sábado, 19 de novembro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 21. NOVEMBRO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


21 DE NOVEMBRO DE 2022 - Segunda-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Oração: Deus Eterno e Todo-Poderoso, por intercessão de Vosso servo São Gelásio I, suscitai entre nós dignos pastores do Vosso rebanho, para a santificação daqueles que a Vós se consagram e para o auxílio da salvação dos Vossos fiéis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Evangelho (Lc 21,1-4):

 Naquele tempo, ao levantar os olhos, Jesus viu pessoas ricas depositando ofertas no cofre. Viu também uma viúva necessitada que deu duas moedinhas. E ele comentou: «Em verdade, vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Pois todos eles depositaram como oferta parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver».

«Mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver» - Rev. D. Àngel Eugeni PÉREZ i Sánchez(Barcelona, Espanha)

Hoje, como quase sempre, as coisas pequenas passam ignoradas, pequenas esmolas, sacrifícios pequenos, pequenas orações (jaculatórias), mas o que parece pequeno e sem importância constitui muitas vezes a trama e também o remate das obras-primas: tanto das grandes obras de arte como da obra máxima da santidade pessoal.
Pelo fato de essas coisas pequenas passarem desconhecidas, a sua retidão de intenção está garantida: com elas não procuramos o reconhecimento dos outros, nem a glória humana. Só Deus as descobrirá no nosso coração, como só Jesus se apercebeu da generosidade da viúva. É mais do que garantido que a pobre mulher não anunciou o seu gesto com um toque de trompete e até é possível que se envergonhasse bastante e se sentisse ridícula perante o olhar dos ricos, que deitavam grandes donativos no cofre do templo e disso faziam alarde. Porém, a sua generosidade, que a levou a tirar forças da fraqueza no meio da sua indigência, mereceu o elogio do Senhor, que vê o coração das pessoas: «Em verdade, vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Pois todos eles depositaram como oferta parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver» (Lc 21,3-4).
A generosidade da viúva pobre é uma boa lição para nós, discípulos de Cristo. Podemos dar muitas coisas, como os ricos que «depositavam as suas ofertas no cofre» (Lc 21,1), mas nada disso terá valor se só dermos “daquilo que nos sobra”, sem amor e sem espírito de generosidade, sem nos oferecermos a nós próprios. Diz Sto. Agostinho: «Eles punham os olhos nas grandes oferendas dos ricos, louvando-os por isso. Porém, embora tivessem logo visto a viúva, quantos viram aquelas duas moedas?... Ela deu tudo o que possuía. Tinha muito, porque tinha Deus no seu coração. É muito mais ter Deus na alma do que ouro na arca». É bem certo: se somos generosos com Deus, muito mais o será Ele conosco.

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Nunca conteis o dinheiro que dais, porque digo sempre: se quando dais esmola a mão esquerda não deve saber o que faz a mão direita, então direita também não o deverá saber» (São José Benedito Cottolengo)«As Escrituras convidam-nos a considerar a esmola com uma visão mais profunda, que transcende a dimensão puramente material, e ensina-nos a ver que há mais felicidade em dar do que em receber» (Benedito XVI)«O décimo mandamento proíbe a cupidez desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e seu poder» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.552)

Santo do Dia: São Gelásio I

Gelásio era de origem africana, culto, inteligente e dotado de personalidade forte. Entrou para o clero romano, atuou como conselheiro papal e sucedeu Félix II como Papa, de 492 a 496. Enérgico e intransigente na defesa dos direitos da Igreja, era terno e compassivo com as misérias humanas.

Em apenas quatro anos de pontificado, realizou imensas tarefas. Como Pastor, combateu firmemente as heresias monofisita e do pelagianismo, e também o maniqueísmo e outras seitas que ameaçavam a unidade da Igreja; denunciou ao Senado romano as imoralidades de certas festas pagãs, que não mais deviam existir depois da adoção do Cristianismo pelo Império; organizou e presidiu o Sínodo de 494, no qual foi aprovada grande renovação litúrgica da Igreja; publicou o Sacramentário Gelasiano, com orientação clara da administração dos Sacramentos, das orações na Missa e nas solenidades litúrgicas, uniformizando as funções e ritos das várias Igrejas; estabeleceu normas de disciplina eclesiástica e incentivou a vida monástica.

Não menos importante, foi o primeiro pontífice a expressar a máxima autoridade do Bispo de Roma sobre toda a Igreja, escrevendo uma carta ao imperador romano do Oriente, que pretendia interferir na administração da Igreja: “… há distinção entre a autoridade do Papa e a dos reis; a primeira é imensamente mais elevada, pois inclui responsabilidade espiritual também sobre os príncipes temporais”.

Conclamou o Senado romano, apático e desinteressado durante a derrocada do Império frente às invasões bárbaras, a assumir o seu dever.

Teve imensa caridade, salvando Roma do perigo da carestia, e distribuiu muitos bens da Igreja para aliviar as consequências da fome; dele foi dito que “morreu pobre após ter enriquecido a muitos pobres”: sobre seu túmulo foi escrito "Pai dos pobres". Morreu em 21 de novembro de 496, em Roma.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão: São Gelásio foi um gigante na defesa da Fé e na caridade aos carentes, aliando firmeza na ação e docilidade no trato – uma característica da ação do Espírito Santo... Cuidou incansavelmente da saúde espiritual e material dos seus filhos, provendo o melhor, como verdadeiro Pai, para as suas necessidades. Neste sentido, é exemplo tanto para os que abraçam a vida sacerdotal como para os pais de família.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

Nenhum comentário:

Postar um comentário