Bom dia evangelho
18 de Março -Quarta-feira da 3ª
semana da Quaresma
Capa de “O Conde de Chanteleine”, em espanhol. Foto: LibrosLibres /
Pintura de autor anônimo representando soldados, crianças e mulheres na luta
fora de igreja em La Vendée
REDAÇÃO CENTRAL, 16 Mar. 20 / 06:00 am (ACI).- O livro "O Conde de
Chanteleine" de Júlio Verne, que foi censurado por seu editor, narra a
perseguição sofrida pelos católicos durante a Revolução Francesa.
Ambientado no
século XVIII, o romance mostra um dos genocídios católicos mais dramáticos dos
tempos modernos: a de um povoado, La Vendée, que enfrentou a ideologia da
Revolução Francesa para defender a sua fé.
"O Conde de
Chanteleine" foi publicado originalmente em três partes na revista mensal
francesa Musée des familles, de outubro a dezembro de 1894. Quando anos depois
quiseram publicá-lo como livro, o editor Pierre-Jules Hetzel vetou a proposta
por ser um militante ativo da Revolução Francesa.
O genocídio de La
Vendée deixou mais de 100 mil mortos entre os anos de 1793 e 1794, porque os
católicos eram obrigados a renunciar à sua fé com a ameaça de morrer de modo
cruel. Impiedosamente, afogavam mulheres em massa e queimavam crianças em forno
de pão.
As razões
ideológicas do editor fizeram com que a obra continuasse inédita em formato de
livro em francês até 1971, e como volume separado até 1994. Do mesmo modo, a
historiografia oficial francesa silenciou durante séculos os fatos narrados
nesta obra.
No livro são
descritos os militantes da revolução que não suportavam que a comunidade de
Vendée resistisse à sua ideologia e se opusesse às guerras travadas contra
países como a Inglaterra e a Espanha.
Assim, formou-se um
exército católico consagrado ao Coração de Jesus, cujo símbolo levavam no peito
durante as batalhas. Rezavam o terço em cada combate, lutando contra a
perseguição e o ódio do governo contra mártires católicos e inocentes que
morreram massacrados por professarem sua fé.
Oração:
Ó
Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Cirilo de Jerusalém,
concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a
proclamemos em nossas ações. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Mt 5,17-19)
«Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.
Não vim para abolir, mas para cumprir. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu
e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei,
sem que tudo aconteça. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos,
por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no
Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no
Reino dos Céus». Palavra de vida eterna.
«Não penseis que vim abolir a
Lei e os Profetas, mas para cumprir»
Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Hoje em dia há muito respeito
pelas distintas religiões. Todas elas expressam a busca da transcendência por
parte do homem, a busca do além, das realidades eternas. No entanto, no
cristianismo, que afunda suas raízes no judaísmo, esse fenômeno é inverso: é
Deus quem procura o homem.
Como lembrou João Paulo II, Deus deseja se aproximar do homem, Deus quer dirigir-lhe suas palavras, mostrar-lhe o seu rosto porque procura a intimidade com ele. Isto se faz realidade no povo de Israel, povo escolhido por Deus para receber suas palavras. Essa é a experiência que tem Moisés quando diz: «Pois qual é a grande nação que tem deuses tão próximos como o SENHOR nosso Deus, sempre que o invocamos?»(Dt 4,7). E, ainda, o salmista canta que Deus «Anuncia a Jacó a sua palavra, seus estatutos e suas normas a Israel. Não fez assim com nenhum outro povo, aos outros não revelou seus preceitos. Aleluia!» (Sal 147,19-20).
Jesus, pois, com sua presença leva a cumprimento o desejo de Deus de aproximar-se do homem. Por isto diz que: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). Vem a enriquecê-los, a iluminá-los para que os homens conheçam o verdadeiro rosto de Deus e possam entrar na intimidade com Ele.
Neste sentido, menosprezar as indicações de Deus, por insignificantes que sejam, comporta um conhecimento raquítico de Deus e, por isso, um será tido por pequeno no Reino dos Ceús. E é que, como dizia São Teófilo de Antioquia, «Deus é visto pelos que podem ver-lhe, só precisam ter abertos os olhos do espírito (...), mas alguns homens os têm empanados».
Aspiremos, pois, na oração seguir com grande fidelidade todas as indicações do Senhor. Assim, chegaremos a uma grande intimidade com Ele e, portanto, seremos tidos por grandes no Reino dos Céus.
Como lembrou João Paulo II, Deus deseja se aproximar do homem, Deus quer dirigir-lhe suas palavras, mostrar-lhe o seu rosto porque procura a intimidade com ele. Isto se faz realidade no povo de Israel, povo escolhido por Deus para receber suas palavras. Essa é a experiência que tem Moisés quando diz: «Pois qual é a grande nação que tem deuses tão próximos como o SENHOR nosso Deus, sempre que o invocamos?»(Dt 4,7). E, ainda, o salmista canta que Deus «Anuncia a Jacó a sua palavra, seus estatutos e suas normas a Israel. Não fez assim com nenhum outro povo, aos outros não revelou seus preceitos. Aleluia!» (Sal 147,19-20).
Jesus, pois, com sua presença leva a cumprimento o desejo de Deus de aproximar-se do homem. Por isto diz que: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). Vem a enriquecê-los, a iluminá-los para que os homens conheçam o verdadeiro rosto de Deus e possam entrar na intimidade com Ele.
Neste sentido, menosprezar as indicações de Deus, por insignificantes que sejam, comporta um conhecimento raquítico de Deus e, por isso, um será tido por pequeno no Reino dos Ceús. E é que, como dizia São Teófilo de Antioquia, «Deus é visto pelos que podem ver-lhe, só precisam ter abertos os olhos do espírito (...), mas alguns homens os têm empanados».
Aspiremos, pois, na oração seguir com grande fidelidade todas as indicações do Senhor. Assim, chegaremos a uma grande intimidade com Ele e, portanto, seremos tidos por grandes no Reino dos Céus.
Santo do Dia
São Cirilo de Jerusalém
Com alegria neste dia lembramos a
vida de santidade de um grande homem proclamado Doutor da Igreja. São Cirilo
nasceu em Jerusalém em 315, no início do tempo de graça, em que a Igreja
conquistou com a liberdade religiosa dada por Constantino. Ordenado sacerdote,
São Cirilo cuidou com carinho, zelo e amor da preparação de Catecúmenos para o
Batismo, assim como se dedicou no magistério, ou seja, ensinamento da Sã
Doutrina.
Deixou escrito as “Catequeses”, em
que expõe a verdadeira doutrina da fé e os ensinamentos da Sagrada Escritura.
Sobre a Eucaristia, ele afirmava: “Sob a forma de pão é o corpo que te é dado
e, sob a forma de vinho, o sangue; de tal maneira que, ao receberes o corpo e
sangue de Cristo, te transformas, com ele, num só corpo e num só sangue”.
Cirilo tratava com simplicidade, mas
com muita profundidade, sobre o pecado, penitência, batismo, credo e outros
pontos essenciais da nossa fé. Mesmo depois de ser eleito bispo e patriarca de
Jerusalém continuou sempre ao lado da verdade.
Por três vezes foi exilado pelos
imperadores Constâncio e Valente. Participou do terceiro Concílio Ecumênico de
Constantinopla. Seu último exílio foi o mais duro e cruel, obrigando-o por onze
anos, a vagar pelas cidades da Ásia e outras regiões do Oriente. São Cirilo morreu
em 386.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Na Igreja de Cristo há espaços para
diversidade de ministérios. Algumas pessoas, como São Cirilo, dedicaram-se ao
estudo e pregação dos mistérios de Cristo e da Igreja. Suas reflexões teológicas
sobreviveram ao tempo e permanecem como herança de um cristianismo original e
atuante. Queremos hoje pedir que Deus continue suscitando homens e mulheres
para o serviço de reflexão e estudo da fé católica. Tão importante como viver
uma vida de fé é conhecer a fé que nos alimenta.
tjl@-
a12.com – evangeli.net – domtotal.com – acidigital.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário