BOM DIA EVANGELHO
27 DE
DEZEMBRO DE 2018
QUINTA-FEIRA - FESTA, GL., PF. DO NATAL - COR: BRANCA - ANO C
Dom Pierbattista Pizzaballa - Foto: Patriarcado Latino de Jerusalém
BELÉM,
26 Dez. 18 / 11:00 am (ACI).- O Administrador Apostólico do
Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, presidiu a Missade Natal Belém, na qual defendeu o direito
dos cristãos de atuar na vidapública,
porque a Palavra de Deus "não se esgota em uma proposta religiosa privada
ou somente pessoal".
"Quem
quiser esconder o Evangelho ou a presença dos cristãos em limites privados ou
íntimos, não entendeu o desejo de Deus", expressou o Prelado em Belém.
Ante
as autoridades civis, entre os quais estava o presidente da Autoridade Nacional
Palestina, Mahmud Abás, Dom Pizzaballa indicou que o nascimento de Jesus em
Belém, não é apenas "uma indicação histórico-geográfica, mas uma opção
divina", porque Deus ama as cidades. "Se a Bíblia começa em um
jardim, termina em uma cidade, a santa Jerusalém".
A
vida de Cristo "será uma caminhada contínua pelas cidades e aldeias: O
deserto foi, para ele, um parêntese. Necessário, mas não definitivo",
assinalou em sua homilia.
Nesse
sentido, recordou que a "sua Palavra não se esgota em uma proposta
religiosa privada ou somente pessoal. Busca e quer um caminho, uma casa, uma
cidade para habitar e para transformar". "A Encarnação do Filho de
Deus é fermento destinado a ajudar a fazer crescer e misturar todas as massas,
toda a realidade do homem, do cosmos, da história, da vida e da cidade".
"O
Nascimento de Cristo em Belém é, portanto, uma passagem de Deus na nossa terra
e nas nossas cidades, e o convite dirigido aos pastores e aos reis magos para
ir a Belém, se repete hoje a cada um de nós, e daqui aos últimos confins da
terra".
"O
nascimento do Senhor em nossas cidades - afirmou - quer acender em nós uma
espécie de ‘paixão política’, despertar a responsabilidade de um cuidado pela
cidade e pela terra que habitamos. Não para possuí-la ou ocupá-la, mas
transformá-la de simples aglomeração urbana a serviço de interesses privados e
pessoais no espaço e lugar de experiência de comunhão e de paz, de relações e
de troca".
Em
sua homilia, o Prelado explicou que o desejo de Jesus de viver entre os homens
foi um ato de amor. "Ele se tornou semelhante a nós em tudo, exceto no
pecado". Indicou que Cristo "não escolheu a separação nem a
distância", mas compartilhar e estar presente.
Nesse
sentido, disse que embora os cristãos caminhem em direção a uma cidade futura,
"também é verdade que nos pediram para que ‘permaneçamos na cidade’ para
abrir os caminhos do Reino".
"Nesta
noite, celebrando o nascimento de Cristo em Belém, proclamamos, junto com os
anjos, o nosso amor por esta terra, pelas suas cidades. Queremos responder a
vocação recebida de ser artesãos de paz, profetas de esperança, testemunhas
convencidas e convincentes de troca e de diálogo", afirmou.
Nesse
sentido, Dom Pizzaballa fez um apelo a proteger a presença dos discípulos de
Jesus na Terra Santa "porque nossas cidades sem cristãos serão mais pobres
e nossos cristãos sem as suas cidades correm o risco de perder o seu
caminho".
"Gostaríamos
que nas nossas ruas e nos nossos lares, através da nossa palavra e testemunho,
o Evangelho continuasse transformando a nossa convivência, as nossas relações,
as nossas opções, a nossa vida. Pedimos que a Sua Palavra e a nossa oração
sejam ouvidas de coração por aqueles que têm autoridade política e social. Nós
não queremos chorar mais pela rejeição, pela pobreza extrema, por tantos
sofrimentos que afligem o nosso povo. Gostaríamos que, graças à boa vontade de
todos, Deus possa continuar habitando as nossas cidades", acrescentou.
"O
Senhor, quando nasceu entre nós, colocou na terra o começo do Reino e prometeu
o seu pleno cumprimento na Jerusalém celeste. Esta celebração natalina não é
uma simples comemoração, mas o anúncio eficaz de que o que começou aqui na
Natividade de Cristo encontrará a sua plena realização quando Ele voltar",
expressou o Administrador Apostólico da Terra Santa.
ORAÇÃO
Pai
Eterno, pela poderosa intercessão de São João, Apóstolo amado de Jesus, eu rogo
pelas graças de que tanto necessito. Abro meu coração, agora e sempre, para
ouvir a Vossa Voz e experimentar Vosso Poder em minha vida. Assim como São
João, quero acolher a Palavra de Jesus e com amor levar as sementes do Vosso
Reino por onde eu passar. Amém.
João 20,2-8
A vós, ó
Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos, vos louva o exército dos vossos santos
mártires!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: "Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!"
3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. 4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.
6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.
7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
Palavra da Salvação.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: "Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!"
3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. 4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.
6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.
7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
VER E CRER
A experiência do discípulo amado, na manhã da ressurreição, é modelar para quem quer seguir Jesus. Logo que tomou conhecimento do sepulcro vazio, ele correu para lá, seguido pelo apóstolo Pedro. Quando entrou no lugar onde o corpo do Mestre tinha sido colocado e não o encontrando, “viu e creu” que tinha ressuscitado.
A visão que o levou à fé não podia ser puramente sensorial. Neste caso, ela supera a visão humana e atinge uma profundidade só acessível ao coração. Assim, toca-se o mais profundo da realidade. Trata-se de um ver teológico, dinamizado pelo Espírito, que permite penetrar no mistério de Deus, na medida que a limitação humana for capaz.
Partindo deste requisito, compreende-se por que os adversários nunca superaram a simples visão física de Jesus e de seus feitos e palavras. Incapazes de ir além, jamais puderam reconhecer nele o Filho de Deus e chegar ao ato de fé.
O discípulo amado estabelecera com Jesus uma relação de tamanha intensidade que, ao ver o sepulcro vazio, pode dar o salto da fé. Não que o sepulcro vazio fosse uma prova da ressurreição, e sim porque ao contemplá-lo pode compreender todo mistério que envolvia o evento Jesus, chegando a atingir-lhe o âmago: o Filho era objeto do amor do Pai, o qual não permitiria que ele experimentasse a corrupção. A visão física, portanto, serviu de pretexto para algo muito mais profundo.
A experiência do discípulo amado, na manhã da ressurreição, é modelar para quem quer seguir Jesus. Logo que tomou conhecimento do sepulcro vazio, ele correu para lá, seguido pelo apóstolo Pedro. Quando entrou no lugar onde o corpo do Mestre tinha sido colocado e não o encontrando, “viu e creu” que tinha ressuscitado.
A visão que o levou à fé não podia ser puramente sensorial. Neste caso, ela supera a visão humana e atinge uma profundidade só acessível ao coração. Assim, toca-se o mais profundo da realidade. Trata-se de um ver teológico, dinamizado pelo Espírito, que permite penetrar no mistério de Deus, na medida que a limitação humana for capaz.
Partindo deste requisito, compreende-se por que os adversários nunca superaram a simples visão física de Jesus e de seus feitos e palavras. Incapazes de ir além, jamais puderam reconhecer nele o Filho de Deus e chegar ao ato de fé.
O discípulo amado estabelecera com Jesus uma relação de tamanha intensidade que, ao ver o sepulcro vazio, pode dar o salto da fé. Não que o sepulcro vazio fosse uma prova da ressurreição, e sim porque ao contemplá-lo pode compreender todo mistério que envolvia o evento Jesus, chegando a atingir-lhe o âmago: o Filho era objeto do amor do Pai, o qual não permitiria que ele experimentasse a corrupção. A visão física, portanto, serviu de pretexto para algo muito mais profundo.
SANTO DO DIA
SÃO JOÃO EVANGELISTA
João era
discípulo de Jesus, aquele que Jesus amava e que esteve com ele até a morte na
cruz. Era o mais jovem dos apóstolos, pescador e a tradição delega a ele o
texto do quarto evangelho, algumas cartas e o livro do Apocalipse.
Apesar do temperamento contemplativo, participou de todos momentos da vida de Jesus, inclusive daqueles momentos mais importantes como a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração e a aflição no Monte das Oliveiras. João esteve na última ceia e aos pés da cruz.
Nos Atos dos Apóstolos, ele aparece sempre com São Pedro. Após Pentecostes João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois com Pedro se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, para onde teria levado também a mãe de Jesus. Nesta cidade organizou comunidades e foi perseguido.
João morreu e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Apesar do temperamento contemplativo, participou de todos momentos da vida de Jesus, inclusive daqueles momentos mais importantes como a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração e a aflição no Monte das Oliveiras. João esteve na última ceia e aos pés da cruz.
Nos Atos dos Apóstolos, ele aparece sempre com São Pedro. Após Pentecostes João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois com Pedro se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, para onde teria levado também a mãe de Jesus. Nesta cidade organizou comunidades e foi perseguido.
João morreu e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO: O
Evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre
com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem
Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda
a sua espiritualidade. Por sua pureza de vida, inocência e virgindade, João
tornou-se logo o discípulo amado, e isso de um modo tão notório, que ele sempre
se identificará em seu Evangelho como "o discípulo que Jesus amava".
TJL – DOMTOTAL.COM – A12.COM
–ACIDIGITAL.COM
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