Oração: Santa
Cecília, virgem e pura, ajudai-nos a preservar a inocência do corpo e da alma,
e a ensiná-la especialmente às crianças e jovens, e intercedei ao Pai para
livrar o mundo dos abusos da mentalidade maliciosa e da sexualidade distorcida
e desregrada que levam, conforme ensina a Igreja, tantas pessoas para o
inferno. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, pela Santíssima Virgem Maria, e pelo
castíssimo São José. Amém.
Evangelho
(Lc 21,5-11):
Naquele
tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do templo, que era enfeitado com
belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: «Admirais essas coisas? Dias
virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído».
Mas eles perguntaram: «Mestre, quando será, e qual o sinal de que isso está
para acontecer?». Ele respondeu: «Cuidado para não serdes enganados, porque
muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu!, e ainda: O tempo está próximo. Não
andeis atrás dessa gente! Quando ouvirdes falar em guerras e revoluções, não
fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será
logo o fim?. E Jesus continuou: «Há de se levantar povo contra povo e reino
contra reino. Haverá grandes terremotos, fome e pestes em vários lugares;
acontecerão coisas pavorosas, e haverá grandes sinais no céu».
«Não ficará pedra sobre pedra» - + Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret(Vic, Barcelona, Espanha)
Hoje, escutamos
com assombro a severa advertência do Senhor: «Admirais essas coisas? Dias virão
em que não ficará pedra sobre pedra» (Lc 21,6). Essas palavras de Jesus
situam-se nas antípodas de uma denominada “cultura do progresso indefinido da
humanidade”, ou, se preferimos, de uns quantos cabecilhas técnico-científicos e
político-militares da espécie humana, em evolução imparável.
Desde onde? Até onde? Ninguém sabe, nem pode saber, com excepção, em última
análise, de uma suposta matéria eterna que nega Deus, usurpando-o dos Seus
atributos. Como tentam fazer-nos comungar com rodas de moinho aqueles que
recusam comungar com a finitude e precariedade próprias da condição humana!
Nós, os discípulos do Filho de Deus feito homem, de Jesus, escutamos as Suas
palavras e, fazendo-as muito nossas, meditamos nelas. Eis que nos diz: «Cuidado
para não serdes enganados» (Lc 21,8). Quem no-lo diz é Aquele que veio para dar
testemunho da verdade, afirmando que aqueles que são da verdade escutam a Sua
voz.
E também nos garante: «Não será logo o fim» (Lc 21,9). O que, por um lado, quer
dizer que dispomos de um tempo de salvação e que nos convém aproveitá-lo; e,
por outro lado, que, de qualquer modo, o fim virá. Sim, Jesus virá «julgar os
vivos e os mortos», como professamos no Credo.
Leitores de Meditando o Evangelho de hoje, queridos irmãos e amigos: em uns
versículos mais adiante, do fragmento que agora comento, Jesus anima-nos e
consola-nos com estas palavras que, em Seu nome, vos repito: «É pela vossa
perseverança que conseguireis salvar a vossa vida!» (Lc 21,19).
Respondendo com a energia de um hino cristão, exortamo-nos uns aos outros:
«Perseveremos, pois já tocamos o Céu com a mão!»
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Para
evitar qualquer pergunta de seus discípulos sobre o tempo de sua vinda, Cristo
disse: “Não é para você saber os horários e datas”. Ele queria esconder isso de
nós para que fiquemos acordados» (Santo Efren)«A cessação do sacrifício é a
destruição do Templo devem ter sido um choque terrível. Deus, que colocou se
nome neste Templo e que misteriosamente o habitou, o abandonou, já não era sua
morada na terra. O Antigo Testamento deveria ser lido de um novo modo!» (Bento
XVI)«Jesus (...) identificou-Se com o templo, apresentando-Se como a morada
definitiva de Deus entre os homens. Por isso é que a sua entrega à morte
corporal prenuncia a destruição do templo, a qual vai assinalar a entrada numa
nova idade da história da salvação: “Vai chegar a hora em que nem neste monte
nem em Jerusalém adorareis o Pai (Jo 4,21)» (Catecismo da Igreja Católica, n°
586)
Santo do Dia: Santa Cecília
Santa
Cecília era de antiga e nobre família romana. Cristã, fez voto de castidade. Porém, sem o
seu conhecimento, os pais a prometeram em casamento a um nobre pagão,
Valeriano. No dia das núpcias, Cecília lhe contou que um anjo
guardava a sua virgindade consagrada. Ele prometeu que acreditaria se visse o anjo;
Ela o apresentou ao Papa Urbano, que o preparou para o batismo, e ele, assim
convertido, de fato viu o anjo ao lado da esposa.
O casal e Tibúrcio, irmão de Valeriano, que
também se convertera, foram denunciados como cristãos, mas não
renegaram a fé. Os dois irmãos foram decapitados, e Cecília foi
condenada à morte por asfixia, num quarto superaquecido. Encontrada ainda viva,
foi também decapitada.
Há mais de uma referência para a relação
entre Cecília e a música: ela tocaria lira ou harpa, teria cantado incessantemente músicas de
louvor a Deus durante a provação da asfixia, teria o dom de ouvir músicas do
Céu… nas atas do seu martírio, consta que, no dia do seu casamento,
ao ouvir os sons dos instrumentos musicais, teria elevado a Deus uma prece pela sua pureza de corpo e alma. Cecília foi declarada
padroeira dos músicos.
O corpo da virgem, falecida por volta do
ano 225, foi enterrado nas catacumbas romanas, bem próximo à cripta dos Papas, e
posteriormente levado para a basílica a ela dedicada, no terreno da antiga casa
dos nobres Cecílios.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR -
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros
Filho)
Reflexão: Um
bispo, Adelino, escreveu que, depois de Nossa Senhora, Cecília é a segunda
entre as virgens, porque guardou a castidade mesmo desposada, e a tornou
sublime pelo martírio. É, certamente, uma das poucas virgens que recebeu o
privilégio de ter o nome citado no cânon da Santa Missa. A pureza, de corpo e
espírito, é algo especialmente agradável a Deus, que recompensa largamente e de
muitas maneiras àqueles que se dedicam a imitá-Lo na virgindade e inocência.
TJL –
A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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