Bom
dia
evangelho
18 DE FEVEREIRO
DE 2019
SEGUNDA-FEIRA | 6ª SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: VERDE | ANO C
Papa Francisco reza o Ângelus na Praça de São
Pedro. Foto: Vatican Media
Vaticano, 17 Fev.
19 / 09:47 am (ACI).- O Papa Francisco realizou um forte
chamado a combater as idolatrias de nosso tempo que levam as pessoas a entregar
sua alma a coisas materiais e passageiras.
Durante a oração do
Ângelus deste domingo, 17 de fevereiro, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o
Santo Padre advertiu contra os “distribuidores de felicidade”, os “vendedores
de fumaça, os profissionais da ilusão”, que prometem o sucesso e a solução a
todos os problemas. Essas pessoas levam à “a idolatria, substituir Deus com um
ídolo”,
Francisco refletiu
sobre o Evangelho do dia, no qual São Lucas narra o episódio das
Bem-aventuranças.
“O texto se
articula em quatro bem-aventuranças e quatro mandamentos formulados com a
expressão ‘ai de vós’. Com essas palavras, fortes e incisivas, Jesus nos abre
os olhos, nos faz ver com o seu olhar, para além das aparências, longe da
superfície e nos ensina a discernir as situações com a fé”.
Em seu sermão,
“declara bem-aventurados os pobres, os que têm fome, os aflitos e os
perseguidos; e alerta aqueles que são ricos, saciados, sorridentes e aclamados
pelas pessoas”.
O Papa explicou que
“a razão dessa paradoxal bem-aventurança está no fato de que Deus está próximo
àqueles que sofrem e intervém para libertá-los das suas escravidões; Jesus vê
isso, já vê a bem-aventurança além da realidade negativa”.
Do mesmo modo, “o
‘ai de vós’, dirigido àqueles que hoje vivem bem, serve a ‘despertá-los’ do
engano perigoso do egoísmo e de abri-los à lógica do amor até que haja tempo”.
Segundo Francisco
explicou, as palavras de Jesus no Monte das Bem-aventuranças são um ensinamento
contra o perigo da idolatria. “A página do Evangelho de hoje nos convida, então,
a refletir sobre o sentido profundo de ter fé, que consiste em confiarmos
totalmente no Senhor. Trata-se de derrubar os ídolos mundanos para abrir o
coração ao Deus vivo e verdadeiro; só Ele pode dar à nossa existência aquela
plenitude tanto desejada ou difícil para se alcançar”.
“São muitos, de
fato, inclusive nos nossos dias, aqueles que se propõem como distribuidores de
felicidade: prometem sucesso a curto prazo, grande retorno de fácil alcance,
soluções mágicas para cada problema e assim por diante. E aqui é fácil
escorregar sem perceber no pecado contra o primeiro mandamento: a idolatria,
substituir Deus com um ídolo”.
“Idolatria e ídolos
parecem coisas de outros tempos, mas, na verdade, são de todos os tempos!
Descrevem algumas posturas contemporâneas melhor que muitas análises
sociológicas”.
Por isso, “Jesus
nos abre os olhos para a realidade. Somos chamados para a felicidade, para
sermos bem-aventurados, e nos tornamos desde o momento em que nos colocamos do
lado de Deus, do seu Reino, da parte daquilo que não é efêmero, mas dura
pela vida eterna”.
“Somos felizes se
nos reconhecemos necessitados perante Deus e se, como Ele e com Ele, estivermos
próximos aos pobres, aos aflitos e a quem tem fome”.
“A gente se torna
capaz de alegria cada vez que, possuindo bens deste mundo, não fazemos ídolos a
quem vendemos a nossa alma, mas somos capazes de compartilhar com os nossos
irmãos”.
As Bem-aventuranças
de Jesus “são uma mensagem decisiva que nos motiva a não recolocar a nossa
crença nas coisas materiais e passageiras, a não procurar a felicidade seguindo
os vendedores de fumaça, os profissionais da ilusão”.
Mediante as
Bem-aventuranças, concluiu o Papa, “o Senhor nos ajuda a abrir os olhos, a
capturar um olhar mais penetrante sobre a realidade, a curar da miopia crônica
que o espírito mundano nos contamina”.
ORAÇÃO: Querido Pai, Deus Uno e Trino, pela intercessão do bispo São Simeão,
conserve em nós a fidelidade ao projeto de amor aos mais abandonados e
sofredores e que o testemunho deste apóstolo seja alimento de nossa fidelidade
ao evangelho. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Mc 8,11-13)
Os fariseus vieram e começaram a discutir com
ele. Para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. Jesus deu um suspiro
profundo e disse: «Por que esta geração pede um sinal? Em verdade vos digo:
nenhum sinal será dado a esta geração !». E, deixando-os, entrou de novo no
barco e foi para a outra margem.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.
«Em verdade vos digo:
nenhum sinal será dado a esta geração!»
Rev. D. Jordi POU i Sabater (Sant Jordi
Desvalls, Girona, Espanha)
Hoje, o Evangelho parece que não nos
diz muito, nem sobre Jesus nem sobre nós próprios. «Por que esta geração pede
um sinal?» (Mc 8,12). João Paulo II, comentando este episódio da vida de Jesus
Cristo diz-nos: «Jesus convida ao discernimento relativamente às palavras e às
obras que testemunham (são “sinal de”) a chegada do reino do Pai». Parece que
aos Judeus que interrogam Jesus lhes falta a capacidade ou a vontade de pensar
no sinal que — de fato— são toda a atuação, obras e palavras do Senhor.
Também hoje em dia se pedem sinais a Jesus: que nos mostre a sua presença no mundo ou que nos diga como devemos atuar. O Papa faz-nos ver que a negação de Jesus Cristo em dar um sinal aos judeus —e, portanto, a nós também— se deve a que quer mudar a lógica do mundo, orientada na procura de signos que confirmem o desejo de auto-afirmação e de poder do homem». Os judeus não queriam um signo qualquer, mas aquele que indicasse que Jesus era o messias que eles esperavam. Não esperavam o que viria para os salvar mas aquele que viria dar segurança às suas visões de como se deveriam fazer as coisas.
Definitivamente, quando os judeus do tempo de Jesus, como também os cristãos de hoje pedimos —de uma forma ou de outra— um sinal, o que fazemos é pedir a Deus que atue à nossa maneira, da forma que julgamos mais correta e, que por isso apoia o nosso modo de pensar. E Deus, que sabe e pode mais (e por isso pedimos no Pai-Nosso que se faça a “sua” vontade), tem os seus caminhos, mesmo que não nos seja fácil compreendê-los. Mas Ele, que se deixa encontrar por todos os que O procuram, também se lhe pedirmos discernimento, nos fará compreender qual é a sua forma de atuar e, como podemos distinguir hoje os seus signos.
Também hoje em dia se pedem sinais a Jesus: que nos mostre a sua presença no mundo ou que nos diga como devemos atuar. O Papa faz-nos ver que a negação de Jesus Cristo em dar um sinal aos judeus —e, portanto, a nós também— se deve a que quer mudar a lógica do mundo, orientada na procura de signos que confirmem o desejo de auto-afirmação e de poder do homem». Os judeus não queriam um signo qualquer, mas aquele que indicasse que Jesus era o messias que eles esperavam. Não esperavam o que viria para os salvar mas aquele que viria dar segurança às suas visões de como se deveriam fazer as coisas.
Definitivamente, quando os judeus do tempo de Jesus, como também os cristãos de hoje pedimos —de uma forma ou de outra— um sinal, o que fazemos é pedir a Deus que atue à nossa maneira, da forma que julgamos mais correta e, que por isso apoia o nosso modo de pensar. E Deus, que sabe e pode mais (e por isso pedimos no Pai-Nosso que se faça a “sua” vontade), tem os seus caminhos, mesmo que não nos seja fácil compreendê-los. Mas Ele, que se deixa encontrar por todos os que O procuram, também se lhe pedirmos discernimento, nos fará compreender qual é a sua forma de atuar e, como podemos distinguir hoje os seus signos.
SANTO DO DIA
SÃO SIMEÃO
São Simeão foi bispo de
Jerusalém. Filho de Cleófas, São Simeão era primo de Jesus. Ele foi um dos
primeiros apóstolos, tendo inclusive recebido o Espírito Santo no dia de
Pentecostes.
Depois do assassinato de São
Tiago, o menor, pelos judeus, os apóstolos e discípulos se reuniram para
escolher seu sucessor na sede de Jerusalém. O escolhido foi Simeão. No ano 66
começou na Palestina a guerra civil em consequência da oposição dos judeus aos
romanos e parece que os cristãos de Jerusalém receberam do céu o aviso de que a
cidade seria destruída e que deviam sair dela sem demora, refugiando-se com o
santo na cidade de Péla.
Depois da tomada e destruição de
Jerusalém, os cristãos voltaram e se estabeleceram nas ruínas. Simeão voltou e
recomeçou com os fiéis a reconstrução das casas. Houve muitas conversões, pois
o acontecimento fez muita gente refletir sobre a mensagem evangélica. Numerosos
judeus converteram-se ao cristianismo devido aos milagres feitos pelos santos.
Os imperadores Vespasiano e Domiciano mandaram matar todos os membros
descendentes de Davi, mas Simeão conseguiu escapar.
Contudo, durante a perseguição do
Imperador Trajano, foi denunciado às autoridades, torturado, crucificado e
morto. Simeão recebeu ordem de prisão e intimação de prestar homenagem aos
deuses. O santo negou-se corajosamente a trair aquele que era seu único Mestre
e Senhor. No meio da cruel flagelação, Simeão louvou e bendisse o nome de Deus
e de Jesus Cristo. Do alto da cruz, ainda confessou o nome do divino Mestre,
rezou pelos inimigos e entregou o espírito nas mãos de Deus. Morreu com 120
anos, depois de ter governado durante 43 anos a Igreja. Sua simplicidade e a
fidelidade uniu os cristãos em torno do Evangelho de Jesus.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Histórias de amor ao
Cristo são comuns no início da Igreja. São Simeão, já na velhice, conservou sua
fidelidade ao seu Mestre Jesus e entregou sua vida por amor a Igreja. Ele era
membro da primeira geração de cristãos, conheceu Jesus e aprendeu dele a virtude
da caridade e da fidelidade. Hoje somos convidados a reafirmar nossa profissão
de fé em Jesus Cristo. Que nossa vida, na juventude e na velhice, seja sempre
uma testemunha da Ressurreição.
Tjl – acidigital.com –a12.com
– evangeli.net
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