Papa
Francisco durante a Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano,
13 Dez. 17 / 09:46 am (ACI).- Em uma nova catequese sobre a Missa, o Papa Francisco perguntou-se na
Audiência Geral na manhã de hoje, celebrada na Sala Paulo VI do Vaticano: “Por
que ir à missa aos domingos?”.
“A
celebração dominical da Eucaristia está no centro da vida da Igreja”,
respondeu o Santo Padre.
Aprofundando
mais, o Pontífice explicou: “nós vamos à missa para encontramos o Senhor
ressuscitado, ou melhor, para nos deixarmos encontrar por ele, ouvir a sua
palavra, alimentar-nos à sua mesa e assim, nos tornarmos Igreja, o seu corpo
místico vivo hoje no mundo”.
Esta
realidade estava muito presente na Igreja desde o princípio: “os discípulos de
Jesus celebravam o encontro eucarístico com o Senhor no dia que os judeus
chamavam ‘o primeiro da semana’ e os romanos ‘o dia do sol’, porque foi nesse
dia que Ele ressuscitou e veio encontrar-Se com eles no Cenáculo, falando e
comendo com eles e dando-lhes o Espírito Santo”.
“Inclusive
- continuou Francisco - o grande derramamento do Espírito em Pentecostes ocorre no domingo. Por isso,
o domingo é para nós um dia santo: santificado pela celebração eucarística,
presença viva do Senhor para nós e entre nós”.
Portanto,
“é a Missa que faz cristão o domingo. Que tipo de domingo é para um cristão
aquele que no qual fata o encontro com o Senhor?”.
O
Papa pediu aos cristãos que valorizem a Missa dominical: “Infelizmente há
comunidades cristãs que não podem ter Missa todos os domingos; mas também elas
são chamadas a recolher-se em oração, nesse dia, ouvindo a Palavra de Deus e
mantendo vivo o desejo da Eucaristia”.
“Algumas
sociedades secularizadas perderam o significado cristão do domingo iluminado
pela Eucaristia”, lamentou. “Neste contexto, é necessário reviver esta
consciência para recuperar o significado da celebração, da alegria, da
comunidade paroquial, da solidariedade, do descanso que recupera o corpo e a
alma”. “A Eucaristia educa em todos esses valores a cada domingo”, destacou.
Nesse
sentido, recordou que “a abstenção dominical do trabalho não existia nos
primeiros séculos: é uma contribuição específica do cristianismo. Segundo a
tradição bíblica, os hebreus descansam no sábado, enquanto na sociedade romana
não havia nenhum dia de abstinência dos trabalhos durante a semana. Foi o
significado cristão de viver como filhos e não como escravos, animados pela
Eucaristia, a qual torna o domingo, quase universalmente, o dia de descanso”.
A
presença de Cristo na vida ajuda a dinamizá-la, assegurou. “Sem Cristo, estamos
condenados a ser dominados pelo cansaço do dia-a-dia com as suas preocupações e
pelo medo do futuro. O encontro dominical com Jesus dá-nos a força de que
necessitamos para viver com coragem e esperança os nossos dias”.
“O
que podemos responder às pessoas que nos dizem que não precisamos ir à Missa,
nem no domingo, porque o mais importante é viver bem, amar o nosso próximo? É
verdade que a qualidade da vida cristã é medida na capacidade de amar, como
disse Jesus. Mas, como podemos praticar o Evangelho sem ter a energia
necessária para fazê-lo, um domingo após o outro, da fonte inesgotável da
Eucaristia?”, o Pontífice perguntou a si mesmo.
O
Papa sublinhou: “Não iremos à Missa para dar alguma coisa a Deus, mas para
receber d’Ele aquilo que nós precisamos”.
Em
conclusão, “por que ir à missa aos domingos? Não é suficiente responder que
isto é um preceito da Igreja. Nós cristãos precisamos participar da missa
dominical porque somente com a graça de Jesus, com a sua presença viva em nós e
entre nós, podemos colocar em prática o seu mandamento e sermos testemunhas
críveis”.
ORAÇÃO
Senhor,
Nosso Deus, que inspirastes a São João da Cruz extraordinário amor à Cruz e
perfeita abnegação de si mesmo, concedei que, imitando o seu exemplo, cheguemos
à contemplação eterna da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
EVANGELHO (MT 11,11-15)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo †
segundo Mateus.
Glória
a vós, Senhor.
Naquele
tempo, disse Jesus à multidão: 11 “Em verdade eu vos digo, de todos os homens
que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no
Reino dos Céus é maior do que ele. 12 Desde os dias de João Batista até agora,
o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam. 13 Com
efeito, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. 14 E se quereis
aceitar, ele é o Elias que há de vir. 15 Quem tem ouvidos, ouça”.
Palavra da Salvação. Glória
a vós, Senhor.
«O Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo»
Rev. D. Ignasi FABREGAT i Torrents
(Terrassa, Barcelona, Espanha)
(Terrassa, Barcelona, Espanha)
Hoje, o
Evangelho nos fala de São João Batista, o Precursor do Messias, aquele que veio
preparar os caminhos do Senhor. Também a nós, ele nos acompanhará desde hoje
até o dia dezesseis, dia que acaba a primeira parte do Advento.
João é um homem firme, que sabe o quanto as coisas custam, é consciente de que há de se lutar para melhorar e ser santo, e por isso Jesus exclama: «A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo» (Mt 11,12). Os “violentos” são os que se fazem a si mesmos a violência: —Eu me esforço para crer que o Senhor me ama? Eu me sacrifico para ser “pequeno”? Eu me esforço para ser consciente e viver como um filho do Pai?
Santa Teresinha de Lisieux se refere também a estas palavras de Jesus dizendo algo que pode nos ajudar na nossa conversa pessoal e intima com Jesus: «Ó pobreza, meu primeiro sacrifício, até a morte por toda à parte me seguirás, pois eu sei que para correr no estádio, o atleta tem de despojar-se de tudo. Provai, mundanos, o remorso e a pena, esses frutos amargos da vossa vaidade; alegremente, eu acolho na arena, as palmas da Pobreza». —E eu, porque reclamo quando me dou conta de que me falta alguma coisa que considero necessária? Tomara que eu veja, nos diversos aspectos da minha vida, tão claramente como a Doutora!
De uma forma enigmática Jesus nos diz hoje também: «João (...) é o Elias (...). Quem tem ouvidos, ouça» (Mt 11,14-15). O que quer dizer? Quer nos aclarar que João era verdadeiramente o precursor, quem finalizou a mesma missão do Elias, conforme a crença que existia naquele então, de que o profeta Elias teria que voltar antes do Messias.
João é um homem firme, que sabe o quanto as coisas custam, é consciente de que há de se lutar para melhorar e ser santo, e por isso Jesus exclama: «A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo» (Mt 11,12). Os “violentos” são os que se fazem a si mesmos a violência: —Eu me esforço para crer que o Senhor me ama? Eu me sacrifico para ser “pequeno”? Eu me esforço para ser consciente e viver como um filho do Pai?
Santa Teresinha de Lisieux se refere também a estas palavras de Jesus dizendo algo que pode nos ajudar na nossa conversa pessoal e intima com Jesus: «Ó pobreza, meu primeiro sacrifício, até a morte por toda à parte me seguirás, pois eu sei que para correr no estádio, o atleta tem de despojar-se de tudo. Provai, mundanos, o remorso e a pena, esses frutos amargos da vossa vaidade; alegremente, eu acolho na arena, as palmas da Pobreza». —E eu, porque reclamo quando me dou conta de que me falta alguma coisa que considero necessária? Tomara que eu veja, nos diversos aspectos da minha vida, tão claramente como a Doutora!
De uma forma enigmática Jesus nos diz hoje também: «João (...) é o Elias (...). Quem tem ouvidos, ouça» (Mt 11,14-15). O que quer dizer? Quer nos aclarar que João era verdadeiramente o precursor, quem finalizou a mesma missão do Elias, conforme a crença que existia naquele então, de que o profeta Elias teria que voltar antes do Messias.
SANTO DO DIA
SÃO JOÃO DA CRUZ
João nasceu
na Espanha em 1542. Ainda na infância, ficou órfão de pai. Sua mãe mudou-se
então para Medina, onde João trabalhava num hospital de dia e estudava
gramática a noite.
Ainda jovem sentiu-se atraído pela vida religiosa e tornou-se carmelita, indo estudar em Salamanca. Mesmo dedicando-se totalmente aos estudos, encontrava tempo para visitar doentes em hospitais ou em suas casas, prestando serviço como enfermeiro.
Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos. Foi então que a futura Santa Tereza de Ávila cruzou seu caminho. Com autorização para promover, na Espanha, a fundação de conventos reformados, ela atraiu João da Cruz para esse trabalho. Com isso ele passou a trabalhar na reforma do Carmelo, recuperando os princípios e a disciplina.
Os escritos sobre sua vida dão conta de que abraçou a cruz dos sofrimentos e contrariedades. Conta-se que ele pedia insistentemente três coisas a Deus. Primeiro, dar-lhe forças para trabalhar e sofrer muito. Segundo, não deixá-lo sair desse mundo como superior de uma Ordem ou comunidade. Terceiro, e mais surpreendente, que o deixasse morrer desprezado e humilhado pelos homens.
Faleceu após uma penosa doença, em 14 de dezembro de 1591, com apenas quarenta e nove anos de idade, na Espanha.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Ainda jovem sentiu-se atraído pela vida religiosa e tornou-se carmelita, indo estudar em Salamanca. Mesmo dedicando-se totalmente aos estudos, encontrava tempo para visitar doentes em hospitais ou em suas casas, prestando serviço como enfermeiro.
Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos. Foi então que a futura Santa Tereza de Ávila cruzou seu caminho. Com autorização para promover, na Espanha, a fundação de conventos reformados, ela atraiu João da Cruz para esse trabalho. Com isso ele passou a trabalhar na reforma do Carmelo, recuperando os princípios e a disciplina.
Os escritos sobre sua vida dão conta de que abraçou a cruz dos sofrimentos e contrariedades. Conta-se que ele pedia insistentemente três coisas a Deus. Primeiro, dar-lhe forças para trabalhar e sofrer muito. Segundo, não deixá-lo sair desse mundo como superior de uma Ordem ou comunidade. Terceiro, e mais surpreendente, que o deixasse morrer desprezado e humilhado pelos homens.
Faleceu após uma penosa doença, em 14 de dezembro de 1591, com apenas quarenta e nove anos de idade, na Espanha.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : A doutrina de João da Cruz é
plenamente fiel à antiga tradição: o objetivo do homem na terra é alcançar
"Perfeição da Caridade e elevar-se à dignidade de filho de Deus pelo
amor"; a contemplação não é um fim em si mesma, mas deve conduzir ao amor
e à união com Deus pelo amor.
TJL@ - ACIDIGITAL.COM – A12.COM
– EVANGELI.NET
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