Foto referencial / Pixabay (Domínio público)
Roma, 02 Dez. 19 / 04:30 pm (ACI).- O diretor do Coro da Diocese de Roma, Mons. Marco
Frisina, ofereceu dez conselhos para que os coros cumpram bem a sua missão e não
cometam erros na Missa.
O sacerdote e autor
do livro "Mio Canto è il Signore" (Meu canto é o Senhor) deixou estas
recomendações durante um diálogo com o jornal ‘Avvenire’, dos bispos italianos,
no âmbito do terceiro encontro internacional de coros, realizado de 23 a 25 de
novembro de 2018, em Roma.
1.
O coro acompanha, não é o protagonista
O sacerdote recorda
que, embora o coro seja uma realidade muito presente nas paróquias, “pode cair em algumas tentações que obscurecem a sua eficácia”, pois a sua missão principal é "acompanhar".
"O coro não é
um elemento estranho à assembleia, mas faz parte do povo de Deus que vive a celebração.
Sua tarefa é acompanhar a comunidade no louvor a Deus através do canto".
Levando isto em
consideração, disse Mons. Frisina, o coro deve "estar acompanhado pela
mesma comunidade, porque está a seu serviço e não pode ser
autorreferencial".
2.
A Missa não é um concerto
O canto litúrgico
"não é uma exibição", sublinha o sacerdote. Por isso, na Missa,
“deve-se evitar o ‘efeito concerto’, porque a liturgia não é um espetáculo, mas
uma verdade".
"Se o coro é
chamado a dar o melhor de si mesmo, tudo deve ocorrer de acordo com um espírito
de serviço", indicou.
3.
Escolher bem os cantos
Os cantos,
explicou, devem ser escolhidas de forma adequada para que sejam relacionados ao
tempo litúrgico: "Um canto de Quaresma é diferente de um do tempo
pascal e os cantos do Advento não são comparáveis ao do Natal", disse.
"O Missal e a
Liturgia das Horas indicam qual o conteúdo que deve estar nos cantos ou que
coisas devem inspirar. O tema da escolha adequada é essencial porque o canto
deve mover a oração dentro da Missa", destacou.
4.
Cantos que não sejam complicados e tenham referências espirituais
Mons. Frisina
incentiva a preferir "melodias não muito complexas nem complicadas, mas
fáceis de aprender para a assembleia".
De preferência, que
"sejam cantos com um texto de qualidade, possivelmente baseados na Bíblia
ou com referências aos escritos dos Padres da Igreja ou
as orações dos santos", acrescentou.
5.
Que os cantos gregorianos tenham o seu espaço
O sacerdote também
assinalou que se pode aproveitar o patrimônio musical da história da Igreja,
especialmente o canto gregoriano que "pode ser indubitavelmente utilizado
quando a comunidade incentiva o seu uso porque nem sempre é fácil".
Certamente,
sublinhou o diretor do Coro da Diocese de Roma, o canto gregoriano "é o
modelo que nos mostra como deve ser um canto litúrgico além da relação com a
Palavra".
6.
Com ou sem violão?
Para o sacerdote, o
violão é "um instrumento leve e delicado que dificilmente consegue se
inserir em uma celebração numerosa onde esteja presente um grande coro. Nestes
casos, é necessário um suporte harmônico mais sólido, ou seja, o órgão".
Entretanto,
"em uma pequena comunidade onde não há órgão, o violão pode ser um
substituto, mas por necessidade". Se for usado, "não deve ser tocado
como na música pop", indicou.
7.
Sem gravações
O sacerdote também
mencionou que, quando não há coro em uma igreja ou quando a assembleia tenha
dificuldades para cantar, é melhor permanecer em silêncio do que colocar alguma
gravação.
"A música
gravada é falsa porque são como as flores artificiais. O canto litúrgico é uma
expressão de um povo verdadeiro e, portanto, não pode ser construído",
disse o presbítero.
8.
Não usar cantos que não sejam litúrgicos, especialmente em casamentos
Mons. Frisina
também indicou que não se deve usar cantos que não sejam litúrgicos como
aqueles de filmes conhecidos, especialmente nos casamentos.
Quando isso
acontece, lamentou, "é fruto da ignorância e da superficialidade dos
esposos que não conhecem o significado litúrgico do sacramento que
celebram".
9.
Preparar-se bem
Toda celebração
exige do coro “sempre uma preparação adequada, inclusive se os cantos forem
conhecidos e já tenham sido cantados em ocasiões anteriores".
10.
Ensinar a cantar
"A música
sagrada abre ao mistério, toca o coração, aproxima as pessoas que estão
afastadas, não necessita de traduções. Une e eleva, daí seu poder
extraordinário. Por isso, devemos aprender e ensinar a cantar, porque hoje se
canta pouco em nossas igrejas e as assembleias não estão acostumadas a se
expressar com o canto”, concluiu o sacerdote.
Oração
Deus de Amor, cuja Providência conduz a história
humana, daí-nos receber de Santo Sabas a coragem e a caridade necessárias para
levar as pessoas a Boa Nova do Vosso Filho Jesus. Criai em nós um coração puro
e um espírito missionário, que responda com fidelidade ao seu chamado de amor
Evangelho
(Mt 7,21.24-27)
Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos:
«Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas
só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Portanto,
quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato,
que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os
ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava construída
sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática
é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva,
vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, e
grande foi a sua ruína!». Palavra de vida eterna.
«Nem todo aquele que
me diz: ‘Senhor! Senhor! ’, entrará no Reino dos Céus»
Abbé
Jean-Charles TISSOT(Freiburg, Sua)
Hoje, o Senhor pronuncia estas
palavras no final do Seu “Sermão da Montanha”, no qual dá um sentido novo e
mais profundo aos Preceitos do Antigo Testamento, a “palavra” de Deus aos
homens. Manifesta-se como Filho de Deus, e como tal pede-nos que recebamos o
que nos diz como palavras de suma importância; palavras de vida eterna que
devem ser postas em prática, e não são só para serem ouvidas, mas sem
implicação pessoal – com o risco de serem esquecidas ou de nos contentarmos em
admirá-las ou em admirar o seu autor.
«Construir uma casa sobre a areia» (cf. Mt 7,26) é uma imagem para descrever um comportamento insensato, que não leva a nenhum resultado e acaba no fracasso de uma vida, depois de um esforço longo e penoso para construir algo. “Bene curris, sed extra viam”, dizia Sto. Agostinho: corres bem, mas fora do trajecto aprovado, podemos traduzir assim. Que pena só chegar até aí: o momento da prova, das tempestades e das inundações que a nossa vida necessariamente contém!
O Senhor quer ensinar-nos a usar um fundamento sólido, cujo crescimento deriva do esforço para pôr em prática os seus ensinamentos, vivendo-os dia a dia no meio dos pequenos problemas que Ele tratará de resolver. A nossa resolução diária de viver os ensinamentos de Cristo deve terminar em propósitos concretos, se não definitivos, mas dos quais possamos tirar alegria e reconhecimento na hora do nosso exame de consciência, à noite. A alegria de ter conseguido uma pequena vitória sobre nós próprios é uma preparação para outras batalhas, e – com a graça de Deus – não nos faltará a força para perseverar até ao fim.
«Construir uma casa sobre a areia» (cf. Mt 7,26) é uma imagem para descrever um comportamento insensato, que não leva a nenhum resultado e acaba no fracasso de uma vida, depois de um esforço longo e penoso para construir algo. “Bene curris, sed extra viam”, dizia Sto. Agostinho: corres bem, mas fora do trajecto aprovado, podemos traduzir assim. Que pena só chegar até aí: o momento da prova, das tempestades e das inundações que a nossa vida necessariamente contém!
O Senhor quer ensinar-nos a usar um fundamento sólido, cujo crescimento deriva do esforço para pôr em prática os seus ensinamentos, vivendo-os dia a dia no meio dos pequenos problemas que Ele tratará de resolver. A nossa resolução diária de viver os ensinamentos de Cristo deve terminar em propósitos concretos, se não definitivos, mas dos quais possamos tirar alegria e reconhecimento na hora do nosso exame de consciência, à noite. A alegria de ter conseguido uma pequena vitória sobre nós próprios é uma preparação para outras batalhas, e – com a graça de Deus – não nos faltará a força para perseverar até ao fim.
«Entrará no Reino dos
Céus(...)aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus»
+ Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret(Vic, Barcelona,
Espanha)
Hoje, a palavra do Evangelho
convida-nos a meditar com seriedade sobre a infinita distância que há entre o
mero “escutar-invocar” e o “fazer” quando se trata da mensagem e da pessoa de
Jesus. E dizemos “mero” porque não podemos esquecer que há modos de escutar e
de invocar que não comportam o fazer. De fato, todos os que —tendo escutado o
anúncio evangélico— acreditam, não serão confundidos; e todos os que, tendo
acreditado, invocam o nome do Senhor, se salvarão ensina-o São Paulo na Carta
aos Romanos (ver 10,9-13). Trata-se, neste caso, dos que acreditam com fé
autêntica, aquela que «atua mediante a caridade», como escreve também o
Apóstolo.
Mas é um fato que muitos acreditam e não fazem. A carta do apóstolo Santiago denuncia-o de uma maneira impressionante: «Sede, pois executores da palavra e não vos conformeis com ouvi-la somente, enganando-vos a vós mesmos» (1,22); «a fé, se não tem obras, está verdadeiramente morta» (2,17); «como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta» (2,26). É o que rejeita, também inolvidavelmente, São Mateus quando afirma: «Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus» (7,21).
É necessário, portanto, escutar e cumprir; é assim que construímos sobre a rocha e não em cima da areia. Como cumprir? Perguntemo-nos: Deus e o próximo enchem-me a cabeça —sou crente por convicção? E quanto ao bolso, compartilho os meus bens com critério de solidariedade?; No que se refere à cultura, contribuo para consolidar os valores humanos no meu país?; No aumento do bem, fujo do pecado de omissão?; Na conduta apostólica, procuro a salvação eterna dos que me rodeiam? Numa palavra: sou uma pessoa sensata que, com obras, edifico a casa da minha vida sobre a rocha de Cristo?
Mas é um fato que muitos acreditam e não fazem. A carta do apóstolo Santiago denuncia-o de uma maneira impressionante: «Sede, pois executores da palavra e não vos conformeis com ouvi-la somente, enganando-vos a vós mesmos» (1,22); «a fé, se não tem obras, está verdadeiramente morta» (2,17); «como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta» (2,26). É o que rejeita, também inolvidavelmente, São Mateus quando afirma: «Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus» (7,21).
É necessário, portanto, escutar e cumprir; é assim que construímos sobre a rocha e não em cima da areia. Como cumprir? Perguntemo-nos: Deus e o próximo enchem-me a cabeça —sou crente por convicção? E quanto ao bolso, compartilho os meus bens com critério de solidariedade?; No que se refere à cultura, contribuo para consolidar os valores humanos no meu país?; No aumento do bem, fujo do pecado de omissão?; Na conduta apostólica, procuro a salvação eterna dos que me rodeiam? Numa palavra: sou uma pessoa sensata que, com obras, edifico a casa da minha vida sobre a rocha de Cristo?
Santo do Dia
Nascido em 439 na
Capadócia e filho de uma família bárbara convertida ao cristianismo, Sabas teve
uma infância difícil. A disputa dos parentes por sua herança o levou a procurar
ajuda num mosteiro, onde foi acolhido apesar de ser ainda uma criança. Apesar de
pouca instrução tornou-se um sábio na doutrina cristã.
Foi monge na solidão e experimentou também a vida comunitária. Dividiu tudo o que herdou entre os cristãos pobres e doentes. Trabalhou na conversão de seus conterrâneos e ajudando os cristãos perseguidos em sua pátria. Era caridoso e valente.
Fundou uma comunidade monástica na Palestina, onde anos mais tarde seria erguido o Mosteiro de São Sabas. A fama dos prodígios e também a grande sabedoria sobre a doutrina de Cristo, fizeram essa comunidade crescer muito. A eloqüência da sua pregação do Evangelho atraia cada vez mais os pagãos à conversão.
Morreu em 05 de dezembro de 532, na Palestina, aos noventa e três anos de idade. Santo Sabas está presente na relação dos grandes sacerdotes fundadores do monaquismo da Palestina.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Foi monge na solidão e experimentou também a vida comunitária. Dividiu tudo o que herdou entre os cristãos pobres e doentes. Trabalhou na conversão de seus conterrâneos e ajudando os cristãos perseguidos em sua pátria. Era caridoso e valente.
Fundou uma comunidade monástica na Palestina, onde anos mais tarde seria erguido o Mosteiro de São Sabas. A fama dos prodígios e também a grande sabedoria sobre a doutrina de Cristo, fizeram essa comunidade crescer muito. A eloqüência da sua pregação do Evangelho atraia cada vez mais os pagãos à conversão.
Morreu em 05 de dezembro de 532, na Palestina, aos noventa e três anos de idade. Santo Sabas está presente na relação dos grandes sacerdotes fundadores do monaquismo da Palestina.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A vida monástica alimenta a Igreja desde tenra
idade. Muitos monges e monjas santas ofereceram sua vida para o crescimento da
fé. A vida comunitária dos monges era um reflexo da vida dos primeiros
cristãos, que tudo deixavam para estar integralmente ao lado de Jesus. Rezemos
hoje pelos monges e mojas espalhados pelo mundo afora.
.TJL@ - ACIDIGITAL.COM – A12.COM –
EVANGELI.NET
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