Papa Francisco na Audiência geral deste 05 de
dezembro. Foto: Daniel Ibañez/ACI Prensa
Vaticano,
05 Dez. 18 / 08:02 am (ACI).- Nesta quarta-feira, 05, o Santo Padre
se reuniu com milhares de peregrinos vindos de todo o mundo na Sala Paulo VI,
no Vaticano, para a realização da Audiência Geral desta semana, a qual marcou o
início de uma série de catequeses sobre a Oração do Senhor, o Pai Nosso.
Iniciando
a catequese, e com ela o novo ciclo de reflexões, o Pontífice afirmou: “Os
Evangelhos nos ofereceram retratos muito vívidos de Jesus como um homem de
oração. Apesar da urgência de sua missão e da urgência de tantas pessoas que o
solicitavam, Jesus sente a necessidade de se isolar na solidão e orar”.
“O
Evangelho de Marcos nos traz esse detalhe desde a primeira página do ministério
público de Jesus (cf. 1: 35). O dia inaugural de Jesus em Cafarnaum terminara
triunfalmente. Quando o sol se põe, multidões de doentes chegam à porta do
local onde Jesus estava: o Messias pregava e curava. Cumpriam-se assim antigas
profecias e as expectativas de muitas pessoas que sofriam: Jesus é o Deus que
está perto de nós, o Deus que liberta. Mas essa multidão ainda é pequena se for
comparada às muitas outras que se reuniriam em torno do profeta de Nazaré”.
No
entanto, afirmou o Pontífice, “Jesus se desapega daquilo; não se permite ficar
refém das expectativas daqueles que agora o elegeram como líder”.
“Desde
a primeira noite de Cafarnaum, ele prova ser um Messias original. Na última
vigília da noite, quando a aurora é anunciada, os discípulos ainda o procuram,
mas não conseguem encontrá-lo. Até que Pedro finalmente o encontra em um lugar
isolado, completamente absorvido em oração. Ele diz a Jesus: "Todos te
procuram!" (Mc 1:37). A exclamação parece ser a cláusula específica para
um sucesso plebiscitário, a prova do sucesso de uma missão.”, enfatizou.
Ainda
segundo o Papa Francisco, Jesus surpreende os seus discípulos ao dizer ele
deveria ir para outro lugar. “Não são as pessoas que O procuram, mas Ele é
quem, antes de mais nada, está à procura dos demais. Portanto, não deve criar
raízes, mas permanecer continuamente peregrino nas ruas da Galileia. Tudo isso
acontece em uma noite de oração”, ressalta.
Mais
adiante, o Papa Francisco destaca que algumas páginas das Escrituras nos deixam
entrever que é a oração de Jesus, a sua intimidade com o Pai, que governa tudo
em sua vida, e que isto se deu de forma especial na
noite do Getsêmani.
“A
última parte do caminho de Jesus (definitivamente o trecho mais difícil de toda
sua caminhada até então) parece encontrar seu significado na escuta contínua
que Jesus dá ao Pai. Aquela seguramente, não foi uma oração fácil, foi uma
verdadeira "agonia", no sentido do agonismo dos atletas, e ainda uma
oração capaz de sustentar o caminho da cruz. Aqui está o ponto essencial:
Jesus orou”, sublinhou o Papa.
“Jesus
orou intensamente em momentos públicos, compartilhando a liturgia de seu
povo,mas ele também procurou por lugares recolhidos, separados do turbilhão do
mundo, lugares que permitiram que ele descendesse até o segredo de sua alma:
ele é o profeta que conhece as pedras do deserto e sobe até o cume das
montanhas. As últimas palavras de Jesus, antes de seu último suspiro na cruz,
são palavras tomadas dos salmos. Jesus orou como oravam todos os homens do
mundo. No entanto, em sua maneira de rezar, havia também um mistério envolvido,
algo que certamente não escapou aos olhos de seus discípulos, pois nos
evangelhos encontramos um pedido sumamente simples e imediato da parte deles:
"Senhor, ensina-nos a orar"(Lc 11,1)”.
“E
Jesus não recusa -prossegue o Sumo Pontífice- ele não é ciumento de sua
intimidade com o Pai, mas ele veio certo nos introduzir neste relacionamento. E
assim ele se torna um mestre de oração para seus discípulos e com certeza quer
ser para todos nós”.
“Mesmo
se já temos orado por muitos anos, devemos sempre aprender a orar! A oração do
homem, este anseio que nasce tão naturalmente de sua alma, é talvez um dos mais
profundos mistérios do universo. E nem sequer sabemos se as orações que
dirigimos a Deus são na verdade aquelas que Ele deseja ouvir. Também a Bíblia
nos dá testemunho de orações inoportunas, que no final são rejeitadas por Deus:
basta lembrar a parábola do fariseu e do publicano. Sé este último retorna do
templo para casa justificado, "porque quem for exaltado, será humilhado,
mas quem se humilha será exaltado”.
“Portanto,
começando este ciclo de catequese sobre a oração de Jesus, a coisa mais linda e
mais certa que todos devemos fazer é repetir a invocação dos discípulos:
"Mestre, ensina-nos a orar!". Ele certamente não permitirá que esta
prece caia no vazio”, concluiu o Papa.
Ao
final do seu encontro, o Santo Padre saudou os peregrinos de várias partes do
mundo, incluindo os de língua portuguesa, aos dirigiu as seguintes palavras:
“Amados
peregrinos vindos do Brasil, de Portugal e doutros países de língua portuguesa,
sede benvindos! Das inúmeras coisas – tantas vezes duras – da vida, aprendei a
elevar o coração até ao Pai do Céu, repousando no seio da sua infinita bondade,
e vereis que as dores e aflições da vida vos farão menos mal. Que nada vos
impeça de viver nesta amizade com Deus e testemunhar a todos a sua
misericórdia! Sobre vós e vossa família desça, generosa, a sua Bênção.
ORAÇÃO
Senhor, pelos méritos de São Nicolau, concedei-me a graça da bondade e
zelo para com os mais aflitos, necessitados e em especial para com as crianças.
Que eu saiba aprofundar em mim os dons que me destes, colocando-os em prática.
Livrai-me da omissão e da preguiça. Amém.
Mateus 7,21.24-27
Buscai o Senhor, vosso Deus, invocai-o enquanto está perto! (Is 55,6).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7 21 "Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
24 Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.
25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha.
26 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia.
27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.
28 Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina.
29 Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas.
Palavra da Salvação.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7 21 "Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
24 Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.
25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha.
26 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia.
27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.
28 Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina.
29 Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas.
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
A ADESÃO
AO SENHOR
À espera do Senhor, os discípulos correm o risco de enganar-se no modo de aderir a ele. São os que expressam sua adesão com a boca - "Senhor, Senhor!" - enquanto, na realidade, vivem muito distante dele. A confissão verbal permanece no plano da teoria, sem que se perceba ressonâncias no seu dia-a-dia. Em outras palavras, a fé não se encarna em sua vida. É como se fosse um âmbito isolado, desconectado do conjunto de sua existência.
Evidentemente, este estilo de vida impossibilita a acolhida do Senhor. Quem pensa estar indo ao encontro dele, tarde demais compreenderá ter tomado o caminho errado.
A maneira correta de preparar-se para o advento do Senhor consiste em colocar em prática suas palavras, assumindo-as como projeto de vida. As palavras de Jesus estão em perfeita correspondência com a vontade do Pai, e são a expressão do desígnio divino para a humanidade. Se o discípulo se deixa guiar por elas, pode estar seguro de ter tomado o rumo certo. Ele tem o testemunho de Jesus, e sabe qual foi o desfecho da vida dele. Tendo, ele mesmo, vivido em total submissão ao querer do Pai, foi por ele ressuscitado para a plena comunhão. Igualmente o discípulo, pela prática das palavras de Jesus poderá estar certo de entrar no Reino dos céus, para a comunhão eterna com o Senhor.
À espera do Senhor, os discípulos correm o risco de enganar-se no modo de aderir a ele. São os que expressam sua adesão com a boca - "Senhor, Senhor!" - enquanto, na realidade, vivem muito distante dele. A confissão verbal permanece no plano da teoria, sem que se perceba ressonâncias no seu dia-a-dia. Em outras palavras, a fé não se encarna em sua vida. É como se fosse um âmbito isolado, desconectado do conjunto de sua existência.
Evidentemente, este estilo de vida impossibilita a acolhida do Senhor. Quem pensa estar indo ao encontro dele, tarde demais compreenderá ter tomado o caminho errado.
A maneira correta de preparar-se para o advento do Senhor consiste em colocar em prática suas palavras, assumindo-as como projeto de vida. As palavras de Jesus estão em perfeita correspondência com a vontade do Pai, e são a expressão do desígnio divino para a humanidade. Se o discípulo se deixa guiar por elas, pode estar seguro de ter tomado o rumo certo. Ele tem o testemunho de Jesus, e sabe qual foi o desfecho da vida dele. Tendo, ele mesmo, vivido em total submissão ao querer do Pai, foi por ele ressuscitado para a plena comunhão. Igualmente o discípulo, pela prática das palavras de Jesus poderá estar certo de entrar no Reino dos céus, para a comunhão eterna com o Senhor.
SANTO DO DIA
SÃO NICOLAU
Nicolau é
amado e muito querido por todos os cristãos do Ocidente e do Oriente. Sem
dúvida alguma é o Santo mais popular da Igreja. Ele é Padroeiro da Rússia, de
Moscou, da Grécia, das crianças, das moças solteiras, dos marinheiros, dos
cativos e dos lojistas. Por tudo isso, os dados de sua vida se misturam às
tradições seculares do cristianismo.
Filho de nobres, Nicolau nasceu na Ásia Menor, na metade do século III, provavelmente no ano 250. Foi consagrado Bispo de Mira, atual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu apostolado também na Palestina e no Egito. Segundo alguns historiadores, o Bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325.
Após a morte dos seus pais, São Nicolau herdou uma grande fortuna a que começou a distribuir entre os pobres. Ele se empenhou em ajudar secretamente, para que ninguém pudesse agradecer-lhe. São inúmeras as histórias de milagres que cercam a vida de Nicolau.
Após a sua ordenação, São Nicolau resolveu: "Até agora eu pude viver para mim mesmo e para a salvação da minha alma, mas daqui em diante todo o momento da minha vida deve ser dedicado aos outros." E esquecendo a si mesmo, o Santo abriu a porta de sua casa a todos e tornou-se o verdadeiro pai dos órfãos e pobres, defensor dos oprimidos e benfeitor a todos.
Morreu no dia 06 de dezembro de 326, em Mira. O documento mais antigo sobre ele foi escrito por Metódio, Bispo de Constantinopla, que no ano de 842, relatou todos os milagres atribuídos a Santo Nicolau. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Filho de nobres, Nicolau nasceu na Ásia Menor, na metade do século III, provavelmente no ano 250. Foi consagrado Bispo de Mira, atual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu apostolado também na Palestina e no Egito. Segundo alguns historiadores, o Bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325.
Após a morte dos seus pais, São Nicolau herdou uma grande fortuna a que começou a distribuir entre os pobres. Ele se empenhou em ajudar secretamente, para que ninguém pudesse agradecer-lhe. São inúmeras as histórias de milagres que cercam a vida de Nicolau.
Após a sua ordenação, São Nicolau resolveu: "Até agora eu pude viver para mim mesmo e para a salvação da minha alma, mas daqui em diante todo o momento da minha vida deve ser dedicado aos outros." E esquecendo a si mesmo, o Santo abriu a porta de sua casa a todos e tornou-se o verdadeiro pai dos órfãos e pobres, defensor dos oprimidos e benfeitor a todos.
Morreu no dia 06 de dezembro de 326, em Mira. O documento mais antigo sobre ele foi escrito por Metódio, Bispo de Constantinopla, que no ano de 842, relatou todos os milagres atribuídos a Santo Nicolau. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO :A tradição diz que Nicolau, costumava fazer doações anônimas em
moedas de ouro, roupas e comida às viúvas e aos pobres. Dizem colocava os
presentes das crianças em sacos e os jogava dentro das chaminés à noite, para
serem encontrados por elas pela manhã. Dessa tradição que veio a sua fama de
amigo das crianças. São Nicolau é a figura do querido Papai Noel.
Domtotal.com – a12.com –
acidigital.com
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