Parolin: Ucrânia, de deserto volte a ser um jardim florescente
O cardeal secretário de Estado do Vaticano celebrou uma Missa
pela paz na Ucrânia, na Basílica Papal de Santa Maria Maior: "não há
situação tão comprometida que o Espírito de Deus não possa fazer
ressurgi-la". Entre os escombros, há um caminho para a reconstrução. Nunca
ceder ao rancor: se é legítimo nos defender daqueles que querem nos oprimir, é
ainda mais legítimo nos defender do ódio e da vingança". Paolo
Ondarza, Silvonei José – Vatican News
Um sentido
apelo "a não ceder à tentação da desilusão e da desconfiança" diante
de quase nove meses de uma guerra que reduziu uma parte da Ucrânia a
"escombros, esvaziada de pessoas, cheia de ruinas e envolta na
escuridão". Palavras do cardeal Secretário de Estado Vaticano Pietro
Parolin na Basílica Papal de Santa Maria Maior, celebrando na tarde desta
quinta-feira (17/11), uma Missa pela paz, promovida pela Embaixada da Ucrânia
junto à Santa Sé em colaboração com a Secretaria de Estado por ocasião do 30º
aniversário do restabelecimento das relações diplomáticas entre a Ucrânia e a
Sé Apostólica ocorrido em 8 de fevereiro de 1992.
Oração: Deus, nosso Pai, Santa Isabel foi um
conforto para os pobres e defensora dos desesperados. A ninguém negava sua
caridade e o apoio nas horas difíceis. Colocou a serviço dos necessitados todas
as suas riquezas. Transformai também o nosso interior, para que sejamos luz para
o mundo de hoje, como Santa Isabel o foi para o seu tempo. Por Cristo Nosso
Senhor. Amém.
Evangelho (Lc 19,45-48):
Naquele
tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que ali estavam vendendo.
E disse: «Está escrito: Minha casa será casa de oração. Vós, porém, fizestes
dela um antro de ladrões». Todos os dias, ele ficava ensinando no templo. Os
sumos sacerdotes, os escribas e os notáveis do povo procuravam um modo de
matá-lo. Mas não sabiam o que fazer, pois o povo todo ficava fascinado ao
ouvi-lo falar.
«Minha casa será casa de oração»
P.
Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat(Montserrat, Barcelona, Espanha)
Hoje, o gesto de
Jesus é profético. À maneira dos antigos profetas, realiza uma ação simbólica,
cheia de significado face ao futuro. Ao expulsar do templo os mercadeiros, que
faziam negócio com as vítimas destinadas a servir de oferenda, e ao indicar que
«a casa de Deus será casa de oração» (Is 56,7), Jesus anunciava a nova
situação, que Ele vinha inaugurar, em que os sacrifícios de animais já não
tinham lugar. São João definirá a nova relação de culto como uma «adoração ao
Pai em espírito e verdade» (Jn 4,24). A figura deve dar lugar à realidade.
Santo Tomás de Aquino dizia poeticamente «Et antiquum documentum / novo cedat
ritui (Que o Antigo Testamento ceda o lugar ao Novo Rito)».
O Novo Rito é a palavra de Jesus. Por isso, São Lucas associou à cena da purificação
do templo a apresentação de Jesus, nele pregando cada dia. O novo culto
centra-se na oração e na escuta da Palavra de Deus. Mas, na realidade, o centro
do centro da instituição cristã é a própria pessoa viva de Jesus, com a sua
carne entregue e o seu sangue derramado na cruz e oferecidos na Eucaristia.
Também Santo Tomás o destaca de modo muito belo: «Recumbens com fratribus (...)
se dat suis manibus» («Sentado à mesa com os irmãos (...) dá-se a si mesmo com
as suas próprias mãos»).
No Novo Testamento, inaugurado por Jesus, já não são necessários nem bois nem
vendedores de cordeiros. Tal como «todo o povo ficava fascinado ao ouvi-lo
falar» (Lc 19,48), também nós não temos de ir ao templo para imolar vítimas,
mas para receber Jesus, o autêntico cordeiro imolado por nós, de uma vez para
sempre (cf. He 7,27), e para unir a nossa vida à de Jesus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Correi
todos juntos até Jesus Cristo como ao único templo de Deus, como ao único altar:
Ele é um, e procedente do único Pai, permaneceu unido a Ele, e a Ele voltou na
unidade» (Santo Inácio de Antioquia)«O Templo com o seu culto ficou “demolido”
na crucificação de Cristo; no seu lugar agora está a Arca da Aliança viva de
Jesus Cristo crucificado e ressuscitado» (Bento XVI)«Jesus subiu ao Templo como
quem sobe ao lugar privilegiado de encontro com Deus. O templo é para Ele a
casa do seu Pai (…). Depois da ressurreição, os Apóstolos guardaram para com o
Templo um respeito religioso (cf. Hch 2,46)» (Catecismo da Igreja Católica, nº
584)
Santo do Dia: Santa Isabel da Hungria
Isabel era princesa
na Hungria, foi rainha na Alemanha, e se fez santa na Terra e para o Céu.
Nasceu no ano de 1207, e desde
então já foi prometida em casamento para o duque Ludwig da Turíngia, na
Alemanha. Cresceu e foi educada junto com o futuro marido. Ele a amava
sinceramente, e a apoiava nas suas iniciativas de espiritualidade. Porém
a sogra e demais parentes do esposo tinham ciúmes e procuraram prejudicá-la por
quase toda a sua curta vida.
Embora em
nada descuidando do seu papel de esposa e mãe, o que mais caracterizou Isabel foi a sua vida
de espiritualidade e particular caridade aos pobres. Como a eles dedicava não
só o próprio serviço, pessoalmente lavando-os, alimentando-os e vestindo-os,
mas também utilizava dinheiro para as suas necessidades, a sogra tentou
indispor Ludwig, alegando que Isabel esbanjava as riquezas da coroa. Numa
ocasião, saindo ela com alimentos para distribuir aos necessitados, ele a
questionou e ela disse que só levava rosas – esquecendo ser inverno – e, ao
abrir a sacola, de fato apareceram rosas.
De outra
vez, a sogra o avisou de que Isabel estava a cuidando de um leproso no seu próprio
quarto, mas ao entrar Ludwig encontrou sobre o leito Cristo crucificado,
em quem o leproso se transformara.
Apesar das
dificuldades, o casamento foi muito feliz. Ludwig porém faleceu de peste, na Itália,
quando ia para as cruzadas na Terra Santa. Então a sogra e parentes do marido a
expulsaram da corte com os filhos, pretextando de que ela esbanjava
os bens da família, quando Isabel, por causa de um período de carência de
víveres na região, sustentou pelos cofres públicos a centenas de pobres.
Acolhida
finalmente, sem nada mais ter, no Convento Cisterciense de Ktizingen, onde
uma sua tia era abadessa, Isabel decidiu confiar a seus parentes a educação dos
filhos, Hermano, Sofia e Gertrudes, e tomou o hábito da Ordem
Terceira de São Francisco.
Confrontados
por companheiros de Ludwig nas cruzadas, os seus irmãos, os príncipes, arrependeram-se,
pedindo perdão a Isabel e restituindo-lhe os bens. Ela porém preferiu viver na
pobreza, numa modesta residência em Marburg, onde, com o valor da sua herança,
mandou construir um hospital. Morreu em 1231, aos 24 anos: foi
noiva aos 14, mãe aos 15 e viúva aos 20. Por causa dos milagres ocorridos no seu
túmulo, foi canonizada já em 1235, e declarada padroeira da Ordem Terceira
Franciscana.(Colaboração: Padre Evaldo César
de Souza, CSsR- Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: Santa Isabel
foi tão especial quanto singular foi a sua vida, curta e responsável. Desde
nova demonstrou extraordinária espiritualidade, que a levou a ser a única
soberana recusando-se a usar a coroa na cerimônia de casamento, dentro da
igreja, alegando que não poderia usar objeto tão precioso e símbolo da realeza
diante de Cristo, nosso Rei coroado de espinhos. De origem real, sua maior
nobreza foi a santidade, que partilhava com outras pessoas da família (Santa
Edwiges, Santa Inês da Boêmia, etc.), manifesta especialmente na caridade com
os pobres. Dela disse o Papa Bento XVI: “E como tinha descoberto realmente a
Deus, e Cristo não era para ela uma figura distante, mas o Senhor e o Irmão da
sua vida, encontrou a partir de Deus o ser humano, imagem de Deus. Essa é
também a razão porque quis e pôde levar aos homens a justiça e o amor divinos.
Só quem encontra a Deus pode também ser autenticamente humano”. (Da homilia na
igreja de Santa Isabel da Hungria de Munique, 2 de dezembro de 1981).
TJL- A12.COM – EVANGELI.NET -VATICANNEWS.VA
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