Coroa
de Advento / Flickr de Esteban León Soto (CC-BY-NC-ND-2.0)
REDAÇÃO
CENTRAL, 01 Dez. 17 / 07:00 am (ACI).- Muitos fiéis têm
uma compreensão intuitiva e baseada na experiência do Advento, mas o que dizem os documentos
da Igreja sobre este tempo de preparação
para o Natal?
Estas
são algumas das perguntas e respostas mais comuns acerca do Advento, que neste
ano começa no dia 3 de dezembro.
1. Qual é o propósito do Advento?
O
Advento é um tempo no calendário litúrgico da Igreja, especificamente, do
calendário da Igreja Latina, que é a maior em comunhão com o Papa. Outras
igrejas católicas – assim como muitas não católicas – têm a sua própria
celebração do Advento.
Segundo
as Normas Gerais para o Ano Litúrgico e o calendário, esta festa tem um duplo
significado: em primeiro lugar é uma temporada para nos prepararmos para o
Natal, quando recordamos a primeira vinda de Cristo; e em segundo lugar, um
período que apela diretamente à mente e ao coração para esperar a segunda vinda
de Cristo no final dos tempos.
O
Advento é, então, um período de espera devota e alegre (Norma 39) que nos
recordas as duas vindas de Cristo.
2. Quando começa e termina o Advento?
O
primeiro domingo de Advento é o primeiro dia do novo Ano Litúrgico, que neste
ano será em 3 de dezembro. Os três domingos de Advento restantes serão os dias
10, 17 e 24 de dezembro. A duração deste tempo de preparação pode variar entre
21 e 28 dias, pois se celebram nos quatro domingos mais próximos à festa do
Natal.
3. Por que não se canta nem recita o glória?
Durante
o Advento, não se recita o glória porque é uma das maneiras de expressar
concretamente que, enquanto dura o nosso peregrinar, falta algo para que a
alegria seja completa.
Quando
o Senhor estiver presente no meio do seu povo, a Igreja terá chegado à sua
festa completa, com a Solenidade do Natal do Senhor, quando é cantado novamente
o glória.
O
Missal Romano assinala que o glória é recitado ou cantado aos domingos, exceto
nos tempos litúrgicos do Advento e da Quaresma.
As
exceções desta regra durante o Advento são a Solenidade da Imaculada Conceição,
em 8 de dezembro, e a festa da Virgem de Guadalupe, em 12 de dezembro.
4. Qual é a cor litúrgica deste tempo?
A
cor normal do Advento é o roxo. Segundo o numeral 346 da Instrução Geral do
Missal Romano (IGMR), “usa-se a cor roxa no Tempo do Advento e da Quaresma.
Pode usar-se também nos Ofícios e Missas de defuntos”.
Em
muitos lugares, há uma notável exceção para o terceiro domingo do Advento,
conhecido como o domingo do Gaudete: “A cor de rosa pode usar-se, onde for
costume, nos Domingos Gaudete (III do Advento) e Laetare (IV da Quaresma)”
(IGMR, 346).
5. O Advento é um tempo penitencial?
Frequentemente
pensamos no Advento como um tempo penitencial, porque a cor litúrgica é o roxo,
como na Quaresma. Entretanto, segundo o cânon 1250 do Código de Direito
Canônico: “Os dias e tempos de penitência na Igreja universal são todas as
sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma”.
Embora
as autoridades locais possam estabelecer dias penitenciais adicionais, esta é
uma lista completa dos dias e tempos penitenciais da Igreja Latina em seu
conjunto e o Advento não é um deles.
6. Como as igrejas são decoradas?
O
numeral 305 da Instrução Geral do Missal Romano assinala: “No tempo do Advento
ornamente-se o altar com flores com a moderação que convém à índole deste
tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor”.
“A
ornamentação com flores deve ser sempre sóbria e, em vez de as pôr sobre a mesa
do altar, disponham-se junto dele”.
7. Quais expressões de piedade popular podemos usar
neste tempo?
Existem
várias expressões de piedade popular que a Igreja reconheceu para serem usadas
durante o Advento. Entre elas estão: a Coroa de Advento, procissões, solenidade
da Imaculada Conceição em 8 de dezembro, novena de Natal, Presépio etc.
Bônus: Como deve ser a música?
O
numeral 305 da Instrução Geral do Missal Romano assinala que no “Advento o uso
do órgão e de outros instrumentos musicais deve ser marcado por uma moderação
adequada de acordo com este tempo litúrgico do ano, sem expressar com
antecipação a alegria plena do Natal do Senhor”.
Publicado originalmente em National Catholic Register.
ORAÇÃO
São João Damasceno, intercedei junto a Deus por nós para que
perdoe nossos pecados, purifique nossa mente e nosso coração. Sede para nós uma
lâmpada acesa que nos faça caminhar pelo caminho reto e que nossas obras sejam
feitas em conformidade aos desejos de Nosso Senhor. Amém.
EVANGELHO (MT 8,5-11)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo †
segundo Mateus.
Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 5 quando
Jesus entrou em Carfanaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6 “Senhor,
o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma
paralisia”. 7 Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8 O oficial disse: “Senhor, eu
não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu
empregado ficará curado. 9 Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob
minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e
digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele o faz”. 10 Quando ouviu isso, Jesus
ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca
encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11 Eu vos digo: muitos virão
do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com
Abraão, Isaac e Jacó”.
Palavra
da Salvação. Glória a vós, Senhor.
«Em verdade, vos digo: em
ninguém em Israel encontrei tanta fé»
Rev. D. Joaquim MESEGUER
García (Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, Cafarnaum é a nossa cidade e a nossa
aldeia, onde há pessoas doentes, umas conhecidas, outras anônimas,
frequentemente esquecidas por causa do ritmo frenético que caracteriza a vida
atual: carregados de trabalho, vamos correndo sem parar e sem pensar naqueles
que, por causa da sua doença ou de outra circunstância, ficam à margem e não
podem seguir esse ritmo. Porém, Jesus nos dirá um dia: «todas as vezes que
fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o
fizestes!» (Mt 25,40). O grande pensador Blaise Pascal recolhe esta ideia
quando afirma que «Jesus Cristo, nos seus fieis, encontra-se na agonia de
Getsemani até ao final dos tempos».
O centurião de Cafarnaum não se esquece do seu criado prostrado no leito, porque o ama. Apesar de ser mais poderoso e de ter mais autoridade que o seu servo, o centurião agradece todos os seus anos de serviço e tem por ele grande admiração. Por isso, movido pelo amor, dirige-se a Jesus e na presença do Salvador faz uma extraordinária confissão de fé, recolhida pela liturgia Eucarística: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Diz uma só palavra e o meu criado ficará curado» (Mt 8,8). Esta confissão fundamenta-se na esperança; brota da confiança posta em Jesus Cristo, e ao mesmo tempo, também do seu sentimento de indignidade pessoal que o ajuda a reconhecer a sua própria pobreza.
Só nos podemos [a] aproximar de Jesus Cristo com uma atitude humilde, como a do centurião. Assim poderemos viver a esperança do Advento: esperança de salvação e de vida, de reconciliação e de paz. Apenas pode esperar aquele que reconhece a sua pobreza e é capaz de perceber que o sentido da sua vida não está nele próprio mas em Deus, pondo-se nas mãos do Senhor. Aproximemo-nos com confiança de Cristo e, ao mesmo tempo, façamos nossa a oração do centurião.
O centurião de Cafarnaum não se esquece do seu criado prostrado no leito, porque o ama. Apesar de ser mais poderoso e de ter mais autoridade que o seu servo, o centurião agradece todos os seus anos de serviço e tem por ele grande admiração. Por isso, movido pelo amor, dirige-se a Jesus e na presença do Salvador faz uma extraordinária confissão de fé, recolhida pela liturgia Eucarística: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Diz uma só palavra e o meu criado ficará curado» (Mt 8,8). Esta confissão fundamenta-se na esperança; brota da confiança posta em Jesus Cristo, e ao mesmo tempo, também do seu sentimento de indignidade pessoal que o ajuda a reconhecer a sua própria pobreza.
Só nos podemos [a] aproximar de Jesus Cristo com uma atitude humilde, como a do centurião. Assim poderemos viver a esperança do Advento: esperança de salvação e de vida, de reconciliação e de paz. Apenas pode esperar aquele que reconhece a sua pobreza e é capaz de perceber que o sentido da sua vida não está nele próprio mas em Deus, pondo-se nas mãos do Senhor. Aproximemo-nos com confiança de Cristo e, ao mesmo tempo, façamos nossa a oração do centurião.
SANTO DO DIA
SÃO JOÃO DAMASCENO
João nasceu no seio de uma família árabe cristã no ano 675, em Damasco,
na Síria, recebendo por isso o codinome "Damasceno". Uma das grandes
figuras do cristianismo, entrou na história por causa de suas profundas obras
teológicas. Viveu numa época em que o cristianismo convivia lado a lado com o
Islamismo.
Na juventude João se tornou amigo do Califa, chefe muçulmano da cidade, que o nomeou seu conselheiro. Mas como era ao mesmo tempo um cristão reto e intransigente com a verdadeira doutrina, João preferiu se retirar para a Palestina. Foi ordenado sacerdote, passando a viver na penitência, na solidão, no estudo das Sagradas Escrituras.
Suas homilias depois eram escritas e distribuídas para as mais diversas dioceses, o que o fizeram respeitado no meio do clero e do povo. O valor que passou para Igreja foi através da santidade de vida, da humildade e da caridade, que fazia com que o povo já o venerasse como santo ainda em vida.
Escreveu obras importantes, algumas defendendo o uso das imagens nas igrejas. Esta defesa das imagens gerou conflitos e Damasceno acabou sendo denunciado para o Califa que o prendeu e mandou decepar-lhe a mão direita para que não escrevesse mais.
Morreu no ano 749, sendo chamado de “São Tomás” do Oriente.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Na juventude João se tornou amigo do Califa, chefe muçulmano da cidade, que o nomeou seu conselheiro. Mas como era ao mesmo tempo um cristão reto e intransigente com a verdadeira doutrina, João preferiu se retirar para a Palestina. Foi ordenado sacerdote, passando a viver na penitência, na solidão, no estudo das Sagradas Escrituras.
Suas homilias depois eram escritas e distribuídas para as mais diversas dioceses, o que o fizeram respeitado no meio do clero e do povo. O valor que passou para Igreja foi através da santidade de vida, da humildade e da caridade, que fazia com que o povo já o venerasse como santo ainda em vida.
Escreveu obras importantes, algumas defendendo o uso das imagens nas igrejas. Esta defesa das imagens gerou conflitos e Damasceno acabou sendo denunciado para o Califa que o prendeu e mandou decepar-lhe a mão direita para que não escrevesse mais.
Morreu no ano 749, sendo chamado de “São Tomás” do Oriente.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : São João Damasceno é
considerado como o mais representativo dos teólogos. Preferiu viver com Cristo
às riquezas do mundo. A santidade de sua vida, humildade, caridade já eram
conhecidas de tal forma, que já o veneravam como a um santo, mesmo antes de sua
morte.
tjl@ - acidigital.com – a12.com
– evangeli.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário