sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Evangelho

Sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Santos Anjos da Guarda. Memória, Ofício de Memória, 2ª do Saltério, cor Branca



Os Anjos são criaturas de Deus e mensageiros divinos. Os evangelhos e outros textos bíblicos falam-nos deles. E tão significativa é a afirmação de Jesus em defesa dos humildes e dos pequeninos: “Os seus anjos estão sempre na presença do Pai” (Mt 18,10). Eles nos guardam na misericórdia divina: essa é nossa fé. Como peregrinos nesta terra, é tão bom saber que o Senhor nos protege e nos guarda por meio de seus Mensageiros. Veneramos os Anjos e louvamos a Deus que nos concede tão grande dádiva.

A Igreja celebra hoje:

Santa Teresa do Menino Jesus (França, proclamada, juntamente com São Francisco Xavier, padroeira das missões apostólicas), Plato (Séc. III), Crestos (Séc. III), Veríssimo, Máxima e Júlia (Lisboa, Portugal), Bavão (658), Remi, Romano (o Melódio).

Oração
Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandais os vossos anjos para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Evangelho: Mateus (Mt 18, 1-5.10)
Não desprezeis nenhum desses pequeninos


Naquela hora, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: "Quem é o maior no Reino dos céus?" 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: "Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. 10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus". Palavra da Salvação!

A Igreja, primícias do Reino dos Céus. Leituras paralelas: Mt 9, 33-36; Lc 9, 46-47; Lc 18,17
O evangelho de hoje é sempre válido para a 19ª semana do Tempo Comum (anos pares e impares).



Comentando o Evangelho - Amar os pequeninos

O amor aos pequeninos deve ser um ponto de honra para a comunidade cristã. Trata-se, aqui, de atitudes concretas de apreço, incentivo e estima, mormente em relação a quem está dando os primeiros passos na fé, uma vez que, nem sempre, é capaz de superar os obstáculos com que se defronta. Corre-se o grande perigo de assumir, diante desses pequeninos, uma atitude farisaica de rigorismo, apresentando-lhes exigências descabidas, a ponto de jogá-los fora da comunidade cristã e afastá-los da salvação.
A exortação de Jesus – “Cuidem de não desprezar um só destes pequeninos” – revela que a fé é uma dinâmica, cujos passos vão sendo dados pouco a pouco. É inútil querer impor-se aos demais, e determinar o ritmo que devem seguir.
Quem está dando os primeiros passos deve ser objeto de especial atenção. O abandono de certos hábitos e a acolhida do modo de ser próprio do discípulo do Reino, muitas vezes, é muito penoso. A simples força de vontade ou a firme decisão de ser diferente podem mostrar-se insuficientes quando se trata de mudar de vida. O efetivamente conseguido não corresponde àquilo que se deseja. Nem por isso, a comunidade tem o direito de desfazer-se de quem vai caminhando com dificuldade. Pelo contrário, este deve ser objeto de atenção redobrada, para não vir a esmorecer na sua opção pelo Reino. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano B, ©Paulinas, 1996]

A Igreja celebra hoje:
Santos Anjos da Guarda

A liturgia, hoje, comemora a festa dos Santos Anjos da Guarda ou Custódios. A Igreja, em sua piedade, sempre acreditou na existência não só de anjos em geral, dos quais nos falam repetidamente as páginas da Sagrada Escritura, mas também de anjos destinados a guardar e proteger os homens na caminhada terrena.
A palavra anjo significa "enviado", mensageiro, divino. Às vezes são chamados na Bíblia filhos de Deus porque formam a corte celeste.
Já no Antigo Testamento os anjos aparecem, repetidas vezes, como manifestações ou intervenções de Deus na história do povo eleito. Eles são os portadores de mensagens divinas, e participam de perto na história do povo de Israel, a fim de que seja fiel à missão que Deus lhe confia.
No Novo Testamento o papel dos anjos é mais claro. Os anjos anunciam o nascimento de Cristo e acompanham a vida toda do Divino Mestre. Aparecem por ocasião de sua paixão e morte e são testemunhas de sua Ressurreição. Igualmente nos Atos dos Apóstolos é bem evidente a intervenção dos anjos que vai marcando os primeiros passos da Igreja. Eles tomam parte ativa nos progressos do Evangelho, manifestando assim que a comunidade eclesial se liga intimamente ao ministério de Cristo.
O apóstolo São Paulo dá testemunho disso quando escreve: "Não são todos os anjos espíritos a serviço de Deus, que lhes confia missões para o bem daqueles que devem herdar a salvação?" (Hb 1,14).
Afinal, a Bíblia está repleta de notícias sobre os anjos. Mas quais as principais referências relativas ac anjo da guarda? Tem fundamento a crença da Igreja que cada homem tem um anjo protetor?
O Salmo 90, que se refere ao futuro Messias, fala explicitamente que Deus mandou seus anjos guardar o Messias: "Em todos os seus passos, eles o sustentarão em suas mãos para que não tropece em alguma pedra".
Ora, Cristo é o primogênito de todas as criaturas, nosso irmão e modelo; se, portanto, sua humanidade, apesar de unida com a Divindade, era continuamente protegida por anjos, muito mais devemos ser nós, seus membros, tão frágeis.
Jesus, certa vez, falando das crianças que propunha como modelos de inocência, de simplicidade e docilidade, teve palavras fortes contra os possíveis escandalizadores das crianças e acrescentou: "Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos! Porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está no céu" (Mt 18,10).
Temos outro detalhe importante nos Atos dos Apóstolos: quando São Pedro, libertado da cadeia, por intervenção de um anjo, se dirigia à noite à casa do amigo Marcos, bateu à porta, mas de dentro não se atreviam a abrir, embora reconhecendo que fosse sua voz, pois diziam: "E seu anjo". Esta frase traduz uma convicção dos primeiros cristãos relativa à existência de um anjo que acompanha cada um de nós. Esta, de fato, é a crença universal e pacífica da Igreja em todos os tempos. [O SANTO DO DIA, Dom Servilio Conti, ©Vozes, 1997]

Não são os postos que honram os homens, são os homens que honram os postos. (Agesilau)

tjl@

Nenhum comentário:

Postar um comentário