BOM DIA EVANGELHO
Dia 18 de
Dezembro - Quarta-feira
III SEMANA DO ADVENTO (Roxo, Prefácio do
Advento II Ofício do Dia)
Foto referencial. Crédito: Pixabay
CARACAS, 17 Dez. 19 / 12:00 pm (ACI).- O Arcebispo Emérito de Caracas, Cardeal Jorge
Urosa Savino, afirmou que o Natal é uma ocasião para fortalecer a
esperança, diante da situação que está ficando cada vez pior na Venezuela.
“A situação na
Venezuela está cada vez pior, desde muitos pontos de vista. A economia se
deteriora cada vez mais devido à desvalorização incessante do bolívar. Um
dólar, que valia 60 bolívares há 16 meses, agora custa 47 mil. Isso significa
que o custo de vida, especialmente de alimentos, disparou ”,
disse o Purpurado em declarações à ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo
ACI.
"Mesmo em meio
a tantas penúrias", disse o Cardeal venezuelano, "devemos fortalecer
nossa prática religiosa, ir aos templos, participar da Missa dominical e receber os sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia. E viver profundamente a caridade
fraterna, principalmente com os mais necessitados”.
O Arcebispo Emérito
explicou que, diante da grave situação do país, “a Igreja está
aproveitando o Advento para fortalecer a esperança
religiosa do povo: em meio às dificuldades, o Natal, a vinda de Cristo ao
mundo, o Emanuel, Deus conosco, lembra-nos que Deus nos ama, que está próximo e
nos ajuda a reagir positivamente a tantas calamidades”.
"Os fiéis
aproveitam todas as atividades religiosas para fortalecer sua fé e vida cristã
em meio a tanta dor", destacou.
Sobre a crise, o
Cardeal disse que "é incrível" que a Venezuela, um “país petroleiro,
sofra com a escassez de gasolina e de gás doméstico! Algo vergonhoso e inédito!
Essas coisas demonstram a incompetência do governo”.
Essas e outras
situações graves, explicou o Cardeal à ACI Prensa, “provocam a emigração, o
êxodo de muitos venezuelanos. E que os professores, com salários muito baixos,
já não queiram continuar dando aulas. Por isso, o governo usa jovens sem
formação, nem vocação nem preparação, para colocá-los nas escolas, para
substituir os professores preparados”.
“Enfim, é uma
situação ruim de vários ângulos. E os que mais sofrem são os mais pobres!”,
lamentou o Purpurado.
Sobre o futuro
político, o Cardeal disse que não se atreve a “fazer previsões. O governo tem o
controle total do poder e dos meios de comunicação. Será necessário que a
oposição se consolide, se unifique e exerça mais pressão para conseguir uma
mudança de governo por meios democráticos. E que ofereça alternativas válidas
de ação para o futuro”.
No sábado, 14 de
dezembro, o ministro de Informação, Jorge Rodríguez, disse que as agências de
segurança desarticularam um "plano terrorista" liderado por Leopoldo
López e Juan Guaidó para atacar dois quartéis militares e gerar ações violentas
em seis estados.
Sobre isso, no
domingo, 15 de dezembro, Guaidó disse que a acusação do governo de Maduro é uma
"novela" que só visa distrair. "Saíram novamente para distrair
com a enésima novela que vendem este ano (do palácio presidencial) de
Miraflores", disse Guaidó à imprensa ao finalizar uma sessão da Assembleia
Nacional realizada no estado de La Guaira.
Em sua opinião, a
acusação do governo demonstra que a oposição está fazendo "algo muito
bem" na elaboração de um programa de protestos para 2020, bem como na
busca de ajuda e recursos para responder à crise.
Com relação à ação
da Igreja para ajudar os venezuelanos, o Cardeal Urosa disse que esta “continua
muito ativa em dois campos pastorais muito importantes: o primeiro e principal,
a evangelização e a santificação do povo, para lhes dar a força religiosa e espiritual
necessária para suportar estas calamidades”.
No campo social,
continuou o Cardeal, a Igreja continua oferecendo “remédios, assistência
médica, a fim de ajudar os mais pobres. Isto através das paróquias, escolas,
instituições religiosas e da Cáritas da Venezuela e das Cáritas diocesanas e
paroquiais. Uma igreja que está próxima daqueles que sofrem”.
O Cardeal também
compartilhou com ACI Prensa algumas de suas reflexões sobre a situação dos
venezuelanos que foram obrigados a emigrar para outros países da região, como
Colômbia, Equador, Chile e Peru, entre outros.
"Pensando em
tantos venezuelanos que se viram obrigados a emigrar, aproveito a oportunidade
para agradecer a acolhida que, no Peru e em outros países da América Latina
como a Colômbia, meus compatriotas receberam, principalmente das igrejas de
cada nação", afirmou o Cardeal Urosa.
“Espero que a
violência que ocorreu em algumas partes não continue. A Venezuela foi muito
acolhedora com nossos irmãos peruanos, colombianos, equatorianos e chilenos,
desde os anos 1970”, continuou.
O Cardeal
finalmente fez votos de que “agora muitos dos venezuelanos que sofrem o exílio
encontrem boa vontade em nossos irmãos latino-americanos. Obrigado por seu
apoio! Precisamos da solidariedade de nossos irmãos!”.
Além da grave
escassez de alimentos, medicamentos e itens essenciais, a Venezuela também
sofre com a falta de água e eletricidade.
A taxa de câmbio na
Venezuela foi cotada no domingo, 15 de dezembro, a 47.104,12 bolívares por
dólar no mercado paralelo, segundo o portal DolarToday.
Ao problema da
desvalorização do bolívar, soma-se a inflação que, segundo o Fundo Monetário
Internacional (FMI), chegará a 200 mil por cento (200.000%) no final de 2019.
Oração:
Deus de
misericórdia, que olhai os seres humanos com bondade e compaixão, criai em nós
um coração puro e cheio de desejo de realizar o bem para todos os nossos
semelhantes, a exemplo de São Vunibaldo. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Mateus
1,18-24
Ó guia de Israel, que no monte do Sinai orientastes a Moisés, oh, vinde redimir-nos com braço estendido!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
1 18Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo.
19José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente.
20Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: "José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo.
21Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados".
22Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta:
23"Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel, que significa: Deus conosco".
24Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa.
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
A OBEDIÊNCIA DE JOSÉ
Tendo excluído a paternidade humana na geração de Jesus, a genealogia deixou sem explicação a participação de José no nascimento do Messias. Para superar esta lacuna, José é apresentado como um discípulo fiel que se deixou guiar por Deus e, assim, mesmo sem ter evidências, aceitou colaborar na obra da salvação.
O esposo de Maria foi definido como sendo um homem justo. Em suas dúvidas a respeito da noiva que se apresentara grávida, soube ouvir a voz de Deus e submeter-se a ela. O pedido de Deus era claro: José deveria acolher Maria como esposa e assumir, como filho, o que nela fora gerado por obra do Espírito Santo. A função de José no plano da salvação seria a de garantir a identidade social do menino Jesus. Doravante, este seria reconhecido como filho de José, embora fosse Deus seu verdadeiro Pai. Em seu papel de pai adotivo, competia-lhe dar, ao menino, o nome - Jesus - e, com isso, evidenciar sua missão de salvador da humanidade.
A obediência de José possibilitou o cumprimento do projeto salvífico divino, pois Jesus tornar-se-ia o Emanuel, a presença de Deus na vida da humanidade. Em Jesus, começaria uma nova etapa da História, sendo ele o acesso definitivo a Deus. Seria Deus conosco, caminhando com a humanidade pecadora em busca de salvação. Em tudo isto, foi grande o mérito do humilde José.
Tendo excluído a paternidade humana na geração de Jesus, a genealogia deixou sem explicação a participação de José no nascimento do Messias. Para superar esta lacuna, José é apresentado como um discípulo fiel que se deixou guiar por Deus e, assim, mesmo sem ter evidências, aceitou colaborar na obra da salvação.
O esposo de Maria foi definido como sendo um homem justo. Em suas dúvidas a respeito da noiva que se apresentara grávida, soube ouvir a voz de Deus e submeter-se a ela. O pedido de Deus era claro: José deveria acolher Maria como esposa e assumir, como filho, o que nela fora gerado por obra do Espírito Santo. A função de José no plano da salvação seria a de garantir a identidade social do menino Jesus. Doravante, este seria reconhecido como filho de José, embora fosse Deus seu verdadeiro Pai. Em seu papel de pai adotivo, competia-lhe dar, ao menino, o nome - Jesus - e, com isso, evidenciar sua missão de salvador da humanidade.
A obediência de José possibilitou o cumprimento do projeto salvífico divino, pois Jesus tornar-se-ia o Emanuel, a presença de Deus na vida da humanidade. Em Jesus, começaria uma nova etapa da História, sendo ele o acesso definitivo a Deus. Seria Deus conosco, caminhando com a humanidade pecadora em busca de salvação. Em tudo isto, foi grande o mérito do humilde José.
São Vunibaldo
Nobre de
coração e de linhagem, Vunibaldo nasceu em 701. Era filho de Ricardo, rei da
Inglaterra e irmão de Vilibaldo e Valburga, todos também santificados pela
igreja.
Em 720 partiu com o pai e o irmão em peregrinação para a Terra Santa, passando antes por Roma. Mas seu pai adoeceu durante a viagem e morreu na cidade italiana de Luca. Os dois irmãos ficaram juntos em Roma, por dois anos e depois seguiram rumos diferentes.
Em 738, Vunibaldo foi ordenado sacerdote e foi auxiliar a evangelização da Alemanha, ao lado do tio Bonifácio. Por algum tempo ficou acompanhando o tio na sua obra apostólica. Porém cada vez mais ansiava pela vida monástica e pela contemplação na solidão. Juntou seus bens e construiu um mosteiro.
Logo foi nomeado abade, dedicando-se ao apostolado para reforçar a fé da população que vivia mergulhada em situações de pecado. Passou a vida em constante oração. Quando já não conseguia mais caminhar até a igreja, pediu para colocarem um pequeno altar em sua cela. Pouco tempo depois morreu, em 18 de dezembro de 761.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Em 720 partiu com o pai e o irmão em peregrinação para a Terra Santa, passando antes por Roma. Mas seu pai adoeceu durante a viagem e morreu na cidade italiana de Luca. Os dois irmãos ficaram juntos em Roma, por dois anos e depois seguiram rumos diferentes.
Em 738, Vunibaldo foi ordenado sacerdote e foi auxiliar a evangelização da Alemanha, ao lado do tio Bonifácio. Por algum tempo ficou acompanhando o tio na sua obra apostólica. Porém cada vez mais ansiava pela vida monástica e pela contemplação na solidão. Juntou seus bens e construiu um mosteiro.
Logo foi nomeado abade, dedicando-se ao apostolado para reforçar a fé da população que vivia mergulhada em situações de pecado. Passou a vida em constante oração. Quando já não conseguia mais caminhar até a igreja, pediu para colocarem um pequeno altar em sua cela. Pouco tempo depois morreu, em 18 de dezembro de 761.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Vunibaldo
tinha fama de santidade em vida. O seu culto se difundiu principalmente entre
os povos germânicos. A biografia de Santo Vunibaldo foi escrita por sua irmã
Santa Valburga, que relatou com detalhes os prodígios que aconteciam com sua
simples presença. Vunibaldo dedicou sua vida a oração contemplativa e ao
apostolado. Preferia ficar retirado na solidão, mas colocava-se sempre
disponível para difundir o Evangelho.
TJL@
- ACIDIGITAL.COM – A12.COM – DOMT.COM
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