Card. Czerny recorda jesuítas mortos em El Salvador: "Mártires que
encarnaram o Concílio"
Em uma carta, o prefeito do Dicastério para o Serviço de
Desenvolvimento Humano Integral recorda os jesuítas assassinados na noite de 16
de novembro de 1989 na Universidade Centro-Americana da Companhia de Jesus em
San Salvador: "Sua vida e sua morte inspiram nossa missão" - Salvatore
Cernuzio – Vatican News
Passaram 33
anos desde a noite de 16 de novembro de 1989, quando seis jesuítas foram
tirados de suas camas e fuzilados por um comando das Forças Armadas
salvadorenhas no campus da UCA, a Universidade Centro-Americana da Companhia de
Jesus em San Salvador. Eram anos em que o país estava travando uma sangrenta
guerra civil (1979-1992) entre o governo militar de direita e o grupo
revolucionário Frente de Libertação Nacional Farabundo Marti (Fmln). O reitor Padre
Ignacio Ellacuría, filósofo e teólogo, Ignacio Martín-Baró, Segundo Montes,
Amando López, Joaquín López y López, Juan Ramón Moreno Pardo, foram acusados de
serem apoiadores do grupo revolucionário. Por isso foram vítimas de um ataque
feroz, durante o qual foram assassinadas também a cozinheira e governanta Elba
Ramos e sua filha Celina de 16 anos.
Oração: Deus, nosso Pai, Santa
Isabel foi um conforto para os pobres e defensora dos desesperados. A ninguém
negava sua caridade e o apoio nas horas difíceis. Colocou a serviço dos
necessitados todas as suas riquezas. Transformai também o nosso interior, para
que sejamos luz para o mundo de hoje, como Santa Isabel o foi para o seu tempo.
Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Lc 19,41-44)
Quando
Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: «Se
tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, está
escondido aos teus olhos!. Dias virão em que os inimigos farão trincheiras, te
sitiarão e te apertarão de todos os lados. Esmagarão a ti e a teus filhos, e
não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que
foste visitada».
«Se (...) tu compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!» - Rev. D. Blas RUIZ i López(Ascó, Tarragona, Espanha)
Hoje, a imagem que nos apresenta o Evangelho é a de
um Jesus que «chorou» (Lc 19,41) pela sorte da cidade escolhida, que não
reconheceu a presença do seu Salvador. Conhecendo as notícias que se deram nos
últimos tempos, seria fácil para nós aplicar essa lamentação à cidade que é —à
vez— santa e fonte de divisões.
Mas, olhando mais para a frente, podemos identificar esta Jerusalém com o povo
escolhido, que é a Igreja, e —por extensão— com o mundo em que esta levará a
termo a sua missão. Se assim o fazemos, encontraremos uma comunidade que, ainda
que tenha alcançado o topo no campo da tecnologia e da ciência, geme e chora,
porque vive rodeada pelo egoísmo dos seus membros, porque levantou ao seu redor
os muros da violência e do desordem moral, porque atira no chão os seus filhos,
arrastando-os com as cadeias de um individualismo desumanizador.
Definitivamente, o que encontraremos é um povo que não soube reconhecer o Deus
que o visitava (cf. Lc 19,44).
Porém, nós os cristãos, não podemos ficar na pura lamentação, não devemos ser
profetas de desventuras, mas homens de esperança. Conhecemos o final da
história, sabemos que Cristo fez cair os muros e rompeu as cadeias: as lágrimas
que derrama neste Evangelho prefiguram o sangue com o qual nos salvou.
De fato, Jesus está presente na sua Igreja, especialmente através daqueles mais
necessitados. Temos de advertir esta presença para entender a ternura que
Cristo tem por nós: é tão excelso o seu amor, diz-nos Santo Ambrósio, que Ele
se fez pequeno e humilde para que cheguemos a ser grandes; Ele deixou-se
amarrar entre as fraldas como um menino para que nós sejamos liberados dos
laços do pecado; Ele deixou-se cravar na cruz para que nós sejamos contados
entre as estrelas do céu... Por isso, temos de dar graças a Deus, e descobrir
presente no meio de nós aquele que nos visita e nos redime.
Santo do Dia: Santa Isabel da Hungria
Isabel era princesa na Hungria, foi rainha na Alemanha, e se fez
santa na Terra e para o Céu.
Nasceu no ano de 1207, e desde
então já foi prometida em casamento para o duque Ludwig da Turíngia, na
Alemanha. Cresceu e foi educada junto com o futuro marido. Ele a amava
sinceramente, e a apoiava nas suas iniciativas de espiritualidade. Porém
a sogra e demais parentes do esposo tinham ciúmes e procuraram prejudicá-la por
quase toda a sua curta vida.
Embora em
nada descuidando do seu papel de esposa e mãe, o que mais caracterizou Isabel foi a sua vida
de espiritualidade e particular caridade aos pobres. Como a eles dedicava não
só o próprio serviço, pessoalmente lavando-os, alimentando-os e vestindo-os,
mas também utilizava dinheiro para as suas necessidades, a sogra tentou
indispor Ludwig, alegando que Isabel esbanjava as riquezas da coroa. Numa
ocasião, saindo ela com alimentos para distribuir aos necessitados, ele a
questionou e ela disse que só levava rosas – esquecendo ser inverno – e, ao
abrir a sacola, de fato apareceram rosas.
De outra
vez, a sogra o avisou de que Isabel estava a cuidando de um leproso no seu próprio
quarto, mas ao entrar Ludwig encontrou sobre o leito Cristo crucificado,
em quem o leproso se transformara.
Apesar das
dificuldades, o casamento foi muito feliz. Ludwig porém faleceu de peste, na Itália,
quando ia para as cruzadas na Terra Santa. Então a sogra e parentes do marido a
expulsaram da corte com os filhos, pretextando de que ela esbanjava
os bens da família, quando Isabel, por causa de um período de carência de
víveres na região, sustentou pelos cofres públicos a centenas de pobres.
Acolhida
finalmente, sem nada mais ter, no Convento Cisterciense de Ktizingen, onde
uma sua tia era abadessa, Isabel decidiu confiar a seus parentes a educação dos
filhos, Hermano, Sofia e Gertrudes, e tomou o hábito da Ordem
Terceira de São Francisco.
Confrontados
por companheiros de Ludwig nas cruzadas, os seus irmãos, os príncipes, arrependeram-se,
pedindo perdão a Isabel e restituindo-lhe os bens. Ela porém preferiu viver na
pobreza, numa modesta residência em Marburg, onde, com o valor da sua herança,
mandou construir um hospital. Morreu em 1231, aos 24 anos: foi
noiva aos 14, mãe aos 15 e viúva aos 20. Por causa dos milagres ocorridos no seu
túmulo, foi canonizada já em 1235, e declarada padroeira da Ordem Terceira
Franciscana.(Colaboração: Padre Evaldo César
de Souza, CSsR- Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: Santa Isabel
foi tão especial quanto singular foi a sua vida, curta e responsável. Desde
nova demonstrou extraordinária espiritualidade, que a levou a ser a única
soberana recusando-se a usar a coroa na cerimônia de casamento, dentro da
igreja, alegando que não poderia usar objeto tão precioso e símbolo da realeza
diante de Cristo, nosso Rei coroado de espinhos. De origem real, sua maior
nobreza foi a santidade, que partilhava com outras pessoas da família (Santa
Edwiges, Santa Inês da Boêmia, etc.), manifesta especialmente na caridade com
os pobres. Dela disse o Papa Bento XVI: “E como tinha descoberto realmente a
Deus, e Cristo não era para ela uma figura distante, mas o Senhor e o Irmão da
sua vida, encontrou a partir de Deus o ser humano, imagem de Deus. Essa é
também a razão porque quis e pôde levar aos homens a justiça e o amor divinos.
Só quem encontra a Deus pode também ser autenticamente humano”. (Da homilia na
igreja de Santa Isabel da Hungria de Munique, 2 de dezembro de 1981).
TJL – A12.COM -EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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