BOM DIA EVANGELHO
Dia Litúrgico: Terça-feira I do
Advento
Papa Francisco assina a Carta Apostólica. Foto: Captura do YouTube
Vaticano, 02 Dez.
19 / 08:55 am (ACI).- O Papa Francisco assinou a Carta
Apostólica Admirable signum, sobre o significado e o valor do
presépio, na qual pede que a prática de montar o presépio no Natal “nunca se debilite” e que “onde
porventura tenha caído em desuso, se possa redescobrir e revitalizar".
O Pontífice assinou
esta Carta Apostólica no domingo, 1º de dezembro, primeiro domingo do Advento, no Santuário Franciscano de Greccio,
Itália, onde São Francisco de Assis iniciou a tradição do presépio no Natal de
1223.
Na Carta
Apostólica, o Santo Padre explica que “o Presépio faz parte do suave e exigente
processo de transmissão da fé. A partir da infância e, depois, em cada idade
da vida, educa-nos para contemplar Jesus, sentir
o amor de Deus por nós, sentir e acreditar que Deus está conosco e nós estamos
com Ele, todos filhos e irmãos graças àquele Menino Filho de Deus e da Virgem
Maria. E educa para sentir que nisto está a felicidade”.
Assinala que
“representar o acontecimento da natividade de Jesus equivale a anunciar, com
simplicidade e alegria, o mistério da encarnação do Filho de Deus. De fato, o
Presépio é como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada
Escritura”.
“Ao mesmo tempo que
contemplamos a representação do Natal, somos convidados a colocar-nos
espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que Se fez homem a
fim de Se encontrar com todo o homem, e a descobrirmos que nos ama tanto, que
Se uniu a nós para podermos, também nós, unir-nos a Ele”.
Além disso,
sublinha que, com esta Carta, pretende “apoiar a tradição bonita das nossas
famílias prepararem o Presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o
costume de o armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos
estabelecimentos prisionais, nas praças…".
Do mesmo modo,
pergunta: “Por que motivo suscita o Presépio tanto enlevo e nos comove? Antes
de mais nada, porque manifesta a ternura de Deus”.
Como resposta,
ressalta que, “diante do Presépio, a mente corre de bom grado aos tempos em que
se era criança e se esperava, com impaciência, o tempo para começar a
construí-lo. Estas recordações induzem-nos a tomar consciência sempre de novo
do grande dom que nos foi feito, transmitindo-nos a fé; e ao mesmo tempo,
fazem-nos sentir o dever e a alegria de comunicar a mesma experiência aos
filhos e netos”.
“Não é importante a
forma como se arma o Presépio; pode ser sempre igual ou modificá-la cada ano. O
que conta, é que fale à nossa vida. Por todo o lado e na forma que for, o
Presépio narra o amor de Deus, o Deus que Se fez menino para nos dizer quão
próximo está de cada ser humano, independentemente da condição em que este se
encontre”.
A
origem do presépio
Por outro lado, na
Carta Apostólica, o Papa Francisco faz uma pausa para contar a origem da
tradição cristã do presépio e sua relação com São Francisco de Assis e a cidade
italiana de Greccio.
“Aqui se deteve São
Francisco, provavelmente quando vinha de Roma onde recebera, do Papa Honório
III, a aprovação da sua Regra em 29 de novembro de 1223. Aquelas grutas, depois
da sua viagem à Terra Santa, faziam-lhe lembrar de modo particular a paisagem
de Belém”,
"É possível
que, em Roma, o ‘Poverello’ de Assis tenha ficado encantado com os mosaicos, na
Basílica de Santa Maria Maior, que representam a natividade de Jesus e se
encontram perto do lugar onde, segundo uma antiga tradição, se conservam
precisamente as tábuas da manjedoura".
O Papa explica que
“as Fontes Franciscanas narram, de forma detalhada, o que aconteceu
em Greccio. Quinze dias antes do Natal, Francisco chamou João, um homem daquela
terra, para lhe pedir que o ajudasse a concretizar um desejo: ‘Quero
representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os olhos do
corpo os incômodos que Ele padeceu pela falta das coisas necessárias a um
recém-nascido, tendo sido reclinado na palha de uma manjedoura, entre o boi e o
burro’”.
“Mal acabara de o
ouvir, o fiel amigo foi preparar, no lugar designado, tudo o que era necessário
segundo o desejo do Santo. No dia 25 de dezembro, chegaram a Greccio muitos
frades, vindos de vários lados, e também homens e mulheres das casas da região,
trazendo flores e tochas para iluminar aquela noite santa”.
Quando Francisco
chegou, “encontrou a manjedoura com palha, o boi e o burro. À vista da representação
do Natal, as pessoas lá reunidas manifestaram uma alegria indescritível, como
nunca tinham sentido antes”.
“Depois o sacerdote
celebrou solenemente a Eucaristia sobre a manjedoura, mostrando
também deste modo a ligação que existe entre a Encarnação do Filho de Deus e a
Eucaristia. Em Greccio, naquela ocasião, não havia figuras: o Presépio foi
formado e vivido pelos que estavam presentes”.
"Assim nasce a
nossa tradição", conclui o Papa Francisco: "todos à volta da gruta e
repletos de alegria, sem qualquer distância entre o acontecimento que se
realiza e as pessoas que participam no mistério".
Oração
Deus
que quisestes agregar à Vossa Igreja os povos da Índia pela pregação e pelos
milagres de São Francisco, concedei-nos propício que de quem veneramos os
méritos gloriosos, imitemos também os exemplos das virtudes. Por Cristo Nosso
Senhor. Amém.
Evangelho
(Lc 10,21-24)
Naquele mesma hora, ele exultou no Espírito Santo e
disse: «Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas
coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim
foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho,
a não ser o Pai; e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o
Filho o quiser revelar». E voltando-se para os discípulos em particular,
disse-lhes: «Felizes os olhos que vêem o que vós estais vendo! Pois eu vos
digo: muitos profetas e reis quiseram ver o que vós estais vendo, e não viram;
quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram».
Palavra de vida eterna
« Eu te louvo, Pai»
Abbé Jean
GOTTIGNY(Bruxelles, Blgica)
Hoje lemos um
extrato do capítulo dez do Evangelho segundo São Lucas. O Senhor enviou a
setenta e dois discípulos aos lugares onde Ele mesmo iria. E voltaram
exultantes. Ouvindo contar suas proezas «Naquele mesma hora, Jesus exultou de
alegria no Espírito Santo e disse, Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra»
(Lc 10,21).
A gratidão é uma das facetas da humildade. O arrogante considera que não deve nada a ninguém. Mas para estar agradecido, primeiro, devemos ser capazes de descobrir nossa insignificância. “Obrigado” é uma das primeiras palavras que ensinamos às crianças. «Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: "Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado». (Lc 10,21)
Bento XVI, ao falar sobre a atitude de adoração, afirma que ela pré-supõe um «reconhecimento da presença de Deus, Criador y Senhor do universo. É um reconhecimento pleno em gratidão, que brota desde o mais fundo do coração e abrange todo o ser, porque o homem só pode realizar-se plenamente a si mesmo adorando e amando a Deus acima de todas as coisas».
Uma alma sensível experimenta a necessidade de manifestar seu reconhecimento. É o mínimo que podemos fazer para responder aos favores divinos. «O que há de superior em ti? Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se o não tivesses recebido?» (1Cor 4,7). Lógico que, nos faz falta «agradecer a Deus Pai, através do seu filho, no Espírito Santo; com a grande misericórdia com que nos tem amado, tem sentido compaixão por nós, e quando estávamos mortos por nossos pecados, nos fez reviver com Cristo para que sejamos Nele uma nova criação» (São Leão Magno).
A gratidão é uma das facetas da humildade. O arrogante considera que não deve nada a ninguém. Mas para estar agradecido, primeiro, devemos ser capazes de descobrir nossa insignificância. “Obrigado” é uma das primeiras palavras que ensinamos às crianças. «Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: "Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado». (Lc 10,21)
Bento XVI, ao falar sobre a atitude de adoração, afirma que ela pré-supõe um «reconhecimento da presença de Deus, Criador y Senhor do universo. É um reconhecimento pleno em gratidão, que brota desde o mais fundo do coração e abrange todo o ser, porque o homem só pode realizar-se plenamente a si mesmo adorando e amando a Deus acima de todas as coisas».
Uma alma sensível experimenta a necessidade de manifestar seu reconhecimento. É o mínimo que podemos fazer para responder aos favores divinos. «O que há de superior em ti? Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se o não tivesses recebido?» (1Cor 4,7). Lógico que, nos faz falta «agradecer a Deus Pai, através do seu filho, no Espírito Santo; com a grande misericórdia com que nos tem amado, tem sentido compaixão por nós, e quando estávamos mortos por nossos pecados, nos fez reviver com Cristo para que sejamos Nele uma nova criação» (São Leão Magno).
«Felizes os olhos que
vêem o que vós estais vendo»
Rev. D. Joaquim MESEGUER García(Rubí, Barcelona,
Espanha)
Hoje e sempre, os
cristãos estão convidados a participar da alegria de Jesus. Ele, cheio do
Espírito Santo, disse: «Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no
Espírito Santo e disse: Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque
escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos
pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado» (Lc 10,21).
Com muita razão, esse fragmento do Evangelho foi chamado por alguns autores
como o “Magníficat de Jesus”, pois a idéia subjacente é a mesma que recorre o
Canto de Maria (cf. Lc 1,46-55).
A alegria é uma atitude que acompanha a esperança. Dificilmente uma pessoa que nada espera poderá estar alegre. E, que é o que nós os cristãos esperamos? A chegada do Messias e do seu Reino, no qual florescerá a justiça e a paz; uma nova realidade na qual «Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá» (Is 11,6). O Reino de Deus que esperamos se abre caminho dia a dia, e vamos saber descobrir sua presença entre nós. Para o mundo em que vivemos, tão sem paz e de concórdia, de justiça e de amor, quão necessária é a esperança dos cristãos! Uma esperança que não nasce de um otimismo natural ou de uma falsa ilusão, e sim que vem do próprio Deus.
No entanto, a esperança cristã, que é luz e calor para o mundo, só poderá ter aquele que seja puro e humilde de coração, porque Deus escondeu aos sábios e inteligentes — isto é, a aqueles que sejam soberbos em sua ciência— o conhecimento e o gozo do mistério de amor do seu Reino.
Uma boa maneira de preparar os caminhos do Senhor neste Advento será exatamente cultivar a humildade e a simplicidade para abrir-nos ao dom de Deus, para viver com esperança e chegar a ser cada dia melhores testemunhas do Reino de Jesus Cristo.
A alegria é uma atitude que acompanha a esperança. Dificilmente uma pessoa que nada espera poderá estar alegre. E, que é o que nós os cristãos esperamos? A chegada do Messias e do seu Reino, no qual florescerá a justiça e a paz; uma nova realidade na qual «Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá» (Is 11,6). O Reino de Deus que esperamos se abre caminho dia a dia, e vamos saber descobrir sua presença entre nós. Para o mundo em que vivemos, tão sem paz e de concórdia, de justiça e de amor, quão necessária é a esperança dos cristãos! Uma esperança que não nasce de um otimismo natural ou de uma falsa ilusão, e sim que vem do próprio Deus.
No entanto, a esperança cristã, que é luz e calor para o mundo, só poderá ter aquele que seja puro e humilde de coração, porque Deus escondeu aos sábios e inteligentes — isto é, a aqueles que sejam soberbos em sua ciência— o conhecimento e o gozo do mistério de amor do seu Reino.
Uma boa maneira de preparar os caminhos do Senhor neste Advento será exatamente cultivar a humildade e a simplicidade para abrir-nos ao dom de Deus, para viver com esperança e chegar a ser cada dia melhores testemunhas do Reino de Jesus Cristo.
Santo do Dia
São Francisco Xavier
Francisco Xavier
nasceu na Espanha, em 1506. Era filho de uma família nobre e estudou na
universidade de Paris. Foi aí que Francisco conheceu Inácio de Loyola, aquele
que seria o fundador da Companhia de Jesus.
Inácio encontrou em Francisco um apoio para realizar seu sonho de uma fundação que propagasse o cristianismo para todo o mundo. Mas a família não aceitava a idéia de ver o filho tornar-se missionário.
O jovem estudante, dividido entre a vida de nobreza e o apostolado, foi tocado profundamente por Deus quando ouvir a frase do evangelho de Marcos: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" A partir daí resolveu tornar-se padre e foi o co-fundador dos jesuítas com Inácio.
Passou então a cuidar dos doentes leprosos em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher. Mas Deus tinha outros projetos para Francisco. O rei de Protugal solicitou ajuda dos jesuítas para a evangelização das Índias. Com ímpeto missionário Francisco aceitou.
No Oriente ele realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais. Acabou saindo das Índias, para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China. Neste país ele faleceu em 1552, vítima de uma febre.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Inácio encontrou em Francisco um apoio para realizar seu sonho de uma fundação que propagasse o cristianismo para todo o mundo. Mas a família não aceitava a idéia de ver o filho tornar-se missionário.
O jovem estudante, dividido entre a vida de nobreza e o apostolado, foi tocado profundamente por Deus quando ouvir a frase do evangelho de Marcos: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" A partir daí resolveu tornar-se padre e foi o co-fundador dos jesuítas com Inácio.
Passou então a cuidar dos doentes leprosos em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher. Mas Deus tinha outros projetos para Francisco. O rei de Protugal solicitou ajuda dos jesuítas para a evangelização das Índias. Com ímpeto missionário Francisco aceitou.
No Oriente ele realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais. Acabou saindo das Índias, para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China. Neste país ele faleceu em 1552, vítima de uma febre.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão
A Igreja sempre se
apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro
foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus.
Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo
encontrou nos missionários da Companhia de Jesus a forma de iniciar a
evangelização nas Américas e no Oriente. Entre eles destacou Francisco Xavier.
TJL@ - ACIDIGITAL.COM – A12.COM – EVANGELI.NET
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