Bom dia evangelho
Dia 27 de Dezembro -
Sexta-feira
SÃO JOÃO
EVANGELISTA APÓSTOLO E EVANGELISTA (Branco, Glória, Prefácio do Natal Ofício da Festa)
REDAÇÃO CENTRAL, 25 Dez. 19 / 06:00
am (ACI).- No final do
século XVIII e início do XIX, surgiu na Alemanha a famosa mística Anna Catarina
Emmerick (1774-1824), que teve os estigmas da Paixão de Cristo e, nos últimos
anos de vida, sustentou-se apenas da Eucaristia.
Deus
lhe concedeu detalhadas revelações místicas da vida de Jesus. São João Paulo II
a beatificou em 2004 e o ator Mel Gibson se inspirou em suas visões para
realizar o filme “A Paixão de Cristo”.
A
seguir, apresentamos o belo e significativo relato que ela contou sobre o que
viu do Nascimento de nosso Senhor:
“Vi
o esplendor em volta da Santíssima Virgem crescer mais e mais, de modo que a
luz das lâmpadas que José acendera já não era visível. Ela estava de joelhos,
coberta de um vestido largo, com o rosto voltado para o Oriente. À meia-noite
ficou extasiada, suspensa acima do solo; tinha os braços cruzados sobre o
peito. O resplendor em torno dela crescia a cada momento. Toda a natureza
parecia sentir uma emoção de júbilo, até os seres inanimados. As rochas do
teto, das paredes e do solo da gruta tornaram-se como vivas àquela luz
Então
eu já não vi o teto da gruta; um caminho de luz se abriu acima de Maria,
subindo com glória sempre maior em direção às alturas do céu. Nesse caminho de
luz, havia um maravilhoso movimento de glórias interpenetrando-se umas às
outras, e, conforme se aproximaram, pareciam mais claramente sob a forma de
coros de espíritos celestes. A Virgem Santíssima, tomada em êxtase, estava
agora olhando para baixo, adorando seu Deus, cuja mãe ela tinha-se tornado e
que jaz no solo à sua frente, sob a forma de um indefeso recém-nascido.
Vi
Nosso Senhor como uma criança pequenina, brilhando com uma luz que superava
todo o esplendor circundante, e jazendo no tapete, junto aos joelhos de Maria.
Pareceu-me que ele era a princípio bem pequeno e então cresceu aos meus olhos.
Mas tudo isso era a irradiação de uma luz tão potente e deslumbrante que não
posso explicar como pude olhá-la. A Virgem permaneceu por algum tempo envolta
em êxtase; depois cobriu o Menino com um pano, mas a princípio Ela não O tocou
ou pegou nos braços. Após certo tempo, vi o Menino Jesus se mover, e depois eu
O ouvi chorar. Então, pareceu que Maria voltava a si, e pegou o Menino do
tapete, envolvendo-O no pano que O cobria, e com Ele aos braços trouxe-O para
si. Ficou ali, sentada, completamente envolvida, Ela e o Menino, em seu véu, e
penso que Ela amamentou o Redentor. Vi, então, anjos à sua volta em forma
humana, prostrando-se e adorando o Menino.
Talvez
fosse uma hora após o nascimento quando Maria chamou José, que ainda estava
prostrado em oração. Quando se aproximou, ele se lançou com o rosto ao chão, em
devota alegria e humildade. Foi só quando Maria lhe pediu que carregasse, junto
ao coração, em alegria e gratidão, o santo presente de Deus Altíssimo, que ele
se ergueu, pegou nos braços o Menino Jesus, e louvou a Deus com lágrimas de
felicidade.
Maria
enfaixou o Menino: tinha apenas quatro paninhos. Mais tarde, vi Maria e José
sentados no chão, um junto ao outro: não falavam, pareciam absortos em muda
contemplação. Diante de Maria, enfaixado como um menino comum, estava recostado
Jesus recém-nascido, belo e brilhante como um relâmpago. ‘Ah, eu dizia, este
lugar contém a salvação do mundo inteiro e ninguém suspeita disso!’.
Vi
em muitos lugares, até nos mais afastados, uma insólita alegria, um
extraordinário movimento nesta noite. Vi os corações de muitos homens de boa
vontade reanimados por um desejo, cheio de alegria, e ao contrário, os corações
dos perversos cheios de temores. Até nos animais vi se manifestar alegria em
seus movimentos e saltos. As flores levantavam suas coroas, as plantas e
árvores tomavam novo vigor e verde e espalhavam suas fragrâncias e perfumes. Vi
brotar fontes de água da terra. No momento do nascimento de Jesus, brotou uma
fonte abundante na gruta da colina do Norte.
A
mais ou menos uma légua e meia da gruta de Belém, no vale dos pastores, havia
uma colina. Nas encostas da colina, estavam as cabanas de três pastores. Ao
nascimento de Jesus Cristo, vi esses três pastores muito impressionados com o
aspecto daquela noite tão maravilhosa; por isso, ficaram em torno de suas
cabanas olhando para todos os lados.
Então,
viram maravilhados a luz extraordinária sobre a gruta do presépio. Enquanto os
três pastores estavam olhando para aquele lado do céu, vi descer sobre eles uma
nuvem luminosa, dentro da qual notei um movimento à medida que se aproximava.
Primeiro vi que se desenhavam formas vagas, depois, rostos, e finalmente ouvi
cantos muito harmoniosos, muito alegres, cada vez mais claros. Como os pastores
se assustaram a princípio, apareceu um anjo entre eles, que lhes disse: ‘Não
temais, pois venho para anunciar-lhes uma grande alegria para todo o povo de
Israel. Nasceu hoje para vós, na cidade de Davi, um Salvador, que é Cristo, o
Senhor. Como sinal, dou-lhes isso: encontrareis o Menino envolto em faixas,
deitado em uma manjedoura’. Enquanto o anjo dizia estas palavras, o resplendor
se fazia cada vez mais intenso ao seu redor. Vi cinco ou sete grandes figuras
de anjos, muito belos e luminosos. Ouvi que louvavam a Deus cantando: ‘Glória a
Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade’.
Mais
tarde, tiveram a mesma aparição os pastores que estavam junto à torre. Anjos
também apareceram a outro grupo de pastores perto de uma fonte, a Leste da
torre, a cerca de três léguas de Belém. Eu os vi consultando-se uns aos outros
sobre o que levariam para o recém-nascido e preparando os presentes com toda a
pressa. Chegaram à gruta da manjedoura ao amanhecer”.
Oração:
Pai
Eterno, pela poderosa intercessão de São João, Apóstolo amado de Jesus, eu rogo
pelas graças de que tanto necessito. Abro meu coração, agora e sempre, para
ouvir a Vossa Voz e experimentar Vosso Poder em minha vida. Assim como São
João, quero acolher a Palavra de Jesus e com amor levar as sementes do Vosso
Reino por onde eu passar. Amém.
João 20,2-8
Aleluia,
aleluia, aleluia.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos, vos louva o exército dos vossos santos mártires!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: "Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!"
3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro.
4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.
6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.
7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
Palavra da Salvação.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos, vos louva o exército dos vossos santos mártires!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: "Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!"
3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro.
4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.
6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.
7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
O DISCÍPULO AMADO
A acolhida de Jesus e sua mensagem deram à comunidade de discípulos aos quais foi confiada a tarefa de levar adiante a missão do Mestre: estender, a toda humanidade, os benefícios da salvação. A convivência com Jesus como também o testemunho de seu modo de ser e de agir predispunham os corações dos discípulos para o aprofundamento da adesão a ele, explicitada no ato de fé.
A profundidade do relacionamento com Jesus variava de discípulo para discípulo. Esta é uma dinâmica própria da realidade humana. A figura do discípulo amado evocava um tipo de relacionamento profundamente afetivo com o Senhor. Relacionamento de confiança, de entrega da própria vida nas mãos do Mestre, de comunhão de sentimentos, de transparência mútua. Não se tratava, porém, de uma escolha arbitrária de Jesus, privilegiando, indiscriminadamente, certas pessoas e marginalizando outras. Antes, foi este discípulo que se deixou amar por Jesus e soube corresponder ao amor que lhe fora oferecido. Todos os discípulos poderiam ter feito o mesmo.
Ser discípulo amado, de certa forma depende do próprio discípulo, uma vez que o Mestre quer fazer morada no mais íntimo de cada um de seus seguidores. Deixar-se amar por Jesus comportava deixar-se plasmar e transformar por ele. Por isso, muitos se recusaram!
A acolhida de Jesus e sua mensagem deram à comunidade de discípulos aos quais foi confiada a tarefa de levar adiante a missão do Mestre: estender, a toda humanidade, os benefícios da salvação. A convivência com Jesus como também o testemunho de seu modo de ser e de agir predispunham os corações dos discípulos para o aprofundamento da adesão a ele, explicitada no ato de fé.
A profundidade do relacionamento com Jesus variava de discípulo para discípulo. Esta é uma dinâmica própria da realidade humana. A figura do discípulo amado evocava um tipo de relacionamento profundamente afetivo com o Senhor. Relacionamento de confiança, de entrega da própria vida nas mãos do Mestre, de comunhão de sentimentos, de transparência mútua. Não se tratava, porém, de uma escolha arbitrária de Jesus, privilegiando, indiscriminadamente, certas pessoas e marginalizando outras. Antes, foi este discípulo que se deixou amar por Jesus e soube corresponder ao amor que lhe fora oferecido. Todos os discípulos poderiam ter feito o mesmo.
Ser discípulo amado, de certa forma depende do próprio discípulo, uma vez que o Mestre quer fazer morada no mais íntimo de cada um de seus seguidores. Deixar-se amar por Jesus comportava deixar-se plasmar e transformar por ele. Por isso, muitos se recusaram!
Santo do Dia
São João Evangelista
João era discípulo de Jesus, aquele que Jesus amava
e que esteve com ele até a morte na cruz. Era o mais jovem dos apóstolos,
pescador e a tradição delega a ele o texto do quarto evangelho, algumas cartas
e o livro do Apocalipse.
Apesar do temperamento contemplativo, participou de todos momentos da vida de Jesus, inclusive daqueles momentos mais importantes como a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração e a aflição no Monte das Oliveiras. João esteve na última ceia e aos pés da cruz.
Nos Atos dos Apóstolos, ele aparece sempre com São Pedro. Após Pentecostes João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois com Pedro se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, para onde teria levado também a mãe de Jesus. Nesta cidade organizou comunidades e foi perseguido.
João morreu e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Apesar do temperamento contemplativo, participou de todos momentos da vida de Jesus, inclusive daqueles momentos mais importantes como a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração e a aflição no Monte das Oliveiras. João esteve na última ceia e aos pés da cruz.
Nos Atos dos Apóstolos, ele aparece sempre com São Pedro. Após Pentecostes João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois com Pedro se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, para onde teria levado também a mãe de Jesus. Nesta cidade organizou comunidades e foi perseguido.
João morreu e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Reflexão:
O
Evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre
com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem
Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda
a sua espiritualidade. Por sua pureza de vida, inocência e virgindade, João
tornou-se logo o discípulo amado, e isso de um modo tão notório, que ele sempre
se identificará em seu Evangelho como "o discípulo que Jesus amava".
tjl@
- acidigital.com – a12.com – domtotal.com
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