terça-feira, 15 de novembro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 16. NOVEMBRO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


16 DE NOVEMBRO DE 2022- Quarta-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Istambul, o Papa: a violência não desencoraje o povo turco de construir a fraternidade

Num telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, Francisco manifesta seu pesar pelas vítimas do atentado de 13 de novembro no centro da capital, que deixou 8 mortos e mais de 80 feridos. Nas últimas horas, "firme condenação" do patriarca Bartolomeu que foi ao local do atentado. O número de detenções subiu para 50, incluindo uma mulher síria considerada responsável. Salvatore Cernuzio – Vatican News

É "profunda" a dor expressa pelo Papa Francisco pelo atentado, em Istambul, que deixou oito mortos e mais de 80 feridos numa das ruas centrais da capital turca, no domingo 13 de novembro. um telegrama, assinado pelo secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, ao núncio apostólico na Turquia, dom Marek Solczyński, o Papa envia seu pesar às famílias e amigos das vítimas e, assegurando "sua proximidade espiritual", reza "para que nenhum ato de violência desencoraje os esforços do povo turco para construir uma sociedade baseada nos valores da fraternidade, da justiça e da paz".  A condenação de Bartolomeu    -O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, também expressou, nas últimas horas, "firme condenação" ao atentado e, de acordo com a mídia local, foi ao lugar do ataque para recordar as vítimas.

Oração: Ó Senhor, que amastes Santa Gertrudes com amor eterno, falando ao seu coração, dá-me ouvidos para escutar Vossa voz, e fé para responder ao Vosso chamado, com entrega comparável à desta apaixonada do Vosso Santo Coração. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Evangelho (Lc 19,11-28)

 Naquele tempo, enquanto estavam escutando, Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia se manifestar logo. Disse: «Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. Chamou então dez dos seus servos, entregou a cada um uma bolsa de dinheiro e disse: Negociai com isto até que eu volte. Seus concidadãos, porém, tinham aversão a ele e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: Não queremos que esse homem reine sobre nós.
Mas o homem foi nomeado rei e voltou. Mandou chamar os servos, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber que negócios cada um havia feito. O primeiro chegou e disse: Senhor, a quantia que me deste rendeu dez vezes mais. O homem disse: Parabéns, servo bom. Como te mostraste fiel nesta mínima coisa, recebe o governo de dez cidades. O segundo chegou e disse: Senhor, a quantia que me deste rendeu cinco vezes mais. O homem disse também a este: Tu, recebe o governo de cinco cidades. Chegou o outro servo e disse: Senhor, aqui está a quantia que me deste: eu a guardei num lenço, pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste. O homem disse: Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Sabias que sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. Então, por que não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros.
Depois disse aos que estavam aí presentes: Tirai dele sua quantia e dai àquele que fez render dez vezes mais. Os presentes disseram: Senhor, esse já tem dez vezes a quantia! Ele respondeu: Eu vos digo: a todo aquele que tem, será dado, mas àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado. E quanto a esses meus inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente».
Depois dessas palavras, Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.

«Negociai com isto até que eu volte» - + P. Pere SUÑER i Puig SJ(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho propõe-nos a parábola das minas: uma quantidade de dinheiro que aquele nobre repartiu entre seus servos, antes de partir de viagem. Primeiro fixemo-nos na ocasião que provoca a parábola de Jesus. Ele ia subindo para Jerusalém, onde o esperava a paixão e a conseqüente ressurreição. Os discípulos «pensavam que o Reino de Deus ia se manifestar logo» (Lc 19,11). É nessas circunstâncias que Jesus propõe esta parábola. Com ela, Jesus ensina-nos que temos que fazer render os dons e qualidades que Ele nos deu, isto é, que nos deixou a cada um. Não são nossos de maneira que possamos fazer com eles o que queiramos. Ele deixou-nos esses dons para que os façamos render. Os que fizeram render as minas - mais ou menos - são louvados e premiados pelo seu Senhor. É o servo preguiçoso, que guardou o dinheiro num lenço sem o fazer render, é o que é repreendido e condenado.
O cristão, pois, tem que esperar,claro está, o regresso do seu Senhor, Jesus. Mas com duas condições, se quer que o encontro seja amigável. A primeira condição é que afaste a curiosidade doentia de querer saber a hora da solene e vitoriosa volta do Senhor. Virá, diz em outro lugar, quando menos o pensemos. Fora, por tanto, as especulações sobre isto! Esperamos com esperança, mas numa espera confiada sem doentia curiosidade. A segunda condição, é que não percamos o tempo. A esperança do encontro e do final gozoso não pode ser desculpa para não tomarmos a sério o momento presente. Precisamente, porque a alegria e o gozo do encontro final será tanto melhor quanto maior for a colaboração que cada um tiver dado pela causa do reino na vida presente.
Não falta, também aqui, a grave advertência de Jesus aos que se revelam contra Ele: «E quanto a esses meus inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente» (Lc 19,27)
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Quando o cristão mata o seu tempo na terra, põe-se em perigo de matar o seu céu» (São Josemaria)«Qualquer ambiente, mesmo o mais distante e impraticável, pode tornar-se um lugar onde os talentos podem atuar. Não há situações ou lugares excluídos da presença e do testemunho cristão» (Francisco)«(…) Cada homem é constituído 'herdeiro', recebe 'talentos' que enriquecem a sua identidade e cujos frutos deve desenvolver (3). Com toda a razão, cada um é devedor de dedicação às comunidades de que faz parte (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.880)

Santo do Dia: Santa Gertrudes

Nascida na Saxônia, em 1256, era filha de fervorosos pais cristãos. Aos cinco anos de idade foi entregue ao mosteiro cisterciense de Hefta, onde, descobrindo a vocação religiosa, permaneceu até a morte. cresceu adquirindo grande cultura cristã. Possuidora de grande carisma místico tornou-se religiosa consagrada.

Sua vida contemplativa era sinal de perseverança para as outras religiosas. Aos 25 anos de idade teve a primeira das visões que a introduziu em elevada vida mística, comparável às de Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz. Tais revelações ela as escreveu no livro "Mensageiro do Divino Amor", importante obra cristã de teologia mística e praticamente a única fonte sobre a sua vida diária.

O conteúdo das suas revelações e visões era o entendimento do amor de Cristo pelos homens. Dedicava-se à penitência corporal e, especialmente, à meditação da sagrada Paixão e Morte de Cristo, à oração diante do Sacrário, e à devoção a Nossa Senhora. O amor à humanidade de Cristo a levou a descobrir a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, antecipando-se assim às revelações dessa devoção a Santa Maria Alacoque.

Foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de 10 anos, falecendo, como num êxtase de amor, em 1301.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR - Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão: A vida contemplativa foi a vocação de Santa Gertrudes. Relativamente poucos são chamados a esta vida, e menos ainda às visões e revelações divinas. Contudo, da oração devota e mais pura destes poucos, muito depende a misericórdia de Deus para com a humanidade, e mais deveriam ser reconhecidas e valorizadas tais vocações. É no silêncio e recolhimento que podemos ouvir a Deus, e onde Ele mais intensamente Se manifesta à nossa alma. Mesmo na vida comum, não podemos deixar de dedicar o tempo necessário a este encontro íntimo e transformador com Deus. Caso contrário, a nossa vida espiritual tenderá à superficialidade, rotina, e, por fim, desinteresse, pois só amamos o que conhecemos, e só bem conhecemos a Deus no recolhimento da alma.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

Nenhum comentário:

Postar um comentário