quarta-feira, 18 de setembro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - -019 DE SSETEMBRO DE 2024

 

BOM DIA EVANGELHO


19 DE SETEMBRO DE 2024 - Quinta-feira da 24ª semana do Tempo Comum

Oração: Senhor Deus, que nos concedestes por amor gratuito e eterno a existência e a Salvação por meio do martírio de Cristo, concedei-nos por intercessão de São Januário a solidificação da nossa Fé, de modo a que possamos aumentar o peso e o volume dos atos de caridade em favor do próximo e para a Vossa glória, e ao mesmo tempo a diluição cada vez maior dos nossos pecados no Sangue de Cristo, a fim de obtermos o Vosso perdão e a vida celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Lc 7,36-50):

 Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para jantar. Ele entrou na casa do fariseu e sentou-se à mesa. Uma mulher, pecadora da cidade, soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu e trouxe um frasco de alabastro, cheio de perfume. Ela postou-se atrás, aos pés de Jesus e, chorando, lavou-os com suas lágrimas. Em seguida, enxugou-os com os seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume.
Ao ver isso, o fariseu que o tinha convidado comentou: «Se este homem fosse profeta, saberia quem é a mulher que está tocando nele: é uma pecadora!». Então Jesus falou: «Simão, tenho uma coisa para te dizer». Ele respondeu: «Fala, Mestre». «Certo credor», retomou Jesus, «tinha dois devedores. Um lhe devia quinhentas moedas de prata, e o outro cinqüenta. Como não tivessem com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles o amará mais?». Simão respondeu: «Aquele ao qual perdoou mais». Jesus lhe disse: «Julgaste corretamente». Voltando-se para a mulher, disse a Simão: «Estás vendo esta mulher? Quando entrei na tua casa, não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, lavou meus pés com lágrimas e os enxugou com seus cabelos. Não me beijaste; ela, porém, desde que cheguei, não parou de beijar meus pés. Não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por isso te digo: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, pois ela mostrou muito amor. Aquele, porém, a quem menos se perdoa, ama menos».
Em seguida, disse à mulher: «Teus pecados estão perdoados». Os convidados começaram a comentar entre si: «Quem é este que até perdoa pecados?». Jesus, por sua vez, disse à mulher: «Tua fé te salvou. Vai em paz!».

«Ela postou-se aos pés de Jesus chorando» -Mons. José Ignacio ALEMANY Grau, Bispo Emérito de Chachapoyas(Chachapoyas, Peru)

Hoje, Simon fariseu, convida para comungar o corpo de Jesus para chamar a atenção das pessoas. Era um ato de vaidade, mas o trato que Jesus deu ao recebê-lo, não correspondeu nem se quer ao mais elementar.
Enquanto ceiam, una pecadora pública faz um grande ato de humildade: «Pondo-se atrás, aos pés de Jesus, começou a chorar e com suas lagrimas lhe molhava os pés e com os cabelos, os secavam, beijava seus pés e os ungia com o perfume» (Lc 7,38).
O fariseu em troca, ao receber Jesus, não lhe deu o beijo de saudação, água para seus pés, toalha para secá-los, nem lhe ungiu a cabeça com azeite. Além disso, o fariseu pensa mal, «Se este fosse profeta, saberia quem e que tipo de mulher é a que está tocando, pois é uma pecadora» (Lc 7,39). De fato, quem não sabia com quem tratava era o fariseu!
O Papa Francisco tem insistido muito na importância de aproximar-se dos enfermos e assim “tocar a carne de Cristo”. Ao canonizar a santa Guadalupe García, Francisco disse: «Renunciar a uma vida cômoda para seguir ao chamado de Jesus amar a pobreza para poder amar mais aos pobres, enfermos e abandonados, para servir-lhes com ternura e compaixão, isto se chama “tocar a carne de Cristo”. “Os pobres, abandonados, enfermos, e os marginais são a carne de Cristo». Jesus tocava os enfermos e se deixava tocar por eles e pelos pecadores.
A pecadora do Evangelho tocou Jesus e Ele estava feliz vendo como se transformava seu coração. Por isso lhe presenteou a paz recompensando sua fé valente. —Tu amigo, te aproximas com amor para tocar a carne de Cristo em tantos que passam junto a ti e de ti necessitam? Si sabes fazê-lo, tua recompensa será a paz com Deus, com os demais e contigo mesmo.

São Januário (São Gennaro)

Januário (Gennaro em italiano) nasceu em Nápoles, cidade italiana aos pés do vulcão Vesúvio, na segunda metade do século III. Uma fonte cita que seu nome seria Prócolo, da família romana dos Ianuarii. Foi eleito bispo de Benevento, cidade próxima de Nápoles, parece que ainda jovem, em reconhecimento pela sua bondade, caridade e zelo pela Fé. Na época, o cristianismo implicava em alto risco de vida, pelas perseguições pagãs dos imperadores romanos. Em 304, Dioclesiano, de fato, iniciou a última e talvez a mais violenta perseguição contra a Igreja, antes da paz de Constantino em 313. Todos os representantes do clero eram, potencialmente, as principais vítimas. Há informações contraditórias a respeito do martírio de Januário, mas o que parece mais certo é que foi preso junto com outros cristãos, incluindo o diácono Sósio, ao ir à prisão confortar fiéis encarcerados. Conduzidos até Puzzuoli, pequena cidade próxima de Nápoles, foram julgados e condenados à morte. Algumas versões citam uma tentativa de queimá-los numa fogueira, da qual saíram ilesos; mais certo é que foram, depois disso ou diretamente, levados à arena da cidade, para serem mortos por leões famintos. Os animais, contudo, apenas lamberam os pés dos condenados; foi então decretada a sua morte por decapitação. Era o dia 19 de setembro do ano 305. O sangue de Januário, como frequentemente acontecia com os mártires, foi recolhido como relíquia por fiéis. Este sangue, coagulado, conservado sem qualquer produto químico ao longo dos séculos numa ampola de vidro na catedral de Nápoles, foi exibido ao público pela primeira vez em 1305, já sendo um milagre o fato de simplesmente se ter mantido inalterado, sem se decompor totalmente, como seria natural. Mas em 17 de agosto de 1389, com testemunhos verbais de cerca de 5.000 pessoas, ele se liquefez espontaneamente, e posteriormente tornou a ficar coagulado. O fenômeno tornou a se repetir ao longo do tempo; em 1728 Montesquieu (crítico da Igreja) o observou duas vezes, certificando que não se tratava de artifício; em 1902 o sangue foi examinado espectroscopicamente diante de testemunhas pelo Dr. Sperindeo, que declarou não haver dúvida de que se trata de sangue humano. A igreja sempre permite que o fenômeno seja investigado pela Ciência, que até o presente não tem reposta para ele. O milagre costuma acontecer três vezes por ano, observado diretamente por multidões: no primeiro sábado que precede o primeiro domingo de maio, em memória da primeira translação do recipiente de com o sangue; em 19 de setembro, memória litúrgica de São Januário e data do seu martírio; e em 16 de dezembro, quando a intercessão de São Januário impediu a destruição da cidade pela catastrófica erupção do Vesúvio em 1631. Além da passagem do estado sólido para o líquido, a cor do sangue muda de escuro para vermelho vivo, o peso duplica, e é alterado o volume – independentemente de condições de temperatura ou quaisquer outros parâmetros naturais. Historicamente, a intercessão de São Januário, pedida pelos fiéis de Nápoles em diversas situações críticas, como a erupção vulcânica, a peste que dizimou toda a região menos a cidade em 1884, em situações de guerra, carestia, etc., naturalmente levou a que ele fosse proclamado patrono da cidade. Também as igrejas ortodoxas o veneram como santo e mártir.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

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