Bom dia, EVANGELHO
Cardeal Ayuso: o mundo precisa do diálogo inter-religioso para a paz
Após o discurso do Papa Francisco no encerramento do "Fórum
do Bahrein para o Diálogo: Oriente e Ocidente em prol da Coexistência
Humana", o cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot enfatiza a importância de
tais eventos que fortalecem a fraternidade humana em um planeta teatro de
conflitos(Devin Watkins e Lisa Zengarini – Vatican News)
O diálogo é uma "atitude
existencial" que todo ser humano deveria ter em sua vida para promover a
paz mundial, segundo o cardeal
Miguel Ángel Ayuso Guixot. O prefeito do Dicastério para o Diálogo
Inter-religioso fez esta observação referindo-se ao "Fórum do Bahrein para
o Diálogo: Oriente e Ocidente em prol da Coexistência Humana", que teve
seu encerramento na sexta-feira, 4 de novembro, com o discurso do Papa
Francisco, no segundo dia de sua viagem apostólica ao Bahrein. O "Fórum
do Bahrein para o Diálogo":
O evento de
dois dias foi patrocinado pelo rei Hamad bin Isa Al-Khalifa para promover o
espírito de fraternidade e cooperação entre seguidores de diferentes credos,
trabalhando juntos para enfrentar os desafios atuais do mundo e as questões que
ameaçam a casa comum e a paz, no espírito do histórico Documento sobre
a fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência.
Este apelo foi assinado em 4 de fevereiro de 2019 em Abu Dhabi, nos Emirados
Árabes Unidos, pelo Papa Francisco e pelo xeque Ahmed Al-Tayyeb, o Grão Imame
da mesquita egípcia de Al-Azhar.
O fórum
inter-religioso, que reuniu cerca de 200 líderes religiosos e renomados
estudiosos provenientes do mundo inteiro, foi o último em ordem cronológica de
uma série de encontros voltados a promover a coexistência fraterna e pacífica
entre pessoas de diferentes religiões e culturas para o bem da humanidade,
através do diálogo e da compreensão mútua, também de acordo com a encíclica Fratelli tutti de
Francisco e com O Espírito de
Assis do Papa João Paulo II.
O evento
teve lugar menos de dois meses após o sétimo Congresso de líderes de religiões
mundiais e tradicionais, em Nur-Sultan, do qual o Papa participou em setembro
deste ano durante sua viagem apostólica ao Cazaquistão, juntamente com o Grão
Imame Al-Tayyeb - a mais alta autoridade do Islã sunita - e o Patriarca Ecumênico
de Constantinopla Bartolomeu.
Nos passos do Papa e do Grão Imame
Na
entrevista ao Vatican News à margem do "Fórum do Bahrain", o cardeal
Ayuso Guixot enfatizou a importância desses encontros inter-religiosos, e em
particular dessa reunião, para a paz em um mundo dilacerado pela guerra.
"Neste
contexto, o encontro que estamos realizando aqui no Bahrein é extremamente
importante porque através deste Fórum nos encontramos novamente no caminho
traçado pelo Papa Francisco e pelo Grão Imame (Al-Tayyeb) de Al-Azhar".
O Fórum,
disse, "é um convite à comunidade internacional para implementar esta
fraternidade humana de que o mundo precisa" e é bom poder "reunir-se
para promover este belo projeto de dignidade humana" diante dos conflitos
em curso e das preocupações que eles suscitam. Juntos pela paz:
Ecoando as
palavras do Papa Francisco em seu discurso ao Fórum na sexta-feira, o cardeal
Ayuso insistiu, em seguida, na necessidade dos líderes religiosos, em
particular, de se unirem e intensificar suas relações, opondo-se à lógica do
confronto, para ajudar a alcançar o objetivo da paz ao qual a humanidade
aspira.
Oração: Santo Orestes, amigo fiel de Cristo e defensor da fé, velai por
nós, fracos e necessitados da medicina divina, para que tenhamos a coragem e
firmeza de nunca ceder às tentações, enganos e pressões que, nesta nossa passagem
pela vida terrestre, querem nos afastar da felicidade plena e infinda, no
coração da Trindade. Amém.
Evangelho
(Jo 2,13-22):
Estava próxima a Páscoa
dos judeus; Jesus, então, subiu a Jerusalém. No templo, encontrou os que
vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas nas suas bancas. Então fez um
chicote com cordas e a todos expulsou do templo, juntamente com os bois e as
ovelhas; jogou no chão o dinheiro dos cambistas e derrubou suas bancas, e aos
vendedores de pombas disse: «Tirai daqui essas coisas. Não façais da casa de
meu Pai um mercado!» Os discípulos se recordaram do que está na Escritura: «O
zelo por tua casa me há de devorar».
Então os judeus perguntaram a Jesus: «Que sinal nos mostras para agires assim?»
Jesus respondeu: «Destruí este templo, e em três dias eu o reerguerei». Os
judeus, então, disseram: «Trabalharam durante quarenta e seis anos erguer este
templo, e tu serias capaz de erguê-lo em três dias?» Ora, ele falava isso a
respeito do templo que é seu corpo. Depois que Jesus fora reerguido dos mortos,
os discípulos se recordaram de que ele tinha dito isso, e creram na Escritura e
na palavra que Jesus falou.
«Destruí este templo, e em três dias eu o reerguerei» - Rev. D. Joaquim MESEGUER García(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje, nesta festa
universal da Igreja, lembramos que obstante Deus não pode ser contido entre as
paredes de nenhum edifício do mundo, desde muito tempo atrás o ser humano
sentiu a necessidade de reservar espaços que favoreçam o encontro pessoal e
comunitário com Deus. No início do cristianismo, os locais de encontro com Deus
eram as casas particulares, nas que reuniam-se as comunidades para a oração e a
fração do pão. A comunidade reunida era — como também é hoje—o templo santo de
Deus. Com o passar do tempo, as comunidades foram construindo edifícios
dedicados às reuniões litúrgicas, a predicação da Palavra e a oração. E assim
como no cristianismo, com o passo da perseguição à liberdade religiosa no
Império Romano, apareceram as grandes basílicas, entre elas São João de Letran,
a catedral de Roma.
São João de Letran é o símbolo da unidade de todas as Igrejas do mundo com a
Igreja de Roma e, por isso esta basílica ostenta o título de Igreja principal e
mãe de todas as Igrejas. Sua importância é superior à da mesma Basílica de São
Pedro do Vaticano, pois na realidade esta não é uma catedral, senão um
santuário sobre o túmulo de São Pedro e o local de residência atual do Papa
que, como Bispo de Roma, tem na Basílica Lateranense sua catedral.
Mas não podemos perder de vista que o verdadeiro local de encontro do homem com
Deus, o autêntico templo, é Jesus Cristo. Por isso, Ele tem plena autoridade
para purificar a casa do seu Pai e pronunciar estas palavras: «Destruí este
templo, e em três dias eu o reerguerei» (Jo 2,19). Graças à entrega da sua vida
por nós, Jesus Cristo fez dos crentes um templo vivo de Deus. Por esse motivo,
a mensagem cristã lembra-nos que toda pessoa humana é sagrada, está habitada
por Deus e, não podemos profana-la usando-a como um meio
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Quando
recordarmos a Consagração de um templo, pensemos no que São Paulo disse:
"Cada um de nós é um templo do Espírito Santo". Oxalá conservemos a
nossa alma bela e limpa, como Lhe agrada a Deus que sejam os seus templos
santos» (Santo Agostinho)«Hoje, festa da Dedicação da Basílica de São João de
Latrão, recordemos como o Senhor deseja habitar em cada coração. Mesmo se por
acaso nos afastemos Dele, a Nosso Senhor bastão apenas três dias para
reconstruir o Seu templo dentro de nós» (Francisco)«As Igrejas particulares são
plenamente católicas pela comunhão com uma de entre elas: a Igreja Romana, «que
preside à caridade (...). 0 Senhor fez de Pedro o fundamento visível da sua
Igreja. Deu-lhe as chaves dela. O bispo da Igreja de Roma, sucessor de S.
Pedro, é «a cabeça do colégio dos bispos, vigário de Cristo e pastor da Igreja
universal neste mundo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 834 e 936)
Santo do Dia: Santo Orestes
Existe uma
narração milenar vinda da Capadócia (Turquia) que apresenta Orestes como um
médico, provavelmente martirizado na última perseguição do Império Romano
aos cristãos, no século IV. Foi denunciado como cristão e pregador da nova fé,
e acusado de incitar o povo contra a idolatria.
Sem dúvida um médico tem grande
influência sobre os seus doentes, em situação de
fragilidade, insegurança e aflição, carentes de auxílio material e, também, de
apoio emocional e espiritual; não à toa o Médico dos Médicos é Jesus, o
único que pode nos curar de todos os males, tanto do corpo quanto do espírito;
e também não é mera coincidência o dito que proclama ser a vocação médica um
“sacerdócio”.
Orestes não negou as acusações, preferindo corajosamente permanecer com o seu divino Médico e
Salvador a negar o próprio remédio da sua vida eterna. Durante o julgamento
público, clamou que o céu lhe concedesse um prodígio capaz de cair
sobre o povo, que queria trair a verdade do Cristianismo.
Foi imediatamente atendido, e com um
sopro seu as imagens e as colunas dos templos pagãos ruíram. Por isso foi
torturado com pregos e arrastado por um cavalo, até a morte. O seu corpo, desfigurado, foi atirado num rio, que o devolveu
totalmente recuperado e coberto com uma magnífica túnica. Suas relíquias foram
enterradas no mosteiro que levava o seu nome.(Colaboração: Padre Evaldo
César de Souza, CSsR - Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: A cura para todas as nossas doenças, do corpo e da alma, está na
fidelidade a Cristo: por Ele, venceremos as dificuldades, os sofrimentos, as
tristezas, até a mesmo a morte, já que foi prometida, para os que permanecerem
com Ele, a ressurreição na vida infinita e perfeita no Céu; também os
condenados, os que se afastam consciente e definitivamente de Deus, terão os
corpos ressuscitados, mas para sofrer infinitamente. Se mal podemos suportar as
dores deste mundo, quanto mais as penas espirituais e físicas sem fim. Vale a
pena dar a vida para e por Cristo, resistindo às forças contrárias e comodismos
nesta vida passageira.
TJL= A12.COM – EVANGELI.NET –
VATICANNEWS.VA
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