Bahrein. Francisco encontra Bartolomeu e
Al-Tayyeb
Em dois momentos diferentes, o Papa se encontrou na residência
papal junto ao Palácio Real de Sakhir, o Patriarca de Constantinopla e o Grão
Imame de Al-Azhar, que já havia encontrado pela manhã no Fórum sobre o Diálogo
de Awali. O Papa elogiou o líder islâmico por seu discurso 'corajoso' sobre o
diálogo entre os muçulmanos(Vatican News)
"Querido
irmão", assim Francisco definiu cada um deles por ocasião da abertura de
seu discurso no Fórum sobre Diálogo em Awali, Bahrein (04/11), onde ambos
participaram juntamente com líderes religiosos de todo o mundo. À tarde, antes
do encontro com o Conselho Muçulmano de Anciãos, o Papa Francisco quis
encontrar em privado ambos e abraçá-los, em dois momentos diferentes, o Grão
Imame de Al-Azhar, Muḥammad Aḥmad al-Tayyeb, e o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I. Os dois encontros ocorreram
de forma privada no complexo do Palácio
Real de Sakhir, a residência papal durante os dias da viagem apostólica.
O
abraço ao Patriarca
O
encontro com Bartolomeu aconteceu pouco antes das 15h30 "em um ambiente de
fraternidade e afeto", como informa a Sala de Imprensa do Vaticano. As
imagens mostram um abraço cordial entre os dois, o mesmo que sempre trocaram em
cada encontro, a partir dos primeiros que ocorreram na Terra Santa e em
Istambul.
Saudando
o Grão Imame
Depois
o Papa se encontrou com o Grão Imame, que ele já tinha visto em setembro
passado durante sua visita ao Cazaquistão. Também houve troca de presentes,
depois o Papa elogiou o discurso do líder sunita durante o Fórum, todo focado
na necessidade de um sério "diálogo" dentro do Islã para a
reconciliação e a unidade, envolvendo também os muçulmanos xiitas.
"Obrigado por esta visita", disse Francisco a al-Tayyeb, "você
foi muito corajoso hoje quando falou do diálogo entre os islâmicos".
No
final do encontro, o Pontífice presenteou a ambos um pé de oliveira, símbolo de
paz e fraternidade. Os dois foram para a Mesquita do Palácio Real de Sakhir
para o encontro com membros do Conselho Muçulmano de Anciãos, do qual o Grão
Imame é presidente.
Oração; Deus Pai de misericórdia, que no Seu projeto de amor pela humanidade, escolhestes São Vilibrordo para proclamar as maravilhas da fé, concedei-nos, por sua intercessão, conservar em nós o espírito missionário que nos leva à união com Cristo, que vive e reina para sempre. Amém.
Evangelho
(Lc 17,1-6)
Jesus disse
a seus discípulos: «É inevitável que surjam ocasiões de pecado, mas ai daquele
que as provoca! Seria melhor para ele ser atirado ao mar com uma pedra de
moinho amarrada ao pescoço, do que fazer cair um só desses pequenos. Cuidado,
portanto!
»Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se pecar
contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou
arrependido’, perdoa-lhe».
Os apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé!» O Senhor respondeu: «Se
tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta
amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria».
«Se pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti (...) perdoa-lhe » -Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz(El Montanyà, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho
nos fala de três temas importantes. Em primeiro lugar, da nossa atitude perante
as crianças. Se em outras ocasiões elogiaram a infância, nesta somos advertidos
do mal que podemos ocasionar-lhes.
Escandalizar não é alvoroçar ou estranhar, como às vezes se entende; a palavra
grega usada pelo evangelista foi “skandalon”, que significa objeto que faz
tropeçar ou escorregar, uma pedra no caminho ou uma casca de banana, para ficar
mais claro. Devemos respeitar as crianças e, «É inevitável que surjam ocasiões
de pecado, mas ai daquele que as provoca!» (cf. Lc 17,1). Jesus lhe anuncia um
castigo tremendo e o faz com uma imagem muito eloquente. Ainda se encontram na
Terra Santa pedras de moinhos antigas; é uma espécie de grandes diabolôs (são
parecidas também, em tamanho maior, aos colares que se colocam no pescoço aos
traumatizados). Introduzir a pedra no escandalizador e tira-la na água expressa
um terrível castigo. Jesus utiliza uma linguajem quase de humor negro. Pobres
de nós se danamos as crianças! Pobres de nós se os iniciamos no pecado! E há
muitas formas de prejudicá-los: mentir, ambicionar, triunfar injustamente, se
dedicar a necessidades que satisfarão sua vaidade...
Em segundo lugar, o perdão. Jesus nos pede que perdoemos tantas vezes como seja
necessário e, ainda no mesmo dia, se o outro está arrependido, apesar de que
nos magoe a alma: «Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender,
perdoa-lhe» (Lc 17,3). O termômetro da caridade é a capacidade de perdoar.
Em terceiro lugar, a fé: Mais que uma riqueza do entendimento (no sentido
meramente humano), é um “estado de ânimo”, fruto da experiência de Deus, de
poder obrar contando com sua confiança. «A fé é o início da verdadeira vida»,
diz São Inácio de Antioquia. Quem age com fé consegue coisas assombrosas, assim
a expressa o Senhor ao dizer: «Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de
mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no
mar’, e ela vos obedeceria» (Lc 17,6).
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «A
prática da correção fraterna - que tem uma dimensão evangélica - é uma prova
sobrenatural de carinho e de confiança. Agradeça-o quando a receberes, e não
deixes de a praticar com aqueles com quem convives» (São Josemaría)«A fé -
confiar em Cristo, acolhê-Lo, deixá-Lo transformar-nos, segui-Lo sem reservas -
torna possíveis as coisas humanamente impossíveis» (Bento XVI)«Aquele que usa
dos poderes de que dispõe, em condições que induzem a agir mal, torna-se culpado
de escândalo e responsável pelo mal que, direta ou indiretamente, favorece. `É
inevitável que haja escândalos, mas ai daquele que os causa´(Lc 17,1)»
(Catecismo da Igreja Católica, nº 2.287)
Santo do Dia: São Vilibrardo - Intercede por: doentes Padroeiro e PATRONO DOS QUE SOFREM COM EPILEPSIA E CONVULSÕES . Localização: Roma
Vilibrordo
nasceu na Inglaterra em 658. A família deste jovem
missionário ofereceu muitos santos para a vida da Igreja na Inglaterra.
Aos cinco anos seu pai o
entregou aos beneditinos do mosteiro de York, onde foi educado. Ainda jovem demonstrou realmente vocação religiosa e aos
vinte anos seguiu para a Irlanda para aperfeiçoar seus conhecimentos
teológicos. Pouco antes de completar trinta anos de idade recebeu a
ordenação sacerdotal.
Em 690, Vilibrordo e 11
companheiros seguiram para a Holanda, na região da Frígia, com a missão de evangelizar este povo bárbaro e muito hostil ao
Evangelho. O Papa Sérgio I o abençoou e animou, e o presenteou com
relíquias de santos mártires para serem colocadas nas
futuras igrejas.
Ele foi um grande organizador, era um excelente líder e logo fez muitos progressos. Cinco anos
depois, ele entregou ao Papa um relatório dos resultados que conseguira, e em
agradecimento recebeu a sagração episcopal e um acréscimo latino ao seu
nome: Clemente. Na sua diocese, em Utrecht, ele construiu a
Catedral do Santíssimo Redentor.
Morreu no mosteiro de
Echternach, no dia 7 de novembro de 739, aos 80 anos de idade, alquebrado pela
gigantesca atividade apostólica, que incluiu também a região da Turíngia e a
Dinamarca. É considerado patrono dos que sofrem com epilepsia e
convulsões.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR; Revisão e
acréscimos: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: A
vocação da Igreja é essencialmente missionária. Hoje celebramos a festa de São
Vilibrordo, um grande missionário das regiões do norte da Europa, junto a São
Columbano, São Vilibraldo e São Bonifácio. Sua coragem e fé o levou enfrentar
os desafios da evangelização nas regiões marcadas pelo paganismo bárbaro. Que
Deus nos conceda espírito missionário para continuar espalhando a fé no Reino
dos Céus.
TJL – A12.COM
– EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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