domingo, 9 de dezembro de 2018

BOM DIA EVANGELHO - 10.DEZEMBRO.2018


Bom dia evangelho

10 DE DEZEMBRO DE 2018
SEGUNDA-FEIRA | 2ª SEMANA DO ADVENTO | COR: ROXO | ANO C
Imagem referencial: pregação com Pe. Raniero Cantalamessa / Foto: Vatican Media
Vaticano, 07 Dez. 18 / 02:00 pm (ACI).- Teve início na manhã desta sexta-feira, 7 de dezembro, no Vaticano, as pregações de Advento, com a presença do Papa Francisco e dirigidas pelo Pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, o qual refletiu sobre a existência de Deus.
O tema das homilias de Avdento de Pe. Cantalamessa será o versículo “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 41,3) e esta primeira pregação teve como título “Deus existe!”.
O franciscano ressaltou que “o divino é uma categoria absolutamente diferente de qualquer outra, que não pode ser definida, mas apenas insinuada; só se pode falar dele por analogias e opostos”.
Neste sentido, indicou que “poucos títulos bíblicos são capazes de criar em nós um sentimento tão vivo de Deus – especialmente do que Deus é para nós – como este do Deus-rocha”.
“Rocha- assinalou o pregador – não é um título abstrato; não diz apenas o que é Deus, mas também o que nós devemos ser. A rocha é feita para ser escalada, para buscar refúgio, não só para ser contemplada de longe. A rocha atrai, apaixona. Se Deus é rocha, o homem deve se tornar um ‘alpinista’”.
Segundo o franciscano, como os primeiro tradutores da Bíblica “ficaram assustados perante uma imagem tão material de Deus que parecia rebaixá-lo”, então “sistematicamente substituíram o concreto ‘rocha’ por abstrações, como ‘força’, ‘refúgio’, ‘salvação’. Mas, com razão, todas as traduções modernas devolveram a Deus o título original de rocha”.
Assim, ao convidar a olhar para os alpinistas, Pe. Cantalamessa ressaltou como, “se cai a noite ou vem uma tempestade, eles não cometem a imprudência de tentar descer, mas se agarram mais anda à rocha e esperam a tempestade passar”.
“A insistência da Bíblia no Deus-rocha – acrescentou – visa incutir confiança na criatura, afastando o medo do seu coração”.
Deus existe e isso basta
Logo no início de sua reflexão, o pregador da Casa Pontifícia assinalou que, “na Igreja, estamos tão pressionados por tarefas a serem executadas, problemas a serem resolvidos, desafios a serem superados, que corremos o risco de perder de vista” “a nossa relação pessoal com Deus e com Cristo”.
Entretanto, “acima de tudo, sabemos por experiência que um relacionamento pessoal genuíno com Deus é a primeira condição para enfrentar todas as situações e problemas que surgem, sem perder a paz e a paciência”.
“Quantas vezes somos obrigados a dizer a Deus, com Santo Agostinho: ‘Você estava comigo, mas eu não estava com você’. De fato, ao contrário de nós, o Deus vivo nos busca. É o único que Ele faz desde a criação do mundo. Continua a dizer: ‘Adão, onde está você?’”, acrescentou.
Meditando sobre as palavras de Jesus, “Buscai e achareis. Batei e vos será aberto” (Mt 7, 7), Frei Cantalamessa pontuou que, assim, Jesus “promete dar a si mesmo, muito além das coisas triviais que lhe pedimos, e essa promessa é sempre infalivelmente mantida. Quem o busca, o encontra; quem bate, ele abre e uma vez encontrado, todo o resto vai para o segundo lugar”.
Nesse sentido, questionou o pregador, “o que significa e como se define o Deus vivo?”, ao que ele mesmo indicou que “querer descrever o Deus vivo, delinear um perfil, até mesmo fundamentando-se na Bíblia, é recair na tentativa de reduzir o Deus vive à ideia do Deu vivo”.
“Não se pode encerrar a vida em uma ideia. Por isso é possível ter Dele mais facilmente o sentimento, ou o pressentimento, do que a ideia, porque a ideia circunscreve a pessoa, enquanto que o sentimento revela a presença Dele, deixando-a na sua totalidade e indeterminação”, afirmou.
Por fim, citou um episódio da vida de São Francisco de Assis, sobre “um tempo de escuridão e quase de desespero que o santo viveu no final de sua vida, por causa dos desvios que via em torno a si sobre o estilo de vida primitivo dos seus frades”.
Certo dia, em oração, o santo ouviu do Senhor, conforme relata seu biógrafo Tomás de Celano: “Por que tu, pequeno homem, te perturbas? Talvez eu o tenha designado pastor da minha Ordem de tal forma que esquecestes que eu continuo sendo o patrono principal? [...] Não te preocupes, portanto, mas esperes a tua salvação, porque se a Ordem fosse reduzida a apenas três frades, minha ajuda sempre permanecerá estável”.
Sobre tal episódio, o estudioso franciscano francês Pe. Eloi Leclerc “diz que o santo foi, de tal forma, reconfortado pelas palavras de Cristo que repetia para si mesmo uma exclamação”: “Deus existe e isso basta!”.
Assim, concluiu Pe. Cantalamessa, “aprendamos, também nós, a repetir estas simples palavras quando, na Igreja ou em nossa vida, nos encontramos em situações semelhantes às de Francisco e muitas nuvens se dissiparão”.
ORAÇÃO 
Concedei-nos, ó Deus, a sabedoria e o amor que inspirastes à vossa filha Santa Joana Francisca de Chantal, para que, seguindo seu exemplo de fidelidade, nos dediquemos ao vosso serviço, e vos agrademos pela fé e pelas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Lucas 5,17-26
Eis que o rei há de vir, Senhor da terra, ele mesmo e nós afastará o jugo do nosso cativeiro.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
17 Um dia estava ele ensinando. Ao seu derredor estavam sentados fariseus e doutores da lei, vindos de todas as localidades da Galiléia, da Judéia e de Jerusalém. E o poder do Senhor fazia-o realizar várias curas.
18 Apareceram algumas pessoas trazendo num leito um homem paralítico; e procuravam introduzi-lo na casa e pô-lo diante dele.
19 Mas não achando por onde o introduzir, por causa da multidão, subiram ao telhado e por entre as telhas o arriaram com o leito ao meio da assembléia, diante de Jesus.
20 Vendo a fé que tinham, disse Jesus: "Meu amigo, os teus pecados te são perdoados".
21 Então os escribas e os fariseus começaram a pensar e a dizer consigo mesmos: "Quem é este homem que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados senão unicamente Deus?"
22 Jesus, porém, penetrando nos seus pensamentos, replicou-lhes: "Que pensais nos vossos corações?
23 Que é mais fácil dizer: ‘Perdoados te são os pecados’; ou dizer: ‘Levanta-te e anda?’
24 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder de perdoar pecados" (disse ele ao paralítico), "eu te ordeno: ‘levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa’".
25 No mesmo instante, levantou-se ele à vista deles, tomou o leito e partiu para casa, glorificando a Deus.
26 Todos ficaram transportados de entusiasmo e glorificavam a Deus; e tomados de temor, diziam: "Hoje vimos coisas maravilhosas".
Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
MANIFESTOU-SE O PODER DE DEUS
A religiosidade de Israel ansiava por manifestações espetaculares do poder de Deus na história humana. As antigas tradições referiam-se a grandiosos gestos salvíficos de Javé, em favor de seu povo. Os profetas, por sua vez, referiam-se às ações que o Messias realizaria, quando de seu advento. Todas elas formidáveis!
O ministério de Jesus consistiu numa contínua manifestação do poder divino, sem, contudo, se enquadrar nos esquemas tradicionais vigentes. Já por sua origem e condição social distanciava-se das esperanças de um Messias de estirpe sacerdotal ou régia. Seu despojamento e sua opção pela pobreza impediam que o identificassem com o esperado Messias glorioso e poderoso.
O modo como manifestava o poder divino tinha alguns traços característicos: visava sempre recuperar a dignidade humana, de tantas formas aviltada; estava a serviço da libertação do ser humano, de toda sorte de opressão; buscava reconciliá-lo com Deus, por meio do perdão dos pecados; protegia-o da rigidez das tradições religiosas. Consistia em possibilitar ao ser humano caminhar com os próprios pés, liberto de todas as amarras que o impedem de pôr-se à disposição de Deus e do próximo. É a libertação para o amor!
O episódio da cura do paralítico, colocado diante de Jesus através de um buraco aberto no teto da casa, é uma das muitas maravilhosas manifestações do poder de Deus.
SANTO DO DIA
SANTA JOANA DE CHANTAL
Joana nasceu em uma família cristã com boas condições sociais. Ainda jovem enamorou-se do Barão de Chantal, de quem se fez esposa. Foi excelente mãe e zelava pela educação cristã dos filhos, do marido e dos empregados.
Certo dia seu esposo foi caçar e morreu ferido, deixando-a ainda com 18 anos de idade e quatro filhos pequenos. Com muita oração, os filhos e ela foram aos poucos superando a ausência do pai.
Quatro anos depois conheceu Francisco de Sales, bispo de Genebra, que se tornou seu diretor espiritual. Graças a ele, Joana e mais duas senhoras fundaram a Congregação da Visitação de Santa Maria. Transcorridos mais três anos, os filhos já criados, encaminhados na vida, entrou para o Convento que havia criado, abraçou os trabalhos da congregação e fundou muitos outros conventos na França.
Morreu com fama de santidade em 1641. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
1.     REFLEXÃO Buscar a santidade é um convite feito para todos os cristãos do mundo. Na liberdade da vida, somos convidados por Deus a fazer de nossa existência uma prova de amor aos mais fracos e abandonados. Quem serve aquele que mais necessita responde fielmente à sua vocação batismal.
Tjl- a12.com – domtotal.com – acidigital.com

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