Advento: retorno dos peregrinos a Belém, cidade do
primeiro Natal
No sábado, 26 de novembro, uma grande festa foi organizada na
cidade para a solene entrada de Fr. Francesco Patton, Custódio da Terra Santa,
para a abertura do Advento.(Lurdinha Nunes – Belém)
A cidade de
Belém se prepara para o retorno dos peregrinos no início do Advento. Nos
últimos meses, milhares de peregrinos de todo o mundo visitaram a Basílica da
Natividade.
FREI RAMI
ASAKRIEH, OFM - Pároco da Igreja Latina de Santa Catarina
Depois de
passar por um período muito difícil durante o Covid com tantas restrições
que prejudicaram a todos, eis que chega o Natal, assim como ele é, um
anúncio de paz, um anúncio de felicidade para todos. Iniciamos agora o tempo do
Advento, tempo de oração, de preparação espiritual, mas também de espera, de
alegria, onde já se vê o fruto da sua presença entre nós: Ele é mais forte que
a doença, que a morte. Os peregrinos voltaram, vamos celebrar como todos os
anos no passado.
No sábado,
26 de novembro, uma grande festa foi organizada na cidade para a solene entrada
de Fr. Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, para a abertura do Advento. O
Custódio foi recebido pelas autoridades e paróquias no Mosteiro de São Elias e
depois passou pela "Estrada dos Patriarcas", até a cidade de
Belém.
Oração: Deus de amor, que nunca esqueces onde estamos, mas nos envias neste mundo como apóstolos da Vossa paz, fortalecei-nos, pela intercessão de São Saturnino de Toulouse, com os exemplos dos mártires, para termos fidelidade nos trabalhos missionários e conseguirmos proteção para os seus frutos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Evangelho
(Lc 10,21-24):
Naquele mesma
hora, ele exultou no Espírito Santo e disse: «Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e
da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste
aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu
Pai, e ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece o Pai, a não
ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar». E voltando-se para os
discípulos em particular, disse-lhes: «Felizes os olhos que vêem o que vós
estais vendo! Pois eu vos digo: muitos profetas e reis quiseram ver o que vós
estais vendo, e não viram; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram».
« Eu te louvo, Pai» - Abbé Jean GOTTIGNY(Bruxelles, Blgica)
Hoje lemos um
extrato do capítulo dez do Evangelho segundo São Lucas. O Senhor enviou a
setenta e dois discípulos aos lugares onde Ele mesmo iria. E voltaram
exultantes. Ouvindo contar suas proezas «Naquele mesma hora, Jesus exultou de
alegria no Espírito Santo e disse, Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra»
(Lc 10,21).
A gratidão é uma das facetas da humildade. O arrogante considera que não deve
nada a ninguém. Mas para estar agradecido, primeiro, devemos ser capazes de
descobrir nossa insignificância. “Obrigado” é uma das primeiras palavras que
ensinamos às crianças. «Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no
Espírito Santo e disse: "Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças
porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos
pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado». (Lc 10,21)
Bento XVI, ao falar sobre a atitude de adoração, afirma que ela pré-supõe um
«reconhecimento da presença de Deus, Criador y Senhor do universo. É um
reconhecimento pleno em gratidão, que brota desde o mais fundo do coração e
abrange todo o ser, porque o homem só pode realizar-se plenamente a si mesmo
adorando e amando a Deus acima de todas as coisas».
Uma alma sensível experimenta a necessidade de manifestar seu reconhecimento. É
o mínimo que podemos fazer para responder aos favores divinos. «O que há de
superior em ti? Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste,
por que te glorias, como se o não tivesses recebido?» (1Cor 4,7). Lógico que,
nos faz falta «agradecer a Deus Pai, através do seu filho, no Espírito Santo;
com a grande misericórdia com que nos tem amado, tem sentido compaixão por nós,
e quando estávamos mortos por nossos pecados, nos fez reviver com Cristo para
que sejamos Nele uma nova criação» (São Leão Magno).
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Antigamente,
¿qual a ideia de Deus que poderia ter o homem, para além da ideia de um ídolo
fabricado pelo seu coração? Era incompreensível. Mas agora tem querido ser
compreendido. ¿De que jeito? Deitado em uma manjedoura. Quando medito nisso, o
meu pensamento vai até Deus» (São Bernardo)«Jesus encheu-se de alegria no
Espírito Santo e louvou ao Pai. Esta é a vida interior de Jesus: o seu
relacionamento com o Pai no Espírito. Jesus é a proximidade da ternura do Pai
para nós» (Francisco)«Compreende-se então a dupla dimensão da liturgia cristã,
como resposta de fé e de amor às «bênçãos espirituais» com que o Pai nos
gratifica. Por um lado, a Igreja, unida ao seu Senhor e «sob a ação do Espírito
Santo» (Lc 10,21), bendiz o Pai «pelo seu Dom inefável» (2 Cor 9, 15), mediante
a adoração, o louvor e a ação de graças. Por outro lado... a Igreja não cessa
de oferecer ao Pai «a oblação dos seus próprios dons» e de Lhe implorar que
envie o Espírito Santo sobre esta oblação, sobre si própria, sobre os fiéis e
sobre o mundo inteiro, a fim de que... estas bênçãos divinas produzam frutos de
vida” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.083)
Santo do Dia: São Saturnino de Toulouse
São Saturnino, de provável
origem grega, foi um dos sete bispos enviados por Roma no século III para a
evangelização das Gálias, atual França. Mesmo ainda a caminho, e em outras
viagens, sua pregação fervorosa convertia grande número de pessoas.
Chegou à região de Toulouse,
que, desorganizada desde 177 por causa do grande massacre dos mártires de
Lyon, contava com poucas comunidades cristãs, ainda resistentes ao crescente
paganismo. A chegada de Saturnino deu novo ânimo à vida destes
católicos. Ali ele se fixou e
fundou a diocese de Toulouse, sendo seu primeiro bispo. Esteve também em
Pamplona, na Espanha, onde batizou o futuro São Firmino.
Voltando a Toulouse, onde sua atuação incomodava
enormemente os sacerdotes pagãos dos deuses romanos, continuou celebrando a
Missa, apesar de um decreto imperial que a proibia e condenasse à morte seus
participantes. Durante uma celebração, num domingo, foi descoberto, com outros 48
fiéis. Instado a sacrificar um touro a Júpiter, a quem dizia não temer o poder
dos raios, já que não existia, recusou e por isso foi amarrado pelos pés ao
pescoço de um touro bravo e arrastado pelas ruas da cidade.
São Saturnino morreu com os membros
despedaçados, e seu corpo, abandonado no meio de uma estrada, foi depois recolhido por duas piedosas mulheres, que lhe deram
sepultura. Este local chegou a ser esquecido, mas suas relíquias foram
encontradas no século VI, e o culto a ele confirmado para o dia 29
de novembro.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR - Revisão e
acréscimos: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: A Verdade de
Cristo sempre incomodou aqueles que desejam justificar suas iniquidades, seja
por meio de deuses fabricados pelos próprios homens, seja pela absurda negação
de Deus, que pode ser claramente percebido a partir da Criação – de fato, a
noção essencial de um Deus único criador de todas as coisas foi alcançada por
Sócrates, Platão e Aristóteles, mesmo sem o benefício da Revelação dada ao povo
judeu, com o correto uso da Razão e da observação das realidades existentes. A
raiva bestial dos que orgulhosamente não aceitam seu próprio Pai, nem o Seu
amor, sempre tentará despedaçar os membros da Igreja, mas ela, Corpo Místico de
Cristo, tem a sua vida garantida pela mesma vida eterna Daquele que a gerou.
Importa, para nós fiéis, não sacrificar à mentira as nossas almas, mas com
caridade viver e anunciar o Evangelho, na certeza de que Deus não nos abandona
nas estradas da nossa caminhada terrena, mas firmemente nos conduz para Ele.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET- VATICANNEWS.VA
Nenhum comentário:
Postar um comentário