Domingo
de Ramos / Foto: pxhere.com
BRASILIA,
30 Mar. 20 / 06:00 pm (ACI).- Devido
à quarentena pelo coronavírus, muitas Arquidioceses e Dioceses no Brasil estão
celebrando a Santa Missa sem
a presença do povo, o que se prolongará, inclusive, durante a Semana Santa,
que começa no próximo domingo, 5 de abril, Domingo de Ramos.
Por conta desta
circunstância, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) propôs cinco pontos a fim de “ajudar os fiéis na celebração do Domingo
de Ramos”, o qual todos são chamados a celebrar “com fé e esperança”.
A seguir, os cinco
pontos propostos pela CNBB para o Domingo de Ramos:
1. Rezar pedindo a
graça de bem viver a Semana Santa, ainda que em recolhimento em casa.
2. Colocar no
portão ou na porta de casa (em lugar bem visível) alguns ramos. Marcar a casa é
uma característica do povo de Deus.
3. Participar das celebrações
transmitidas pela televisão ou pelas redes sociais.
4. Comprometer-se
a, no futuro, participar ativamente da Coleta da Campanha da Fraternidade. Com
ela, ajudamos os mais pobres.
5. Motivar pelas
redes sociais, telefonemas ou outros meios que mantenham o distanciamento
social, outras pessoas a também celebrarem o domingo de Ramos desse mesmo modo.
lEvangelho (Jo 8,31-42)
Jesus, então, disse
aos judeus que acreditaram nele: «Se permanecerdes em minha palavra, sereis
verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos
tornará livres». Eles responderam: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca
fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?» Jesus
respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: todo aquele que comete o pecado é
escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre na casa, o filho nela
permanece para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente
livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão. No entanto, procurais
matar-me, porque minha palavra não encontra espaço em vós. Eu falo do que vi
junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai».
Eles responderam: «Nosso pai é Abraão». Jesus, então, lhes disse: «Se fôsseis filhos de Abraão, praticaríeis as obras de Abraão! Agora, no entanto, procurais matar-me, porque vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto Abraão não fez. Vós fazeis as obras do vosso pai». Eles disseram então a Jesus: «Nós não nascemos da prostituição. Só temos um pai: Deus». Jesus respondeu: «Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis, pois é da parte de Deus que eu saí e vim. Eu não vim por conta própria; foi ele quem me enviou». Palavra de vida eterna.
Eles responderam: «Nosso pai é Abraão». Jesus, então, lhes disse: «Se fôsseis filhos de Abraão, praticaríeis as obras de Abraão! Agora, no entanto, procurais matar-me, porque vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto Abraão não fez. Vós fazeis as obras do vosso pai». Eles disseram então a Jesus: «Nós não nascemos da prostituição. Só temos um pai: Deus». Jesus respondeu: «Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis, pois é da parte de Deus que eu saí e vim. Eu não vim por conta própria; foi ele quem me enviou». Palavra de vida eterna.
«Conhecereis a verdade, e a
verdade vos tornará livres»
Rev. D.
Iñaki BALLBÉ i Turu(Terrassa, Barcelona, Espanha)
Hoje quando estão faltando poucos
dias para a Semana Santa, o Senhor pede-nos que lutemos para viver coisas
concretas, pequenas, mas às vezes, não fáceis. Ao longo da reflexão as iremos
explicando: basicamente trata-se de perseverar na sua palavra. Que importante é
referir nossa vida sempre no Evangelho! Podemo-nos perguntar: que faria Jesus
nesta situação que devo afrontar? Como trataria a esta pessoa que me custa
especialmente? Qual seria a sua reação ante esta circunstancia? O cristão deve
ser — segundo São Paulo— “outro Cristo”: «Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo
que vive em mim» (Gl 2,20). O reflexo do Senhor na nossa vida de cada dia, Como
é? Sou seu espelho?.
O Senhor assegura-nos que se perseveramos na sua palavra, conheceremos a verdade e, a verdade nos fará livres (cf. Jo 8,32). Dizer a verdade não sempre é fácil. Quantas vezes se nos escapam pequenas mentiras, dissimulamos, fazemos como se não ouvíssemos? Não podemos enganar a Deus. Ele vê-nos, nos contempla, nos ama e nos acompanha no nosso dia-a-dia. No oitavo mandamento ensina-nos que não podemos fazer falsos testemunhos, nem dizer mentiras, por pequenos que sejam, ainda que podem parecer insignificantes. Tampouco tem cabimento as mentiras “de piedade”. «Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não» (Mt 5,37), nos diz Jesus em outro momento. A liberdade, esta tendência ao bem, está muito relacionada com a verdade. Algumas vezes não somos suficientes livres porque na nossa vida há como um duplo fundo, não somos claros. Temos de ser contundentes. O pecado da mentira nos escraviza.
«Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amaríeis» (Jo 8,42), diz o Senhor. Como se concreta nosso interesse diário por conhecer o Mestre? Com que devoção lemos o Evangelho, por pouco que seja o tempo de que dispomos? Que posso deixar na minha vida, no meu dia? Os que me veem poderiam dizer que leio a vida de Cristo?
O Senhor assegura-nos que se perseveramos na sua palavra, conheceremos a verdade e, a verdade nos fará livres (cf. Jo 8,32). Dizer a verdade não sempre é fácil. Quantas vezes se nos escapam pequenas mentiras, dissimulamos, fazemos como se não ouvíssemos? Não podemos enganar a Deus. Ele vê-nos, nos contempla, nos ama e nos acompanha no nosso dia-a-dia. No oitavo mandamento ensina-nos que não podemos fazer falsos testemunhos, nem dizer mentiras, por pequenos que sejam, ainda que podem parecer insignificantes. Tampouco tem cabimento as mentiras “de piedade”. «Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não» (Mt 5,37), nos diz Jesus em outro momento. A liberdade, esta tendência ao bem, está muito relacionada com a verdade. Algumas vezes não somos suficientes livres porque na nossa vida há como um duplo fundo, não somos claros. Temos de ser contundentes. O pecado da mentira nos escraviza.
«Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amaríeis» (Jo 8,42), diz o Senhor. Como se concreta nosso interesse diário por conhecer o Mestre? Com que devoção lemos o Evangelho, por pouco que seja o tempo de que dispomos? Que posso deixar na minha vida, no meu dia? Os que me veem poderiam dizer que leio a vida de Cristo?
Santo do Dia
São Hugo de Grenoble
Hugo nasceu numa
família nobre em 1053 em Castelnovo, na França. Seu pai, Odilon de Castelnovo
era um soldado da corte que depois de viúvo se casou de novo. Hugo era filho da
segunda esposa. Sua mãe ocupou-se pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os
pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos
cristãos.
Aos vinte e sete anos, Hugo foi ordenado padre e nomeado cônego. Na arquidiocese de Lião trabalhou como secretário do arcebispo. Nessa época recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do Papa Gregório VII. Reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, o Papa o nomeou para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.
Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Há tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.
Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Mas, sua vida de monge durou apenas dois anos. O Papa insistiu porque estava convencido que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso também, reassumindo o cargo.
Cinco décadas depois de muito trabalho, árduo mas frutífero, a diocese estava renovada e inclusive abrigava o primeiro mosteiro da Ordem dos monges cartuchos. Foram cinqüenta e dois anos de um apostolado profundo que uniu o povo na fé em Cristo.
Hugo morreu com oitenta anos de idade, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Aos vinte e sete anos, Hugo foi ordenado padre e nomeado cônego. Na arquidiocese de Lião trabalhou como secretário do arcebispo. Nessa época recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do Papa Gregório VII. Reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, o Papa o nomeou para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.
Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Há tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.
Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Mas, sua vida de monge durou apenas dois anos. O Papa insistiu porque estava convencido que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso também, reassumindo o cargo.
Cinco décadas depois de muito trabalho, árduo mas frutífero, a diocese estava renovada e inclusive abrigava o primeiro mosteiro da Ordem dos monges cartuchos. Foram cinqüenta e dois anos de um apostolado profundo que uniu o povo na fé em Cristo.
Hugo morreu com oitenta anos de idade, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: São Hugo foi grande propagador da vida monástica,
pois acreditava que o silêncio, a disciplina, o falar apenas o necessário, a
vida de oração, o estudo das sagradas Escrituras e o trabalho, eram os
principais meios para se evitar a leviandade e alcançar a santidade. Peçamos a
Deus que nos conceda ao menos um desses dons, sobretudo o dom da oração, que
tudo alcança.
TJL@-
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