Bom dia evangelho
28
de junho – Ano C – São Lucas
Dia Litúrgico: Terça-feira da 13ª semana do Tempo Comum
Papa
reza em silencia no Memorial do genocídio armênio. Captura Youtube
Yerevan, 25 Jun. 16 / 09:00
am (ACI).- O Papa Francisco
rezou na manhã deste sábado no Memorial de Tzitzernakaberd, que recorda todos
os falecidos no genocídio armênio perpetrado pelo Império Otomano entre 1915 e
1923, no qual cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram.
ORAÇÃO
"Deus,
nosso Pai, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e
a paz da Igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé a
caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a
concórdia. Por Cristo, nosso Senhor. Amém”.
Evangelho (Mt 8,23-27)
Então Jesus
entrou no barco, e seus discípulos o seguiram. Nisso, veio uma grande
tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas. Jesus,
porém, dormia. Eles foram acordá-lo. «Senhor», diziam, «salva-nos, estamos
perecendo!» « Por que tanto medo, homens de pouca fé? », respondeu ele. Então,
levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. As
pessoas ficaram admiradas e diziam: « Que homem é este, que até os ventos e o
mar lhe obedecem? ».
«Então,
levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria»
Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)
Hoje, terça-feira XIII do tempo comum, a liturgia oferece-nos um
dos fragmentos mais impressionantes da vida publica do Senhor. A cena apresenta
uma grande vivacidade, contrastando radicalmente a atitude dos discípulos com a
de Jesus. Podemos imaginar-nos a agitação que reinou na barca quando «veio uma
grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas» (Mt
8,24), mas a agitação não foi suficiente para acordar Jesus que dormia. Tiveram
que ser os discípulos quem, no seu desespero, acordaram Jesus!: «Senhor,
salva-nos, estamos perecendo!» (Mt 8,25).
O Evangelista serve-se de todo este dramatismo para nos revelar o autêntico ser de Jesus. A tempestade não tinha perdido a sua fúria e os discípulos continuavam cheios de agitação quando o Senhor, simples e tranquilamente, «levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria» (Mt 8,26). Da Palavra repreendedora de Jesus seguiu-se a calma, a calma que não estava apenas destinada a realizar-se nas aguas agitadas do céu e do mar: a Palavra de Jesus dirigia-se sobre tudo a acalmar os corações temerosos dos seus discípulos. « Por que tanto medo, homens de pouca fé? » (Mt 8,26).
Os discípulos passaram da perturbação e do medo à admiração própria daquele que acaba de assistir a alguma coisa impensável até então. A surpresa, a admiração, a maravilha de uma mudança drástica na situação em que viviam despertou neles uma pergunta central: « Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? » (Mt 8,27). Quem é aquele que pode acalmar as tempestades do céu e da terra e, ao mesmo tempo, as dos corações dos homens? Apenas «quem dormindo como homem numa barca, pode dar ordens aos ventos e ao mar, como Deus» (Nicetas de Remesiana).
Quando pensamos que a terra se afunda, não esqueçamos que o nosso Salvador é o próprio Deus feito homem, o qual se nos dá pela fé.
O Evangelista serve-se de todo este dramatismo para nos revelar o autêntico ser de Jesus. A tempestade não tinha perdido a sua fúria e os discípulos continuavam cheios de agitação quando o Senhor, simples e tranquilamente, «levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria» (Mt 8,26). Da Palavra repreendedora de Jesus seguiu-se a calma, a calma que não estava apenas destinada a realizar-se nas aguas agitadas do céu e do mar: a Palavra de Jesus dirigia-se sobre tudo a acalmar os corações temerosos dos seus discípulos. « Por que tanto medo, homens de pouca fé? » (Mt 8,26).
Os discípulos passaram da perturbação e do medo à admiração própria daquele que acaba de assistir a alguma coisa impensável até então. A surpresa, a admiração, a maravilha de uma mudança drástica na situação em que viviam despertou neles uma pergunta central: « Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? » (Mt 8,27). Quem é aquele que pode acalmar as tempestades do céu e da terra e, ao mesmo tempo, as dos corações dos homens? Apenas «quem dormindo como homem numa barca, pode dar ordens aos ventos e ao mar, como Deus» (Nicetas de Remesiana).
Quando pensamos que a terra se afunda, não esqueçamos que o nosso Salvador é o próprio Deus feito homem, o qual se nos dá pela fé.
SANTO DO DIA
SANTO IRINEU DE LYON
Padre da Igreja, grego de
nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna no ano 130. Foi
discípulo de Policarpo, que tinha sido discípulo de João Evangelista, o que
torna muito importante os seus testemunhos doutrinais. Muito culto e letrado em
várias línguas, Irineu foi ordenado por Policarpo, que o enviou para a França,
onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente.
Ocupou-se da evangelização e combateu principalmente a heresia dos gnósticos,
além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito na
questão da comemoração da festa da Páscoa, unindo a Igreja do Ocidente e do
Oriente numa mesma data de comemoração da ressurreição. A sua obra escrita mais
importante foi o tratado "Contra as Heresias", não só pelo lado
teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da
Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro
vivo das batalhas e lutas de sua época. Uma perseguição decretada pelo
imperador Marco Aurélio atingiu a cidade de Lião, ocasionando o grande massacre
dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé. Irineu morreu como mártir, no
dia 28 de junho de 202.(Colaboração: Padre Evaldo César
de Souza, CSsR)
REFLEXÃO: Santo Irineu, cujo nome
significa "paz", lutou para a preservação da paz e da unidade da
Igreja. Era um homem equilibrado e cheio de ponderação. Foi o primeiro a
procurar fazer uma síntese do pensamento cristão, cuja influência se faz notar
até nossos dias. Sobre o conhecimento de Deus, ele dizia: "A ciência
infla, mas a caridade edifica. Com efeito, não há orgulho maior do que se
julgar melhor e mais perfeito que o próprio criador, modelador, doador do
hálito de vida e do próprio ser. É que alguém não saiba absolutamente nada,
sequer um motivo, do porque foram criadas as coisas, e acreditar em Deus, e
perseverar no seu amor, do que encher-se de orgulho por motivo desta pretensa
ciência e afastar-se deste amor que vivifica o homem”.
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