domingo, 24 de fevereiro de 2019

Bom dia Evangelho - 25 .fevereiro .2019


Bom dia evangelho

25 DE FEVEREIRO DE 2019
SEGUNDA-FEIRA | 7ª SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: VERDE | ANO C
Papa na Missa de encerramento do encontro sobre a proteção dos menores. Foto: Captura YouTube
Vaticano, 24 Fev. 19 / 07:12 am (ACI).- O Papa Francisco presidiu neste domingo 24 de fevereiro a Missa de encerramento de um encontro com bispos do mundo inteiro sobre a proteção de menores na Igreja, que teve lugar na Sala Régia do Vaticano e a homilia foi pronunciada pelo Presidente da Conferência Episcopal da Austrália, Dom Mark Benedict Coleridge.
Durante a homilia, Dom Coleridge afirmou que às vezes os pastores viram as vítimas e os sobreviventes “como o inimigo, não os amamos, não os abençoamos como devíamos. Nesse sentido, nós fomos nosso próprio pior inimigo”.
Ao referir-se ao Evangelho deste domingo, o Prelado australiano destacou que depois de todas as palavras pronunciadas durante estes dias é bom que “agora só permaneçam as palavras de Cristo: só Jesus permanece, como no monte da Transfiguração”, disse.
Por outro lado, o Arcebispo reconheceu que os pastores da Igreja “receberam um dom e um poder: o poder para servir, para criar, um poder que está com e para os demais, mas não sobre os demais, um poder, como diz Paulo, o qual o Senhor nos deu para a edificação da Igreja e não para sua destruição”.
Nesta linha, Dom Coleridge advertiu que “o poder é perigoso, porque pode destruir; e nestes dias refletimos sobre como o poder da Igreja pode destruir quando se separa do serviço, quando não é uma forma de amar, quando se converte em nada mais que poder” e acrescentou que “no abuso e sua ocultação, os poderosos se mostram eles mesmos não como homens do céu, mas homens da terra”.
“Às vezes preferimos a indiferença do homem da terra e o desejo de proteger a reputação da Igreja e inclusive a nossa. Mostramos muito pouca misericórdia, e portanto receberemos a mesma, porque a medida que usarmos será a medida usada para medir-nos”, afirmou.
Deste modo, o Cardeal animou a uma profunda conversão “só esta conversão nos permitirá ver que as feridas daqueles que foram maltratados são nossas próprias feridas, que seu destino é o nosso, que não são nossos inimigos, mas são osso de nossos ossos, carne de nossa carne. Eles são nós, e nós somos eles”, exclamou.
Ações concretas
Depois de recordar os testemunhos valentes das vítimas escutadas durante estes dias no Vaticano, Dom Coleridge assegurou que os líderes da Igreja receberam “uma missão que exige não só palavras, mas ações concretas e reais”.
“Faremos todo o possível para fazer justiça e curar os sobreviventes de abusos; escutá-los-emos, acreditaremos neles e caminharemos com eles; nós nos asseguraremos de que os que abusaram nunca mais possam agredir; pediremos contas aos que ocultaram abusos; fortaleceremos os processos de recrutamento e formação de líderes da Igreja; daremos a todo nosso povo a formação que a proteção requer; faremos todo o possível para que os horrores do passado não se repitam e que a Igreja seja um lugar seguro para todos”, assegurou o Arcebispo.
Por último, Dom Coleridge destacou que a Igreja deverá ser “uma mãe especialmente amorosa com os jovens e os vulneráveis” e disse que os bispos “não atuaremos sozinhos, antes, trabalharemos com todos os interessados pelo bem dos jovens e vulneráveis; seguiremos aprofundando nossa compreensão  do abuso e seus efeitos, de por quê isto ocorreu na Igreja e o que se deve fazer para erradicá-lo”.
ORAÇÃO : Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de São Cesário de Nazianzo, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Lc 6,27-38)
 Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «A vós, porém, que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam. Falai bem dos que falam mal de vós e orai por aqueles que vos caluniam. Se alguém te bater numa face, oferece também a outra. E se alguém tomar o teu manto, deixa levar também a túnica. Dá a quem te pedir e, se alguém tirar do que é teu, não peças de volta. Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo. Se amais somente aqueles que vos amam, que generosidade é essa? Até os pecadores amam aqueles que os amam. E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que generosidade é essa? Os pecadores também agem assim. E se prestais ajuda somente àqueles de quem esperais receber, que generosidade é essa? Até os pecadores prestam ajuda aos pecadores, para receberem o equivalente. Amai os vossos inimigos, fazei o bem e prestai ajuda sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande. Sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso também para com os ingratos e maus.
»Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós
».   Palavra do Senhor - Graças a Deus
«Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso»
Rev. D. Jaume AYMAR i Ragolta (Badalona, Barcelona, Espanha)
Hoje, no Evangelho, o Senhor pede-nos duas vezes que amemos os nossos inimigos. E oferece, seguidamente, três situações concretas e positivas deste mandamento: fazei o bem aos que vos odeiam, benzei aos que vos maldizem e orai por aqueles que vos caluniam. É um mandamento que parece difícil de cumprir: como podemos amar os que não nos amam? Mais ainda, como podemos amar aqueles que temos a certeza de que nos querem mal? Chegar a amar desta maneira é um dom de Deus, mas é preciso que estejamos abertos a Ele. Bem pensado, amar os inimigos é humanamente falando, a coisa mais sábia que podemos fazer: o inimigo amado sente-se desarmado; amá-lo pode ser condição da possibilidade de deixar de ser inimigo. Jesus continua nesta mesma linha, dizendo: «Se alguém te bater numa face, oferece também a outra» (Lc, 6,29). Poderia parecer um excesso de mansidão. Mas, que fez Jesus quando foi esbofeteado na sua Paixão? Certamente não contra-atacou, mas respondeu com tal firmeza, cheia de caridade, que deve ter surpreendido aquele servo irado: «Se falei mal, mostra em que falei mal; e se falei certo, por que me bates?» (Jo 18,22-23).
Todas as religiões têm uma máxima de ouro: «Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti». Jesus é o único que a formula de modo positivo: «Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo» (Lc 6,31). Esta regra de ouro constitui o fundamento de toda a moral. São João Crisóstomo, comentando este versículo, ensina-nos: «Ainda há mais, porque Jesus não disse somente: desejai todo o bem para os outros, mas fazei o bem aos outros»; logo, a máxima de ouro proposta por Jesus não pode reduzir-se a um mero desejo, mas tem que se traduzir em obras.
SANTO DO DIA
SÃO CESÁRIO DE NAZIANZO
O santo de hoje era irmão de São Gregório. Foi médico da corte imperial, sob o reinado de Juliano, que o tentou inutilmente convertê-lo ao paganismo. Cesário foi um catecúmeno durante grande parte da sua vida e só recebeu o batismo depois de sobreviver milagrosamente de um terremoto em Nicéia. Alguns detalhes de sua vida nos são conhecidos através da oração fúnebre composta por Gregório. O nome Cesário, de origem latina, significa grande, honrado. Nasceu em 330 e viveu grande parte da vida em Alexandria, onde estudou geometria, astronomia e medicina. O ofício de médico o levou a corte imperial de Constantinopla. Como médico imperial, Cesário foi tentado várias vezes a abandonar o cristianismo e assumir a vida pagã. Mas depois do episódio do terremoto, onde teve sua vida salva pela graça de Deus, Cesário deixou a medicina e passou a dedicar tempo para a salvação das pessoas. Recebeu o batismo, viveu vida de penitente, mas faleceu jovem, em 369.  Em seu testamento deixou o desejo expresso de doar sua riqueza aos pobres. Em tudo serviu a Deus e soube amar Jesus Cristo mesmo em situações adversas.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Às vezes, imaginamos os santos como homens extraordinários e especiais. São Cesário nos mostra que a vida dos santos não possui nada de especial, a não ser seu grande amor radical ao Cristo. Todos nós somos vocacionados à santidade, e buscar Jesus Cristo de maneira incondicional é dever de todo cristão.
Tjl- acidigital.com –a12.com – evangeli.net

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