segunda-feira, 16 de março de 2020

bom dia evangelho - 17 de março de 2020


Bodia evangelho

Dia Litúrgico:  17 DE março de 2020
Terça-feira da 3ª semana da Quaresma
Representação dos 14 Santos Salvadores da Bavária no século XIX, restaurada por Alois Liebwein. Crédito: Domínio Público.
REDAÇÃO CENTRAL, 16 Mar. 20 / 10:20 am (ACI).- A pandemia de coronavirus COVID-19 levou mais países a declararem o estado de emergência para evitar o aumento de infectados, e os bispos a tomarem medidas para prevenir mais casos entre os católicos, sem descuidar a atenção pastoral dos fiéis.
Entretanto, não é a primeira vez que a Igreja se enfrenta a uma emergência sanitária generalizada, pois em meados do século XIV a praga considerada “a catástrofe maior da história”, chamada “peste negra”, devastou a Europa e deixou 50 milhões de falecidos, cerca de 60% da população, uma taxa de mortalidade muito maior que o coronavirus até o momento.
Durante esta época, os fiéis pediram a intercessão de 14 Santos contra a praga e outras desgraças.
De acordo como o Novo Movimento Litúrgico, a devoção a estes 14 Santos se iniciou na Alemanha, onde lhes chama “Nothelfer”, que significa “auxiliadores na hora da necessidade”. À medida que a peste ressurgiu ao longo das décadas, a devoção a estes “Santos auxiliadores” se estendeu a outros países e o Papa Nicolau V declarou que toda devoção vinha com indulgências especiais. A introdução à festa dos “Santos auxiliares” se encontra no Misal de Cracóvia de 1483.
“A missa dos 14 Santos ajudantes aprovada por Nicolau V, é fundamental para quem tem grandes enfermidades, angústias, tristeza ou qualquer tribulação. É importante também para os detidos e prisioneiros, bem como para comerciantes e peregrinos, para os que foram sentenciados a morte e estão em guerra, para as mulheres que lutam no parto ou com um aborto espontâneo, pelo perdão dos pecados e pelos falecidos.”
No dia 8 de Agosto se celebra estes “Santos auxiliares” em alguns lugares. À continuação você conhecerá quem são estes santos e verá uma curiosidade, dentre eles, 13 foram mártires.
1.      São Jorge: Foi um mártir do século IV e soldado do exército durante a perseguição aos cristãos pelo imperador Diocleciano. Ele se negou a prender cristãos e oferecer sacrifícios aos deuses romanos, por isso foi torturado e executado. Invocado contra enfermidades da pele e paralisia.
2.     São Brás: Foi um mártir do século IV e bispo de Armênia que fugiu ao bosque para evitar a morte durante a perseguição contra os cristãos, mas o encontraram e prenderam. Um dia, uma mãe e seu filho que tinha um osso entupido em sua garganta o visitaram e, com sua bênção, o osso se desprendeu e o menino se salvou. O governador da Capadócia o obrigou renunciar à fé e sacrificar animais aos deuses pagãos e ao negar-se foi torturado e decapitado. Invocam-no contra os males na garganta.
3.     São Erasmo: Foi bispo em Formia (na Itália) no século IV, durante o governo de Diocleciano. Conta a lenda que o santo, chamado São Elmo, fugiu à montanha e sobreviveu alimentado por um corvo até que o prenderam e encarceraram. Escapou a prisão com a ajuda de um anjo e tempo depois, torturaram-no com barras quentes. Alguns relatos dizem que foi sanado milagrosamente e morreu por causas naturais, e outros, que as feridas foram a causa de seu martírio. Invocam-no para os que sofrem dores e transtornos no estômago, e pelas mulheres em trabalho de parto.
4.     São Pantaleão: Foi um mártir do século IV açoitado por Diocleciano, filho de um pagão rico e instruído no cristianismo por sua mãe e um sacerdote. Trabalhou como médico do imperador Maximiano, mas seus companheiros, ciumentos de sua rica herança, denunciaram-no ao imperador. Negou-se a adorar falsos deuses, foi torturado e tentaram assassiná-lo de várias maneiras: queimaram-lhe com tochas, banharam-no em chumbo líquido e o jogaram no mar amarrado a uma pedra, mas sempre foi resgatado da morte por Cristo, quem lhe aparecia como um sacerdote. Foi decapitado logo depois de desejar seu próprio martírio. Invocam-no como padroeiro dos médicos e parteiras.
5.     São Vito: Mártir do século IV açoitado pelo Diocleciano, filho de um senador na Sicilia e cristã graças à influência de uma enfermeira. Contam que irritou os pagãos por inspirar muitas conversões e fazer milagres. Foi condenado à morte junto a uma enfermeira cristã e seu marido por negar-se a renunciar a sua fé. Buscaram matá-los muitas vezes, inclusive tentaram jogá-los aos leões no Coliseu Romano, mas foram milagrosamente libertados, até que finalmente, foram executados. Invocam-no contra a epilepsia e enfermidades do sistema nervoso.
6.     São Cristóvão: Foi um mártir do século III, chamado originalmente Reprobus, filho de pagãos, que prometeu seu serviço ao rei. A conversão do rei e o ensino de um monge fizeram que se tornasse cristão, e usou sua força e músculos para ajudar pessoas a cruzarem um rio de uma margem à outra. Uma vez carregou um menino que lhe disse que era Cristo e lhe disse que seria chamado “Cristóvão” ou “Aquele que carrega Cristo”. O encontro encheu o santo de zelo missionário e quando retornou a seu lar na Turquia, converteu a quase 50 mil pessoas. O imperador Décio ordenou prendê-lo, encarcerá-lo e torturou-o de muitas formas, incluindo disparos com flechas. Foi decapitado no ano 250. Invocam-no como padroeiro para obter uma santa morte, contra a epilepsia e as dores de dente.
7.     São Denis: Alguns afirmam que São Paulo o converteu ao cristianismo em Atenas e logo se converteu no primeiro bispo de Paris no século I. Outros, que foi bispo e mártir do século III. Foi um zeloso missionário que chegou à França, onde o decapitaram no Montmartre”, o Monte dos Mártires, onde muitos cristãos foram mortos por sua fé. É invocado contra ataques demoníacos.
8.     São Ciríaco: Este diácono foi mártir do século IV, mas foi favorecido pelo Imperador Diocleciano depois de curar a sua filha e um amigo do imperador em nome de Jesus. De acordo com o site “catholicism.org” e ao livro The Fourteen Holy Helpers”, depois da mote de Dioclesiano, seu sucessor Maximiano aumentou a perseguição de cristãos e o encarcerou, torturou e finalmente o decapitou por jamais ter renunciado ao cristianismo. É o padroeiro dos enfermos que sofrem males da vista.
9.     São Acácio: Mártir do século IV durante o governo de Galerius. A tradição diz que quando foi capitão da força armada de Roma escutou uma voz que lhe disse: “Clama ao Deus Cristão por ajuda”, logo se batizou. Converteu soldados do exército, até que o denunciaram e enviaram ao tribunal onde se negou a renunciar a sua fé. Torturaram-no, mas de forma milagrosa foi curado várias vezes até que o decapitaram no ano 311. Consideram-no padroeiro dos que sofrem dores de cabeça.
10.   Santo Eustáquio: Mártir do século II açoitado por Trajano, Imperador de Roma. De acordo com a tradição, foi um general das forças armadas convertido ao cristianismo ao ter uma visão do crucifixo, que apareceu entre os chifres de um cervo enquanto caçava. Converteu a sua família e junto a sua esposa foram queimados até a morte depois de recusar-se a participar de uma cerimônia pagã. Invocam-no contra os incêndios.
11.    São Gil: É o único dos “Santos auxiliadores” que não foi mártir. Apesar de nascer para ser nobre, São Gil se converteu em monge no século VII em Atenas. Logo, sob o governo de São Bento, retirou-se ao deserto para fundar um monastério. Foi reconhecido por sua santidade e milagres que realizou. Morreu pacificamente perto do ano 712. É invocado para a cura de pessoas com enfermidades devastadoras.
12.   Santa Margarida de Antioquia: Mártir do século IV perseguida por Diocleciano. Seu pai a repudiou por converter-se ao cristianismo graças a sua enfermeira. Foi uma virgem consagrada que, enquanto cuidava rebanhos de ovelhas, foi vista por um romano que a obrigou a ser sua esposa ou concubina. Quando ela o rechaçou, levou-a à corte dos nobres onde foi ameaçada de morte se não deixasse a fé cristã, e, como se recusou, queimaram-na e ferveram-na viva, mas, milagrosamente saiu ilesa de ambos os castigos. Finalmente, foi decapitada. Invocam-na como padroeira das mulheres grávidas e dos que sofrem enfermidades dos rins.
13.   Santa Bárbara: Embora pouco conhecida, acredita-se que esta santa mártir do século III foi filha de um homem rico e zeloso. Quando lhe confessou que se converteu ao cristianismo, seu próprio pai a denunciou e a levou perante as autoridades locais, que ordenaram que fosse torturada e decapitada. Dizem que seu próprio pai a decapitou e logo, foi atingido por um raio. É invocado contra as tormentas e incêndios.
14.   Santa Catarina de Alexandria: Mártir do século IV convertida depois de uma visão de Cristo e Maria. Foi filha da rainha do Egito, quem se converteu depois de sua morte. Quando Maximiano começou a perseguir cristãos no Egito, Catarina o repreendeu e tentou lhe demonstrar que seus deuses eram falsos. Debateu com os melhores eruditos do imperador e alguns se converteram devido a seus argumentos; entretanto, foi açoitada, encarcerada e decapitada. É a santa padroeira dos filósofos e dos jovens estudantes.

Oração
Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Patrício, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mt 18,21-35)
Pedro dirigiu-se a Jesus perguntando: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.
»O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que resolveu ajustar contas com seus servos. Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna inimaginável. Como o servo não tivesse com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida. O servo, porém, prostrou-se diante dele pedindo: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida.
»Ao sair dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei'. Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que estava devendo. Quando viram o que havia acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe contaram tudo. Então o senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: ‘Servo malvado, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão».
Palavra de vida eterna.
«O senhor teve compaixão, (…) perdoou-lhe a dívida»
Rev. D. Enric PRAT i Jordana
(Sort, Lleida, Espanha)
Hoje, o Evangelho de Mateus convida-nos a uma reflexão sobre o mistério do perdão, propondo um paralelismo entre o estilo de Deus e o nosso na hora de perdoar.
O homem atreve-se a medir e a levar em conta a sua magnanimidade perdoadora: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» (Mt 18,21). A Pedro parece-lhe que sete vezes já é muito e que é, talvez, o máximo que podemos suportar. Bem visto, Pedro continua esplêndido, se o compararmos com o homem da parábola que, quando encontrou um companheiro seu que lhe devia cem denários, «Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’» (Mt 18,28), negando-se a escutar a sua súplica e a promessa de pagamento.
Fechadas as contas, o homem, ou se nega a perdoar, ou mede estritamente a medida do seu perdão. Verdadeiramente ninguém diria que receberíamos da parte de Deus um perdão infinitamente reiterado e sem limites. A parábola diz: «o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida» (Mt 18,27). E a divida era muito grande.
Mas a parábola que comentamos põe acento no estilo de Deus na hora de outorgar o perdão. Depois de chamar à ordem o seu devedor em atraso e de o fazer ver a gravidade da situação, deixou-se enternecer repentinamente pelo seu pedido contrito e humilde: «‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o senhor teve compaixão…» (Mt 18, 26-27). Este episódio põe à vista aquilo que cada um de nós conhece por experiência própria e com profundo agradecimento: que Deus perdoa sem limites ao arrependido e convertido. O final negativo e triste da parábola, contudo, faz honras de justiça e manifesta a veracidade daquela outra sentença de Jesus em Lc 6,38: «Com a medida com que medirdes sereis medidos».
Santo do Dia
São Patrício (Localização: Grã-Bretanha)
São Patrício nasceu em 380 na Grã-Bretanha. Apesar de ter nascido em família religiosa, Patrício confessa que até os 16 anos não tinha jamais preocupado seriamente com o serviço de Deus. Além disso, desde pequeno, tinha um verdadeiro horror ao estudo.
Com apenas dezesseis anos foi preso por piratas irlandeses e vendido como escravo. O adolescente, vendo-se só e abandonado, no sofrimento, solidão e desamparo, voltou-se para Deus.
Os seis anos de cativeiro de Patrício tornaram-se uma remota preparação para seu futuro apostolado. Ele adquiriu um perfeito conhecimento da língua céltica, na qual um dia iria anunciar as boas novas da Redenção. Como seu senhor era um grande sacerdote druida, ele também se familiarizou com todos os detalhes do druidismo.
Patrício era cristão e depois de muitos descaminhos conseguiu fugir e chegar na França. Na França nosso santo dirigiu-se à abadia de São Martinho de Tours, onde viveu quatro anos, tendo sempre visões divinas que lhe mostravam a Irlanda como o país onde deveria ir semear a Fé. São Patrício formou-se como padre missionário, chegando em missão até na Inglaterra. Agora impelido pelo Espírito São Patrício foi sagrado bispo e destinado para anunciar o Reino aos Irlandeses e conseguiu a conversão de todos na Irlanda.
Sobre são Patrício são contados muitos fatos miraculosos. Dizem que um chefe pagão quis matá-lo à espada. Mas, ao desferir o golpe, seu braço ficou paralisado, só voltando ao normal quando ele, contrito, se converteu. Doou ao apóstolo um estábulo, que foi transformado no primeiro santuário erigido por São Patrício na Irlanda, junto ao qual fundou um mosteiro que se tornaria seu lugar de recolhimento.
Eram tantos o milagres, bênçãos e fatos maravilhosos que acompanhavam o apostolado de São Patrício, que ele mesmo exclama em sua autobiografia: "De onde provêm essas maravilhas? Como os filhos da Irlanda, que jamais haviam conhecido o verdadeiro Deus e adoravam ídolos impuros, tornaram-se um povo santo, uma geração de filhos de Deus”?
Mas o método do Santo bispo, não passou pela política, nem sangue dos mártires, nem pelos milagres e sim pela construção de numerosos mosteiros, fazendo que a ilha passasse a ser conhecida como: "Ilha do Mosteiros". Faleceu na paz, no dia 17 de março de 461, depois de 30 anos de frutuoso apostolado na Ilha dos Santos, deixando atrás de si inúmeros santos formados em sua escola.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:A escolha de Deus não é pautada pela beleza ou inteligência. Deus escolhe os que quer e garante aos vocacionados as qualidades necessárias ao exercício da missão. São Patrício era um adolescente rebelde que conheceu o sofrimento e por ele converteu-se a Deus. Depois de muitas desventuras, encontrou paz vivendo em um mosteiro. Mas para ele estava reservada a cruz da missão, e Patrício tornou-se o grande evangelizador da Irlanda. Fez desta ilha sua casa e nela construiu não só mosteiros de pedra, mas fez do coração dos povos celtas um grande santuário. Deixemos que Deus modele nossa vida e cubra de graça todas nossas fraquezas. Com o auxílio do Mestre seremos certamente grandes missionários.
TJL@ - ACIDIGITAL.COM – DOMTOTAL.COM – EVANGELI.NET – A12.COM

Nenhum comentário:

Postar um comentário