem ajuda a São Firmino, cantando em frente a uma sua imagem na Cuesta de Santo Domingo, uma rua inclinada onde as corridas começam.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 24 DE SETEMBRO DE 2024

 

BOM DIA EVANGELHO

24 DE SETEMBRO DE 2024 - Terça-feira da 25ª semana do Tempo Comum

Oração: Senhor Deus, que destes o testemunho de Vós mesmo a todas as nações, em Cristo, concedei-nos por intercessão de São Geraldo a graça de sempre nos recusarmos a coroar de pecados as nossas vidas, mas como legítimos herdeiros do Céu, não morramos antes de nos lançarmos com perfeição às boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Lc 8,19-21):

 Naquele tempo, sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar, por causa da multidão. Alguém lhe comunicou: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver. Ele respondeu: Minha mãe e meus irmãos são estes aqui, que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.

«Minha mãe e meus irmãos são estes aqui, que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática» - Rev. D. Xavier JAUSET i Clivillé(Lleida, Espanha)

Hoje, lemos uma formosa passagem do Evangelho. Jesus não ofende, de modo algum, a Sua Mãe, já que Ela é a primeira a escutar a Palavra de Deus e dela nasce Aquele que é a Palavra. E, simultaneamente, Ela é a que mais perfeitamente cumpriu a vontade de Deus: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38), responde ao anjo na Anunciação.
Jesus revela-nos de que precisamos, também nós, para chegar a ser seus familiares: Aqueles que ouvem...(Lc 8,21) e, para ouvir é necessário que nos aproximemos, tal como os seus familiares, que chegaram até onde Ele estava, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. Os familiares esforçam-se por se aproximar, seria conveniente que nos perguntássemos se lutamos e procuramos vencer os obstáculos que encontramos na hora de nos aproximarmos da Palavra de Deus. Dedico, todos os dias, uns minutos a ler, escutar e meditar a Sagrada Escritura? S. Tomás de Aquino recorda-nos que: é necessário que meditemos continuamente a Palavra de Deus(...) ; esta meditação ajuda fortemente na luta contra o pecado.
E, finalmente, cumprir a Palavra de Deus. Não basta escutar a Palavra; é necessário cumpri-la, se queremos ser membros da família de Deus. Temos de pôr em prática aquilo que nos diz! Por isso será bom que nos perguntemos se só obedeço quando aquilo que se me pede me agrada ou é relativamente fácil, e, pelo contrário, quando há que renunciar ao bem-estar, ao bom nome, aos bens materiais ou ao tempo disponível para o descanso..., ponho a Palavra entre parêntesis até que cheguem melhores tempos. Peçamos à Virgem Maria que escutemos como Ela e cumpramos a Palavra de Deus para andarmos assim no caminho que conduz à felicidade duradoura.

São Geraldo

Geraldo (Gerardo) nasceu em Veneza, Itália, no ano 980. Estudou numa escola da Ordem Beneditina, recebendo ótima formação espiritual e acadêmica. Cedo entrou para esta Ordem e completou os estudos superiores na Universidade de Bolonha. Monge exemplar no claustro veneziano de São Jorge, foi eleito abade ainda jovem. Com o desejo de estudar com mais profundidade a Bíblia, renunciou ao cargo de abade para poder viajar à Terra Santa. A caminho, seguiu pelo rio Danúbio, passando pela Hungria, e ali o rei Estêvão, futuro santo, insistiu para que permanecesse no país, a fim de ajudar na sua evangelização e na educação do seu filho, o príncipe Emeric. Geraldo renunciou também nesta ocasião, trocando seu projeto particular em favor de uma obra para o bem dos irmãos. Aceitou ser preceptor do príncipe e aconselhou o rei em várias questões espirituais e terrenas, e quis se preparar para sua missão evangelizadora no país depois de um período de retiro solitário na Selva Bacónia, aonde teria preferido ficar. Mas com o falecimento do bispo local, e obedecendo à Santa Sé, foi nomeado e assumiu a organização da nova diocese de Csanád, numa região de população quase totalmente pagã. Dedicou incessantemente sua nova tarefa à Onipotência Suplicante da Virgem Maria. Acompanhado de 12 beneditinos, escolhidos dos mosteiros húngaros que começavam a dar frutos, erigiu em Csanád a catedral, a igreja do claustro em honra de Maria Virgem e uma escola de formação para os futuros sacerdotes e monges. A diretriz que usou foi, a partir da sua própria experiência pessoal e vocação monacal, especificamente beneditina, que tem por mote Ora et Labora, “Reza e Trabalha”, desenvolver a presença de Cristo na alma de cada fiel, para que a Igreja, comunidade destes mesmos fiéis, cresça a partir de dentro, da comunhão e qualidade desta união interior com o Senhor: assim cada membro do Corpo Místico coopera coerentemente no Espírito que une a todos eles, em benefício de todo o Corpo. Este impulso inicial de levar Jesus a todos cabe particularmente àqueles que foram chamados para o clero, e Geraldo, como bispo, não fugiu ou delegou a responsabilidade de pelo exemplo e pela palavra dar a conhecer a Boa Nova ao povo. E a prática deste anúncio, o fez através do mais perfeito dos meios, a caridade. Portanto, além de evangelizar os nobres, deu especial atenção aos mais necessitados, pobres e doentes, pelos quais tinha especial amor. Recebia os leprosos na sua residência, partilhando da sua mesa, e tratava pessoalmente das suas feridas. Quando necessário, fazia-os repousar na sua própria cama e dormia no chão. Deu grande atenção à renovação litúrgica, de modo a ressaltar a alegria sacramental. Escreveu várias obras sobre temas teológicos e sobre a Sagrada Escritura. Quanto a si mesmo, dominava-se com árduas penitências; várias vezes saía à noite, para cortar lenha na floresta, como mortificação do corpo. Os seus esforços missionários obtiveram ótimo resultado, e foram fundamentais para sedimentar a Hungria como nação católica. Geraldo era admirado e amado pelos fiéis, mas havia membros da corte, refratários à Fé, que se tornaram seus inimigos. Com a morte do rei Estêvão em 1038, iniciaram-se as lutas pelo poder, uma vez que o herdeiro natural, príncipe Emeric, havia falecido prematuramente. Geraldo se recusou a coroar o pretendente Avon como rei magiar, por ter sido responsável pela morte de muitos inocentes, e quando da cerimônia de coroação na igreja, o bispo se levantou e denunciou publicamente os seus crimes; profetizou também a sua morte, violenta, que aconteceu três anos depois. Neste ambiente instável, as animosidades contra Geraldo foram incitadas, enquanto ele procurava de modo pacífico garantir a correta sucessão régia. Partiu da cidade de Székesfehérvár para a de Buda, a fim de receber pessoalmente Endre (André), filho do primo (Basílio) de Estêvão, o legítimo futuro rei. No caminho, foi surpreendido e atacado por pagãos revoltosos, que o apedrejaram e o trespassaram com uma lança. Tornou-se assim o primeiro mártir da Hungria, em 24 de setembro de 1046.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

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